Laerte  Braga
O mérito de qualquer  debate é que não existe o teleprompter. Ou seja, aquele aparelho que se usa para  ler o texto que se quer dizer e que se diz segundo as conveniências ditadas por  pesquisas e maquiadas por marqueteiros. Vai daí que a candidata Margarida  Salomão gagueja, muda de assunto, tem plano para tudo, mas não explica, se  enrola como se enrolou na questão do aterro sanitário, já que falou apenas o que  o eleitor quer ouvir, mas não diz como vai fazer, enfim, o candidato, todos, ao  vivo e sem maquiagem. Muito pior, não fala o que de fato vai fazer. Esse é o  problema.
Custódio Matos é um primor  de cinismo e mentira. Primeiro exigiu direito de resposta a uma afirmação de  Tarcísio Delgado sobre não ter pago décimo terceiro salário e salário de  dezembro aos servidores públicos municipais no mês de dezembro de 1996. Disse  que nos seus 48 meses de governo pagou sempre no último dia útil de cada mês. No  direito de resposta disse que a lei dá o direito de pagar até o quinto dia útil  de cada mês e que dezembro foi pago antes do quinto dia útil de janeiro de 1997,  mas não explicou que o prefeito era outro e dinheiro não existia, teve que ser  arranjado às pressas.
É típico de tucano, são  amorais, não têm compromisso com nada. Quando fala 
Ou ele mesmo, quando fala  em educação sem ter feito uma única sala de aula nos seus quatro anos de  governo?
Seria interessante que  nesses debates a cada afirmação de cada candidato sobre determinado tema fosse  mostrado o que fez quando no exercício de qualquer atividade pública. Custódio e  Margarida iam ter que esconder embaixo da mesa.  Falam A mas a verdade é B.  
A ex-reitora falou em  licitações para isso e aquilo, só que na Universidade ignorou leis sobre  licitações, contratou indevidamente serviços, pagou a mais, teve as contas  ressalvadas em várias irregularidades pelo Tribunal de Contas da União, enfim,  se as licitações dela forem as que fez na Universidade a cidade está  lascada.
Sai tudo pelo dobro do  preço.
Impressiona a cara de pau  do candidato tucano falando sobre Aécio. Putz! Mudaram o conceito de estadista e  eu não sabia. Ainda em educação, os servidores do governo estadual, do qual ele  foi secretário, terminaram agora uma greve em que mostraram ao povo de toda  Minas que recebem salário de fome, não têm aumento, as escolas não recebem  materiais adequados, enfim, o caos no setor, na saúde e ele lá chamando Aécio de  estadista. Leva o troféu. Com certeza que leva. Pior, falou em valorização dos  profissionais da educação. Isso é deboche e desrespeito aos trabalhadores da  educação.
Ele deve achar que  valorização é privatização, terceirização, é sociedade com Josemar, é  contratação de firmas de tucanos para a saúde, deve ser, só  pode.
O cara é um malabarista. E  tudo com cara de inocente, de pobre coitado, de sofredor disposto ao  “sacrifício” pelo povo. A cidade merece respeito. 
A ex-reitora nem tem como  explicar. Como escrevi, sem o teleprompter não sabe direito o que vai falar, aí  gagueja, o marqueteiro não está perto, ou se está não pode interferir, retocar  as palavras, moldar o produto e o resultado é que resolve tudo sem dizer como,  mas resolve. Tem programa para tudo, agora o como fazer não explica. Deve ser  milagrosa ou mágica.
Juiz de Fora tem que tomar  cuidado, do contrário termina dia 5 de outubro com um novo Bejani, só que dessa  vez com PhD, pois tanto um como a outra são doutores e pelo visto em  tudo.
 
 
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