Prefeitura garante a realização do FIT em 2010
O prefeito Márcio Lacerda e a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Thaïs Pimentel, decidiram que a 10ª Edição do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua será realizada normalmente, neste ano de 2010. As dificuldades apresentadas serão contornadas, como ocorreu em todas as edições anteriores.
Paralelamente, a Fundação organizará um seminário para discutir e avaliar todas as questões inerentes ao Festival, visando ao fortalecimento cada vez maior do evento. No seminário deverá ser discutida também a possibilidade de realização de nova edição em 2011, promovendo, então, a mudança para anos ímpares, uma vez que a coincidência com eventos como eleições tem dificultado a organização.
A Fundação Municipal de Cultura comunica que todos os esforços serão desenvolvidos para garantir que a 10ª edição do FIT tenha a qualidade que sempre caracterizou o Festival e que tanto encanta a população de Belo Horizonte.
A Fundação divulgará cada etapa do processo de organização do Festival.
Belo Horizonte, 30 de março de 2010
Postado por ALMAUAI!
Do blog Virus Mundanus
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
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quinta-feira, 15 de abril de 2010
terça-feira, 28 de abril de 2009
Nelson Rodrigues X Vianninha e os Porcos com Asas
Estava lendo a coluna do Afonso Romano de Sant Anna ontem e dela recolho a polemica de Vianninha versus Nelson Rodrigues:
"Meu caro Nelson Rodrigues: de tempos em tempos para ca, voce anda me cobrindo de penas (...). De marxista de galinheiro passei a cambaxirra, a colibri e vou ficando cada vez mais empenado (...). Voce sabe que o projeto do teatro brasileiro que se instalou e irreversivel e deixa voce longe de varios corpos."
E Nelson respondeu, em Dracula ou Passarinho: "Eu e o Vianninha falamos a mesma lingua, isto e, eu falo a brasileira e o Vianninha, a cubana. Mas nao e o idioma que nos separa (em ultimo caso, o que nos separa e a idade. Somos de duas epocas que se digladiam a cusparadas (...). E vamos e venhamos: para um velho como eu (sou realmente uma mumia), e uma delicia discutir com as Novas Geraçoes. Todavia, no meu debate com o Vianninha ha um defeito tecnico. Pergunto: como polemizar com um sujeito que trato pelo diminutivo? (...). Nao deixando pedra sobre pedra, eu era um sujeito desmoronado, um sujeito demolido. E, agora mesmo, ao redigir essas linhas, tenho que espanar a poeira do meu proprio desabamento".
Eu tambem me sinto a sim ao ironizar que a gripe seria fashion. Ate o teclado desconfigurou-se, hoje. Sao os virus de computador, tao malevolos quanto os dos porcos. Alias, esse ano faz 40 anos do crime da Manson Family.
PIGS! DEATH TO PIGS!
Os porcos infectados com virus da gripe porca ou Nova Gripe poderiam ser mandados ao Paquistao? Para servirem no exercito, para serem servidos aos muçulmanos ou para serem porcos-bomba?
Have you seen the little piggies, living piggy lives...
Lembram dos Beatles? Leram Porcos com Asas? Escutaram Pig Floyd? Pinks on the Wing?
Eu pergunto que nos trara a peste, quem sera a pessoa que nos trara esse novo virus. Mas ele se alastra muito rapidamente e no mesmo dia em que eu falava os casos ja estavam, supostamente, aqui em BH, 150 km de onde escrevo. Fiquei com medo de pagar lingua. Ah, Sandra, fazer uma orgia e morrer.Bom projeto para o futuro. Mas com gripe nao da.
E como Freud diz: eu vos trago a peste.
A mesma mascara negra...lembram da marchinha de carnaval? E que tipo de moda fashion combina com mascaras azuis?
Ja pensaram um desfile de modelos com mascaras pretas, azuis, estilo Primeira Guerra Mundial, etc?
Barbara Heliodora e um monolito? Otimo! E se fosse um COPROLITO? Eu gosto dela, ela e simpatica. So nao curte muito a vanguarda, parece que ela e transa mais a retaguard
"Meu caro Nelson Rodrigues: de tempos em tempos para ca, voce anda me cobrindo de penas (...). De marxista de galinheiro passei a cambaxirra, a colibri e vou ficando cada vez mais empenado (...). Voce sabe que o projeto do teatro brasileiro que se instalou e irreversivel e deixa voce longe de varios corpos."
E Nelson respondeu, em Dracula ou Passarinho: "Eu e o Vianninha falamos a mesma lingua, isto e, eu falo a brasileira e o Vianninha, a cubana. Mas nao e o idioma que nos separa (em ultimo caso, o que nos separa e a idade. Somos de duas epocas que se digladiam a cusparadas (...). E vamos e venhamos: para um velho como eu (sou realmente uma mumia), e uma delicia discutir com as Novas Geraçoes. Todavia, no meu debate com o Vianninha ha um defeito tecnico. Pergunto: como polemizar com um sujeito que trato pelo diminutivo? (...). Nao deixando pedra sobre pedra, eu era um sujeito desmoronado, um sujeito demolido. E, agora mesmo, ao redigir essas linhas, tenho que espanar a poeira do meu proprio desabamento".
Eu tambem me sinto a sim ao ironizar que a gripe seria fashion. Ate o teclado desconfigurou-se, hoje. Sao os virus de computador, tao malevolos quanto os dos porcos. Alias, esse ano faz 40 anos do crime da Manson Family.
PIGS! DEATH TO PIGS!
Os porcos infectados com virus da gripe porca ou Nova Gripe poderiam ser mandados ao Paquistao? Para servirem no exercito, para serem servidos aos muçulmanos ou para serem porcos-bomba?
Have you seen the little piggies, living piggy lives...
Lembram dos Beatles? Leram Porcos com Asas? Escutaram Pig Floyd? Pinks on the Wing?
Eu pergunto que nos trara a peste, quem sera a pessoa que nos trara esse novo virus. Mas ele se alastra muito rapidamente e no mesmo dia em que eu falava os casos ja estavam, supostamente, aqui em BH, 150 km de onde escrevo. Fiquei com medo de pagar lingua. Ah, Sandra, fazer uma orgia e morrer.Bom projeto para o futuro. Mas com gripe nao da.
E como Freud diz: eu vos trago a peste.
A mesma mascara negra...lembram da marchinha de carnaval? E que tipo de moda fashion combina com mascaras azuis?
Ja pensaram um desfile de modelos com mascaras pretas, azuis, estilo Primeira Guerra Mundial, etc?
Barbara Heliodora e um monolito? Otimo! E se fosse um COPROLITO? Eu gosto dela, ela e simpatica. So nao curte muito a vanguarda, parece que ela e transa mais a retaguard
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Sóis e Virus Mundanus
Sóis e Vírus Mundanus
O primeiro livro de Júlio Emílio Tentaterra (Poesia Orbital, 1997), é também a tão almejada publicação dos antigos escritos do autor-jornalista formado em 1979. Sua escrita traz as marcas da década de 70: contestação, tropicalismo, cultura de massas, concretismo. No poema “Incinerador”, ele cita uma frase bela, que poderia ser também a epígrafe de um relato como O Que é Isso, Companheiro: “A medida que nos lembramos do passado o reconstruímos de acordo com nossas idéias atuais sobre o que é ou não é importante” (Peter I. Berger).
Nos seus melhores momentos, Júlio lembra Jorge Mautner: “Sou um vampiro/ desgraçado de feio/ vagando dia adentro/ entre muralhas e olhos de gatos miseráveis.” A cultura do corpo, a ascensão do idioma inglês em detrimento do francês e do latim, a contracultura, estas são as marcas internas que a escrita de Júlio desvela, como no poema “Bebo a Bela”: “Como vai minha beija-flor?/ Comeu alface no breakfast/ e está achando que regime é guilhotina/ de Maria Antonieta, Led Zeppelin/ background, fide back, Tiradentes e da esfuziante Carolina de Jesus./ Realmente sou um vampiro feio/ que rola amargamente pela cama/ sentindo frio e sem poder voar para suas suculentas coxas/ de cortesã primaveril.”
O anarquismo e o espírito contestador que acabam enjaulados pela sociedade de consumo - este é o drama a ser enfrentado. O poeta é, neste momento histórico, o coveiro das utopias, como atestam os poemas “Judas” e “Mr. Contestador”: “Agora não brinco mais/ Não procuro a corda/ ou o escaldante beijo./ Sou apenas um Judas/ que rolou à noite na cama/ porque não sentiu remorso./ Não sou dono deste mundo,/ nem do outro.” No fim do texto ecoa a “morbeza romântica” de Jards Macalé e Torquato Neto: “Todos os meus senhores/ estão a me espiar/ querendo saber se os meus ossos/ estão impregnados com o docepodre do planeta./ Olha, menina, sou um negro que os calhordas/ resolveram chamar de morte.” Júlio, ator e componente da companhia Tripa de Mico Estrela, foi também do grupo poético-musical Virus Mundanus, um dos melhores nomes de banda que já vi, soube interpretar várias vozes de um tempo e de uma época. Dizer mais do que isso será dar bicadas na maçã, será impedir que a poesia deste jovem (o tempo cronológico foi invenção do relógio! brada ele) diga por si mesma, se exponha. Para os que se atreverem a atravessar o limiar entre a cultura e a contracultura é que ele oferece esse voluminho. Ele lhe será suave ou indigesto, conforme o paladar do freguês. É como doce veneno, uma maçã psicodélica de Branca de Neve que o autor malvado oferece. Façam bom proveito.
Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior-Letras-UFMG
O primeiro livro de Júlio Emílio Tentaterra (Poesia Orbital, 1997), é também a tão almejada publicação dos antigos escritos do autor-jornalista formado em 1979. Sua escrita traz as marcas da década de 70: contestação, tropicalismo, cultura de massas, concretismo. No poema “Incinerador”, ele cita uma frase bela, que poderia ser também a epígrafe de um relato como O Que é Isso, Companheiro: “A medida que nos lembramos do passado o reconstruímos de acordo com nossas idéias atuais sobre o que é ou não é importante” (Peter I. Berger).
Nos seus melhores momentos, Júlio lembra Jorge Mautner: “Sou um vampiro/ desgraçado de feio/ vagando dia adentro/ entre muralhas e olhos de gatos miseráveis.” A cultura do corpo, a ascensão do idioma inglês em detrimento do francês e do latim, a contracultura, estas são as marcas internas que a escrita de Júlio desvela, como no poema “Bebo a Bela”: “Como vai minha beija-flor?/ Comeu alface no breakfast/ e está achando que regime é guilhotina/ de Maria Antonieta, Led Zeppelin/ background, fide back, Tiradentes e da esfuziante Carolina de Jesus./ Realmente sou um vampiro feio/ que rola amargamente pela cama/ sentindo frio e sem poder voar para suas suculentas coxas/ de cortesã primaveril.”
O anarquismo e o espírito contestador que acabam enjaulados pela sociedade de consumo - este é o drama a ser enfrentado. O poeta é, neste momento histórico, o coveiro das utopias, como atestam os poemas “Judas” e “Mr. Contestador”: “Agora não brinco mais/ Não procuro a corda/ ou o escaldante beijo./ Sou apenas um Judas/ que rolou à noite na cama/ porque não sentiu remorso./ Não sou dono deste mundo,/ nem do outro.” No fim do texto ecoa a “morbeza romântica” de Jards Macalé e Torquato Neto: “Todos os meus senhores/ estão a me espiar/ querendo saber se os meus ossos/ estão impregnados com o docepodre do planeta./ Olha, menina, sou um negro que os calhordas/ resolveram chamar de morte.” Júlio, ator e componente da companhia Tripa de Mico Estrela, foi também do grupo poético-musical Virus Mundanus, um dos melhores nomes de banda que já vi, soube interpretar várias vozes de um tempo e de uma época. Dizer mais do que isso será dar bicadas na maçã, será impedir que a poesia deste jovem (o tempo cronológico foi invenção do relógio! brada ele) diga por si mesma, se exponha. Para os que se atreverem a atravessar o limiar entre a cultura e a contracultura é que ele oferece esse voluminho. Ele lhe será suave ou indigesto, conforme o paladar do freguês. É como doce veneno, uma maçã psicodélica de Branca de Neve que o autor malvado oferece. Façam bom proveito.
Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior-Letras-UFMG
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