Neste momento grave da história política da cidade de Bom Despacho, onde verifica-se uma crise da administração municipal em função de acusações várias, eu, Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior (professor) convoco a comunidade interessada em cultura, artes, política e comunicação para o debate a respeito das possíveis saídas e propostas para a cidade, levando em conta as presentes reivindicações:
• Diante do fato de que não existe uma Lei Municipal de Cultura, os artistas locais contam com a administração para algumas atividades esparsas, mas no geral a cultura, artes e comunicações estão entregues à competição selvagem do mercado e contam com ajuda insuficiente da administração local. Convoca-se, através desta, os cidadãos interessados em cultura para tomarem uma atitude em relação à redação da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
• Apoio à Festa de Reinado com divisão igual da verba destinada aos cortes envolvidos na Festa.
• Se a conjuntura política da atual administração é de crise, também crítica se encontra a situação dos músicos locais, que encontram pouquíssimos espaços de trabalho remunerado. Reivindica-se, através desta, espaço remunerado nas rádios de Bom Despacho para os músicos locais.
• Necessidade de criação e apoio à TV local (lutar para trazer TV Interativa também para a TV como canal aberto) e uma rádio comunitária (que poderia ser a 104, 7 Killer FM, legalizada).
• Apoio a iniciativas como o Coral Voz e Vida, assim como a volta das aulas de Música às escolas.
• Exigir apoio da comunidade e da administração para iniciativas como a editora Dez Escritos. Reivindicar o estímulo à produção de produção oral e escrita na Língua do Negro da Costa, também conhecida como “gira da Tabatinga”, tendo em vista preservar esse rico patrimônio lingüístico local, ameaçado de extinção; apoio ao cumprimento de lei que obriga a inclusão de aulas de cultura afro-brasileira, ausentes na cidade, com exceção de uma experiência na Escola Martinho Fidélis. Criação de oficinas e apoio à publicação de livros na Língua do Negro da Costa (“Gira” da Tabatinga)
• Pagamento do INSS para os funcionários demitidos da prefeitura.
• Pagamento do piso salarial de oitocentos reais (por 25 horas semanais) para os professores.
• Estatização das siderúrgicas locais, hoje paradas devido à crise, com indenizações para os trabalhadores e para os moradores do bairro São Vicente, que há anos conviveram com a poluição.
• Revitalização do Beco dos Aflitos, com valorização do patrimônio afro local.
• Liberdade de organização e reunião para o movimento estudantil da UNIPAC Bom Despacho. Transformação da dívida da UNIPAC com a prefeitura em bolsas para os estudantes.
• Não à privatização da BR 262 depois de duplicada e não ao pagamento de pedágios. Ampliação da duplicação até Bom Despacho (atualmente, só chega até Nova Serrana). Construção do trevo diante da UNIPAC para maior segurança dos alunos.
• Construção do aterro sanitário local.
• Criação do Parque Mata do Batalhão, transformando a mata em um parque ecológico público sob controle do município.
• Apoio aos pequenos produtores locais para que possam se opor ao agronegócio e dizerem não aos transgênicos.
• Reinstalação do posto do ministério do trabalho que Bom Despacho perdeu.
• Apoio à construção da sede da ADEFIS (Associação dos Deficientes Físicos) e da sede da escola de música do maestro Domingos.
• Apoio à CPI do prefeito Haroldo Queiroz e, se ela comprovar as acusações, impeachment já.
Isto posto, convido a todos para debater os pontos acima aqui no revista cidade sol.
Adorei os seguintes questionamentos recebidos:
Anônimo disse...
1-A arte e a cultura devem ter investimento, inclusive em cidades pequenas, já que os únicos que conseguem desenvolver são destinados as tradições locais. Então para haver mais pluralidade cultural e artística que são limitadas.
2-Temos urgentemente de criar veículos públicos de comunicação. E a radio comunitária é um dos meios mais eficientes e populares para o interior.
3-Sobre os desempregados, é necessário pagar seguro desemprego, ou já está pagando?INSS também...
4-O piso nacional dos professores, em termos de Brasil, se não me engano, é 950, mas os neoliberais de Minas pagam mais ou menos 600 reais na pratica. Esse piso colocado, no blog, é para professores da rede municipal? Ou será que as horas semanais desse piso é bem menor do que o nacional?O que justificaria um valor menor...?
5-Uai, se tem empresas paradas, o estado (poder publico) tem a obrigação de levantar isso. Já a poluição é outro agravante, que tem que ser prevenido e combatido...
6-Geralmente as universidades particulares têm movimento muito fraco em relação às publicas. Esses movimentos devem ser criados para essas universidades alcançar a eficiência e as decisões democráticas que tem nas publica, tornando assim instituições de ensino “semi-social”.
7-A preservação do meio ambiente é uma bandeira do futuro e presente e apenas os reacionários e conservadores não as defendem, ou não enxergam a importância de defendê-las. Refiro ao parque e ao aterro.
8-Não apoiar a manutenção de pequenos produtores, ou pequenas propriedades, é uma bandeira que os comunistas não apóiam como têm muitos por ai dizendo. É conciliável existir socialismo com pequenas propriedades produtivas, com regulação da sociedade é claro.
9-Um posto do ministério de trabalho ajudara cada vez mais os trabalhadores conhecer seus direitos e lutar por eles.
10-Político corrupto e culpado é demissão, mas acho que isso só não basta, ou seja, é cadeia neles e sem privilégios de preso político.
3 de agosto de 2010 14:03
Em breve tentarei respondê-los.
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
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segunda-feira, 2 de agosto de 2010
sábado, 6 de março de 2010
Jornal Fique Sabendo X Novelas da Globo: Uma Luta Desigual?
Somente hoje achei o Jornal Fique Sabendo de 31 de janeiro a 13 de fevereiro desse ano. Ele tem um editorial imperdível, chamado "Cuidado: As Novelas Como Influências de Vida".
O editor Valmir Rogério está em luta contra a esfera midiática brasileira, que imbeciliza e emburrece o povo: primeiro repassou as novelas, depois o Big Brother Brasil. Há brizolistas que afirmam que a Globo secou o sangue de Getúlio Vargas e da Carta Testamento: será que Valmir é dessa opinião? E eu deixo uma questão aqui: como as novelas influenciam Bom Despacho? Dilermando Cardoso é identificado pela população como o assistente do coronel Odorico Paraguaçu, Dirceu Borboleta, daí seu sucesso no Jornal de Negócios? Bom Despacho é assim porque passou O Bem Amado na TV e fez com que nos tornássemos uma Sucupira mineira?
A dengue, as reeleições de prefeitos corruptos, as viroses, o descaso com a Saúde Pública, os assassinatos políticos e as ameaças, como tudo isso aparece nas novelas? Bom Despacho está madura para ser cenário de uma telenovela a ser escrita pelo professor Júnior de Souza? Ela iria passar onde, na TV Interativa?
Eu me lembro de Gilberto Vasconcellos, brizolista e folclorólogo, analisando como O Salvador da Pátria, novela com Lima Duarte, ajudou a derrotar Brizola em 1989. Dessa novela eu me lembro pouco, apenas que Sassá Mutema (mineiro do Norte de Minas) saía de sua cidade e tornava-se político no Rio de Janeiro, desistindo após sentir-se manipulado por outros políticos mais experientes. Já em Que Rei Sou Eu me parece que existiu, sim, uma referência negativa a Lula, uma vez que existiu o personagem de um barbudinho (Cássio Gabus Mendes) com cara de raivoso e que, se subisse ao trono, iria invadir um país vizinho (ou seja, fazer loucuras). Em luta com o barbudinho, estava o galã Jean Pierre (Edson Celulari), que poderia ser associado ao então jovem e impetuoso Collor.
O editorial de Valmir é uma peça bem a seu estilo, com vírgulas separando, matreiramente, os predicados, causando uma estranha sensação: "A novela no nosso país, passou a ser um membro da família nos últimos anos". Discute-se qual o valor de troca da telenovela, que é uma mercadoria muito original e que é um desafio aos economistas. A novela vende produtos, funcionando como uma vitrine viva através do merchandising. Mas, será que chega a materializar-se em membro da família?
O editorial de Valmir é uma peça bem a seu estilo, com vírgulas separando, matreiramente, os predicados, causando uma estranha sensação: "A novela no nosso país, passou a ser um membro da família nos últimos anos". Discute-se qual o valor de troca da telenovela, que é uma mercadoria muito original e que é um desafio aos economistas. A novela vende produtos, funcionando como uma vitrine viva através do merchandising. Mas, será que chega a materializar-se em membro da família?
Eu divirjo mesmo é do fecho de ouro de Valmir sobre as novelas: "porque a fantasia dos novelistas, são armas sem munição". Não, Valmir, as telenovelas são muito importantes no Brasil, pois fazem a cabeça de muita gente. Quem escreve novela, no Brasil de hoje, tem mais poder do que general cinco estrelas!
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domingo, 28 de fevereiro de 2010
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Glauber X Jorge Schweitzer
Eu gostaria de falar sobre o equívoco que Jorge Schweitzer comete em igualar Glauber com Duda Mendonça no seu Táxi em Movimento (taxiemmovimento.com.br), mas deu preguiça.
Acho fútil. Duda, publicitário, opiniático desde sempre, queria pagar a dívida externa, publicitário dando pitaco em política e comprometido financeiramente, inclusive, vide mensalão.
Glauber sempre frisou o outro lado, ou seja, era contra pagar a dívida, contra o imperialismo.
Ah, jornalistas à la Azevedo/Mainardi...tantas vezes cafetinando a verdade. Cafetinar a verdade pelas ruas do Rio, grande bordel do Terceiro Mundo: tarefa inglória.
Falando na Abril, Jorge se baba: eles estão chupando as pautas do seu Táxi em Movimento.
Inveja da interlace? De um implante capilar?
Queria ser colunista na Veja? Não, queria colocar a cabeça de Schweitzer na bandeja como numa peça do teatro do absurdo.
Mas, claro, para falar bobagens: ele descobriu Glauber agora, graças a um amigo do Reinaldo Azevedo e seu ex-amigo: daí que ele não quer entender.
Acho fútil. Duda, publicitário, opiniático desde sempre, queria pagar a dívida externa, publicitário dando pitaco em política e comprometido financeiramente, inclusive, vide mensalão.
Glauber sempre frisou o outro lado, ou seja, era contra pagar a dívida, contra o imperialismo.
Ah, jornalistas à la Azevedo/Mainardi...tantas vezes cafetinando a verdade. Cafetinar a verdade pelas ruas do Rio, grande bordel do Terceiro Mundo: tarefa inglória.
Falando na Abril, Jorge se baba: eles estão chupando as pautas do seu Táxi em Movimento.
Inveja da interlace? De um implante capilar?
Queria ser colunista na Veja? Não, queria colocar a cabeça de Schweitzer na bandeja como numa peça do teatro do absurdo.
Mas, claro, para falar bobagens: ele descobriu Glauber agora, graças a um amigo do Reinaldo Azevedo e seu ex-amigo: daí que ele não quer entender.
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
zap 18
Esse grupo teatral traz a temática política para o palco em BH:
www.zap18.com.br
O espetáculo mais recente deles se chama 1961-2009.
www.zap18.com.br
O espetáculo mais recente deles se chama 1961-2009.
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