Aqui estamos novamente para debater com o Valmir do Jornal Fique Sabendo, que em editorial da edição de 15 a 30 de outubro de 2010 ensaiou declarar o voto em Serra, mas ficou só no quase. Quase declarou. O título do editorial é: "O Brasil da Imprensa Quase Livre".
Valmir: você poderia ter declarado o voto em Serra nessa edição, imitando o jornal O Estado de São Paulo. Teria sido mais honesto, mostrado mais coragem. Porque durante a campanha você fez uma cobertura que ignorava todos os candidatos e falava só dos que anunciavam com você: Zé do Nô, Jefinho, Dr. Grilo, Anastasia.
Na capa você colocou uma imagem de Vital Guimarães, presidente do PSDB local, recebendo um panfleto de Anastasia e colocou a chamada falando em "carta de reivindicações". Achei muito positivo, como achei positiva a cobertura do caso do menino morto em circunstâncias misteriosas, o José Paulo. Como você já deve ter lido no blog do André, vou mesmo publicar um artigo a respeito da manifestação que aconteceu reivindicando uma apuração justa para esse caso. O artigo se chamará Outubro Vermelho em Bom Despacho.
Você ignorou a manifestação histórica e publicou um Boletim de Ocorrência, o segundo que vejo (o primeiro foi publicado no blog do Fique Sabendo) a respeito do caso José Paulo. Esse que você publicou impresso nem sequer toca no assunto "drogas" que era o grande tema do outro, que acusava José Paulo de traficante. O que aconteceu? Por que dois BOs? Por que esse agora dando ênfase ao acidente que o teria matado?
A carta de Vital a Anastasia foi uma iniciativa boa, parabéns ao Vital, que parece ter boas relações com você. A carta continha as seguintes reivindicações que vale a pena transcrever:
1--instalação imediata da Superintendência de Educação (já criada por Lei).
2--Destinação da Fazenda --antiga Febem --para o projeto da escola profissionalizante do Agroindustrial.
3--Recursos para a construção de um Anel Rodoviário e duplicação da entrada da cidade até a BR 262.
4--Recursos para a aquisição de um CTI e uma Hemodiálise para serem administrados pela Santa Casa e não por uma empresa particular conforme tem sido noticiado.
5--Asfaltamento para o Campo de Pouso, que se encontra e pista de terra desde sua construção há mais de dez anos.
6--Apoio para o processo de agilização do Parque Ecológico Mata do Batalhão.
São pontos bons, mas poderiam chegar a dez, com a estatização das siderúrgicas locais paradas pelo Lula, quem sabe, etc.
Mas, deixando de lado esse tema candente, vamos ao seu editorial. Em primeiro, você é extremamente inexato ao tratar de "numa edição da revista Veja..." Que edição? De quando? A Veja é um péssimo exemplo para você, Valmir. Ela se faz de neutra, mas é partidária do PSDB. E mente e distorce.
Como acho que é distorção e mentira essa história de que Lula quer monitorar a imprensa mediante um dispositivo na Constituição. Afirmações mentirosas desse naipe foram feitas pelo candidato Dr. Grilo, que pagava publicidade em seu jornal a respeito de minorias religiosas e sexuais. Esse candidato confunde o PNDH-3, plano de direitos humanos, com emendas à Constituição, por pura má fé.
Cuidado, Valmir: tomar partido, sim, incentivar a ignorância, a mentira e a confusão, deliberadamente, aproxima um órgão do fascismo, porque o fascismo faz uso deses expedientes. Não estou dizendo que você é fascista. Eu vi você na manifestação contra a morte de José Paulo e acredito que você é um cidadão que quer que a cidade melhore, é um cidadão que luta por uma imprensa melhor, é um rapaz batalhador que leva adiante sozinho o seu jornal. Por isso me dou ao trabalho de escrever esse texto: no intento de ajudar você a seguir o seu caminho que é de luz e impedir certos deslizes nas trevas.
Eu não peço a você ser cem por cento imparcial, mas ser parcial e não assumir acho negativo. Você pode receber pelas publicidades, mas o conteúdo pode ser uma cobertura mais abrangente, ouvindo e olhando os dois lados.
O governo Lula se caracteriza por ter tido uma simpatia da imprensa em seu início, para depois passar a ser intensamente combatido por ela. Nesse combate, ela não se mostrou isenta e sim conservadora, autoritária, ignorante e praticante da censura que ela diz querer evitar. Sim, ela modera, censura, omite, não dá direito de resposta! Escreva uma carta criticando a Veja e veja se sai lá!
Eu votei em Ivan Pinheiro do PCB no primeiro turno e votarei e Dilma no segundo, mas só porque ela é a menos pior. Mas de censura a jornalistas não se pode acusar o governo Lula! E mesmo Chávez sofreu um golpe de estado do qual participou toda a imprensa. E o que ele fez com a RCTV foi cassar a concessão dela, mas ela continuou funcionando a cabo e pela internet. Não foi "fechada pelo governo" como mentem por aí. Existe oposição a Chávez, sim, como o jornal Tal Cual, do Teodoro Petikoff. Leia que é espanhol, dá para ler e é menos editorializado que a Veja. Leia lá e não repita mais as besteiras reaças da Veja:
http://www.talcualdigital.com/index.html
Aliás, esse governo tem a peculiaridade de ser combatido por praticamente toda a imprensa, rádio, jornais e televisão, mas nem por isso perde popularidade. Isso é para você refletir sobre sua (ir)relevância para o povão.
A própria Veja tem publicidade de empresas tais como o Banco do Brasil, o que me deixa espantado. Receber dinheiro de um órgão do governo para falar mal dele! Eu creio que o PT deveria criar sua imprensa própria, não-estatal, e esculachar essa imprensa demotucana.
No mais, espero que você aceite esse texto como estima ao seu jornal e a você, assim como desejo de abrir o diálogo. Deixe estar que Lula quer você e seu jornal livres e Deus, no qual o FHC já disse não acreditar e a imprensa esconde, com certeza vai ser bem benevolente e onipresente e, sem se tornar "um minúsculo chefe de estado em virtude de sua decadência governamental", como você escreveu, com certeza irá querer.
Abraços sempre camaradas do Lúcio Jr.
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
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domingo, 24 de outubro de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Contra o Bairrismo no Fique Sabendo
Leio hoje o Jornal Fique Sabendo e encontro o mesmo discurso bairrista que grassa por aí pela cidade.
Segundo esse discurso, os cidadãos de Bom Despacho deveriam eleger candidatos locais, independente de partidos políticos ou coligações, e pior, deixando de lado qualquer consideração a respeito da ideologia dessas pessoas, concentrando-se só em sua origem na cidade.
E acho nefasta, aliás, essa mentalidade de simplesmente sentar e esperar providências de cima. Que tal estimular iniciativas que tragam avanços para a cidadania? Que tal organizar movimentos sociais locais? Uma dessas iniciativas, por exemplo, é Jornal Fique Sabendo cobrir a produção cultural local, os livros que são lançados, os filmes que são produzidos em Bom Despacho e região.
No entanto, em primeiro é preciso lembrar que no Congresso Nacional discutem-se temas nacionais e lá não há tempo para discutir a educação, saúde e infra-estrutura de Bom Despacho.
Aliás, nem nos editoriais do Fique Sabendo parece existir tempo para temas como esses acima. O que vejo é uma opinião subjetiva do editor sobre Deus, telenovelas, BBB, o filme Tropa de Elite, Olimpíadas, Obama, etc.
E, como lembrou meu amigo Alex Lombello, que é candidato a deputado federal, se o deputado vender o voto para trazer asfalto e votar contra um aumento para os aposentados, uma cidade que tem muitos aposentados como Bom Despacho é muito mais prejudicada, pois aqui existem muitos aposentados!
Lê-se no editorial "Eleições de 2010: Bom Despacho tem seus candidatos": "Nos últimos anos Bom Despacho perdeu várias oportunidades de se desenvolver (...). Isso ocorreu de acordo com especialistas políticos (sic), porque a cidade nunca teve representantes na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional."
Ora, Valmir, já ouvi dizer que Cecília Ferramenta é daqui e é deputada estadual...E outra, não acredito que as rixas e intrigas entre políticos locais sejam um problema com você diz. O problema é que as rixas são pessoais, assim como as brigas são em torno de pessoas e não de projetos; os partidos também praticamente são clubes dos ricos. Não existe como um cidadão participar de um partido ou ser chamado para um sem ser de uma panelinha ou ser rico. Aliás, no contexto atual, os partidos não têm importância alguma, são só veículos para as pessoas.
Eu te desafio a me esclarecer em quem é que Zé do Nô, Inácio Franco, Chico Uejo e Jefinho vão votar para presidente. Um jornal sério, cidadão e interessado no progresso da cidade faria essas perguntas a esses senhores, faria reportagens e entrevistas e não essa propaganda vagabunda e reles embutida em matéria e editorial.
E quem são esses especialistas políticos que você aponta, Valmir? Eu te desafio a me apontar um. Se você me passar essa análise política, reproduzo-a aqui numa postagem.
E aponto dois problemas na cidade: 1) tendência a olhar somente para o próprio umbigo, herdada, quem sabe, de duas instituições muito fechadas e com tendências a leis e regras próprias, Igreja Católica e Polícia Militar. É o contrário da mentalidade cidadã a que viceja por aqui. As pessoas pensam: "se eu estiver bem, eu sozinho, que se foda o mundo!" 2) Cada família é uma república. É também o contrário da cidadania.
Portanto, Valmir, o desafio é politizar, fazer diferente, agitar a pasmaceira. Fazer cobertura política bundona em velocidade 5, NÃO!
Segundo esse discurso, os cidadãos de Bom Despacho deveriam eleger candidatos locais, independente de partidos políticos ou coligações, e pior, deixando de lado qualquer consideração a respeito da ideologia dessas pessoas, concentrando-se só em sua origem na cidade.
E acho nefasta, aliás, essa mentalidade de simplesmente sentar e esperar providências de cima. Que tal estimular iniciativas que tragam avanços para a cidadania? Que tal organizar movimentos sociais locais? Uma dessas iniciativas, por exemplo, é Jornal Fique Sabendo cobrir a produção cultural local, os livros que são lançados, os filmes que são produzidos em Bom Despacho e região.
No entanto, em primeiro é preciso lembrar que no Congresso Nacional discutem-se temas nacionais e lá não há tempo para discutir a educação, saúde e infra-estrutura de Bom Despacho.
Aliás, nem nos editoriais do Fique Sabendo parece existir tempo para temas como esses acima. O que vejo é uma opinião subjetiva do editor sobre Deus, telenovelas, BBB, o filme Tropa de Elite, Olimpíadas, Obama, etc.
E, como lembrou meu amigo Alex Lombello, que é candidato a deputado federal, se o deputado vender o voto para trazer asfalto e votar contra um aumento para os aposentados, uma cidade que tem muitos aposentados como Bom Despacho é muito mais prejudicada, pois aqui existem muitos aposentados!
Lê-se no editorial "Eleições de 2010: Bom Despacho tem seus candidatos": "Nos últimos anos Bom Despacho perdeu várias oportunidades de se desenvolver (...). Isso ocorreu de acordo com especialistas políticos (sic), porque a cidade nunca teve representantes na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional."
Ora, Valmir, já ouvi dizer que Cecília Ferramenta é daqui e é deputada estadual...E outra, não acredito que as rixas e intrigas entre políticos locais sejam um problema com você diz. O problema é que as rixas são pessoais, assim como as brigas são em torno de pessoas e não de projetos; os partidos também praticamente são clubes dos ricos. Não existe como um cidadão participar de um partido ou ser chamado para um sem ser de uma panelinha ou ser rico. Aliás, no contexto atual, os partidos não têm importância alguma, são só veículos para as pessoas.
Eu te desafio a me esclarecer em quem é que Zé do Nô, Inácio Franco, Chico Uejo e Jefinho vão votar para presidente. Um jornal sério, cidadão e interessado no progresso da cidade faria essas perguntas a esses senhores, faria reportagens e entrevistas e não essa propaganda vagabunda e reles embutida em matéria e editorial.
E quem são esses especialistas políticos que você aponta, Valmir? Eu te desafio a me apontar um. Se você me passar essa análise política, reproduzo-a aqui numa postagem.
E aponto dois problemas na cidade: 1) tendência a olhar somente para o próprio umbigo, herdada, quem sabe, de duas instituições muito fechadas e com tendências a leis e regras próprias, Igreja Católica e Polícia Militar. É o contrário da mentalidade cidadã a que viceja por aqui. As pessoas pensam: "se eu estiver bem, eu sozinho, que se foda o mundo!" 2) Cada família é uma república. É também o contrário da cidadania.
Portanto, Valmir, o desafio é politizar, fazer diferente, agitar a pasmaceira. Fazer cobertura política bundona em velocidade 5, NÃO!
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terça-feira, 3 de agosto de 2010
"Professor" Anastasia Voa no Jornal Fique Sabendo: Aeroporto?
Há muito não faço observações sobre a imprensa bom-despachense. Mas vamos lá. Li um curioso editorial do jornal Fique Sabendo sobre a lei da palmada, que é onde meu amigo Valmir Rogério veicula suas opiniões sem assinar, mas todo mundo sabe que é ele quem escreve.
E daí me deu vontade de dar uma palmada na imprensa, essa criança custosa que habitualmente confunde coisas como castigos físicos e humilhações com palmada no bumbum.
No final do texto ele observa que o filme Lula, o Filho do Brasil, "mostrou o presidente, quando menino, tomando verdadeiras palmadas de seu pai, considerado alcóolatra". Valmir, não se tratava de palmadas e sim surras violentas, tapas na orelha, etc. Lula disse que herdou toda a sua maldade do pai. Já eu fiquei achando que do pai violento herdou um certo desprezo por quem lê e estuda.
E, com certeza, Valmir, o comentário dele é autobiográfico: chicotada na infância não impede que alguém cresça e torne-se um político corrupto. O próprio Lula é um bom exemplo disso.
Na verdade, quando se fala em PT, eu acho, em primeiro lugar, que o PT nunca deveria ter sido fundado. Lula e os outros deveriam ter entrado ou nos partidos comunistas ou se submetido à autoridade de Brizola no PDT. Plínio Sampaio está errado quando diz que o PT é a primeira grande criação do povo brasileiro. Não: antes existiram o PCB de Prestes, o PTB de Jango e o PDT de Brizola. Sejamos justos, esses partidos tiveram falhas, erros, mas foram veículo das lutas do povo brasileiro muito antes do agora PT, que vence eleições ainda que caindo de podre e em pleno processo de autofagia.
Quando se fala em PT, é forte a imagem que eles passam de que agora está ocorrendo um plebiscito entre esquerda e direita, entre Dilma e Serra. Eu afasto a possibilidade de votar em Dilma mentalizando em duas pessoas: Gleide Andrade, atualmente no diretório municipal de BH; e em Paulo Lamac, líder do PT na câmara de vereadores.
Uma chapa que Gleide ajudou a elaborar no DCE e que sucedeu àquela em que participei gerou a monstruosa gestão João Hess no DCE da UFMG, de triste memória. Tenho certeza, por exemplo, de que um artigo que fiz contra essa gestão, pela qual também me sentia, em menor grau, responsável, foi rebatido não por João Hess, mas por ela, sua verdadeira mentora intelectual. E pensar que foi no imobilismo gerado pela gestão João Hess que aconteceu um fato terrível como foi a expulsão dos estudantes pobres que eram moradores do edifício Borges da Costa. Como me dói a lembrança de ver uma mulher lésbica negra da Letras puxada pelos cabelos pela Polícia Federal e ao lado sua namorada...Eu as conhecia!
E toda essa desgraça, essa violência, graças ao imobilismo da gestão horrorosa de João Hess, gerada na mente de extremo pragmatismo e oportunismo antiético de Gleide, possibilitou que aquelas cenas infernais foram possíveis: não havia DCE, então, para defender os estudantes! A entidade estava travada em burocracias malucas na justiça.
Já Paulo Lamac copiou a ideia que meu amigo Magno Payakan trouxe de Campinas, de fazer um cursinho pré-vestibular para estudantes de baixa renda ministrado pelos próprios alunos da universidade. E tornou isso uma empresa rendosa. O DCE UFMG, na época, colaborou bastante com ele. E virou uma coisa direitosa: peguei uma vez o material de apresentação do Pré-UFMG e não havia nenhuma referência elogiosa ao movimento estudantil, muito pelo contrário.
Não, o PT nunca deveria ter existido. E eu só voto nisso que está aí no segundo turno e olha lá, no intento de "derrotar Serra e continuar na oposição ao governo Dilma".
Mas voltemos ao Jornal Fique Sabendo. Ele publicou uma matéria que me espantou: "Governador Anastasia garante melhorias para o Aeroporto de Bom Despacho". Na matéria, o Anastasia, que é candidato, faz promessas para a cidade. Cita-se todo mundo do PSDB. Ora, dizem que nessa eleição não se aceitam matérias pagas. Ficamos todos, então, na dependência de sermos pautados. O Jornal de Negócios tem feito uma boa cobertura das eleições. Mas essa do Fique Sabendo é propaganda do PSDB inserida na pauta, com promessas e tudo.
Sendo assim, exijo que o jornal Fique Sabendo reproduza as propostas que fiz aqui no blog e que bem que gostaria que fossem discutidas na primeira reunião de uma célula do partido comunista brasileiro a ser fundada na cidade. São propostas para o debate sobre o que a cidade precisa em termos de melhorias, educação e cultura.
Por que o poderoso e rico pode e eu não? E o pior é a propaganda burra: Anastasia, a julgar segundo a matéria, pensou que existe um aeroporto em Bom Despacho, enquanto deveria referir-se ao bairro popular chamado Cidade Nova pelo Jornal Fique Sabendo (conforme a oportunidade), oficialmente São Vicente, mas popularmente conhecido como "Campo de Aviação"!!!
E daí me deu vontade de dar uma palmada na imprensa, essa criança custosa que habitualmente confunde coisas como castigos físicos e humilhações com palmada no bumbum.
No final do texto ele observa que o filme Lula, o Filho do Brasil, "mostrou o presidente, quando menino, tomando verdadeiras palmadas de seu pai, considerado alcóolatra". Valmir, não se tratava de palmadas e sim surras violentas, tapas na orelha, etc. Lula disse que herdou toda a sua maldade do pai. Já eu fiquei achando que do pai violento herdou um certo desprezo por quem lê e estuda.
E, com certeza, Valmir, o comentário dele é autobiográfico: chicotada na infância não impede que alguém cresça e torne-se um político corrupto. O próprio Lula é um bom exemplo disso.
Na verdade, quando se fala em PT, eu acho, em primeiro lugar, que o PT nunca deveria ter sido fundado. Lula e os outros deveriam ter entrado ou nos partidos comunistas ou se submetido à autoridade de Brizola no PDT. Plínio Sampaio está errado quando diz que o PT é a primeira grande criação do povo brasileiro. Não: antes existiram o PCB de Prestes, o PTB de Jango e o PDT de Brizola. Sejamos justos, esses partidos tiveram falhas, erros, mas foram veículo das lutas do povo brasileiro muito antes do agora PT, que vence eleições ainda que caindo de podre e em pleno processo de autofagia.
Quando se fala em PT, é forte a imagem que eles passam de que agora está ocorrendo um plebiscito entre esquerda e direita, entre Dilma e Serra. Eu afasto a possibilidade de votar em Dilma mentalizando em duas pessoas: Gleide Andrade, atualmente no diretório municipal de BH; e em Paulo Lamac, líder do PT na câmara de vereadores.
Uma chapa que Gleide ajudou a elaborar no DCE e que sucedeu àquela em que participei gerou a monstruosa gestão João Hess no DCE da UFMG, de triste memória. Tenho certeza, por exemplo, de que um artigo que fiz contra essa gestão, pela qual também me sentia, em menor grau, responsável, foi rebatido não por João Hess, mas por ela, sua verdadeira mentora intelectual. E pensar que foi no imobilismo gerado pela gestão João Hess que aconteceu um fato terrível como foi a expulsão dos estudantes pobres que eram moradores do edifício Borges da Costa. Como me dói a lembrança de ver uma mulher lésbica negra da Letras puxada pelos cabelos pela Polícia Federal e ao lado sua namorada...Eu as conhecia!
E toda essa desgraça, essa violência, graças ao imobilismo da gestão horrorosa de João Hess, gerada na mente de extremo pragmatismo e oportunismo antiético de Gleide, possibilitou que aquelas cenas infernais foram possíveis: não havia DCE, então, para defender os estudantes! A entidade estava travada em burocracias malucas na justiça.
Já Paulo Lamac copiou a ideia que meu amigo Magno Payakan trouxe de Campinas, de fazer um cursinho pré-vestibular para estudantes de baixa renda ministrado pelos próprios alunos da universidade. E tornou isso uma empresa rendosa. O DCE UFMG, na época, colaborou bastante com ele. E virou uma coisa direitosa: peguei uma vez o material de apresentação do Pré-UFMG e não havia nenhuma referência elogiosa ao movimento estudantil, muito pelo contrário.
Não, o PT nunca deveria ter existido. E eu só voto nisso que está aí no segundo turno e olha lá, no intento de "derrotar Serra e continuar na oposição ao governo Dilma".
Mas voltemos ao Jornal Fique Sabendo. Ele publicou uma matéria que me espantou: "Governador Anastasia garante melhorias para o Aeroporto de Bom Despacho". Na matéria, o Anastasia, que é candidato, faz promessas para a cidade. Cita-se todo mundo do PSDB. Ora, dizem que nessa eleição não se aceitam matérias pagas. Ficamos todos, então, na dependência de sermos pautados. O Jornal de Negócios tem feito uma boa cobertura das eleições. Mas essa do Fique Sabendo é propaganda do PSDB inserida na pauta, com promessas e tudo.
Sendo assim, exijo que o jornal Fique Sabendo reproduza as propostas que fiz aqui no blog e que bem que gostaria que fossem discutidas na primeira reunião de uma célula do partido comunista brasileiro a ser fundada na cidade. São propostas para o debate sobre o que a cidade precisa em termos de melhorias, educação e cultura.
Por que o poderoso e rico pode e eu não? E o pior é a propaganda burra: Anastasia, a julgar segundo a matéria, pensou que existe um aeroporto em Bom Despacho, enquanto deveria referir-se ao bairro popular chamado Cidade Nova pelo Jornal Fique Sabendo (conforme a oportunidade), oficialmente São Vicente, mas popularmente conhecido como "Campo de Aviação"!!!
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terça-feira, 16 de março de 2010
Lúcio "Bligueiro" Ataca Novamente: Fique Sabendo
O quase Ombusdman de BD, lúcio bligueiro, considerado o 'Garrafão', disse em seu blog que o editor do Jornal Fique Sabendo deve mostrar a cara, após escrever o editorial de cada edição. E ainda faz severas criticas ao veículo e também mente.
Não sou ombudsman, fique sabendo. Seria somente se publicasse artigos críticos no seu jornal. Não insista num erro: errar é humano, insistir no erro, burrice. Mostrar a cara é colocar uma foto e escrever um artigo no lugar de um editorial. Não sei onde estão as tais severas críticas. A maior parte do artigo é sobre novelas. Não menti, somente relatei um fato que aconteceu em meu blog.
Só para relembrar 'Garrafão', não mostro a cara, porque editorial não é opinião do editor e sim a do Jornal que o publica. E sobre o Dr Alessandro Loiola, o mesmo autorizou ser colunista do veículo, como você questiona no seu link.
Num grande jornal, realmente existem inúmeros editores e que opinam num artigo conjunto que é o editorial. Jamais seria possível isso para você, tamanha sua avidez em ditar verdades. No seu, sei que é só você, daí porque você não faz um artigo? Você me pedia sempre críticas, agora estou dando sugestões. Marcelo Coelho edita com Otávio Frias Filho e outros editorialistas o editorial da Folha. Eu não questionei, quem questionou a autorização do Alessandro foi um anônimo no meu blog que foi excluído. Mas fico satisfeito com sua resposta. Você não deve sentir-se atacado nem agredido. Lembre-se da propaganda da polícia: você não deve se sentir constrangido e sim protegido. A mesma coisa aqui: imagine que sou um policial fazendo uma blitz no seu jornal. Você deve se sentir comentado e não criticado, ok?
Hoje o médico escritor reside em São José dos Campos (SP), onde trabalha em um hospital daquela cidade. Caso tenha alguma dúvida, confirme pelo seu celular 31-8737-2405 e ou pelo seu email dralessandroloiola@yahoo.com.br. A comprovação veio em 2008, quando o Jornal Fique Sabendo em parceria com Sesc de Bom Despacho, promoveu a palestra "Os 5 Pilares da Saúde", realizada dia 21 de maio, ministrada pelo colunista, na época também peridiodista do jornal Estado de Minas. Criticar até que vai heim Garrafão, mas publicar uma fato sem ter informação exata, pode obrigá-lo a responder judicialmente. E isso não é novela para você assistir.
Repito: apenas relatei um fato ocorrido no meu antigo blog, um questionamento de um leitor. Você é muito atrasado, pegou essa coisa antiquada de uma imprensa que só fala a VERDADE e não aceita comentários ou sugestões. Não vejo novelas desde 1991. Estou satisfeito com sua resposta a respeito do médico. Não vamos render mais essa polêmica, pois não interessa a ninguém, deve estar fazendo figura de briguinha provinciana de comadres. Só o seguinte: melhore sua autoestima. Você supõe que, se alguém lê seu jornal, é porque não tem mais o que fazer, isso é triste.
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sábado, 6 de março de 2010
Jornal Fique Sabendo X Novelas da Globo: Uma Luta Desigual?
Somente hoje achei o Jornal Fique Sabendo de 31 de janeiro a 13 de fevereiro desse ano. Ele tem um editorial imperdível, chamado "Cuidado: As Novelas Como Influências de Vida".
O editor Valmir Rogério está em luta contra a esfera midiática brasileira, que imbeciliza e emburrece o povo: primeiro repassou as novelas, depois o Big Brother Brasil. Há brizolistas que afirmam que a Globo secou o sangue de Getúlio Vargas e da Carta Testamento: será que Valmir é dessa opinião? E eu deixo uma questão aqui: como as novelas influenciam Bom Despacho? Dilermando Cardoso é identificado pela população como o assistente do coronel Odorico Paraguaçu, Dirceu Borboleta, daí seu sucesso no Jornal de Negócios? Bom Despacho é assim porque passou O Bem Amado na TV e fez com que nos tornássemos uma Sucupira mineira?
A dengue, as reeleições de prefeitos corruptos, as viroses, o descaso com a Saúde Pública, os assassinatos políticos e as ameaças, como tudo isso aparece nas novelas? Bom Despacho está madura para ser cenário de uma telenovela a ser escrita pelo professor Júnior de Souza? Ela iria passar onde, na TV Interativa?
Eu me lembro de Gilberto Vasconcellos, brizolista e folclorólogo, analisando como O Salvador da Pátria, novela com Lima Duarte, ajudou a derrotar Brizola em 1989. Dessa novela eu me lembro pouco, apenas que Sassá Mutema (mineiro do Norte de Minas) saía de sua cidade e tornava-se político no Rio de Janeiro, desistindo após sentir-se manipulado por outros políticos mais experientes. Já em Que Rei Sou Eu me parece que existiu, sim, uma referência negativa a Lula, uma vez que existiu o personagem de um barbudinho (Cássio Gabus Mendes) com cara de raivoso e que, se subisse ao trono, iria invadir um país vizinho (ou seja, fazer loucuras). Em luta com o barbudinho, estava o galã Jean Pierre (Edson Celulari), que poderia ser associado ao então jovem e impetuoso Collor.
O editorial de Valmir é uma peça bem a seu estilo, com vírgulas separando, matreiramente, os predicados, causando uma estranha sensação: "A novela no nosso país, passou a ser um membro da família nos últimos anos". Discute-se qual o valor de troca da telenovela, que é uma mercadoria muito original e que é um desafio aos economistas. A novela vende produtos, funcionando como uma vitrine viva através do merchandising. Mas, será que chega a materializar-se em membro da família?
O editorial de Valmir é uma peça bem a seu estilo, com vírgulas separando, matreiramente, os predicados, causando uma estranha sensação: "A novela no nosso país, passou a ser um membro da família nos últimos anos". Discute-se qual o valor de troca da telenovela, que é uma mercadoria muito original e que é um desafio aos economistas. A novela vende produtos, funcionando como uma vitrine viva através do merchandising. Mas, será que chega a materializar-se em membro da família?
Eu divirjo mesmo é do fecho de ouro de Valmir sobre as novelas: "porque a fantasia dos novelistas, são armas sem munição". Não, Valmir, as telenovelas são muito importantes no Brasil, pois fazem a cabeça de muita gente. Quem escreve novela, no Brasil de hoje, tem mais poder do que general cinco estrelas!
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