, o Cristianismo e o Justo Juiz
ENGELS, O CRISTIANISMO E O JUSTO JUIZ
A história do cristianismo primitivo oferece curiosos pontos de contato com o movimento operário moderno. Como este, o cristianismo era, na origem, o movimento dos oprimidos: apareceu primeiro como a religião dos escravos e dos libertos, dos pobres e dos homens privados de direitos, dos povos subjugados ou dispersos por Roma. Os dois, o cristianismo como o socialismo operário, pregam uma libertação próxima da servidão e da miséria; o cristianismo transpõe essa libertação para o Além, numa vida depois da morte, no céu; o socialismo coloca-a no mundo, numa transformação da sociedade. Os dois são perseguidos e encurralados, os seus aderentes são proscritos e submetidos a leis de exceção, uns como inimigos do gênero humano, os outros como inimigos do governo, da religião, da família, da ordem social. E, apesar de todas as perseguições, e mesmo diretamente servidos por elas, um e outro abrem caminho vitoriosamente. Três séculos depois do seu nascimento, o cristianismo é reconhecido como a religião do Estado e do Império romano: em menos de sessenta anos, o socialismo conquistou uma posição tal que o seu triunfo definitivo está absolutamente assegurado.
Para o leitor companheiro compreender a essência do assunto, vou transcrever Apocalipse 6.9-11, e depois comento, com Engels emergindo como profeta do Senhor.
"E quando abriu o quinto selo vi por baixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da Palavra de Deus e por causa da obra de testemunho que costumavam ter. E gritaram com voz alta, dizendo: 'Até quando, Soberano Senhor, santo e verdadeiro, abster-te-ás de julgar e vingar o nosso sangue dos que moram na terra?' E a cada um deles foi dada uma comprida veste branca; e foi-lhes dito que descansassem mais um pouco, até que se completasse também o número dos seus co-escravos e dos seus co-irmãos, que estavam para ser mortos assim como eles também tinham sido".
Quem são estes que João viu por debaixo do altar clamando vingança pelo seu sangue dos que moram na terra? Indiscutivelmente que se trata dos cristãos que eram perseguidos todos os dias pelos pagãos e pelos romanos e levados para as suas arenas para serem mortos.
Mas, a pergunta de suma importância é esta: Quem são estes co-escravos e co-irmãos que haveriam de ser mortos como foram aqueles cristãos? Gerson tem dito, desde o ano de 78 quando teve o seu encontro teofânico que estes co-escravos e co-irmãos dos cristãos primitivos foram os marxistas. O martírio cristão e socialista são da mesma essência.
Mas, lendo atentamente o que Engels escreveu a mais de cem anos não podemos realmente chegar a esta conclusão? De que os co-escravos e co-irmãos daqueles cristãos que foram proscritos e submetidos a leis de exceção – Paulo diz que eles eram tidos como a escória de todas as coisas – são realmente o povo marxista? Que realmente foram mortos COMO AQUELES FORAM?
Engels
A história do cristianismo primitivo oferece curiosos pontos de contato com o movimento operário moderno. Como este, o cristianismo era, na origem, o movimento dos oprimidos: apareceu primeiro como a religião dos escravos e dos libertos, dos pobres e dos homens privados de direitos, dos povos subjugados ou dispersos por Roma.
Os dois, o cristianismo como o socialismo operário, pregam uma libertação próxima da servidão e da miséria; o cristianismo transpõe essa libertação para o Além, numa vida depois da morte, no céu; o socialismo coloca-a no mundo, numa transformação da sociedade.
Como analisar essa distinção entre cristianismo e socialismo se os dois no seu nascimento são, essencialmente, o mesmo? Com a diferença notada por Engels que o socialismo, ao contrário do cristianismo que transpôs a libertação terrena para o Além, numa vida depois da morte, no céu, o socialismo trabalhou a libertação no mundo, numa transformação da sociedade?
Em Primeiro, à consciência tanto o cristianismo como o socialismo tratam-se do mesmo fenômeno. É o mesmo fenômeno? Sim, é o mesmo fenômeno, só que portando uma distinção fundamental não apreendida pela consciência (porque a consciência finita só o iria apreender quando o Espírito adentrasse o patamar sintético da reconciliação). Que distinção fundamental é esta? A SEXUAL! O cristianismo é um ser espiritual, ao passo que o socialismo, um ser material. Macho e fêmea. Conhecer esta distinção sexual, jamais percebida por Engels ou por qualquer teólogo ou filósofo (com certeza Paulo teve um esboço desta sexualidade, a partir do que aparece em ICoríntios 13.9-10) é ter um conhecimento real tanto do cristianismo como do socialismo. Assim como conhecemos o valor da libertação material do socialismo conhecendo o desvalor da opressão material do capitalismo, socialismo e cristianismo só são realmente conhecidos em suas essências íntimas quando se penetra na sua sexualidade (*)
E esta sexualidade foi construída em verdade naquilo que podemos chamar acertadamente de “Ovário da História” e “Testículo da História”. No Ovário da História foi construída a feminilidade do Cristianismo, ao passo que no Testículo da História, a masculinidade do Socialismo. E o Espírito, quando adentrasse seu terceiro momento, o Sintético, então iria cruzar estes dois seres sexuais, reconciliando-os em si; e seria então, e somente então, que o nascimento da vida estaria se dando. (A vida é aquilo que os cristãos chamam de Reino de Deus e os marxistas de Comunismo).
Em Segundo, os cristãos transpuseram a libertação para o outro mundo, depois da morte, no céu? É preciso dizer que o cristianismo também foi uma práxis modificadora da sociedade, não do seu fundamento material, mas do seu fundamento espiritual. Com certeza, portador também de uma sociologia, mas de uma sociologia espiritual, com Paulo, observando a distinção sexual, não perdendo em nada para Marx (Paulo parte dos fundamentos remotos do paganismo para chegar ao cristianismo, ao passo que Marx parte dos fundamentos remotos do capitalismo para chegar ao socialismo). Bem, a verdade é que os cristãos passaram a voltar-se com esperança para o céu porque justamente a sua libertação era parcial (ICoríntios 13.9). O seu ser espiritual fora apaziguado, mas o seu ser material continuou irriquieto, fazendo deles seres anfíbios, livres em Jesus, mas escravos de Roma e dos senhores donos de escravos e donos de propriedades. De modo que sem nenhuma perspectiva terrena à vista passaram então a buscar a complementação de sua libertação no outro mundo, após a morte, pois deveras aqui não a enxergavam (a boa psicologia nos diz que eles simplesmente queriam estar ao lado de seu mestre Jesus que então se achava no céu, assim pensavam).
Mas, enquanto os cristãos passavam a buscar a complementação de sua libertação na outra vida, no céu, Deus a buscava aqui mesmo, na terra, na sociedade (e isto é de fundamental importância). De modo que quando os cristãos foram reconhecidos religião do Estado isto já foi Deus se posicionando para construir o outro lado sexual, aquilo que iria complementar a salvação dos cristãos (ICoríntios 13.10). De fato, caminhando na estrada do Espiritualismo Histórico agora os cristãos iriam caminhar na estrada do Materialismo Histórico. Em termos de Hegel o Espírito se deslocou da tese para a antítese, para, na sua interioridade, tomar consciência de si. É verdade, transformando o sistema escravagista em sistema feudal, e este em sistema capitalista, então iria chegar o momento do surgimento do socialismo, aquilo que forma um par sexual com o cristianismo.
Quer dizer, assim como o cristianismo se manifestou na plenitude dos tempos, diz a Bíblia, mas hoje conhecendo a distinção sexual da História (dualidade do conceito) dizemos que se manifestou na Plenitude dos Tempos ESPIRITUAIS, plenitude que se formou no ventre do Espiritualismo Histórico como a sua flor mais pura: MONOTEÍSMO PRIMITIVO – totemismo – animismo – politeísmo – JUDAÍSMO –CRISTIANISMO (Jesus é a sua flor mais pura) – de igual modo o socialismo iria se manifestar na Plenitude dos Tempos MATERIAIS,plenitude que iria se formar no ventre do Materialismo Histórico como a sua flor mais pura: COMUNA PRIMITIVA – escravatura – feudalismo – capitalismo – SOCIALISMO – COMUNISMO (Che Guevara é a sua flor mais pura).
Ora, sendo assim, então temos de enaltecer Engels por ter tido um juízo tão positivo assim com o cristianismo, o colocando como semelhante ao socialismo nos seus fundamentos, embora não impedindo de dizer que Engels não teve uma visão exata do fenômeno cristianismo (e por extensão do fenômeno socialismo) justamente porque tal visão clara só iria se manifestar no terceiro momento do Espírito, quando ele, pelo seu vetor maior, o Filho do homem vindo com poder e grande glória, iria fazer a revelação da sexualidade. Bem, se é assim, então cabe a nós imprimir esta sexualidade tanto nos cristãos como nos marxistas, desabrochando neles a paixão pelo outro, como a metade que lhe está faltando. Com certeza será esta paixão que trará o casamento dos casamentos, o Casamento do Cordeiro (Apocalipse 19.8), Daquele que colocou a sua sexualidade espiritual em Paulo, no caminho de Damasco, e a sua sexualidade material em Marx, no episódio em que a justiça prussiana condenou como ladrão aos camponeses pobres que haviam retirado lenha das florestas para se aquecerem contra o rigor do inverno.
Que Ortega, que Fellows, que Arias, que Vinicius, que Franchesco, que Ferdinand, que Rita, que Ribamar, que Mônica, que jr.18Volts, que Robsom Lemes, que Isabela, que Robson, que Arlênio, que Thiago Luis, que Bernardo Furigo, que Silva, que Revolution, que todos os companheiros desta comuna medite sobre isto. Meditem que PSC, Gustavo e Dionata já meditaram e viram que não existe outro caminho senão este. Graça e Paz.
O Asterisco (O Aparecimento do Justo Juiz)
Na postagem acima PSC colocou em parêntese um asterisco. E agora vai falar sobre ele.
De fato, a manifestação na História da sexualidade vai reparar uma grande injustiça que seria cometida justamente por tal ter sido emitido em um tempo em que se vivia a indistinção sexual (correto dizer reprodução assexuada, que no campo da biologia pode ter antecedido a reprodução sexuada).
Bem, que grande injustiça esta que seria cometida – mas que agora a mesma será reparada?
Ora, em Mateus 25.31-46 encontramos a descrição do juízo do Justo Juiz, quando diz para uns, à sua direita: vinde benditos de meu Pai, e possuí por herança o reino vos preparado desde a fundação do mundo, e diz para outros, à sua esquerda: afastai-vos de mim, vós os que tende sido amaldiçoados, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos.
Ora, como tal juízo foi concebido quando se vivia a indistinção sexual, isto leva a que o Justo Juiz se dirija aos marxistas e à Teologia da Libertação e lhes diga: Vinde benditos de meu Pai, e possuí por herança o reino vos preparado desde a fundação do mundo. Pois fiquei com fome, e vós me deste algo para comer; fiquei com sede, e vós me deste algo para beber. Eu era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava nu, e vós me vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na prisão, e vós me visitastes. Em seguida ele dá um giro de 180 graus e se dirija aos evangélicos e aos carismáticos e lhes diga: afastai-vos de mim, vós os que tende sido amaldiçoados, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos. Pois fiquei com fome, mas vós não me destes algo para comer, fiquei com sede, mas vós não me destes nada para beber. Eu era estranho, mas vós não me recebestes hospitaleiramente; estava nu, mas vós não me vestistes; doente e na prisão, mas vós não cuidastes de mim.
Por que esse juízo? Em primeiro, este povo a que o Justo Juiz se dirige é o mesmo povo de Isaías 65, que traria os frutos do Reino não obstante não invocar o nome de Deus e não dobrar seu joelho diante de Deus, e é o mesmo povo de Mateus 21.43, que diz Jesus produziria os frutos do Reino. Em segundo, que se entende claro que esta fome a que se refere é fome de pão.
Mas, é verdade, o juízo foi concebido não na presença do Justo Juiz, que se achava distante, na escatologia, e certamente que quando chegasse o seu tempo tal seria uma questão para ele resolver. E por certo que ele iria perceber a injustiça e cuidar em repará-la.
Como assim?
Eis a chegada da hora. E eis que se estabelece o momento do juízo. E eis o Justo Juiz sentado em seu trono, e ao seu lado seu assistente, e ao seu lado a Arca do Pacto com seus dois querubins. E à direita do Justo Juiz uma fileira dupla de marxistas e Teologia da Libertação, e à sua esquerda, uma fileira dupla de evangélicos e de carismáticos.
É o momento mais aguardado da História, o Dia do Juízo. A um sinal do Justo Juiz então seu assistente vai e abre a tampa da Arca, cuidando para não agredir seus dois querubins, e começa a trazer para fora seus objetos. E os coloca na presença do Justo Juiz. As duas tábuas da lei e junto a uma, o vaso de ouro contendo o maná e junto à outra, o bastão de Arão que havia florescido. E todos ficam olhando para seus objetos, com os que estão nas duas filas não tendo a menor certeza: é para nós que tudo será dado!
Então o Justo Juiz se levanta do seu trono e toma em sua mão direita o vaso de ouro com o maná e na sua mão esquerda o bastão florescido de Arão (mas seu assistente toma nas mãos as duas tábuas). E com o vaso de ouro com o maná em sua mão direita e com o bastão florescido de Arão em sua mão esquerda começa a olhar para os que estão diante de si. E olha para a fileira dos que estão à sua direita e olha para a fileira dos que estão à sua esquerda, olhando para uns e para outros. E se dirige para a fileira onde estão os marxistas e a Teologia da Libertação. E, ajudado pelo seu assistente, então toma o vaso de ouro com o maná na sua mão direita e os coloca na mão dos marxistas e da Teologia da Libertação, permanecendo na outra mão o bastão de Arão que havia florescido. E diz para eles: vós sois os reis que haveriam de reinar os mil anos e a eternidade sem fim com o Cristo. Entrem no gozo de seu amo. E quando os marxistas e a Teologia da Libertação recebem em suas mãos o vaso de ouro com o maná, o assistente com as duas tábuas nas mãos, como um fotógrafo que chama os noivos para a fotografia, chama-os para receber o vaso de ouro com o maná com os olhos em juramento para as duas tábuas, olhando para elas.
E quando estas coisas acontecem, os que estão na fileira à sua esquerda são acometidos de desânimo. E custam a crer no que estão vendo. Tinham a certeza que seriam para eles que o Justo Juiz iria se dirigir. E quando o Justo Juiz dá um giro de 180 graus, com o bastão florescido de Arão na sua mão esquerda, acompanhado pelo assistente com as duas tábuas nas mãos, abertas em leque, então os que foram colocados à sua esquerda vendo o Justo Juiz vindo em sua direção começam a raciocinar entre si: vai nos amaldiçoar! Por certo que vai rebentar o bastão nas nossas cabeças, e as cabeças que escaparem do bastão serão alcançadas pelas duas tábuas nas mãos do assistente!
E então o Justo Juiz coloca na mão dos evangélicos e dos carismáticos o bastão de Arão que havia florescido, lhes dizendo: Vós sois os sacerdotes do Deus Altíssimo que haveriam de reinar os mil anos e a eternidade sem fim com o Cristo. Entrem no gozo de seu amo. E imediatamente o assistente exibe em leque as duas tábuas e pedindo para que eles recebam em suas mãos o bastão de Arão que havia florescido olhando para as duas tábuas.
E quando o Justo Juiz volta para o trono e se senta então as escamas nos seus olhos caem e se reconhece osso do mesmo osso e carne da mesma carne, um só espírito. E começam a se confraternizar entre si e a dançar e a pular, um pegado na mão do outro, assim como o rei Davi entrou dançando e pulando quando fazia a Arca do Pacto subir até Jerusalém. E no meio da festa então o Justo Juiz fez um sinal e todos pararam. E entrou o assistente levando pela mão um casal de velhinhos. E eles entravam bem devagar, encurvados. Então o Justo Juiz se levantou do trono e os beijou ternamente, dizendo para todos que estavam presentes: são meus pais. Ela é a minha mãe e ele é o meu pai. E quando ele dizia isto eis que todos lhes reconheceram; e começaram a dizer entre si: mas não é esta que na sua mocidade nos espancou e nos fez dobrar o joelho para deuses pagãos? E enquanto uns diziam isto, outros diziam, sobre o velhinho que os olhava como que assustado: mas não é este que na sua mocidade nos colocou para trabalhar como escravos? E quando o Justo Juiz viu que murmuravam entre si, então lhes disse: Meus filhos, o que eles fizeram não farão mais. Tudo o que eles querem e precisam é que vós, agora, no seu vigor juvenil, os deixe acabar seus dias em paz. E quando o Justo Juiz disse isto pouco a pouco o murmúrio entre eles foi diminuindo, diminuindo, até que cessou, com cada qual indo cuidar das responsabilidades que lhes foram conferidas.
Façamos a pergunta: por que o Justo Juiz tanto premiou uns como outros? Porque na verdade os conceitos possuem dois lados (por causa da distinção sexual). Por exemplo, o conceito de fome tanto se refere à fome material como à fome espiritual (como diz Leonardo Boff, temos sede de pão, mas também de transcendência). Todo o trabalho dos marxistas e da Teologia da Libertação foi para dar o pão material para os necessitados, mas todo o trabalho dos evangélicos e dos carismáticos é para dar o pão espiritual. O trabalho dos marxistas e da Teologia da Libertação para acabar no Brasil e na América Latina com toda a exploração material, de modo a todos terem empregos dignos, salários dignos, moradias dignas, assistência médico-hospitalar, estudo, escola, era na verdade complementar ao trabalho dos evangélicos e carismáticos, lutando para as pessoas abandonarem os vícios, as bebedeiras, o desamor familiar, ter o respeito ao corpo que ama e gera a vida, e, sobretudo, o amor a Deus e ao sagrado, que se revela no amor ao próximo e ao necessitado.
E tem chegado o tempo de uma práxis completa, concatenada (ICor.13.10). E será ela que porá fim definitivo ao domínio do Mal. Será ela que realmente trará o cumprimento luminoso para Miquéias 4.4, como segue: E REALMENTE SENTAR-SE-ÃO, CADA UM DEBAIXO DA SUA VIDEIRA E DEBAIXO DA SUA FIGUEIRA, E NÃO HAVERÁ QUEM OS FAÇA TREMER. Os cristãos e os marxistas, que nas suas caminhadas conheceram a glória e a desonra, agora reunidos em corpo único, hermético, fechado, sem espaço para o Mal, nunca mais saberão o que é decadência, com o seu domínio não passando jamais a outro domínio, assim como são as imagens de Daniel 2.44..
Até aqui são as palavras do peregrino Gerson (Êxodo 2.22), nascido na cidade de Estrela do Norte (Isaías 41.15; Apocalipse 2.26-28)), no ano em que George Riffert diz no seu livro A Grande Pirâmide (Record) estudiosos da Grande Pirâmide do Egito vaticinaram seria o ano da Câmara do Rei, o ano do Messias, este ano pode muito bem indicar o ano do nascimento de uma Nova Humanidade, de uma nova ordem social, justa, fraterna, sob os cuidados diretos de Jesus Cristo Rei de reis e Senhor de senhores, como consta (mas que ele reparte com aquele que no ano de 53 deixou as glórias da Medicina e a sua pátria e a sua família para que um dia a América Latina e o mundo pudessem ser lugar sem as enfermidades sociais, Che Guevara, um irmão, que o seu irmão, a partir de onde parou, nas leituras metafísicas, que diz que Jesus se deixou morrer para que pudesse se levantar em novo corpo, corpo de glória, incorruptível, atraindo a si todos os homens, iria dar recomeço, não mais com o fuzil na mão, é verdade, porque fez a parte que lhe cabia na obra, a parte que coube a Moisés na preparação da graça, mas agora brandindo a Palavra de Deus, que é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e da sua medula, e é capaz de discernir os pensamentos e as intenções do coração) – é verdade, o seu nascimento físico se deu mesmo naquele ano de 53, mas o seu nascimento espiritual se deu no ano de 78, quando então aquele jovem de 25 anos, um operário que carregava o estudo de seus pais, um sabia ler e escrever e a outra lia e escrevia com a maior das dificuldades, foi informado na presença da Divindade que tinha chegado o tempo da restauração de todas as coisas e o tempo de ser dado a cada um segundo as suas obras, e foi neste ano de 78 porque a mesma Divindade disse pela boca de um dos seus anjos que o mundo iria sofrer divisão no ano de 77, depois de 77 o domínio de Deus, antes de 78 o domínio dos homen.
Findam aqui as palavras de Gerson, escolhido e preparado para a boa obra desde o ventre (Isaías 49), já tendo sido feito menção do seu nome desde o ventre (porque Ciro era Deus fazendo uma obra em terra estrangeira, peregrinando em terra estrangeira); e a incorruptibilidade que recebeu do Incorruptível a repartindo com todos que estiveram com ele neste inicio de caminhada milenial, mas os tímidos, e os medrosos, e os que não têm fé, e os que são repugnantes nas suas concupiscências, e os que se escondem no silêncio de Martin Luther King, e os que confiam na sua sabedoria, por certo que receberão Daquele que é e que era e que havia de vir a recompensa que lhes é devida.
Profeta Isaías e Caetano Veloso
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o domínio principesco virá a estar sobre seu ombro.. E será chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. (...) Menino Deus; Quando a flor do teu sexo; Abrir as pétalas para o universo; então por um lapso se encontrará nexo; Ligando os breus, dando sentido aos mundos; E aos corações, sentimentos profundos; No dia de terna alegria do Menino Deus”
DE TODOS OS LUGARES, VINHAM AOS MILHARES, E EM POUCO TEMPO ERAM MILHÕES, INVADINDO RUAS, CAMPOS E CIDADES ESPALHANDO AMOR AOS CORAÇÕES, Roberto e Erasmo
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
A Questão da Destruição de Judá
A Questão da Destruição de Judá
(********8) A Questão da Destruição de Judá
Um texto de Gerson Soares
No corpo do trabalho foi dito que a escatologia se desenvolveria em dois atos distintos, todavia intimamente ligados entre si, como partes de um mesmo e único processo. E tal seria assim porque a escatologia já se acha previamente dada, nos acontecimentos tipológicos passados, tanto da destruição de Judá por Nabucodonozor como da conquista de Babilônia por Ciro que não obstante terem ocorridos em tempo e espaço diferentes, todavia na Palavra de Deus, no estrito interesse do Divino então judaico, tais acontecimentos foram partes de uma única ação de Deus.
A destruição de Judá por parte do rei caldeu Nabucodonozor e a conquista de Babilônia por parte do rei persa Ciro foram acontecimentos concebidos para servir de fundamento escatológico? Eles iriam nortear e ser modelos condutores do acontecer escatológico? Que seguiria passo a passo os seus passos? Os passos tipológicos dados no passado? O que significa dizer o aparecimento no final dos tempos de um novo Nabucodonozor e de um novo Ciro?
Estas são as coisas que Jesus tem revelado ao seu profeta para que ele o declare a todos os filhos e filhas de Deus, bem como a todos que estão com o ouvido aberto para ouvir a novidade. E é isto que será feito agora, num primeiro momento, as abordagens sobre os dramáticos acontecimentos da destruição de Judá e num segundo momento uma abordagem sobre os acontecimentos que levaram à queda de Babilônia.
Apesar de que no livro escatológico por excelência, Apocalipse, há referências que ligam diretamente a escatologia à Babilônia, por outro não há referências que a ligam à destruição de Judá. Abundam sim, mas por profetas fora da Bíblia, do tempo da modernidade. E eles serão abordados ao final desta nota de rodapé.
Mesmo que não haja no livro do Apocalipse qualquer referência que concebe a escatologia a partir das imagens de destruição de Judá, ora, como que na Palavra de Deus Veterotestamentário a destruição de Judá e a conquista de Babilônia se tratam de atos intimamente ligados entre si, indissociáveis, isto significa dizer que para que acontecesse a escatologia revivendo a conquista de Babilônia a escatologia teria de acontecer antes revivendo a destruição de Judá e de tudo que lhe diz respeito, pois quê se os acontecimentos de Nabucodonozor e de Ciro eram partes do mesmo processo então uma escatologia baseada nos acontecimentos de Ciro teria de ser previamente antecedida de uma escatologia baseada nos acontecimentos da destruição de Judá por parte de Nabucodonozor. Quem o diz é simplesmente a equação matemática.
Sendo assim, então podemos indagar se a escatologia já teria se manifestado a partir das imagens da destruição de Judá, um Novo Nabucodonozor esteve entre nós, e passou despercebido de todos?
Ora, por volta do ano de 95, 96, num programa religioso numa antiga rádio aqui da cidade de Presidente Prudente, o ministro da Palavra de Deus que o apresentava então fez leitura do capítulo 1 do livro do profeta Sofonias, do verso 1 ao 18. E ele exaltava a Palavra dizendo que era iminente o cumprimento de Sofonias; que em breve os ricos e os poderosos iriam gritar amargamente nas mãos de Deus, gritando por socorro, mas nem a sua prata e nem o seu ouro os iria livrar. Porque, dizia ele, este é o quinhão que aguarda o homem que dá mais valor para a riqueza do que para Deus.
Façamos a pergunta: a profecia de Sofonias, claramente escatológica, pois fala do Grande Dia da Ira de Deus, é ainda para acontecer, como dizia cheio de animosidade aquele ministro da Palavra de Deus, ou na verdade trata-se de profecia que já se cumpriu, apenas que esteve invisível aos homens?
Que esteve invisível é fora de dúvida; mas, como a Palavra de Deus diz que chegaria um tempo em que tudo que acha em oculto seria revelado, cabe a este que escreve fazer a solene declaração: Sofonias é profecia que já se cumpriu, e o Novo Nabucodonozor já esteve entre nós, fez a obra e as ações que a Palavra de Deus diz ele faria, e já se foi. Como assim? Por ocasião da revolução socialista ocorrida no final do ano de 1917 no país russo. Ali estiveram os seus acontecimentos.
A revolução russa, os seus dramáticos acontecimentos, foram revivência escatológica dos dramáticos acontecimentos da destruição de Judá? Lênin foi um novo Nabucodonozor? Vejamos:
_____ Nabucodonozor destruiu Judá em três sucessivos golpes. O PRIMEIRO foi desfechado contra o rei Joaquim; O SEGUNDO foi desfechado contra o rei Zedequias, onze anos e três meses depois; e O TERCEIRO foi desfechado um mês depois por Nebuzaradã, enviado de Nabucodonozor, que passou a queimar a casa de Javé e a casa do rei, e todas as casas de Jerusalém; queimando com fogo a casa de todo homem proeminente e demolindo as muralhas da cidade, não deixando pedra sobre pedra.
Mas, não foi isto mesmo que aconteceu no caso russo? Os revolucionários realmente não destruíram a Cristandade, que era o reino do Czar, em três sucessivos golpes? O PRIMEIRO foi, pois, a revolução de 1905; o SEGUNDO foi, pois, a revolução de março de 17, onze anos e três meses depois; e o TERCEIRO foi desfechado um mês depois quando Lênin voltando do exílio passou a demolir todo aquele mundo não deixando pedra sobre pedra?
_____ Relata a Palavra de Deus que quando o cerco de Nabucodonozor se tornou insuportável então por uma brecha, na calada da noite, fugiu Zedequias e toda a sua família e colaboradores. Fugindo na direção do Arabá, quando se achavam na planície desértica de Jericó, foram pegos pelos soldados caldeus.. Andando com eles o levaram finalmente a Ribla, mais ao norte, onde o rei Nabucodonozor tinha armado seu quartel-general. Após ter-se feito a leitura de uma decisão judicial a seu respeito então os caldeus abateram ao fio da espada toda a família de Zedequias, todos os seus filhos, a julgar pela idade do pai eram eles muito jovens. E em seguida cegaram-no levando-o a Babilônia onde viveu e morreu na Casa de Custódia..
Mas, não foi isto que ocorreu no caso russo? O Czar Nicolau II quando viu que os revolucionários se assenhoreavam do poder e que seu fim político tinha chegado, enquanto estava sob custódia em Tsarskoye Selo, então na calada da noite planejou fugir da Rússia indo se asilar na Inglaterra, então governada pelo seu primo o rei Jorge V. Mas os revolucionários souberam dos planos e cercaram todas as estradas, com Nicolau II não tendo como fugir. E em agosto o transferiram para a Sibéria, para a cidade de Tobolsk, com Nicolau II e toda a sua família, bem como dezenas que prestavam serviços à família imperial, seguindo em um trem escoltado por trezentos soldados. E em Tobolsk foram aprisionados na Casa do Governador. E finalmente em março do ano seguinte foi transferido de cidade, de Tobolsk para Ekaterimburgo, nos Montes Urais, sendo aprisionados na Casa Patien. E no dia 17 de julho daquele ano de 1918 o capitão Yakov Yurovski, um fotógrafo que sofrera horrores nas prisões do Czar, entrou até o porão onde se achava a família imperial e fez perante eles a leitura de uma decisão judicial que fora tomada pelo soviete local. Estritamente por ele, porque tal ato não estava escrito no ESPÍRITO-DNA do Lênin. E em seguida todos que estavam no porão foram mortos, o Czar e toda a sua família, bem como mordomos que os acompanhava, não sendo poupado nem mesmo o cão spaniel de estimação da família.
_____ Relata a Palavra de Deus que após o massacre dos filhos de Zedequias e o seu cegamento a ira dos caldeus continuou acesa, de modo que mais e mais membros da família real, e outros que serviram próximos ao rei, foram aprisionados e conduzidos a Ribla; e ali na presença de um rei imperdoável eram impiedosamente mortos.
Mas, não foi isto que ocorreu no caso russo? Depois do massacre dos Romanov os revolucionários continuaram aprisionando membros da família imperial e os enviando para Ekaterimburgo; e ali eram julgados e executados. E isto teve prosseguimento até o mês de janeiro do ano de 19, de modo que no período foram cerca de 20 os membros da família imperial que foram julgados e tiveram fim trágico nas mãos dos revolucionários que faziam guarda na região dos Montes Urais.
_____ Relata a Palavra de Deus que os filhos da rebeldia ficaram setenta anos em Babilônia expiando o seu pecado. Mas, ao final de setenta anos de cativeiro, então foram libertos e tiveram permissão de retornar para o lugar de onde foram tirados.
Mas, o que teria sido isto? Por ventura que o tempo de duração do Comunismo que foi realmente de setenta anos? Após esse período então a Cristandade foi novamente restabelecida ao seu antigo lugar?
Haveria alguma ligação entre o massacre dos Zedequias e o massacre dos Romanov? O fato de na profecia de Sofonias constar explicitamente: e vou voltar a minha atenção para os filhos do rei, teria sido isto? De modo que os infelizes já estavam com a sorte traçada muito antes de sua própria existência?
Vejamos o que diz o profeta Sofonias: Está próximo o grande dia de Javé. Está próximo e se apressa muitíssimo. O ruído do dia de Javé é amargo. Ali o poderoso, deixa escapar um grito. Este dia é dia de fúria, dia de aflição e de angústia, dia de tempestade e de desolação, dia de escuridão e de trevas, dia de nuvens e de densas nuvens, dia de buzina e de sinal de alarme, contra as cidades fortificadas e contra as altas torres de ângulo. E vou causar aflição à humanidade, e hão de andar como cegos; porque foi contra Javé que eles pecaram. E seu sangue será realmente derramado como pó e suas vísceras como fezes. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da fúria de Javé. Comparem agora com o que foi retirado da Wikipédia: As últimas a morrer foram Anastásia, Tatiana, Olga e Maria, que foram golpeadas por baionetas. [73] Elas vestiam mais de 1,3 quilos de diamantes, o que proporcionou a elas uma proteção inicial das balas e baionetas. [74]
Mas, é preciso este esclarecimento: Noubarus Gerson está falando do massacre dos filhos de Zedequias e dos filhos de Nicolau II estabelecendo uma ligação profético-escatológica entre os dois fatos apenas para cumprir com o seu dever de historiador e restaurador da verdade bíblica e histórica. Não sente nenhum prazer em fazê-lo, mormente que está falando de crianças inocentes e jovens que ocupavam aquelas posições por obra do acaso, de modo que não entende tanta ira tanto por parte dos caldeus como por parte dos revolucionários (certamente que Deus deve entender). Mas o assunto foi exaustivamente abordado porque, além do dever de ofício, por outro a ignorância humana tem cometido muita blasfêmia contra Deus e contra a Sua Palavra. Partindo de setores externos à Palavra de Deus até que é compreensível, mas partindo de homens e mulheres que tem a responsabilidade de zelar pelo que é de Deus e pelo seu nome, e o que vem de Deus eles rejeitam e amaldiçoam, então é preciso uma intervenção de Deus para que se tenha mais zelo e mais respeito com a Sua Palavra, que mesmo na morte é portadora da vida, sim, que mesmo na morte, que dele advém, é caminho para a vida.
John Acquila Brown. No ano de 1823 circulou em Londres o livro The Even – Tide (a noite) publicado por John Acquila Brown. Interpretando a profecia dos sete tempos que aparece no livro do profeta Daniel (4.16-17) Brown entendeu que este era um tempo profético de 2520 anos, ao final do qual o domínio político de Deus seria restabelecido. De modo que este longo período de 2520 anos representava o tempo em que a terra ficou sem governo divino, tendo sido o rei Zedequias o último governante do reino teocrático de Javé, uma linguagem que é muito usada pelas Testemunhas de Jeová. Tomando como base e ponto de partida a destruição de Jerusalém pelos caldeus, que ele datou no ano 604ª.c, então, segundo John Acquila Brown, o final deste período profético iria se dar no ano de 1917. No ano de 1917, portanto, o reino teocrático de Javé seria restabelecido e a magnanimidade de sua autoridade seria novamente reconhecida e respeitada.
John Acquila Brown foi verdadeiro na sua interpretação e no seu vaticínio?
Chama à atenção que algum tempo depois de Acquila Brown outro estudioso da Palavra de Deus, Charles Tasse Russel, no ano de 1870 foi também revelado que os sete tempos de Daniel representavam realmente um período de 2520 anos, tempo em que na terra não haveria governo teocrático de Javé, mas ao seu término, enfatizava Russel, o governo teocrático de Javé seria novamente restabelecido e seria este o início da restauração do paraíso terrestre. Apenas que Russel, influenciado por Nelson Barbour – que no ano de 1875 publicou no seu periódico Herald of the Morning (arauto da manhã) que o período dos 2520 anos acabaria no ano de 1914. Barbour partiu do princípio que a destruição de Jerusalém se dera no ano de 607ª.c e não 604ª como anteriormente afirmado por John Acquila Brown – sim, apenas que Russel, influenciado por Barbour, creu que o ano em que Deus iria restabelecer o senhorio do seu governo na terra era o ano de 1914. Tendo passado o ano de 1914 e nenhum acontecimento a indicar o aparecimento do governo divino da terra, a guerra que neste ano adquiriu proporções mundiais Russel a descartou, a verdade é que no ano de 1916, pouco antes de morrer, de forma confusa, começou a achar que o socialismo, que por todos os cantos da terra ameaçava irromper como nova forma de governo diferente de tudo que existia, pudesse ser o fenômeno real da profecia ou que estaria de alguma forma ligada a ela.
Mas, deixemos de lado Charles Tasse Russel e Nelson Barbour e voltemos a John Acquila Brown. Bem, o período dos 2520 anos se cumpriu mesmo no ano de 1917? O reino teocrático de Javé, representado nos reis de Israel, e que findou na destruição de Jerusalém por parte dos caldeus, sendo Zedequias seu último ocupante, ele foi restaurado no ano de 1917? Mais ainda, já tomando os acrescentamentos de Charles Tasse Russel, neste ano de 1917 começou mesmo a restauração do paraíso terrestre?
Ora, no dia 2 de novembro do ano de 1917 ocorreram dois acontecimentos de grande monta que podem estar intimamente ligados ao vaticínio de Brown. E quais foram eles? A assinatura da Declaração Baulfour e a “assinatura” da Revolução. Neste dia tanto o chanceler britânico Lord Balfour assinou a histórica Declaração Balfour, que outorgou de forma oficial ao povo judeu o direito de retornar à Palestina e construírem ali para si um “Lar Nacional”, deixando de andar peregrino e de ser enxotado de nação em nação, como também Lênin e os líderes bolcheviques decidiram pela realização da revolução, de uma revolução que iria dar aos trabalhadores um “Lar Nacional”, o socialismo, com eles deixando de ser oprimidos pelos patrões e de ser enxotados de emprego em emprego.
Como analisar que o socialismo irrompeu na terra, mesclado, misturado, indissoluvelmente ligado ao judeu? A tal ponto que não somente foram tanques soviéticos que derrubaram os portões e muros dos campos de concentração nazista e libertaram os prisioneiros judeus como foi os soviéticos o responsável maior pela criação do Estado de Israel em 48? Estados Unidos ficou do lado da Inglaterra que apoiava os árabes em sua luta contra o recém criado Estado de Israel, mas a União Soviética lhe deu apoio decisivo, não só diplomático (os Estados Unidos se absteve) como também foram armas comunistas postas em suas mãos razão de sua vitória?
Como explicar que não somente líderes importantes da revolução eram judeus, como Marx e Trotsky, ou meio-judeus, como Lênin, mas também o Conselho dos Comissários do Povo, instância máxima de poder da Revolução, das suas 556 cadeiras nada mais nada menos que 457 eram ocupadas por judeus? Sem falar, claro, no embrião do socialismo que foi construído pouco antes pelos judeus, os kibutzins? E podendo ser acrescentado até mesmo os “pogroms”, feito pelo Czar contra os judeus, pois entendiam que os judeus eram a causa da revolução e da desordem, e acabar com os judeus era acabar com eles?
Segundo George Riffert no seu livro A Grande Pirâmide de Gizé o comunismo foi gestado no ventre da Liga Judaica. Simplesmente saiu das entranhas do judeu. Isso é verdadeiro?
Bem, John Acquila Brown foi verdadeiro no seu vaticínio? O que teria de fato acontecido naquele ano de 1917 ligado aos mistérios profundos da Palavra de Deus?
Ora, o que aconteceu neste ano de 1917 foi tão-somente que se deu o aparecimento DO FRUTO DO REINO e a sua respectiva SEMENTE. O fruto do Reino sendo o judeu Marx – personificado no triunfo do socialismo – e a sua semente, Abraão, personificado no Sionismo, o que explica a revolução – movimento de emancipação da classe trabalhadora – e o sionismo – movimento de emancipação do povo judeu – ter se manifestados juntos, entrelaçados entre si, pois quê o fruto quando se manifesta trás dentro de si sua respectiva semente, que ao seu plantio desaparece para dar lugar a arvore, mas que no final do processo reaparece junto ao fruto.
Mas, como a semente possui em si dois gametas, e eles são a causa do fruto e se acham presentes nele, sendo a carne do fruto o resultado do seu gameta masculino e o seu sabor específico e docilidade no seu lugar amargo o resultado do seu gameta feminino, ora, a verdade é que tanto a semente do Reino, o judeu, como o seu fruto, o socialismo, se manifestaram carregando ambos a sua negação. A sua negação dialética, sendo a negação do socialismo o cristianismo e a negação do judeu o palestino. Depois de choques e entrechoques o final é que iria dar-se entre eles a reconciliação, com o socialismo se reconciliando com o cristianismo e o judeu se reconciliando com o palestino, osso do mesmo osso, uma só carne, um só espírito. E podemos dizer que esta reconciliação já foi divisada no horizonte pelo espírito, estando a caminho já o seu processo no aguardo de consumação: por um lado a Escola de Frankfurt – movimento de judeus marxistas que principiou a uma reconciliação do marxismo com o cristianismo – e de outro os acordos de paz firmados por Yitzac Rabin e Yasser Arafat no ano de 93, em Oslo, e que eram preâmbulo para a completa harmonia entre os dois povos a ser conseguida proximamente.
Ora, sabemos que os vaticínios sobre os sete tempos de Daniel apontavam para um período de tempo de 2520 anos ao final do qual Deus iria restabelecer o senhorio do seu governo teocrático, sim, sabemos que seus vaticinadores mais exaltados, em especial Charles Tasse Russel, foram claros de que este governo teocrático não era tão somente o renascimento da nação de Israel, mas, muito mais, o estabelecimento do governo de Deus que iria iniciar todo um trabalho para a construção do paraíso terrestre, em todo o orbe terrestre pois quê no princípio tudo estava nas mãos de Deus. Não iria reiniciar-se o mesmo ciclo, mas seria um novo tempo, em que a presença de Deus não estaria mais presente e limitada a uma única nação, mas seria presença universal. Ora, façamos a pergunta: o governo socialista que foi vitorioso naqueles anos de 1917, 1918 e 1919 a sua forma de governar era então já a construção deste paraíso terrestre? Como o profeta Isaías descreveu o início da construção do paraíso terrestre? “Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando. Pois eis que crio Jerusalém como causa para júbilo e seu povo como causa para exultação. E eu vou jubilar em Jerusalém e exultar pelo meu povo; e não se ouvirá mais nela o som de choro, nem o som dum clamor de queixume. Não virá a haver mais um nenê de poucos dias procedente daquele lugar, nem ancião que não tenha cumprido os seus dias; pois morrer-se-á como mero rapaz, embora da idade de cem anos; e quanto ao pecador, embora tenha cem anos de idade, invocar-se-á sobre ele o mal. E hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não plantarão e outro comerá. Porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos (...).” (Isaías 65.17-25) (O grifo foi meu).
Claramente o profeta Isaías está contrapondo dois sistemas sociais, um em que aqueles que plantam e constroem não comem e não moram, mas outros no seu lugar comem e moram que é entendido de forma clara como constituídos daqueles que não plantaram e não construíram.
Ora, esta forma de governo pela primeira vez na História se deu com a revolução socialista. Ela suprimiu a figura do proprietário de mão de obra de modo que aqueles que plantavam e construíam o faziam para si próprio. Tanto é que no socialismo a falta de moradia e a falta de comida foram resolvidas. E quando o profeta Isaías está descrevendo este reino futuro, a ser trazido por Javé, e diz que os escolhidos de Deus “usufruiriam plenamente do trabalho das suas próprias mãos” é claro este novo sistema social ser o socialismo, pois nele não há a figura do capitalista para extrair mais-valia do trabalho do trabalhador. Ele usufrui plenamente do trabalho de suas próprias mãos. (Para aprofundar a questão ver a parábola que aparece em Mateus 20 onde Jesus lança mão de símbolos para, através deles, descrever o reino futuro de Javé).
Como foi dito que se cumprindo a Palavra de Deus, e não a palavra do homem, então naquele final do ano de 1917 se deu este cumprimento profético, Daniel, Sofonias – mas também profetas modernos que foram usados pelo Deus que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os profetas, e estamos falando de John Acquila Brown e até mesmo de Charles Tasse Russel – de modo que Deus restabelecia a sua soberania e a sua autoridade política a partir tanto do socialismo como do sionismo (mas socialismo e sionismo ainda na existência de negação, tese e antítese, ainda não síntese, de modo que o socialismo era Esaú desligado e sem a complementação de Jacó, Cristianismo, e o sionismo era Jacó desligado e sem a complementação de Esaú, Palestino; mas, na síntese, iria haver a completa reconciliação, o socialismo iria reconciliar-se com o cristianismo, deixando de ser Esaú este e deixando de ser Jacó aquele para agora os dois serem Isaque, e agora no corpo e na figura de Isaque se porem à construção do reino da liberdade concreta em que cada um tem segundo as suas necessidades, e o mesmo se dizendo de judeus e palestinos que agora no corpo e na figura de Isaque iriam pôr-se realmente à construção da Nova Jerusalém, Nova Jerusalém esta que será mesmo a capital desta terra construída por cristãos e marxistas, e é uma cidade assim, não tem qualquer barreira de divisão e de separação, mas é cidade livre, em que judeus e palestinos, bem como cristãos, atravessam-na de lado a lado sem haver que os interrompa e indague: para onde vais, ora, sendo assim, vamos fazer mais uma análise para que a questão se torne ainda mais madura na mente e no coração daqueles que são limpos de mão e puros de coração (Mas, antes de prosseguir, é preciso esclarecer: não que deixam de ser Esaú e Jacó para ser Ismael, desse modo adquirindo uma nova identidade espiritual. Não, mas o seu sentido profundo é que evoluem, amadurecem e acabam, pois, descobrindo no outro a sua complementação. A sua geminilidade. De modo que se reconciliam e começam a transitar entre si NA MEDIAÇÃO DE ISAQUE!). Prosseguindo. Bem, o fato de que os bolcheviques quando fizeram a revolução e já estavam longe na construção do socialismo e as nações imperialistas da terra inteira invadiram a Rússia revolucionária por todos os flancos para impedir o recém-criado estado socialista e esmagar a revolução, trazendo assim o seu povo de volta à casa dos escravos, quatorze nações, as nações mais seletas, Turquia, Japão, França, Inglaterra, Estados Unidos, querendo impedir o nascimento do recém estado socialista e o esmagar – mas foram esmagadas pelo poder revolucionário, perecendo nas águas do seu Mar Vermelho espiritual –, ora, este fato, que é da mesma essência do fato ocorrido com o nascente estado de Israel, em que as nações árabes avançaram sobre ele para destruí-lo e o esmagar, mas foram derrotadas – bem, esses fatos têm alguma relação entre si, relação que diga respeito aos profundos mistérios da Palavra de Deus? Afinal não somente a mão do judeu foi auxílio ao poder revolucionário na conquista do poder e na sua luta contra o imperialismo como a mão do comunista, trinta anos depois, foi auxilio na criação do Estado de Israel...
Mais fatos esclarecedores. Ora, fazendo leitura da profecia em que Daniel faz menção dos sete tempos (4.25), se deduz que ao seu cumprimento Deus estabeleceria no reinado ou começaria o seu reinado a partir de um povo humilde, pois, contrapondo o orgulho e a soberba de Nabucodonozor, é dito: até saberes que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser até mesmo que estabelece nele o mais humilde da humanidade. E esta dedução ganha verossimilhança quando ao vaticínio de Daniel é agregado o vaticínio do Magnificat, clarividente sobre a questão, que aparece em Lucas 1.46-53, claramente inspirado nas palavras de Daniel, pois quê veja-se o que diz o Magnificat: “(...) Ele tem agido valorosamente com o seu braço, tem espalhado os que são soberbos na sua intenção de coração. Tem derrubado de tronos homens de poder e tem enaltecido humildes; tem plenamente saciado os famintos com coisas boas e têm mandado embora, de mãos vazias, os que tinham riqueza”.
Façamos a pergunta: uma vez que a revolução se deu a partir do proletariado, realmente o mais humilde da humanidade, homens e mulheres rudes, analfabetos, que não possuíam nada senão a sua força de trabalho, e não tinha nada a perder senão as algemas sobre as suas vidas, e há o relato sobre o marinheiro Krilenko, membro do triunvirato encarregado da defesa da marinha, que ao datilografar as suas ordens revolucionárias concernentes ficava com o indicador procurando as letras no teclado máquina, como se diz no jargão popular: catando milho! ... Um toque aqui outro ali.... E assim ia aprendendo o ofício de datilógrafo... Sim, o fato da revolução, ter sido feita pelo proletariado seria mais uma prova contundente da origem divina do Marxismo e da Revolução? Foi Javé que estabeleceu o proletariado no poder e no tempo designado?
Como última indagação – e perguntar não faz mal a ninguém: uma vez que o advento da revolução socialista foi cumprimento da Palavra de Deus, se cumprindo até mesmo nos mínimos detalhes, como Isaías 53 se cumpriu em Jesus até nos mínimos detalhes, ora, como explicar que os sacerdotes da Cristandade sempre amaldiçoaram a revolução comunista, vendo-a como obra do homem pecador? Maldição que proferiram contra ela que faz lembrar as maldições proferidas por Balaão contra o povo recém-saído da escravidão, contratado pelo rei Balaque, para uma recompensa, como aparece na carta de Judas? Os sacerdotes da Cristandade seriam tipos dos sacerdotes de Judá, seus arquétipos? De modo que o espírito que esteve naqueles era o espírito que estava nestes?
Certamente que muitos irão refletir, caindo de joelho perante Deus, clamando as suas misericórdias e o seu perdão, procurando conhecer mais os acontecimentos da História na mediação e interpretação da Palavra de Deus e não mais no interesse e na interpretação dos homens.
Como indagação, vejamos o que diz Daniel sobre o sonho do rei Nabucodonozor sobre a arvore que nasceu pequena mas que cresceu sendo vista de todos os lugares da terra.frondosa que teve
(********8) A Questão da Destruição de Judá
Um texto de Gerson Soares
No corpo do trabalho foi dito que a escatologia se desenvolveria em dois atos distintos, todavia intimamente ligados entre si, como partes de um mesmo e único processo. E tal seria assim porque a escatologia já se acha previamente dada, nos acontecimentos tipológicos passados, tanto da destruição de Judá por Nabucodonozor como da conquista de Babilônia por Ciro que não obstante terem ocorridos em tempo e espaço diferentes, todavia na Palavra de Deus, no estrito interesse do Divino então judaico, tais acontecimentos foram partes de uma única ação de Deus.
A destruição de Judá por parte do rei caldeu Nabucodonozor e a conquista de Babilônia por parte do rei persa Ciro foram acontecimentos concebidos para servir de fundamento escatológico? Eles iriam nortear e ser modelos condutores do acontecer escatológico? Que seguiria passo a passo os seus passos? Os passos tipológicos dados no passado? O que significa dizer o aparecimento no final dos tempos de um novo Nabucodonozor e de um novo Ciro?
Estas são as coisas que Jesus tem revelado ao seu profeta para que ele o declare a todos os filhos e filhas de Deus, bem como a todos que estão com o ouvido aberto para ouvir a novidade. E é isto que será feito agora, num primeiro momento, as abordagens sobre os dramáticos acontecimentos da destruição de Judá e num segundo momento uma abordagem sobre os acontecimentos que levaram à queda de Babilônia.
Apesar de que no livro escatológico por excelência, Apocalipse, há referências que ligam diretamente a escatologia à Babilônia, por outro não há referências que a ligam à destruição de Judá. Abundam sim, mas por profetas fora da Bíblia, do tempo da modernidade. E eles serão abordados ao final desta nota de rodapé.
Mesmo que não haja no livro do Apocalipse qualquer referência que concebe a escatologia a partir das imagens de destruição de Judá, ora, como que na Palavra de Deus Veterotestamentário a destruição de Judá e a conquista de Babilônia se tratam de atos intimamente ligados entre si, indissociáveis, isto significa dizer que para que acontecesse a escatologia revivendo a conquista de Babilônia a escatologia teria de acontecer antes revivendo a destruição de Judá e de tudo que lhe diz respeito, pois quê se os acontecimentos de Nabucodonozor e de Ciro eram partes do mesmo processo então uma escatologia baseada nos acontecimentos de Ciro teria de ser previamente antecedida de uma escatologia baseada nos acontecimentos da destruição de Judá por parte de Nabucodonozor. Quem o diz é simplesmente a equação matemática.
Sendo assim, então podemos indagar se a escatologia já teria se manifestado a partir das imagens da destruição de Judá, um Novo Nabucodonozor esteve entre nós, e passou despercebido de todos?
Ora, por volta do ano de 95, 96, num programa religioso numa antiga rádio aqui da cidade de Presidente Prudente, o ministro da Palavra de Deus que o apresentava então fez leitura do capítulo 1 do livro do profeta Sofonias, do verso 1 ao 18. E ele exaltava a Palavra dizendo que era iminente o cumprimento de Sofonias; que em breve os ricos e os poderosos iriam gritar amargamente nas mãos de Deus, gritando por socorro, mas nem a sua prata e nem o seu ouro os iria livrar. Porque, dizia ele, este é o quinhão que aguarda o homem que dá mais valor para a riqueza do que para Deus.
Façamos a pergunta: a profecia de Sofonias, claramente escatológica, pois fala do Grande Dia da Ira de Deus, é ainda para acontecer, como dizia cheio de animosidade aquele ministro da Palavra de Deus, ou na verdade trata-se de profecia que já se cumpriu, apenas que esteve invisível aos homens?
Que esteve invisível é fora de dúvida; mas, como a Palavra de Deus diz que chegaria um tempo em que tudo que acha em oculto seria revelado, cabe a este que escreve fazer a solene declaração: Sofonias é profecia que já se cumpriu, e o Novo Nabucodonozor já esteve entre nós, fez a obra e as ações que a Palavra de Deus diz ele faria, e já se foi. Como assim? Por ocasião da revolução socialista ocorrida no final do ano de 1917 no país russo. Ali estiveram os seus acontecimentos.
A revolução russa, os seus dramáticos acontecimentos, foram revivência escatológica dos dramáticos acontecimentos da destruição de Judá? Lênin foi um novo Nabucodonozor? Vejamos:
_____ Nabucodonozor destruiu Judá em três sucessivos golpes. O PRIMEIRO foi desfechado contra o rei Joaquim; O SEGUNDO foi desfechado contra o rei Zedequias, onze anos e três meses depois; e O TERCEIRO foi desfechado um mês depois por Nebuzaradã, enviado de Nabucodonozor, que passou a queimar a casa de Javé e a casa do rei, e todas as casas de Jerusalém; queimando com fogo a casa de todo homem proeminente e demolindo as muralhas da cidade, não deixando pedra sobre pedra.
Mas, não foi isto mesmo que aconteceu no caso russo? Os revolucionários realmente não destruíram a Cristandade, que era o reino do Czar, em três sucessivos golpes? O PRIMEIRO foi, pois, a revolução de 1905; o SEGUNDO foi, pois, a revolução de março de 17, onze anos e três meses depois; e o TERCEIRO foi desfechado um mês depois quando Lênin voltando do exílio passou a demolir todo aquele mundo não deixando pedra sobre pedra?
_____ Relata a Palavra de Deus que quando o cerco de Nabucodonozor se tornou insuportável então por uma brecha, na calada da noite, fugiu Zedequias e toda a sua família e colaboradores. Fugindo na direção do Arabá, quando se achavam na planície desértica de Jericó, foram pegos pelos soldados caldeus.. Andando com eles o levaram finalmente a Ribla, mais ao norte, onde o rei Nabucodonozor tinha armado seu quartel-general. Após ter-se feito a leitura de uma decisão judicial a seu respeito então os caldeus abateram ao fio da espada toda a família de Zedequias, todos os seus filhos, a julgar pela idade do pai eram eles muito jovens. E em seguida cegaram-no levando-o a Babilônia onde viveu e morreu na Casa de Custódia..
Mas, não foi isto que ocorreu no caso russo? O Czar Nicolau II quando viu que os revolucionários se assenhoreavam do poder e que seu fim político tinha chegado, enquanto estava sob custódia em Tsarskoye Selo, então na calada da noite planejou fugir da Rússia indo se asilar na Inglaterra, então governada pelo seu primo o rei Jorge V. Mas os revolucionários souberam dos planos e cercaram todas as estradas, com Nicolau II não tendo como fugir. E em agosto o transferiram para a Sibéria, para a cidade de Tobolsk, com Nicolau II e toda a sua família, bem como dezenas que prestavam serviços à família imperial, seguindo em um trem escoltado por trezentos soldados. E em Tobolsk foram aprisionados na Casa do Governador. E finalmente em março do ano seguinte foi transferido de cidade, de Tobolsk para Ekaterimburgo, nos Montes Urais, sendo aprisionados na Casa Patien. E no dia 17 de julho daquele ano de 1918 o capitão Yakov Yurovski, um fotógrafo que sofrera horrores nas prisões do Czar, entrou até o porão onde se achava a família imperial e fez perante eles a leitura de uma decisão judicial que fora tomada pelo soviete local. Estritamente por ele, porque tal ato não estava escrito no ESPÍRITO-DNA do Lênin. E em seguida todos que estavam no porão foram mortos, o Czar e toda a sua família, bem como mordomos que os acompanhava, não sendo poupado nem mesmo o cão spaniel de estimação da família.
_____ Relata a Palavra de Deus que após o massacre dos filhos de Zedequias e o seu cegamento a ira dos caldeus continuou acesa, de modo que mais e mais membros da família real, e outros que serviram próximos ao rei, foram aprisionados e conduzidos a Ribla; e ali na presença de um rei imperdoável eram impiedosamente mortos.
Mas, não foi isto que ocorreu no caso russo? Depois do massacre dos Romanov os revolucionários continuaram aprisionando membros da família imperial e os enviando para Ekaterimburgo; e ali eram julgados e executados. E isto teve prosseguimento até o mês de janeiro do ano de 19, de modo que no período foram cerca de 20 os membros da família imperial que foram julgados e tiveram fim trágico nas mãos dos revolucionários que faziam guarda na região dos Montes Urais.
_____ Relata a Palavra de Deus que os filhos da rebeldia ficaram setenta anos em Babilônia expiando o seu pecado. Mas, ao final de setenta anos de cativeiro, então foram libertos e tiveram permissão de retornar para o lugar de onde foram tirados.
Mas, o que teria sido isto? Por ventura que o tempo de duração do Comunismo que foi realmente de setenta anos? Após esse período então a Cristandade foi novamente restabelecida ao seu antigo lugar?
Haveria alguma ligação entre o massacre dos Zedequias e o massacre dos Romanov? O fato de na profecia de Sofonias constar explicitamente: e vou voltar a minha atenção para os filhos do rei, teria sido isto? De modo que os infelizes já estavam com a sorte traçada muito antes de sua própria existência?
Vejamos o que diz o profeta Sofonias: Está próximo o grande dia de Javé. Está próximo e se apressa muitíssimo. O ruído do dia de Javé é amargo. Ali o poderoso, deixa escapar um grito. Este dia é dia de fúria, dia de aflição e de angústia, dia de tempestade e de desolação, dia de escuridão e de trevas, dia de nuvens e de densas nuvens, dia de buzina e de sinal de alarme, contra as cidades fortificadas e contra as altas torres de ângulo. E vou causar aflição à humanidade, e hão de andar como cegos; porque foi contra Javé que eles pecaram. E seu sangue será realmente derramado como pó e suas vísceras como fezes. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da fúria de Javé. Comparem agora com o que foi retirado da Wikipédia: As últimas a morrer foram Anastásia, Tatiana, Olga e Maria, que foram golpeadas por baionetas. [73] Elas vestiam mais de 1,3 quilos de diamantes, o que proporcionou a elas uma proteção inicial das balas e baionetas. [74]
Mas, é preciso este esclarecimento: Noubarus Gerson está falando do massacre dos filhos de Zedequias e dos filhos de Nicolau II estabelecendo uma ligação profético-escatológica entre os dois fatos apenas para cumprir com o seu dever de historiador e restaurador da verdade bíblica e histórica. Não sente nenhum prazer em fazê-lo, mormente que está falando de crianças inocentes e jovens que ocupavam aquelas posições por obra do acaso, de modo que não entende tanta ira tanto por parte dos caldeus como por parte dos revolucionários (certamente que Deus deve entender). Mas o assunto foi exaustivamente abordado porque, além do dever de ofício, por outro a ignorância humana tem cometido muita blasfêmia contra Deus e contra a Sua Palavra. Partindo de setores externos à Palavra de Deus até que é compreensível, mas partindo de homens e mulheres que tem a responsabilidade de zelar pelo que é de Deus e pelo seu nome, e o que vem de Deus eles rejeitam e amaldiçoam, então é preciso uma intervenção de Deus para que se tenha mais zelo e mais respeito com a Sua Palavra, que mesmo na morte é portadora da vida, sim, que mesmo na morte, que dele advém, é caminho para a vida.
John Acquila Brown. No ano de 1823 circulou em Londres o livro The Even – Tide (a noite) publicado por John Acquila Brown. Interpretando a profecia dos sete tempos que aparece no livro do profeta Daniel (4.16-17) Brown entendeu que este era um tempo profético de 2520 anos, ao final do qual o domínio político de Deus seria restabelecido. De modo que este longo período de 2520 anos representava o tempo em que a terra ficou sem governo divino, tendo sido o rei Zedequias o último governante do reino teocrático de Javé, uma linguagem que é muito usada pelas Testemunhas de Jeová. Tomando como base e ponto de partida a destruição de Jerusalém pelos caldeus, que ele datou no ano 604ª.c, então, segundo John Acquila Brown, o final deste período profético iria se dar no ano de 1917. No ano de 1917, portanto, o reino teocrático de Javé seria restabelecido e a magnanimidade de sua autoridade seria novamente reconhecida e respeitada.
John Acquila Brown foi verdadeiro na sua interpretação e no seu vaticínio?
Chama à atenção que algum tempo depois de Acquila Brown outro estudioso da Palavra de Deus, Charles Tasse Russel, no ano de 1870 foi também revelado que os sete tempos de Daniel representavam realmente um período de 2520 anos, tempo em que na terra não haveria governo teocrático de Javé, mas ao seu término, enfatizava Russel, o governo teocrático de Javé seria novamente restabelecido e seria este o início da restauração do paraíso terrestre. Apenas que Russel, influenciado por Nelson Barbour – que no ano de 1875 publicou no seu periódico Herald of the Morning (arauto da manhã) que o período dos 2520 anos acabaria no ano de 1914. Barbour partiu do princípio que a destruição de Jerusalém se dera no ano de 607ª.c e não 604ª como anteriormente afirmado por John Acquila Brown – sim, apenas que Russel, influenciado por Barbour, creu que o ano em que Deus iria restabelecer o senhorio do seu governo na terra era o ano de 1914. Tendo passado o ano de 1914 e nenhum acontecimento a indicar o aparecimento do governo divino da terra, a guerra que neste ano adquiriu proporções mundiais Russel a descartou, a verdade é que no ano de 1916, pouco antes de morrer, de forma confusa, começou a achar que o socialismo, que por todos os cantos da terra ameaçava irromper como nova forma de governo diferente de tudo que existia, pudesse ser o fenômeno real da profecia ou que estaria de alguma forma ligada a ela.
Mas, deixemos de lado Charles Tasse Russel e Nelson Barbour e voltemos a John Acquila Brown. Bem, o período dos 2520 anos se cumpriu mesmo no ano de 1917? O reino teocrático de Javé, representado nos reis de Israel, e que findou na destruição de Jerusalém por parte dos caldeus, sendo Zedequias seu último ocupante, ele foi restaurado no ano de 1917? Mais ainda, já tomando os acrescentamentos de Charles Tasse Russel, neste ano de 1917 começou mesmo a restauração do paraíso terrestre?
Ora, no dia 2 de novembro do ano de 1917 ocorreram dois acontecimentos de grande monta que podem estar intimamente ligados ao vaticínio de Brown. E quais foram eles? A assinatura da Declaração Baulfour e a “assinatura” da Revolução. Neste dia tanto o chanceler britânico Lord Balfour assinou a histórica Declaração Balfour, que outorgou de forma oficial ao povo judeu o direito de retornar à Palestina e construírem ali para si um “Lar Nacional”, deixando de andar peregrino e de ser enxotado de nação em nação, como também Lênin e os líderes bolcheviques decidiram pela realização da revolução, de uma revolução que iria dar aos trabalhadores um “Lar Nacional”, o socialismo, com eles deixando de ser oprimidos pelos patrões e de ser enxotados de emprego em emprego.
Como analisar que o socialismo irrompeu na terra, mesclado, misturado, indissoluvelmente ligado ao judeu? A tal ponto que não somente foram tanques soviéticos que derrubaram os portões e muros dos campos de concentração nazista e libertaram os prisioneiros judeus como foi os soviéticos o responsável maior pela criação do Estado de Israel em 48? Estados Unidos ficou do lado da Inglaterra que apoiava os árabes em sua luta contra o recém criado Estado de Israel, mas a União Soviética lhe deu apoio decisivo, não só diplomático (os Estados Unidos se absteve) como também foram armas comunistas postas em suas mãos razão de sua vitória?
Como explicar que não somente líderes importantes da revolução eram judeus, como Marx e Trotsky, ou meio-judeus, como Lênin, mas também o Conselho dos Comissários do Povo, instância máxima de poder da Revolução, das suas 556 cadeiras nada mais nada menos que 457 eram ocupadas por judeus? Sem falar, claro, no embrião do socialismo que foi construído pouco antes pelos judeus, os kibutzins? E podendo ser acrescentado até mesmo os “pogroms”, feito pelo Czar contra os judeus, pois entendiam que os judeus eram a causa da revolução e da desordem, e acabar com os judeus era acabar com eles?
Segundo George Riffert no seu livro A Grande Pirâmide de Gizé o comunismo foi gestado no ventre da Liga Judaica. Simplesmente saiu das entranhas do judeu. Isso é verdadeiro?
Bem, John Acquila Brown foi verdadeiro no seu vaticínio? O que teria de fato acontecido naquele ano de 1917 ligado aos mistérios profundos da Palavra de Deus?
Ora, o que aconteceu neste ano de 1917 foi tão-somente que se deu o aparecimento DO FRUTO DO REINO e a sua respectiva SEMENTE. O fruto do Reino sendo o judeu Marx – personificado no triunfo do socialismo – e a sua semente, Abraão, personificado no Sionismo, o que explica a revolução – movimento de emancipação da classe trabalhadora – e o sionismo – movimento de emancipação do povo judeu – ter se manifestados juntos, entrelaçados entre si, pois quê o fruto quando se manifesta trás dentro de si sua respectiva semente, que ao seu plantio desaparece para dar lugar a arvore, mas que no final do processo reaparece junto ao fruto.
Mas, como a semente possui em si dois gametas, e eles são a causa do fruto e se acham presentes nele, sendo a carne do fruto o resultado do seu gameta masculino e o seu sabor específico e docilidade no seu lugar amargo o resultado do seu gameta feminino, ora, a verdade é que tanto a semente do Reino, o judeu, como o seu fruto, o socialismo, se manifestaram carregando ambos a sua negação. A sua negação dialética, sendo a negação do socialismo o cristianismo e a negação do judeu o palestino. Depois de choques e entrechoques o final é que iria dar-se entre eles a reconciliação, com o socialismo se reconciliando com o cristianismo e o judeu se reconciliando com o palestino, osso do mesmo osso, uma só carne, um só espírito. E podemos dizer que esta reconciliação já foi divisada no horizonte pelo espírito, estando a caminho já o seu processo no aguardo de consumação: por um lado a Escola de Frankfurt – movimento de judeus marxistas que principiou a uma reconciliação do marxismo com o cristianismo – e de outro os acordos de paz firmados por Yitzac Rabin e Yasser Arafat no ano de 93, em Oslo, e que eram preâmbulo para a completa harmonia entre os dois povos a ser conseguida proximamente.
Ora, sabemos que os vaticínios sobre os sete tempos de Daniel apontavam para um período de tempo de 2520 anos ao final do qual Deus iria restabelecer o senhorio do seu governo teocrático, sim, sabemos que seus vaticinadores mais exaltados, em especial Charles Tasse Russel, foram claros de que este governo teocrático não era tão somente o renascimento da nação de Israel, mas, muito mais, o estabelecimento do governo de Deus que iria iniciar todo um trabalho para a construção do paraíso terrestre, em todo o orbe terrestre pois quê no princípio tudo estava nas mãos de Deus. Não iria reiniciar-se o mesmo ciclo, mas seria um novo tempo, em que a presença de Deus não estaria mais presente e limitada a uma única nação, mas seria presença universal. Ora, façamos a pergunta: o governo socialista que foi vitorioso naqueles anos de 1917, 1918 e 1919 a sua forma de governar era então já a construção deste paraíso terrestre? Como o profeta Isaías descreveu o início da construção do paraíso terrestre? “Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando. Pois eis que crio Jerusalém como causa para júbilo e seu povo como causa para exultação. E eu vou jubilar em Jerusalém e exultar pelo meu povo; e não se ouvirá mais nela o som de choro, nem o som dum clamor de queixume. Não virá a haver mais um nenê de poucos dias procedente daquele lugar, nem ancião que não tenha cumprido os seus dias; pois morrer-se-á como mero rapaz, embora da idade de cem anos; e quanto ao pecador, embora tenha cem anos de idade, invocar-se-á sobre ele o mal. E hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não plantarão e outro comerá. Porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos (...).” (Isaías 65.17-25) (O grifo foi meu).
Claramente o profeta Isaías está contrapondo dois sistemas sociais, um em que aqueles que plantam e constroem não comem e não moram, mas outros no seu lugar comem e moram que é entendido de forma clara como constituídos daqueles que não plantaram e não construíram.
Ora, esta forma de governo pela primeira vez na História se deu com a revolução socialista. Ela suprimiu a figura do proprietário de mão de obra de modo que aqueles que plantavam e construíam o faziam para si próprio. Tanto é que no socialismo a falta de moradia e a falta de comida foram resolvidas. E quando o profeta Isaías está descrevendo este reino futuro, a ser trazido por Javé, e diz que os escolhidos de Deus “usufruiriam plenamente do trabalho das suas próprias mãos” é claro este novo sistema social ser o socialismo, pois nele não há a figura do capitalista para extrair mais-valia do trabalho do trabalhador. Ele usufrui plenamente do trabalho de suas próprias mãos. (Para aprofundar a questão ver a parábola que aparece em Mateus 20 onde Jesus lança mão de símbolos para, através deles, descrever o reino futuro de Javé).
Como foi dito que se cumprindo a Palavra de Deus, e não a palavra do homem, então naquele final do ano de 1917 se deu este cumprimento profético, Daniel, Sofonias – mas também profetas modernos que foram usados pelo Deus que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os profetas, e estamos falando de John Acquila Brown e até mesmo de Charles Tasse Russel – de modo que Deus restabelecia a sua soberania e a sua autoridade política a partir tanto do socialismo como do sionismo (mas socialismo e sionismo ainda na existência de negação, tese e antítese, ainda não síntese, de modo que o socialismo era Esaú desligado e sem a complementação de Jacó, Cristianismo, e o sionismo era Jacó desligado e sem a complementação de Esaú, Palestino; mas, na síntese, iria haver a completa reconciliação, o socialismo iria reconciliar-se com o cristianismo, deixando de ser Esaú este e deixando de ser Jacó aquele para agora os dois serem Isaque, e agora no corpo e na figura de Isaque se porem à construção do reino da liberdade concreta em que cada um tem segundo as suas necessidades, e o mesmo se dizendo de judeus e palestinos que agora no corpo e na figura de Isaque iriam pôr-se realmente à construção da Nova Jerusalém, Nova Jerusalém esta que será mesmo a capital desta terra construída por cristãos e marxistas, e é uma cidade assim, não tem qualquer barreira de divisão e de separação, mas é cidade livre, em que judeus e palestinos, bem como cristãos, atravessam-na de lado a lado sem haver que os interrompa e indague: para onde vais, ora, sendo assim, vamos fazer mais uma análise para que a questão se torne ainda mais madura na mente e no coração daqueles que são limpos de mão e puros de coração (Mas, antes de prosseguir, é preciso esclarecer: não que deixam de ser Esaú e Jacó para ser Ismael, desse modo adquirindo uma nova identidade espiritual. Não, mas o seu sentido profundo é que evoluem, amadurecem e acabam, pois, descobrindo no outro a sua complementação. A sua geminilidade. De modo que se reconciliam e começam a transitar entre si NA MEDIAÇÃO DE ISAQUE!). Prosseguindo. Bem, o fato de que os bolcheviques quando fizeram a revolução e já estavam longe na construção do socialismo e as nações imperialistas da terra inteira invadiram a Rússia revolucionária por todos os flancos para impedir o recém-criado estado socialista e esmagar a revolução, trazendo assim o seu povo de volta à casa dos escravos, quatorze nações, as nações mais seletas, Turquia, Japão, França, Inglaterra, Estados Unidos, querendo impedir o nascimento do recém estado socialista e o esmagar – mas foram esmagadas pelo poder revolucionário, perecendo nas águas do seu Mar Vermelho espiritual –, ora, este fato, que é da mesma essência do fato ocorrido com o nascente estado de Israel, em que as nações árabes avançaram sobre ele para destruí-lo e o esmagar, mas foram derrotadas – bem, esses fatos têm alguma relação entre si, relação que diga respeito aos profundos mistérios da Palavra de Deus? Afinal não somente a mão do judeu foi auxílio ao poder revolucionário na conquista do poder e na sua luta contra o imperialismo como a mão do comunista, trinta anos depois, foi auxilio na criação do Estado de Israel...
Mais fatos esclarecedores. Ora, fazendo leitura da profecia em que Daniel faz menção dos sete tempos (4.25), se deduz que ao seu cumprimento Deus estabeleceria no reinado ou começaria o seu reinado a partir de um povo humilde, pois, contrapondo o orgulho e a soberba de Nabucodonozor, é dito: até saberes que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser até mesmo que estabelece nele o mais humilde da humanidade. E esta dedução ganha verossimilhança quando ao vaticínio de Daniel é agregado o vaticínio do Magnificat, clarividente sobre a questão, que aparece em Lucas 1.46-53, claramente inspirado nas palavras de Daniel, pois quê veja-se o que diz o Magnificat: “(...) Ele tem agido valorosamente com o seu braço, tem espalhado os que são soberbos na sua intenção de coração. Tem derrubado de tronos homens de poder e tem enaltecido humildes; tem plenamente saciado os famintos com coisas boas e têm mandado embora, de mãos vazias, os que tinham riqueza”.
Façamos a pergunta: uma vez que a revolução se deu a partir do proletariado, realmente o mais humilde da humanidade, homens e mulheres rudes, analfabetos, que não possuíam nada senão a sua força de trabalho, e não tinha nada a perder senão as algemas sobre as suas vidas, e há o relato sobre o marinheiro Krilenko, membro do triunvirato encarregado da defesa da marinha, que ao datilografar as suas ordens revolucionárias concernentes ficava com o indicador procurando as letras no teclado máquina, como se diz no jargão popular: catando milho! ... Um toque aqui outro ali.... E assim ia aprendendo o ofício de datilógrafo... Sim, o fato da revolução, ter sido feita pelo proletariado seria mais uma prova contundente da origem divina do Marxismo e da Revolução? Foi Javé que estabeleceu o proletariado no poder e no tempo designado?
Como última indagação – e perguntar não faz mal a ninguém: uma vez que o advento da revolução socialista foi cumprimento da Palavra de Deus, se cumprindo até mesmo nos mínimos detalhes, como Isaías 53 se cumpriu em Jesus até nos mínimos detalhes, ora, como explicar que os sacerdotes da Cristandade sempre amaldiçoaram a revolução comunista, vendo-a como obra do homem pecador? Maldição que proferiram contra ela que faz lembrar as maldições proferidas por Balaão contra o povo recém-saído da escravidão, contratado pelo rei Balaque, para uma recompensa, como aparece na carta de Judas? Os sacerdotes da Cristandade seriam tipos dos sacerdotes de Judá, seus arquétipos? De modo que o espírito que esteve naqueles era o espírito que estava nestes?
Certamente que muitos irão refletir, caindo de joelho perante Deus, clamando as suas misericórdias e o seu perdão, procurando conhecer mais os acontecimentos da História na mediação e interpretação da Palavra de Deus e não mais no interesse e na interpretação dos homens.
Como indagação, vejamos o que diz Daniel sobre o sonho do rei Nabucodonozor sobre a arvore que nasceu pequena mas que cresceu sendo vista de todos os lugares da terra.frondosa que teve
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