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terça-feira, 24 de março de 2009

Verbete do Gerald na Desciclopédia

Eu fiz o verbete do Gerald na Desciclopédia, já que não tinha e ninguém se habilitou; é melhor eu, um fã, fazer, antes que algum rancoroso ou aventureiro lance mão. É uma paródia afetiva da biografia do Gerald. Vocês, leitores, podem opiniar a respeito: se não gostarem de algo, sugiram mudanças!

Se alguém puder, formate este pobre artigo segundo as diretrizes estabelecidas no livro de estilo antes que alguém infarte lendo esse artigo mal formatado...
NÃO REMOVA ISSO ANTES DE TER CERTEZA ABSOLUTA QUE O ARTIGO JÁ FOI COMPLETAMENTE "WIKIFICADO".
Se você é burro e não sabe como wikificar um artigo, leia o nosso Tutorial Wiki. Ou então desapareça daqui!!!

1 Biografia

Gerald Thomas nasceu em 1954 na Inglaterra e também Países Baixos com um nome que é melhor omitir, Na Bélgica ele nasceu como Holandês Voador, mas nasceu também no Brasil como Geraldo Thomás, assim como nasceu na Alemanha como Georg Thomas Munster, na África, Ásia e Nordeste do Brasil ele nasceu com outros nomes mas é melhor também omitir. Foi registrado nesses países todos.

2. Obra

Gerald Thomas começou sua carreira com um papel menor numa opereta de Offenbach dirigida em Londres dos anos 70. Foi dele a idéia de introduzir ritmos punks no can-can. Nessa época, no entanto, Gerald tinha acabado de voltar do Woodstock a pé e era um hippie formado em Música em no Pier de Ipanema, no Rio de Janeiro, Brasil. Sua graduação foi terminada com louvor com a canção Cogumelos Azuis.

Foi logo chamado para o Mamia Mia Experimental Theater, na cidade de Bolonha, Itália, onde aprendeu a fazer teatro de massa. Ganhou destaque, no entanto, ao entrar fingindo de árvore em plena peça dirigida por Peter Brook, que adorou imensamente sua atuação. O público aplaudiu e Thomas passou a desempenhar o papel de poste, espanador e cabide em peças do teatro do absurdo, o que lhe valei prestígio em meios teatrais norte-americanos e londrinos de vanguarda.


O sucesso mundial só veio mesmo quando o famoso irlandês Beckett Joyce Wilde chamou-o chamou para dirigir suas peças leves e fanfarronas. Encheu teatros mundo afora com essas peças, muito apreciadas, tais como As tranças da cantora careca, paródia de Ionesco, ou A Volta dos que não Foram, adaptada para o cinema em < e que no Brasil ganhou o nome de O Trem Partiu.


3. Polêmicas.

No Brasil, Gerald Thomas ficou famoso ao fazer a atriz Dercy Gonçalves mostrar os seios em sua adaptação teatral da peça de Antônio Nelson Rodrigues Amanhã faço cem anos. A polêmica na mídia foi turbinada por seu assumido romance com essa centenária atriz, logo trocada por suas duas filhas de cinquenta anos.

Não contente com esse sucesso, Gerald Thomas passou a montar óperas. Montou Benazir Butto, uma vida, um remix de compositores nacionalistas brasileiros tais como Guerra Peixe e Camargo Guarnieri, o que marcou também a fase profundamente nacionalista de Gerald Thomas, que se disse inspirado em Mário de Andrade e Bella Bartok.

Após isso, Gerald resolveu ousar mais ainda e montar A Baguete, ópera inspirada no texto inacabado O Banquete, de Mário de Andrade. Seu nacionalismo extremado o fez entrar em choque com brizolistas, integralistas, emos, vegetarianos e outras tribos urbanas, às quais ele sempre chamava de alienadas e burras nas entrevistas.

Ao fim da ópera, ao ser vaiado por integrantes das tribos urbanas, Gerald Thomas lhes mostrou a bunda, valendo-lhe um processo e a expulsão do país com a cassação de seu visto pelo presidente Lula em pessoa, irritado com o nacionalismo de Gerald, proclamado como "descabido" e "idiota" pelo presidente em entrevista coletiva.

Desde então, Gerald Thomas montou a Companhia de Ópera Flutuante num navio na costa brasileira e faz apresentações marinhas em portos brasileiros e do mundo todo. Ele não conseguiu, no entanto, até hoje, permissão para voltar ao país.

Ele tornou-se, agora, anti-nacionalista extremado e um de seus sucessos mundo marítimo afora é uma ópera escrita em parceria com Reinaldo Azevedo e que se chama, de forma bastante crítica ao presidente Lula e seu gosto por rabada, Lula, Rabada, A Srta. Manjuba, Robalinho e o Filho do Brasil.

4. Ligações externas

blog do Gerald: [www. geraldthomas.ig.com.br]

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Ópera do Santo Daime

Há alguns anos, Carlos Heitor Cony escreveu: "a ópera está onde sempre esteve", parodiando a frase do governador de Minas Gerais em 1930, Antônio Carlos: "Minas está onde sempre esteve", frase enigmática politicamente. Já a de Cony sobre a ópera é óbvia: ela está entre as classes superiores da sociedade.

Na desciclopédia, o verbete de Paulo Francis é fraco, mas tem pelo menos uma frase gozada: Roberto Marinho descobriu Francis e pensou: este quatro olhos é porta-voz da elite brasileira! E ele virou importante jornalista. Quá quá quá! E Gerald Thomas não tem verbete inteiro lá, tem só uma linha: "intelectual que mostrou a bunda não sei onde". Vou falar para o pessoal do blog uma outra frase de Antônio Carlos, remixada: façam a revolução antes que o povo o faça ou um aventureiro lance mão. Leiam em voz alta na Biba Sagrada ao bispo Williamson, agora fazendo seu début em London, London: "no princípio era o verbete". Talvez a exportação mais bombástica da Argentina desde Eichmann. E ele pediu perdão, para Ratzinger não ter de pedir perdão, pois ele é infalível, desde que não haja primeira-ministra alemã no meio.

Eu sugeri a meu amigo amazonense Nivaldo que fizesse uma ópera sobre o Santo Daime. Ele riu. Mas acho boa idéia. Teria, por exemplo, a valsinha da união do vegetal, já pensaram que linda? Uma ária seria a rapsódia Serra do Sol. Outra: De Moema a Miami. Todos dançariam e cantariam e dariam o chá para a platéia. Seria o máximo! Só que o problema é que o chá costuma dar diarréia e vômitos em alguns. Bom, talvez pudéssemos chamar Juca Ferreira, Dilma e Lula para a primeira fila. Mas só um detalhe: bundalelê não vai ser aceito de jeito nenhum.

Na cena, digamos, "cume-nante" da Ópera do Santo Daime, uma mulher descabelada tentaria se auto-flagelar com uma faca de cozinha. Ela cai ao chão e se debate. Ela cantarola no chão, enquanto se golpeia: “Amooorim, oh, aaalll my booody paaaarts...” O cenário é de velas acesas em cabezitas de madeira de Hugo Chávez usadas na santería da Venezuela. O coro canta a Marcha Nupcial de Wagner. Ao fundo, um telão mostra imagens de desfiles nazistas, filmes de Leni Riefensthal e do neonazismo atual na Europa. Aparece então um personagem que parodia Jorge Haider, vestido com trajes verdes de noviça rebelde, mas com arco e flecha de Guilherme Tell. Ele canta o Poema do Cume e então, no fundo, aparecem imagens idílicas de Berchtesgaden:

No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira.

Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem.

Quanto cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce.

Quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia!

Mas, logo em seguida Haider cai fulminado. Aparece uma voz em off de Miguel Fallabella:

"Não existe nada mais desprezível que um viado de direita!"

Imagino as manchetes mundo afora: "alucinante" (New York Times). "Purgação alienada de direita arrasa Paris em chamas" (Teoria e Debate).

Conversando com esse casal amigo, a esposa do Nivaldo me falou, assim que eu comentei sobre a ópera do Roger Waters: "dizem que foi uma porcaria". Eu quis saber quem disse, mas ela não me respondeu. Teve má crítica? Não entendi.

É a tal da coisa: a ópera não entra nas leis de incentivo porque elementos elitistas dela são contra o governo ou elementos elitistas ligados à ópera combatem o governo porque ela não recebe incentivos? Perguntinha Tostines para vcs.

Reinaldo Azevedo costuma dizer que o PT usa a tática da luta de classes. Nos anos 80, quem sabe, se falava nisso lá, na corrente Convergência, por exemplo, que deu no PSTU. Mas hoje em dia? Marx mesmo criticava demais esse tipo de assistencialismo e um certo tipo de socialista cristão que existe no PT. Para ele, isso era a burguesia reformista e era descaminho. Que eu saiba, o pessoal do PT é gramsciano e fala em hegemonia. Mas agora eles estão com um projeto de poder em torno de Lula, ou melhor, o grupo de Lula tem um projeto de poder e nada de teoria, apenas projeto pessoal e pragmatismo.

E eu ri demais desse vídeo aí do lado: Rogério Jacques, querendo ser ator na blognovela, coloca uma peruca branca esquisita "de Gerald Thomas", lê o teatro do oprimido do Boal e fecha com a pergunta: "geeente, por que vocês mataram a traveca?"
kkkk