Mostrando postagens com marcador Big Brother Iraque. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Big Brother Iraque. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de janeiro de 2010

Big Brother Honduras: cenas dos próximos capítulos


A Globo iniciou o seu programa Big Brother Brasil 10 tentando dar um molho de defesa das minorias para um programa cansativo como um rodízio de berinjela.

Mas enquanto gays dão beijocas e lésbicas explicam a linguagem para os analfabetos funcionais, logo ali em Honduras passa-se outro Big Brother: o Big Brother Honduras.

O líder agora é Micheletti e ele colocou Manuel Zelaya no paredão. Zelaya vai ao confessionário falar a Pedro Bial. Zelaya tenta argumentar que foi deposto covardemente, que no país existem assassinatos e prisões políticas, mas Bial simplesmente diz, interrompendo-o:

--Então você acha que veio para o paredão porque usa chapéu de boiadeiro e bigodes?

Enquanto Zelaya espera a eliminação, o New York Times e a New Yorker votam por sua saída, ligando inúmeras vezes para a Globo.

Walter Trónchez, gay e ativista dos direitos humanos em Honduras, não teve tempo de conversar com as bibas reacionárias da Globo nem participar de seu "encontro de línguas": o líder Micheletti já o mandou para o paredão e sumariamente eliminou o "maricón".

Enquanto isso, a "Rede Povo" deverá preparar o Big Brother Haiti. Ele terá representantes do Vodu e do Candomblé e que debaterão com a cantora breganeja Sandy se devemos dar ajuda humanitária ao Haiti ou se o terremoto não passou de uma maldição que os pretos mereceram por terem feito um pacto com o diabo para expulsarem os colonizadores franceses. Ou fizeram um pacto com Deus para expulsarem os colonizadores do diabo? O general Enzo Pretri também vai participar, explicando se os nossos rapazes no Haiti estiveram defendendo a propriedade privada ao invés de distribuirem os donativos, assim como irá explicar a deposição de Aristide e provar que ela não tem nada a ver com a deposição de Juan Bosch na República Dominicana em 1965, da qual a ditadura de Castelo Branco participou mandando tropas. E os seis mil marines americanos que estão chegando, irão garantir a ajuda humanitária ou a propriedade privada? São tantas perguntas apimentadas que seu olho poderá arder só de você dar "aquela espiadinha" no panóptico de Jeremy Bentham...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Big Brother Iraque & Afeganistão/Paquistão

Essa é só para registrar uma idéia que me ocorreu:

Que tal o Big Brother Iraque? Um curdo, um xiita, um sunita, cristãos e outros representantes iraquianos presos numa nave. Um marine faria o papel de "Pedro Bial".
O mesmo no Afeganistão: os hazaras, os uzbeques, pashtus e outros também reunidos com essa mesma mediação. Cada etnia falaria ora com Hamid Karzai ou Pervez Musharaf em estilo teleconferência. Abu Ghraib, Israel e outros temas fariam a casa pegar fogo (literalmente).

O paredão seria muito temido: seria fuzilamento de verdade. Rá-tá-tá.

Aqui não, é tudo muito cordial, é o Big Brother sem Orwell. São bibas, bofes e barangas de Bial!

O povo do Digestivo Cultural invadiu a Revista Discutindo Filosofia! Luiz Eduardo Matta e Rafael Rodrigues estão no último número. Rafael assumiu-se escritor e não escrevinhador e resenhou André Comte-Sponville herdando de todos os pensadores só o cinismo enquanto Luiz Eduardo Matta, que tenta vender o conceito de LPB (literatura popular brasileira) para concorrer com a MPB (será que ele vai vencer? Será que era por aí, a literatura popular brasileira precisa de quixotes? Coitado!), diz que um dos pesadelos dele na web são as ideologias infames e assassinas (comunistas? Socialistas?) e que atrapalharam o otimismo dele nos anos 90, fazendo-o perder as ilusões...Oh, as ilusões e virgindades perdidas! Ah, o idílico fundamentalismo de mercado, oh, musas neoliberadas do real! Oh, quimeras hayekianas...Mas livrai-nos do crack, amén.

Ele diz que a internet é feita de pessoas que soltam os monstros (será que ele escreveu depois de ler o blog do GT?) E o Luiz, na onda neoclássica conservadora do Digestivo, lamentou que pessoas cultas não cultuem a norma padrão ao escreverem na internet, provavelmente cedendo ao dialeto internetês...Oh, os bárbaros estão chegando! É a decadência! Nero! Heliogábalus!