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domingo, 24 de outubro de 2010

Jornal Fique Sabendo quase declara o voto em Serra em seu editorial

Aqui estamos novamente para debater com o Valmir do Jornal Fique Sabendo, que em editorial da edição de 15 a 30 de outubro de 2010 ensaiou declarar o voto em Serra, mas ficou só no quase. Quase declarou. O título do editorial é: "O Brasil da Imprensa Quase Livre".

Valmir: você poderia ter declarado o voto em Serra nessa edição, imitando o jornal O Estado de São Paulo. Teria sido mais honesto, mostrado mais coragem. Porque durante a campanha você fez uma cobertura que ignorava todos os candidatos e falava só dos que anunciavam com você: Zé do Nô, Jefinho, Dr. Grilo, Anastasia.

Na capa você colocou uma imagem de Vital Guimarães, presidente do PSDB local, recebendo um panfleto de Anastasia e colocou a chamada falando em "carta de reivindicações". Achei muito positivo, como achei positiva a cobertura do caso do menino morto em circunstâncias misteriosas, o José Paulo. Como você já deve ter lido no blog do André, vou mesmo publicar um artigo a respeito da manifestação que aconteceu reivindicando uma apuração justa para esse caso. O artigo se chamará Outubro Vermelho em Bom Despacho.


Você ignorou a manifestação histórica e publicou um Boletim de Ocorrência, o segundo que vejo (o primeiro foi publicado no blog do Fique Sabendo) a respeito do caso José Paulo. Esse que você publicou impresso nem sequer toca no assunto "drogas" que era o grande tema do outro, que acusava José Paulo de traficante. O que aconteceu? Por que dois BOs? Por que esse agora dando ênfase ao acidente que o teria matado?

A carta de Vital a Anastasia foi uma iniciativa boa, parabéns ao Vital, que parece ter boas relações com você. A carta continha as seguintes reivindicações que vale a pena transcrever:

1--instalação imediata da Superintendência de Educação (já criada por Lei).
2--Destinação da Fazenda --antiga Febem --para o projeto da escola profissionalizante do Agroindustrial.
3--Recursos para a construção de um Anel Rodoviário e duplicação da entrada da cidade até a BR 262.
4--Recursos para a aquisição de um CTI e uma Hemodiálise para serem administrados pela Santa Casa e não por uma empresa particular conforme tem sido noticiado.
5--Asfaltamento para o Campo de Pouso, que se encontra e pista de terra desde sua construção há mais de dez anos.
6--Apoio para o processo de agilização do Parque Ecológico Mata do Batalhão.


São pontos bons, mas poderiam chegar a dez, com a estatização das siderúrgicas locais paradas pelo Lula, quem sabe, etc.

Mas, deixando de lado esse tema candente, vamos ao seu editorial. Em primeiro, você é extremamente inexato ao tratar de "numa edição da revista Veja..." Que edição? De quando? A Veja é um péssimo exemplo para você, Valmir. Ela se faz de neutra, mas é partidária do PSDB. E mente e distorce.

Como acho que é distorção e mentira essa história de que Lula quer monitorar a imprensa mediante um dispositivo na Constituição. Afirmações mentirosas desse naipe foram feitas pelo candidato Dr. Grilo, que pagava publicidade em seu jornal a respeito de minorias religiosas e sexuais. Esse candidato confunde o PNDH-3, plano de direitos humanos, com emendas à Constituição, por pura má fé.

Cuidado, Valmir: tomar partido, sim, incentivar a ignorância, a mentira e a confusão, deliberadamente, aproxima um órgão do fascismo, porque o fascismo faz uso deses expedientes. Não estou dizendo que você é fascista. Eu vi você na manifestação contra a morte de José Paulo e acredito que você é um cidadão que quer que a cidade melhore, é um cidadão que luta por uma imprensa melhor, é um rapaz batalhador que leva adiante sozinho o seu jornal. Por isso me dou ao trabalho de escrever esse texto: no intento de ajudar você a seguir o seu caminho que é de luz e impedir certos deslizes nas trevas.

Eu não peço a você ser cem por cento imparcial, mas ser parcial e não assumir acho negativo. Você pode receber pelas publicidades, mas o conteúdo pode ser uma cobertura mais abrangente, ouvindo e olhando os dois lados.

O governo Lula se caracteriza por ter tido uma simpatia da imprensa em seu início, para depois passar a ser intensamente combatido por ela. Nesse combate, ela não se mostrou isenta e sim conservadora, autoritária, ignorante e praticante da censura que ela diz querer evitar. Sim, ela modera, censura, omite, não dá direito de resposta! Escreva uma carta criticando a Veja e veja se sai lá!

Eu votei em Ivan Pinheiro do PCB no primeiro turno e votarei e Dilma no segundo, mas só porque ela é a menos pior. Mas de censura a jornalistas não se pode acusar o governo Lula! E mesmo Chávez sofreu um golpe de estado do qual participou toda a imprensa. E o que ele fez com a RCTV foi cassar a concessão dela, mas ela continuou funcionando a cabo e pela internet. Não foi "fechada pelo governo" como mentem por aí. Existe oposição a Chávez, sim, como o jornal Tal Cual, do Teodoro Petikoff. Leia que é espanhol, dá para ler e é menos editorializado que a Veja. Leia lá e não repita mais as besteiras reaças da Veja:

http://www.talcualdigital.com/index.html

Aliás, esse governo tem a peculiaridade de ser combatido por praticamente toda a imprensa, rádio, jornais e televisão, mas nem por isso perde popularidade. Isso é para você refletir sobre sua (ir)relevância para o povão.

A própria Veja tem publicidade de empresas tais como o Banco do Brasil, o que me deixa espantado. Receber dinheiro de um órgão do governo para falar mal dele! Eu creio que o PT deveria criar sua imprensa própria, não-estatal, e esculachar essa imprensa demotucana.

No mais, espero que você aceite esse texto como estima ao seu jornal e a você, assim como desejo de abrir o diálogo. Deixe estar que Lula quer você e seu jornal livres e Deus, no qual o FHC já disse não acreditar e a imprensa esconde, com certeza vai ser bem benevolente e onipresente e, sem se tornar "um minúsculo chefe de estado em virtude de sua decadência governamental", como você escreveu, com certeza irá querer.

Abraços sempre camaradas do Lúcio Jr.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Paula e o espírito de manada, O Grande Inquisidor, etc

Eu estou acompanhando, interessado, as novidades do caso Paula. Li uma entrevista inacreditável com o pai de Paula, dopado, em estado de choque, sendo atacado por questionamentos apimentados, crivado de perguntas por um jornalista implacável...

Foi um show. Um advogado chumbado de remédios enfrenta o Grande Inquisidor. A mídia brasileira deu a notícia do ataque dos neonazistas a Paula em tom de denúncia para o governo fazer alguma coisa. O governo fez, mas agora a coisa se voltou contra ela. E tudo são os anônimos que fazem: uma anônima passa um ultrassom falso para a Época, um anônimo dedura numa revista suíça que Paula já confessou a auto-flagelação (!). É preciso tirar Paula de lá. Mas aqui, a imprensa furiosa quer um desmascaramento. Quer retirar a confissão de Paula, ao som dos úteros em fúria do solo da mãe cruel. Paula, em meio a uma queda de braço entre os que apoiam a política exterior do governo e os que não apoiam, entre o "partido do povo suíço" e a dura verdade: o SVP é ligado a neonazistas. Um cartaz contra o asilo político aos imigrantes, numa foto, trazia a seguinte pichação: "Asilo para Blocher no Terceiro Reich". E a sigla SVP fora pichada. Será que eles prenderam a Pivetta?

E cadê os skinheads de Zurique? Neonazistas, zuruck! Eles agora são fantasmas que ficaram invisíveis. Por que me ufano do meu chocolate com cruz gamada? Porque o cacau é da Bahia?

Agora a Paula, por ter aplicado o "golpe da barriga" na imprensa do Brazyl e do mundo, virou uma das górgones. As górgones da mídia: Medusa, Megera, Medéia e a Mocréia da Paula...

Será que o bispo católico-fascista-barroco argentino acredita que morreram somente cem mil judeus mesmo? Ele deve achar que quem diz que foram seis milhões é que são delirantes. O mundo está em delírio, deve pensar ele, precisamos discutir os números da morte. E por que Bento XVI se apressa em perdoar? Será que ele também gosta de pensar que "é puro ecstasy", como canta o Skankamlet, aliás uma forte maconha sueca...Minas deve bem sucedido grupo musical à maconha escandinava e eles nos devem a revolução industrial inglesa, como via Marx no porto de Liverpool em Das Kapital.

O temor dos conservadores tem fundamento: a shoah pode ser posta na conta do capitalismo imperialista. Foi extensamente documentada, filmada. Isso foi essencial. O Gulag soviético não deixou quase nenhum registro imagético. Numa sociedade que exige registros imagéticos, o Gulag e os massacres stalinistas não possuem o mesmo peso. Os soviéticos não queimaram o filme...Tem gente que garante que o holocausto é tudo fake, tudo uma gigantesca "instalação" coletiva judaico-alemã. Será então que o que a Paula fez foi "body-art"?

E Nietzsche pende como uma bisteca no azougue existencial. O Brasil vira um falo-estaca no coraçao do Vampiro da falta lacaniana/calligariana. Nas escolas de samba, conflitos entre travestis e homens fazem nascer um terceiro banheiro. O terceiro sexo? Banheiro transgêneros? Se fossem conflitos entre brancos e negros e se criasse o banheiro dos negros e mestiços, diriam: já começou a segregação. Mário de Andrade dizia: "I´ll never be in color line land..."


Eu gostaria de entrevistar o Alberto Dines dopado e depois de ver umas cem horas de filmes sobre a shoah num quarto branco, para citar as sacanagens que Boninho & Bial estão fazendo com os participantes do Big Bode Brasil Nove.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Flip na Imprensa

Artigos sobre a Feira Literária de Parati

http://www.flip.org.br/imprensa.php3