A telenovela Caras e Bocas, segundo seu autor Walcyr Carrasco, pretende questionar a arte contemporânea e seus "códigos fechados".
Na verdade, trata de ridicularizar qualquer código artístico que não o utilizado nela própria. Ela já fez paródia, segundo a Veja, de Vik Muniz, com o derretimento (lambança) das tais esculturas de chocolate.
Embora se pretenda inspirada num chimpanzé que pintava arte abstrata, será que a telenovela brasileira está preparada para ter seus códigos criticados? Ela, que não pratica um realismo crítico lukacsiano (de jeito nenhum!) e fornece cimento social conservador (novela sem mansão não funciona)? A novela se vende como tendo uma relaçãop privilegiada com a realidade, ou como se ela fosse o verdadeiro realismo. E tome imitação dela em teatro e cinema. É o que Zé Celso chamou "padrão classe média".
A questão é: com seus truques de folhetim (você não é minha mãe!) e melodrama, seu realismo retrógrado, a novela está em posição de criticar alguém?
Não se pode negar que a química entre a chimpanzé expressionista e o ator chimpanzé inexpressionista Marcos Pasquim é ótima (eles já fizeram amooorrr?). Aliás, o grande ator dessa novela é a chimpanzé Keith. A que ponto chegamos! Que venha a grande zoofilia global! Já pensou? "Sua mãe não é um chimpanzé!"
Fora discutir sua ética (ou ausência dela). Eu me lembro bem de que em Que rei sou eu tinha um galã de novela (Edson Celulari) disputando com um barbudinho agressivo (Cássio Gabus) o que de certa forma influenciou a disputa Collor/Lula em 1989.
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
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segunda-feira, 15 de junho de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Pollock, Pasquim, Boal...
Pessoal, estava sem blogar, recuperando-me de uma gripe. Como encontrei meu tio que chegou de Goldensbridge anteontem, mamãe me disse que eu poderia ter pego a gripe "incubada", uma vez que ele não está doente.
"Incubados" em Cuba estão meus muppets da blognovela, aguardando no underground para fazer um número.
Ainda não é a "Swing Flu" nem a "Influenza A". Olha, parecem nomes de peças de vanguarda, escrevendo assim!
Por falar em vanguarda, lendo o caderno de TV do Estado de Minas, verifiquei o seguinte: a novela Caras e Bocas, conforme a entrevista do descamisado Marcos Pasquim que li, realmente possui uma crítica a essa "arte que a gente cultua, mas não entende"...hummm...Mas o Pasquim, que fica sem roupa nas novelas para poder esconder seu talento mínimo, disse que gosta de Jackson Pollock...
Lendo a matéria sobre o Boal, verifico uma foto dele com a cabeleira revolta, organizando um "trenzinho" em 1980, no estilo em que a gente fazia em aulas de teatro com a agora escritora radicada na Espanha Angélica Sátiro, no início dos anos 90! Mas não é o trenzinho do caipira do Villa-Lobos, nem o que a Walt-checo produtchions queria me dar nem o que os beckettianos bears à la John Goodman fazem aí pela web.
Villa-Lobos é o lobo do homem. "Quanto é um infinito mais um infinito? Zero. O infinito não existe. É uma brincadeira de uma brincadeira", disse meu sobrinho Daniel São Tomás de Aquino, filosofando aos oito anos com a cocaína oswaldiana da infância.
E a escândalo do Lugo faz os cinquentões lembrarem os bons tempos onde os padres tinham amantes mulheres! E o Lugo, dizem, é galanteador: a moça que arrumava a cama dele disse: "precisa de mais alguma coisa?" E o lugaucho: "Preciso de VOCÊ"
Como dizia Francis: "waaaal..."
Noticiário é pesadelo. Nada pior do que ficar vendo a TV aberta esses últimos dias: tortura em Minas, cenas de Guantánamo e Abu Ghraib em um presídio mineiro, ameaça de revolta; um mineiro de Corinto assassinado após festa em homenagem a Adolf Hitler em Curitiba...mãe com o filho autista (e não artista, observem) pede ajuda pois vive na miséria...e por aí vai. A Band entrevista o governador de Roraima falando que os arrozeiros tinham que ficar, senão os índios vão ficar sem "elo com o branco", vai virar "zoológico de gente"...Ah, tá. Eu queria moquear esse governadorzinho que é a cara de um estudante de Contábeis aqui da minha cidade. Tacape na cabeça da Band!
Pobre Alphonsus Romanus: para ele, Maliévitch é um buraco negro que suga as almas dos artistas neoconcretistas, que seria mera cópia masturbatória de Maliévitch. O autor da novela do chimpamzé (neoconcretista?) do Marcos Pasquim (que faz um pintor expressionista mas é ator sem expressão) concordaria. Como ninguém aguentar mais ouvir ele brigar com os concretos, ele insiosamente volta à carga, batendo agora com toda a força para derrubar os "enigmas vazios"...Como eu disse, um livro sobre a arte contemporânea que chama "enigma vazio" é como "Elzira, a Morta Virgem". Ou seja, pelo título já sei quem morre no final...
Acabei chorando.
Saiu um texto meu na revista Questão de Crítica (wwww.questaodecritica.com.br): Notas sobre o Teatro de Gerald Thomas. Um tal de André Luiz comentou assim: "todos no mesmo balaio?" Não entendi. Só porque o texto fala sobre Brook, Beckett, Brecht, dentre outros?
E publiquei também um sobre Cabeça de Negro, do Paulo Francis, romance que faz trinta anos esse ano, na Broca Literária. A Broca é
demais! Confiram:
http://www.thedrillpress.com/broca/broca.shtml
"Incubados" em Cuba estão meus muppets da blognovela, aguardando no underground para fazer um número.
Ainda não é a "Swing Flu" nem a "Influenza A". Olha, parecem nomes de peças de vanguarda, escrevendo assim!
Por falar em vanguarda, lendo o caderno de TV do Estado de Minas, verifiquei o seguinte: a novela Caras e Bocas, conforme a entrevista do descamisado Marcos Pasquim que li, realmente possui uma crítica a essa "arte que a gente cultua, mas não entende"...hummm...Mas o Pasquim, que fica sem roupa nas novelas para poder esconder seu talento mínimo, disse que gosta de Jackson Pollock...
Lendo a matéria sobre o Boal, verifico uma foto dele com a cabeleira revolta, organizando um "trenzinho" em 1980, no estilo em que a gente fazia em aulas de teatro com a agora escritora radicada na Espanha Angélica Sátiro, no início dos anos 90! Mas não é o trenzinho do caipira do Villa-Lobos, nem o que a Walt-checo produtchions queria me dar nem o que os beckettianos bears à la John Goodman fazem aí pela web.
Villa-Lobos é o lobo do homem. "Quanto é um infinito mais um infinito? Zero. O infinito não existe. É uma brincadeira de uma brincadeira", disse meu sobrinho Daniel São Tomás de Aquino, filosofando aos oito anos com a cocaína oswaldiana da infância.
E a escândalo do Lugo faz os cinquentões lembrarem os bons tempos onde os padres tinham amantes mulheres! E o Lugo, dizem, é galanteador: a moça que arrumava a cama dele disse: "precisa de mais alguma coisa?" E o lugaucho: "Preciso de VOCÊ"
Como dizia Francis: "waaaal..."
Noticiário é pesadelo. Nada pior do que ficar vendo a TV aberta esses últimos dias: tortura em Minas, cenas de Guantánamo e Abu Ghraib em um presídio mineiro, ameaça de revolta; um mineiro de Corinto assassinado após festa em homenagem a Adolf Hitler em Curitiba...mãe com o filho autista (e não artista, observem) pede ajuda pois vive na miséria...e por aí vai. A Band entrevista o governador de Roraima falando que os arrozeiros tinham que ficar, senão os índios vão ficar sem "elo com o branco", vai virar "zoológico de gente"...Ah, tá. Eu queria moquear esse governadorzinho que é a cara de um estudante de Contábeis aqui da minha cidade. Tacape na cabeça da Band!
Pobre Alphonsus Romanus: para ele, Maliévitch é um buraco negro que suga as almas dos artistas neoconcretistas, que seria mera cópia masturbatória de Maliévitch. O autor da novela do chimpamzé (neoconcretista?) do Marcos Pasquim (que faz um pintor expressionista mas é ator sem expressão) concordaria. Como ninguém aguentar mais ouvir ele brigar com os concretos, ele insiosamente volta à carga, batendo agora com toda a força para derrubar os "enigmas vazios"...Como eu disse, um livro sobre a arte contemporânea que chama "enigma vazio" é como "Elzira, a Morta Virgem". Ou seja, pelo título já sei quem morre no final...
Acabei chorando.
Saiu um texto meu na revista Questão de Crítica (wwww.questaodecritica.com.br): Notas sobre o Teatro de Gerald Thomas. Um tal de André Luiz comentou assim: "todos no mesmo balaio?" Não entendi. Só porque o texto fala sobre Brook, Beckett, Brecht, dentre outros?
E publiquei também um sobre Cabeça de Negro, do Paulo Francis, romance que faz trinta anos esse ano, na Broca Literária. A Broca é
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