sexta-feira, 12 de abril de 2013

Gerald Thomas precisa de dinheiro do MINC?


Aproveitando essa polêmica um tanto esgotada do ataque machista de Gerald Thomas a Nicole Bahls (o blog Escreva, Lola, Escreva, parece ter dito tudo), introduzo outra questão: ele precisa de financiamento público? porque tudo indica que ele pleiteou verba para seu livro recém-lançado de desenhos. Aliás, oficialmente Gerald Thomas advoga pela iniciativa privada. Por isso, há anos tento entender isso que recebi pelo twitter:

Monday 28th March 2011, @nortonlimajr said:

Gerald, junta tuas ilustrações que tenho um esquema no MinC.."

10 11671 - GERALD THOMAS : desenhos, pinturas e
ilustrações
Editora de Livros Cobogó Ltda
CNPJ/CPF: 08.929.767/0001-01
Processo: 01400.022661/20-10
RJ - Rio de Janeiro
Valor do Apoio R$: 296.535,50
Prazo de Captação: 03/03/2011 a 30/09/2011
Resumo do Projeto:
O projeto Gerald Thomas: desenhos, pinturas e ilustrações (nome provisório) consistirá na edição e publicação de um livro de arte sobre esse autor e diretor de teatro, em que serão apresentados pela primeira vez no Brasil seus trabalhos como artista visual. O livro terá ainda uma apresentação de sua obra e dois ensaios críticos.
ÁREA: 7 ARTES INTEGRADAS - (ART. 18)

terça-feira, 26 de março de 2013

Telemarketing da Folha de São Paulo e seu marketing de guerra

 Nos últimos dias,  uma funcionária de telemarketing da Folha tem ligado aqui em casa para tentar a qualquer custo me enviar uma assinatura do jornal de graça, como amostra.  Eu desliguei.

Depois do artigo do Luiz Pondé sobre os índios, eu esconjurei esse jornal. Eu avisei-os no twitter que ia xingar seu telemarketing se eles ligassem de novo, depois desse artigo. Mesmo assim,  eu ainda  leio o blog do Marcelo Coelho de vez em quando, folheio o jornal em algum lugar onde eu o encontro, mas só.

Tentaram de novo. Eu sempre agradecia e desligava antes dar meu endereço.

Semana passada, eu resolvi que ia explicar à atendente meus motivos: 1) meu pai assinou a Folha e o setor de assinaturas renovava a assinatura automaticamente. Não confio em quem faz isso. 2) O jornal só cobre São Paulo capital, mal cobre o interior e não tenho interesse NENHUM em assiná-lo aqui no interior de Minas. Dito isso, a moça agradeceu e eu disse a ela que não ligasse mais, por favor.

Mas qual. Hoje a moça ligou várias vezes, sempre desligando quando atendo. Agora à noite ela me perguntou se tenho algum tempo e, quando eu ia reclamar de novo, desligou em meu rosto. É o cúmulo do marketing de guerra! Será possível???

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Alcateia:mariscando gênios entre a multidão


Esse blog, inspirado em Oswald de Andrade, está sempre mariscando gênios entre a multidão: fico muito satisfeito em noticiar que a editora Patuá está lançando o livro Alcateia, de autoria de Wilson Nanini.

Outros gênios são o Gerson, que propõe uma nova teologia da libertação. Felipe Moreira, escritor e filósofo, autor de Parque. Dentre outros. Também quero indicar o blog militante imaginário, do Cláudio Duarte, autor da revista Sinal de Menos, que mantém o blog O Militante Imaginário (omilitanteimaginario.blogspot.com).

Tenho absoluta convicção de que esse rapaz (Wilson Nanini) será o Carlos Drummond e a Adélia Prado do amanhã. Para mim é absoluta honra ter escrito o posfácio do Alcateia. Ele também deu uma entrevista  muito interessante para a TV Net de Botelhos. Pelo que vi, é TV pela internet, tal como a TV Interativa de Bom Despacho, iniciativa muito interessante que estava sendo levada adiante por soldados da PM e que foi abandonada, mas que é fundamental para nosso desenvolvimento.

Atenção, Bom Despacho, precisamos de uma televisão assim aqui, urgente, para nossos artistas, eventos, produtos! Veja a entrevista de Nanini aqui



sábado, 16 de fevereiro de 2013

Coreia do Norte: alguns equívocos da imprensa



Lúcio Jr.

            Há grande interesse midiático em torno da Coreia do Norte ultimamente, que se manifesta numa campanha de difamação. As grandes potências (USA e seus aliados) precisam resolver o problema da superprodução de mercadorias e precisam aumentar a atividade econômica a qualquer custo, nem que se seja mediante guerras. E a imprensa segue os poderosos do mundo, preparando a guerra através de notícias distorcidas.
            Como uma dessas foi publicada no Jornal de Negócios, na coluna de meu amigo Ítalo Coutinho, sugiro a ele que olhe o outro lado quando se tratar desse assunto, pois é a própria paz mundial que está em jogo. A primeira parte de sua nota diz:

No final da Segunda Guerra, dizem as más línguas (...), que os americanos ficaram com os cientistas de Hitler e os russos com os projetos e protótipos, tudo isso relativo a foguetes e a bombas de alto poder destrutivo.

Isso é bastante inexato. Os americanos passaram a usar redes de espionagem de Hitler e reaproveitar agentes nazistas contra os comunistas, isso sim. Ficou provado que a rede de Reinhard Gehlen teve um grande papel na Hungria em 56. E a URSS não dispunha da bomba atômica quando a guerra acabou. Quando você escreve:

O Brasil tem projetos de foguetes, já lançou alguns e até 2025 vai colocar um satélite em órbita.

Como você tem tanta certeza? Já ocorreu um acidente em Alcântara, com vários cientistas mortos, pouquíssimo investigado pela mídia, justamente ao tentarmos lançar um satélite. Sim, precisamos de foguetes para lançar um satélite. A Coreia do Norte, graças ao socialismo, está bem adiante de nós nesse campo.
Os USA bombardearam Hiroshima justamente para pressionar a União Soviética. Também quando você diz:

A Coreia do Norte realizou na manhã do dia 12 de fevereiro seu terceiro teste nuclear, num claro desafio à comunidade internacional e a seu principal aliado externo, a China. O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) fará uma reunião de emergência para decidir como reagir ao novo movimento do regime mais isolado do mundo.

Você não é claro aqui e faz muitas inversões. O teste é, claramente, um aviso aos Estados Unidos e seus aliados de que, se bombardearem a Coreia do Norte, também serão bombardeados. Isso é direito básico de autodefesa. A hostilidade dos USA é em relação ao lançamento do satélite da Coreia, que é um ato soberano, mas o faz pressionar por mais sanções contra esse país, que não se isola, mas sim é vítima de provocações e agressões. Leia lá no blog solidariedade com a Coreia popular:

Na história de mais de 60 anos da ONU, se realizaram na Terra mais de 2 mil testes nucleares e mais de 9 mil lançamentos de satélites, mas não houve qualquer resolução do Conselho de Segurança que proibisse fazê-los.

Assim, eu sugiro que você olhe também o outro lado antes de redigir essas notas, visitando o blog Solidariedade com a Coreia Popular (solidariedadecoreiapopular.blogspot.com) antes de redigir essas observações equivocadas, inexatas e desatentas. Faça bem feito o trabalho que você está se propondo a fazer!
Outro texto que merece menção (mais breve, porém), é o texto O Amigo Norte-Coreano, da repórter da Folha Juliana Cunha. Na verdade, é um texto que relata sua visita à Coreia do Norte, um país que ela considera obviamente inimigo de seus patrões da Folha e de outros. Possivelmente abriram uma brecha para Juliana no “regime mais fechado do mundo”, não é mesmo?
E ela não deixou por menos. A imagem que adorna o artigo traz a legenda: “se for atacar primeiro, atire sem piedade” e mostra um soldado coreano explodindo a Casa  Branca. No primeiro parágrafo, Juliana transcreve a tradução que o seu guia coreano Che (versão ocidental de seu nome coreano) fez do texto do cartão postal para ela: “Se nos atacarem, faremos uma aniquilação impiedosa”. Juliana deve ter habilidades lingüísticas primorosas, pois parece ter aprendido coreano ao ponto de poder traduzir por sua própria conta a frase no cartão postal...Ou quem sabe ela não está de má fé, embarcando na inversão da imprensa ocidental, apresentando a Coreia, que é o agredido, como o agressor? Eu aposto nessa segunda alternativa.
O texto de Juliana seria para falar da primeira turma de português de Pyongyang, mas trata muito rapidamente disso, apenas para desqualificar: “não inclui lingüística nem literatura”. Ela curiosamente se revela quando vai ao balé de Pyongyang tendo Che como guia e vê uma passagem da peça onde a heroína nacional, Kim Jong Suk ergue as mãos amarradas com cordas para o alto, até conseguir romper os grilhões que prendiam os coreanos. Ao ver essa cena, Juliana, dá uma manota monumental e pergunta: “não seria engraçado se a luz acabasse justamente nessa cena?” Ao ouvir essa frase em que a bolha da repórter se mostra desrespeitosa e debochada, simplesmente desejando que os coreanos fossem escravos dos japoneses até hoje, o guia simplesmente ignorou a piada de péssimo gosto da jornalista e olhou para outro lado.
No final do artigo, Juliana lamenta que Che e ela não tenham se aproximado mais e sai afirmando que ele não tem e-mail, desconhece o google, não sabe o que é rede social, etc. Mas porque ele gostaria de manter contato com alguém que escreveu que ele “é a versão socialista do Quim Recadeiro, personagem de Guimarães Rosa” e ainda insultou-o, dizendo que deveria continuar sendo capacho, escravo? E ainda terminou dizendo bobagens sobre rede social. A julgar pela sua prosa brega e suas manotas, Juliana, você não serve para personagem de Guimarães Rosa. No máximo, uma versão jornalística moderna da Bolha do desenho animado Tu-Tubarão.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Resposta ao "Connard"


 Questionei, outro dia, um tal "communard" por desejar que não se falasse sobre Stálin no Portal O Vermelho, do PC do B. Ele me chamou de "stalinista" e depois cortou minha resposta, o "connard" (bobão, em francês).

Stálin está na história e em boa parte na origem do PC do B, que podemos dizer que se formou ideologicamente em 62. Ele, que se diz sociald-democrata, já me etiquetou de stalinista logo de saída. O texto dele está aqui:


https://ocommunard.wordpress.com/2013/01/22/questionamentos-de-alguns-stalinistas/


Eu decidi não perder tempo com tantos argumentos de um social-democrata. Para ele, a revolução de 17 não deveria ter acontecido, assim como, embora ele poupe Trotsky, ele insiste na tal da revolução permanente ( teoria de Trotsky!!!). Ele é contra Lenin, Stalin e "Trotsky caiu com a URSS", mas se diz comunista. E ainda pontifica que não se deveria falar em Stálin. Por que não largar o PC do B e ir para um partido social-democrata, meu chapa???

O que se pode dizer para alguém assim? Por que há tantos social-democratas, ou seja, liberais reformistas, em partidos comunistas no Brasil? E o pior, para ele, "estatismo" é algo ruim, que o Marx que ele cria só para si (Marx é ele) rejeitava. Mas um social-democrata de verdade é a favor do estado empresário, do estado de bem-estar social.

Ou seja: o bobo "connard"), é um neoliberal fraudador, expert em sofistarias, se escondendo atrás do nome de Marx.

Vejam a que ponto chegamos: as pessoas estão num partido comunista, mas são na verdade neoliberais governistas. E ainda se permitem cobrar dos outros o que pode e o que não pode.


sábado, 5 de janeiro de 2013

Jovens libertarianos incitam: "demitam o professor Furr!"


A polêmica com relação ao professor Grover Furr, de Montclair, New Jersey, continua tendo desdobramentos. Foi feito até um abaixo-assinado pedindo seu desligamento da universidade (ela é uma pequena universidade estadual norte-americana).

Até mesmo um blog, stopgroverfurr foi criado para a campanha e tem traduções em várias línguas, inclusive português, enquanto nenhum trabalho desse historiador está disponível em português até hoje!

Os jovens do movimento Tea Party local  atacaram o professor em um blog:

 http://njteapartiesunited.blogspot.com.br/2012/11/montclair-state-university-montclair-nj.html

 Nessa postagem, assim como a direita brasileira, eles culpam a nós, professores, assim como uma suposta doutrinação ideológica nas escolas pelos seus fracassos. Mark Kalinowski, que assina esse artigo em nome dos jovens libertarianos, é um imbecil que vocifera que é dos professores a culpa pela eleição de Obama e ainda reitera: "Obama é o presidente mais anti-americano da história americana."

Não sei que doutrinação seria essa, uma vez que implica em alunos prestando extrema atenção e respeitando ao máximo o professor, o que qualquer um pode saber que não existe. Os alunos não param quietos, atendem ao celular, mastigam batatas chips, etc. O único diferencial é que na escola se pode debaber, sem preconceitos, muitos temas proibidos ou indesejáveis.

O jornal A Verdade fez uma matéria a respeito:

http://averdade.org.br/2012/12/historiador-grover-furr-difamado-pela-extrema-direita-nos-eua/

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Um trabalho pioneiro sobre Orwell

Um trabalho de relevância, penso eu, mundial:

http://www.republicasocialista.blogspot.com.br/2012/12/ficcao-e-historia-em-revolucao-dos.html