Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
Mostrando postagens com marcador coletivo cultural rosa do povo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador coletivo cultural rosa do povo. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Blognovela revista cidade sol: Reconstrução Revolucionária
Local: castelo latino-americano de El Senor
Companhia: Milkshakespeare
Apoio: cadeia de lanchonetes Hamletdonald´s
Personagens
Horácio: ator burguês devoto do mercado e amigo do falecido rei Fernando II
Marcelo: ator fanfarrão de classe média que diverge de Horácio e apóia Eisenhower da Silva.
Asryka Yourself e Eisenhower da Silva, um casal burguês dono do teatro El Senor e da franquia de lanchonetes Hamletdonald´s.
Francinny, uma gentil mulher e diretora da peça Milkshakespeare
Fantasma do rei Luís Hamlet
Fernando e Sorocaba: atores que estão encenando a peça Milkshakespeare
Petrossaubrás, príncipe da Noruega e dono da empresa Atlantis, associado a Eisenhower da Silva e Asryka Yourself.
Dois embaixadores ingleses indignados com o wikileaks
Dois coveiros sem terra
Um capitão do exército
Cozinheira
(Cenário cafona na companhia Milkshakespeare. O teatro está visivelmente decadente e sujo. Horácio está encenando uma passagem de Hamlet. Na platéia quase vazia, visivelmente estão só uns gatos pingados. Francinny, Einsenhower da Silva e Asryka Yourself estão na plateia).
Horácio: Acabo de escutar o galo cantar...(Ouve-se um celular na platéia. Horácio volta-se para a platéia, enfurecido. A peça para. Acendem-se as luzes na platéia). Ele berra: PUTA QUE PARIU!
Marcelo (saindo da coxia indignado): Nunca antes nesse teatro extraordinário...
Francinny, diretora da peça Milkshakespeare (dirige-se ao palco a partir da plateia): CALMA, CALMA, vamos voltar ao trabalho! Apaguem essas luzes! Ei, vocês! Vamos ter mais educação? Desliguem seus celulares. Ao trabalho, Horácio!
Fernando (ator da peça Milkshakespeare, encara a diretora com ar desafiador): Todo dia seu teatro é exatamente igual.
Sorocaba: Sua psicologia tá um tanto quanto errada.
Francinny (irritadíssima): Enquanto atores, vocês são excelentes cantores sertanejos! Agora voltem ao trabalho e...
Cozinheira (entrando no palco esbaforida): Senhora! Senhora! Parte do elenco fugiu!
Francinny: O quê?
Cozinheira: Estamos só nós, coveiros, cozinheiras...Vamos ter que tomar conta do teatro.
Francinny: Ora, ora. Tomar conta, por que?
(Entram os dois coveiros sem terra. Um deles encara Francinny com seriedade): A crise nos atingiu, senhores! A cadeia Hamletdonald´s retirou seu apoio. O teatro faliu! Hamlet, Ofélia, Laerte, todos fugiram para Londres com o dinheiro da bilheteria, por medo de não serem pagos! Nossa única solução é gerir o teatro nós mesmos!
(Todos falam ao mesmo tempo, entrando em polvorosa. Fim da primeira cena da blognovela).
Quadro: Um Réquiem para o Imperialismo, de Magaiver. Fonte: coletivo cultural rosa da povo. http://coletivorosadopovo.blogspot.com/2010/11/tela-um-requiem-para-o-imperialismo-de.html#comments
Marcadores:
Blognovela,
coletivo cultural rosa do povo,
crise,
Hamlet,
peça de teatro,
Shakespeare
Assinar:
Postagens (Atom)