quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Xyko é Xyk: poema glauberiano para uma polêmica

Xyko Buark é Xyk
Xyko no Brazyl é um intocável
Xyko bêbado discutiu com koxynhas
Xyko discute com os argumentos de Pedro Pedreiro.
Xyko, bêbado, é como qualquer amigo nosso tonto no bar.

Geraldo Thomas depois de fazer gesto obsceno para Lula
& de reforçar a cultura do estupro assediando NICOLE Bahls
Pede RESPEYTO PARA XYKO
RESPEITO PORRA!!!
GERALDo MOSTRANDO PYNTO PARA NICOLE
RES-PEYTO PORRA!!!

MAS XYKO, XYKO É XYKO.
Lula Buark conseguiu captar dinheiro para um filme sobre Xyko.
Rasgaram uma página de um livro de Xyko
Disseram que até livro de Xyko em coreano saiu com dinheiro públyko
Mandaram Xyko ir para Paris!
Absuuuurdo!
O que seria do Brasil sem Xyko?
Leblon sem Xyko?
LOBÃO SEM XYKO? Me chama.
Caetano sem Xyko?
Lula & Lula Buark sem Xyko?
Xyko Family sem Xyko????
Xyko sem XYKO!


"Mas falta eu mesmo e essa falta é tudo" Machado de Assis
Segundo a krytyka, Xyko é tão bom romancista como Machado


PERDA TOTAL PT PERDA TOTAL PT SAUDAÇÕES
PT se aconchega em Xyko
Dá um abraço de afogado em Xyko
A namorada de Xyko canta com apoio da lei Rouanet
O genro de Xyko também conseguiu recurso pela lei Rouanet
A irmão de Xyko foi MYNYSTRA


NAAAAO!!!! NAOOOO PERDEREMOS XYKO!!!
A PRESIDENTA MANIFESTOU-SE CONTRA A PERDA DE XYKO
MAIS RAPIDAMENTE DO QUE A RESPEITO DO ACIDENTE AMBIENTAL NO RIO DOCE.


sábado, 26 de dezembro de 2015

A Filha de São Sebastião


Interessante documentário obre Dona Sebastiana, personagem polêmica da cidade onde vivo, Bom Despacho, Minas. Não me dou bem com ela, acho sua política péssima, mas esse documentário resguardou realmente o que ela tem de melhor. Preservou também a cultura afro local.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Maoístas x PCB: Críticas a Mauro Iasi


Hilária a crítica dos maoístas ao PCB e ao Mauro Iasi:


Para sustentar o apoio ao PT, afirmam estar ocorrendo no Brasil uma – não é piada – “ascensão fascista”! (E é claro que com “ascensão fascista” o PCBrasileiro não se refere ao genocídio das massas perpetrado pelo PT a nível nacional). E sustentam essa loucura apoiando-se num episódio ridículo no qual o ex-candidato a gerente de turno pelo PCBrasileiro aparece orando um poema radicalóide para um encontro repleto de bandeiras do PSTU e coisas semelhantes, fato este que gerou uma reação tão ridícula quanto de meia-dúzia de pirralhos e velhotes que, via rede social, fizeram umas publicações “ameaçando” o tal ex-candidato. Isto, para o PCBrasileiro e as demais siglas de“esquerda” do Partido Único, é ascensão fascista; já a gerência semifeudal e semicolonial, genocida e oportunista do PT não é fascista, mas ao contrário, é “vítima de golpe” da direita.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Roberto Schwarz e a mística do golpe

Num vídeo recente, entre outros intelectuais da USP, Roberto Schwarz fez uma obsservação interessante sobre o impiximã: "o impiximã tem um caráter de classe, pois se trata de uma tentativa de acabar com um experimento de melhora da vida popular. Um experimento que tem defeitos, mas que é um experimento".


Mas que fique bem claro: não é um experimento socialista, é um experimento de conciliação do capital e do trabalho. Seu intento não foi apenas favorecer os trabalhadores e também a burguesia com a paz social.

A ideia de que todos devem se unir junto do PT e suas políticas, senão virá uma ditadura muito pior é agora o recurso utilizado pelos governistas para conseguirem unificar sua base. Não é um argumento tão original, pois já vi esse argumento reproduzido no passado também por Arnaldo Jabor na antiga Revista Imprensa. A ideia era que, ou nós do PT aceitávamos as privatizações ou viria uma ditadura militar neoliberal para nos dar porrada.

Enfim, o PT aceitou as privatizações, mas eu continuo onde sempre estive (contra elas) -- e agora  fora do PT.

A partir de quando surgiram as primeiras denúncias sérias contra o PT, em 2003, Lula começou a propagandear que as acusações seriam parte de um golpe. Aproveitou-se do fato de que Chávez esteve, em 2002, às voltas com um golpe verdadeiro e utilizou o fato.

O PT não usa, internamente, o termo mensalão e sim alguns usam o termo "golpe de 2005".

Por que o impiximã contra Collor foi democrático e esse agora não teria embasamento algum? E o pior é o caráter do tal experimento de que Schwarz fala. Agora os petistas associam a todo momento seu experimetno ao populismo latino-americano, ligando seu destino ao peronismo e ao bolivarianismo, assim como aproximam Lula e Vargas. Embora ambos sejam estadistas latino-americanos, Lula é minúsculo perto do legado do gaúcho. Como disse Brizola, Lula é a espuminha da história.

Participei do golpe contra o agora companheiro Collor, em 1992, cantando canções de Raul Seixas e Legião Urbana. Igualmente, ao contrário de agora, quando procuram conspirações até quando a Globo manifesta-se contra o impiximã, os petistas antes vibravam com as mensagens subliminares anti-Collor do grupo Globo imbuídas na minissérie Anos Rebeldes.

Como foi delicioso dar aquele "golpe" ao som das canções de Caetano Veloso e de planos que copiavam os de Godard, atravessando paredes!

O experimento findará, Schwarz, sem ter feito reformas no país, nem reforma agrária não saiu, distribui-se menos terra do que nos tempos de FHC. A reforma agrária é tarefa da transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Somos muito atrasados, portanto.

O golpe de 64, Schwarz, foi no seu entender um "momento estelar".  Agora, talvez estejamos num outro "momento estelar", meu caro, onde sua boa estrela está se apagando! O outro foi bom? Veja o que Schwarz escreveu:


"Como hoje está na moda achar que 1964 não foi nada, não custa lembrar que Lincoln Gordon, o embaixador americano na época, reconheceu que o golpe militar brasileiro foi um momento importante da Guerra Fria. Refletindo sobre o golpe à luz da irrisão tropicalista, que veio na sua esteira, um "brasilianista" me observou que nossa virada à direita teve papel precursor e deu ensejo à ordem pós-moderna, o que achei inesperado e sugestivo."


 Eu acho que não se deve combater quem pede o impiximã pelo seguinte motivo: é MUITO bom que o coreto dos ricos e poderosos esteja sendo bagunçado. Como disse Lênin: a revolução acontece quando os de cima não conseguem mais dominar como antigamente e os de baixo não se deixam mais explorar pacificamente com em épocas normais. Eu amo vocês neoliberais burgueses detonando o ás da burguesia, o líder neoliberal de direita que é o Lula. A situação sem Lula irá radicalizar bastante. É algo inesperado e sugestivo.

O impiximã contra Dilma tem caráter de classe, ou seja, o impiximã é burguês, é parte da luta da burguesia contra os trabalhadores. Já o impiximã contra Collor foi um impiximã proletário contra burguês? E Collor, burguês redimido, agora cerra fileiras ao lado dos trabalhadores? 







domingo, 13 de dezembro de 2015

Algumas questões relevantes pensadas a partir do blog questões relevantes

Há algum tempo tenho debatido com o meu amigo Paulo Falcão do blog questões relevantes:


1) O marxismo universitário fala em Marx e ao mesmo tempo "cortar" o projeto político. O marxismo demorou a entrar nas universidades. O primeiro esboço foi o marxismo da chamada Escola de Frankfurt. Focando na crítica e no pessimismo, esse marxismo tornava-se em parte aceitável, mas mesmo assim os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Social não foram aceitos, nos anos 20 e 30, nas universidades alemãs. Esse instituto só tornou-se mais forte a partir dos anos 50. A partir dos anos 50, de 1956 principalmente, o marxismo revisionista entrou com força total nas universidades, ao ponto de que toda universidade ocidental chegou a elaborar sua versão do marxismo revisionista. A partir dos anos 90, mesmo o revisionismo passou a ser marginalizado e suas cadeiras extintas e reduzidas. Marx, em si, tornou-se perigoso para os reacionários, que não conseguem nem cuspi-lo e nem engoli-lo.


2) Um exemplo de "marxiano" que faz o que foi citado acima é Vladimir Safatle, embora ele mantenha uma pretensão política que assusta Paulo Falcão. A pretensão de Safatle é de ocupar um lugar rendoso e prestigioso no sistema parlamentar atual. Ele quer poder e prestígio.


3) Tornou-se um truísmo de nosso tempo associar nazismo e comunismo. A principal acusação é que de que  ocomunismo seria religioso, anticientífico e conservador --e não radical demais. Zizek e Meszaros, por exemplo, bravateiam coisa semelhante: "é preciso ir além do capital". Ou seja, pretendem ridiculamente ser falsamente mais radicais do que Mao e Stálin. Evidentemente, Zizek e Meszaros estão fazendo fanfarronice e Pol Pot, Stálin e Mao são muitíssimo mais radicais do que esses dois marxianos. O primeiro era um dissidente antimarxista até anteontem e o outro participou da contrarrevolução de 56, também antimarxista. São marxianos que falam em Marx, mas também combatem o projeto político do marxismo, por outro lado.


4) Sempre que se fala mal do comunismo, foca-se principalmente em Stálin, Pol Pot e Mao. Essa vertente é considerada realmente danosa, enquanto a outra vertente, de Gramsci, Lukács e Trotsky, parece relativamente poupada. No entanto, é essa outra vertente que pode ser acusada daquilo que Paulo Falcão diz: resíduos messiânicos e religiosos. Lukács dizia que era preciso voltar a Marx, dando a entender que Marx, como Lutero, detinha todas as verdades.

5) O pensamento marxiano pode circular, mas ele precisa, de preferência, pagar preço de repudir Stálin (o que equivale a ser antileninista) e de falar mal de algum projeto político marxista. A universidade, em geral, falsificada, pela via do revisionismo, tanto Marx quanto Lênin.

6) Dificilmente se vê algum vídeo homenageando Gramsci na Itália que não tenha parlamentares babando emocionados. Isso é claro indício de que Gramsci, um parlamentar, fez um grande favor para fazer o marxismo refluir para o campo parlamentar. A universidade também adora suas especulações. Quando ele substitui o materialismo histórico pela filosofia da práxis, ele chega a dizer que essa filosofia "não é materialista e nem idealista". Gramsci NÃO é um leninista. Ele coloca ideias e palavras dele na boca de Lenin.

7) O PT utiliza-se de bandeiras da URSS, estrelas de cinco pontas e caras de Che Guevara, mas o PT não é estatista. O PT desejou apenas gerenciar de forma menos selvagem o capitalismo selvagem, mas fracassou de forma rotunda. Não é estatista: aplica o programa do PSDB. Habitualmente, também segue o dístico: "rápido, antes que a direita o faça".




quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Nem impiximã e nem ajuste fiscal

Sobre os debates nos dias que correm, sou da posição: nem impiximã e nem ajuste fiscal.

Não adianta apoiar esse governo e querer empurrá-lo para a esquerda. Ele não vai. É preciso ser oposição.

Recuso, no entanto, chamar quem pede impiximã de golpista. Impiximã foi um recurso eleitoreiro usado pelo PT e que enganou as massas.  Não vamos prometer a um operário, na porta de fábrica, que com impiximã sua vida vai mudar.

 Fazendo assim, estaremos mentindo. Criando falsas ilusões.

O impiximã de Collor, seguido do Plano Real, iludiu as massas, que imaginam que podem viver a mesma situação: tira-se o gestor e o outro faz alguma coisa para melhorar a economia. No atual contexto, isso é impossível.

No entanto,  quem é de esquerda não deve combater o impiximã.

O impiximã, a meu ver, tem algum embasamento jurídico, sim.

O governo brasileiro apoiou um golpe no Haiti e mantém nosso exército apoiando um governo que se legitimou em eleição, mas nasceu do golpe.

 Em Honduras, diante do golpe violento, Dilma apenas disse: "mas não teve uma eleição depois?" Para ela, então, pode haver golpe no Brasil, basta fazer eleição depois?