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sábado, 6 de março de 2010

Jornal Fique Sabendo X Novelas da Globo: Uma Luta Desigual?

Somente hoje achei o Jornal Fique Sabendo de 31 de janeiro a 13 de fevereiro desse ano. Ele tem um editorial imperdível, chamado "Cuidado: As Novelas Como Influências de Vida".

O editor Valmir Rogério está em luta contra a esfera midiática brasileira, que imbeciliza e emburrece o povo: primeiro repassou as novelas, depois o Big Brother Brasil. Há brizolistas que afirmam que a Globo secou o sangue de Getúlio Vargas e da Carta Testamento: será que Valmir é dessa opinião? E eu deixo uma questão aqui: como as novelas influenciam Bom Despacho? Dilermando Cardoso é identificado pela população como o assistente do coronel Odorico Paraguaçu, Dirceu Borboleta, daí seu sucesso no Jornal de Negócios? Bom Despacho é assim porque passou O Bem Amado na TV e fez com que nos tornássemos uma Sucupira mineira?

A dengue, as reeleições de prefeitos corruptos, as viroses, o descaso com a Saúde Pública, os assassinatos políticos e as ameaças, como tudo isso aparece nas novelas? Bom Despacho está madura para ser cenário de uma telenovela a ser escrita pelo professor Júnior de Souza? Ela iria passar onde, na TV Interativa?

Eu me lembro de Gilberto Vasconcellos, brizolista e folclorólogo, analisando como O Salvador da Pátria, novela com Lima Duarte, ajudou a derrotar Brizola em 1989. Dessa novela eu me lembro pouco, apenas que Sassá Mutema (mineiro do Norte de Minas) saía de sua cidade e tornava-se político no Rio de Janeiro, desistindo após sentir-se manipulado por outros políticos mais experientes. Já em Que Rei Sou Eu me parece que existiu, sim, uma referência negativa a Lula, uma vez que existiu o personagem de um barbudinho (Cássio Gabus Mendes) com cara de raivoso e que, se subisse ao trono, iria invadir um país vizinho (ou seja, fazer loucuras). Em luta com o barbudinho, estava o galã Jean Pierre (Edson Celulari), que poderia ser associado ao então jovem e impetuoso Collor.

O editorial de Valmir é uma peça bem a seu estilo, com vírgulas separando, matreiramente, os predicados, causando uma estranha sensação: "A novela no nosso país, passou a ser um membro da família nos últimos anos". Discute-se qual o valor de troca da telenovela, que é uma mercadoria muito original e que é um desafio aos economistas. A novela vende produtos, funcionando como uma vitrine viva através do merchandising. Mas, será que chega a materializar-se em membro da família?

Eu divirjo mesmo é do fecho de ouro de Valmir sobre as novelas: "porque a fantasia dos novelistas, são armas sem munição". Não, Valmir, as telenovelas são muito importantes no Brasil, pois fazem a cabeça de muita gente. Quem escreve novela, no Brasil de hoje, tem mais poder do que general cinco estrelas!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Irã, a fraude da mídia

IRÃ - A FRAUDE DA MÍDIA


(obs: não concordo plenamente com esse tipo de artigo, posto porque acho importante um contraponto)


Laerte Braga





Quem se der ao trabalho de compulsar (típica palavrinha/palavrão) edições de jornais ou relembrar noticiários de tevês nos últimos dez dias, mais precisamente, desde que o presidente do Irã cancelou sua visita ao Brasil e for um pouco mais atrás, digamos assim, em 2002, nos dias que antecederam a tentativa fracassada de golpe contra o presidente Chávez – Venezuela – vai ver que o esquema dos donos do mundo não mudou nada, é sempre o mesmo, precisão matemática na mentira, na fraude, na tentativa de iludir a opinião pública e dar como consumado um fato que não é real.



No caso da tentativa de golpe contra Chávez é só buscar edições antigas do JORNAL NACIONAL – principal porta-voz da mentira neoliberal/sionista no Brasil –. Duas semanas antes do golpe, dentro do cronograma armado pelo governo do então presidente Bush e empresários, banqueiros e latifundiários venezuelanos, a rede enviou à Venezuela a consagrada mentirosa Míriam Leitão para uma série de reportagens sobre aquele país, o governo Chávez e exibiu o “trabalho” na semana que antecedeu ao golpe. A conclusão da senhora Miriam Leitão na série foi a seguinte –“o povo da Venezuela não agüenta mais Chávez –.



Na semana seguinte o presidente foi preso e conduzido a local ignorado, o empresário Pedro Carmona – notório sonegador e contrabandista – foi empossado presidente, a Casa Branca anunciou que uma ditadura havia sido deposta por ter cometido barbárie e violência contra o povo, isso na quinta-feira. Abril de 2002 e Bonner aqui leu o boletim do Departamento de Estado e do porta-voz de Bush distribuído às tevês/departamentos da Casa Branca e seus tentáculos.



No domingo Chávez voltou ao poder. Milhões de venezuelanos, em Caracas e em todo o país saíram às ruas e não houve força militar ou empresarial, ou banqueiros e latifundiários que segurassem a vontade popular. Cercaram o palácio de governo onde se encontrava Carmona e sua quadrilha – limparam o cofre antes de fugir –, cercaram a Câmara dos Deputados, a Suprema Corte – lá não existe nenhum Gilmar Mendes mais – e exigiram a volta de Chávez. Militares democráticos e comprometidos com o seu país, não esse tipo de general Heleno que temos aqui, empregado da VALE, garantiram o resto.



Bonner passou de liso sobre o assunto, d. Miriam Leitão fez de conta que não era com ela e assim os seus superiores, inclusive Bush. Um documentário chamado “a revolução não será traída”, de dois cineastas irlandeses, mostrou toda a farsa com cenas reais e ao vivo.



No caso da reeleição do presidente do Irã o esquema é o mesmo. Nos dias que antecederam o pleito trataram de vender a idéia de eleições difíceis para Mahmud Ahmadinejad, da insatisfação popular – jovens e mulheres principalmente – e criaram a sensação que o mundo seria melhor sem Ahmadinejad, a paz no Oriente Médio poderia vir a ser uma realidade, tudo com a vitória do candidato que rotularam de “moderado”, Mir Hosein Moussavi.



No documentário “a revolução não será televisionada”, onde se mostra o golpe urdido contra Chávez, há um momento em que se revela o verdadeiro caráter da elite venezuelana. É numa reunião num bairro nobre, gente assim tipo Lúcia Flecha de Lima e ACM, quando o “presidente da mesa” alertava as senhoras e senhores presentes para terem cuidado com os “empregados domésticos”, todos eles moradores de favelas e bairros pobres e “chavistas”.



O noticiário sobre as eleições na república popular e islâmica do Irã dizia que Moussavi era da classe média alta do Irã, tinha pontos de contato com o Ocidente e estava interessado em gestos de paz, ao contrário de seu principal adversário. E como Miriam Leitão havia dito que “o povo da Venezuela não agüenta mais Chávez – venderam a idéia que os iranianos jovens e as mulheres – jogando com o inconsciente das pessoas, o preconceito contra muçulmanos – queriam mudanças no país.



Esqueceram-se de dizer que os “empregados domésticos” do Irã e as populações das regiões mais pobres do país apoiavam o presidente Ahmadinejad por conta dos seus programas sociais e da ausência de corrupção no governo, o que não se pode dizer de Moussavi, corrupto, venal e contratado pelo Ocidente para desmontar o processo revolucionário iraniano.



Empresário. Precisa dizer mais alguma coisa?



O discurso do presidente Barak Obama no Egito desagradou a Israel (que não aceita a menor concessão, são os eleitos de Deus e não há o que discutir, podem roubar, torturar, matar, estuprar e o que for preciso para garantia de banqueiros, etc). Os israelenses, que não conhecem ainda a vaselina e seus predicados, não perceberam que Obama estava tentando evitar a vitória do Hezbollah no Líbano (e conseguiu) com aquele lero lero de paz e ao mesmo tempo, sinalizando aos iranianos que poderia ser bonzinho também com o Irã, permitindo o estado palestino. Tipo assim palestinos carregando malas de israelenses, limpando banheiros, essas coisas e estou sendo gentil.



No Irã não colou, não funcionou. A vaselina de Obama chegou lá com data vencida.



A mídia no mundo ocidental, cristão e democrata cumpre o papel que lhe cabe na parceria com o terrorismo de Israel. Fala em fraude. Moussavi buscar criar condições para uma convulsão social no Irã, tenta desconhecer a realidade. Mais de 60% dos iranianos não escolheram um representante do governo dos EUA e traidor dos ideais da revolução islâmica e popular do Irã, um empresário cooptado pelo terrorismo nazi/sionista de Israel.



A esmagadora maioria dos eleitores iranianos percebeu que Moussavi iria cair de joelhos diante de Obama, interromper o programa nuclear do país – vital para a garantia de sua independência – e que os palestinos e muçulmanos de um modo geral não ganhariam mais que um pirulito para achar que de fato os de Israel são superiores e norte-americanos completam o duo terrorista e nazista.



É preciso agora mostrar aos incautos do resto do mundo que houve “fraude”. Que a vontade popular foi desrespeitada. O problema é que a diferença entre um e outro candidato não foi de um ponto percentual, mas Ahmadinejad teve o dobro dos votos de seu adversário. Difícil falar em fraude.



O governo de Israel considera que o resultado das eleições no Irã soa como um “tapa na cara”. Falharam os planos de um governo colaboracionista. Submisso como os do Egito, da Jordânia, da Arábia Saudita, do Iraque ocupado e vai por aí adiante.



Ou seja, para o “povo superior”, os “escolhidos por deus”, o deles, o povo do Irã tinha que eleger o candidato deles. Como não foi assim o tapa na cara soa como tapa no deus deles. O dos saques, do terror, da violência da tortura e dos estupros contra mulheres palestinas, toda a sorte de atrocidades típicas e intrínsecas ao sionismo.



Não houve fraude alguma no Irã. Não há tentativa de golpe de Ahmadinejad, pois venceu as eleições com o dobro de votos de seu adversário. As manifestações de rua de partidários da ocidentalização do Irã, de transformação do país num Egito da vida, palco para os jogos de cena padrão Hollywood de Obama, são parte do processo golpista, esse sim, de Moussavi.



Tem dinheiro de sobra para tentar o golpe, é financiado pelos grandes piratas e saqueadores da atualidade – norte-americanos e israelenses.



Fraude é a mídia ocidental. Fraude é a GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO, fraude são os defensores dessa “democracia” padrão Lúcia Flecha de Lima, onde se privatiza a vida embaixo dos lençóis do poder, no afã de vender um país, caso do governo FHC. Liberdade deve ser abrir a jaula para essa gente soltar as bestas da PM paulista e mandar baixar a borduna em estudantes, professores e funcionários de uma universidade pública. Com certeza uma Lúcia Flecha de Lima vai estar embaixo de um lençol no mundo cristão, ocidental e democrata, negociando a privatização da USP.



A vitória de Ahmadinejad foi a vitória do povo do Irã. Só isso. O negocio de abóbora viver carruagem que Obama arranjou no seu discurso no Cairo não funcionou por lá.