Finalmente um vídeo com a voz de Samuel Beckett, que infelizmente fica atolada numa lama sonora lá no fundo.
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Um Comentário do Cláudio: 3 cenas
mais uma fugida aqui pela lentox , e o domingo acabando , acabando meu tempo .
comi banana frita com chicabom derretido agora . prozac perde ...
bem só para me atualizar sobre o " 3-way on becket " :
cena 1 .
gostei de ler o texto do gerald e assistir ao video de beckett que o lucio publicou no seu site . uma opção de situação .
além da viagem artística , o video é revigorante . faz bem à saude . quer dizer , quem pode negar que jeremy irons é um verdadeiro complexo vitamínico para todos os sentidos ?
cena 2 .
do targino : " ... gorilas ... Existe um filme muito bom que trata desse assunto."
esperei alguém se manifestar sobre o filme " nas montanhas dos gorilas " , estrelado pela gigante sigorney weaver no papel da antropóloga que vai salvar os bichos das garras dos humanos malvados , e se dá mal .
" A notável aventura da primatologista Dian Fossey dentro habitat dos gorilas das montanhas de Ruanda. Em uma perfomance pela qual ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz dramática, Sigourney Weaver vive a carismática e imponente cientista, dona de uma determinação desmedida - que ao longo de sua vida foi sua força, mas que talvez tenha sido um dos elementos que culminaram em seu trágico assassinato . "
pois é : a cena mais comovente do filme é quando Dian recebe uma surpresa . ela não sabe ainda , mas foi enviado pelos traficantes de peles e etceteras de gorilas como ameaça .
é uma caixa de presente com as mãos decepadas da mamãe-gorila do bando que ela estudava . não lembro se estavam embrulhadas na " seda azul do papel que envolve a maçã " do caetano veloso .
mas da cena e da música , o GV lembrou , e eu também .
cena 3 .
" ashes to ashes , dust to dust ... "
comi banana frita com chicabom derretido agora . prozac perde ...
bem só para me atualizar sobre o " 3-way on becket " :
cena 1 .
gostei de ler o texto do gerald e assistir ao video de beckett que o lucio publicou no seu site . uma opção de situação .
além da viagem artística , o video é revigorante . faz bem à saude . quer dizer , quem pode negar que jeremy irons é um verdadeiro complexo vitamínico para todos os sentidos ?
cena 2 .
do targino : " ... gorilas ... Existe um filme muito bom que trata desse assunto."
esperei alguém se manifestar sobre o filme " nas montanhas dos gorilas " , estrelado pela gigante sigorney weaver no papel da antropóloga que vai salvar os bichos das garras dos humanos malvados , e se dá mal .
" A notável aventura da primatologista Dian Fossey dentro habitat dos gorilas das montanhas de Ruanda. Em uma perfomance pela qual ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz dramática, Sigourney Weaver vive a carismática e imponente cientista, dona de uma determinação desmedida - que ao longo de sua vida foi sua força, mas que talvez tenha sido um dos elementos que culminaram em seu trágico assassinato . "
pois é : a cena mais comovente do filme é quando Dian recebe uma surpresa . ela não sabe ainda , mas foi enviado pelos traficantes de peles e etceteras de gorilas como ameaça .
é uma caixa de presente com as mãos decepadas da mamãe-gorila do bando que ela estudava . não lembro se estavam embrulhadas na " seda azul do papel que envolve a maçã " do caetano veloso .
mas da cena e da música , o GV lembrou , e eu também .
cena 3 .
" ashes to ashes , dust to dust ... "
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Beckett is Back: Reencarnando Beckett!

Board to Death, Museum of Bad Arts, Boston
(Cenário: terreiro de umbanda. Música: Cancro Molly, de Satanique Samba Trio. Personagens: Pózzon de Higgs, Cacilda Beckett e Preto Velho).
Preto Velho: É, Mizifi, vô vê se vai dá prá baixá o Samuer para você, tá? (Toma um gole de cachaça e dá um trago em um beck).
Pozzón: Metateatro.
Preto Velho (baixando o santo): Não.
Pózzon: intrateatro?
Preto Velho: sim.
Pózzon: O tempo...voraz monstro janusiano...o hábito e a rotina...coleiras que atam os sujeitos a seu vômito...o indivíduo como acúmulo de eus mortos...superpostos como as camadas de uma cebola...
Preto Velho: Nada é mais engraçado do que a felicidade.
Cacilda Beckett: Estamos sobre um platô. Me segura que vou dar um troço!
Pózzon(imitando o trapalhão Mussum): colisão de hádris, Cacilds!
Cacilda: Estou acabada. A bota. Não entra. Não sei se ela diminuiu ou se foi o pé que cresceu.
Preto Velho: a fornalha de luz infernal! A santa luz! Alguém está olhando para mim ainda. Olhos nos olhos.
Pózzon: eu quero a partícula Deus! Particularmente.
Cacilda: quem está no palco? O que está acontecendo?
Preto Velho: Então voltei para casa, e escrevi. É meia-noite. A chuva está batendo nas janelas. Não era meia noite. Não estava chovendo.
(Um som ao fundo: Ping! Surge uma TV sem imagem, desintonizada)
Pózzon: Vamos ao que interessa. Beckett, você morreu há vinte anos, tem algo a acrescentar? Por que você escreve?
Preto Velho: (Olha o outro em silêncio e responde lentamente): só sirvo para isso.
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Do blog Cena dois
4 de novembro de 2009
Samuel Beckett
Imagem interessante postada no blog
http://imagesvisions.blogspot.com/ de hoje.
A foto é de Vik Muniz.
“Abro a porta da cela e vou. Estou tão curvado que só vejo meus pés, se abro os olhos, e entre minhas pernas um punhado de poeira escura. Me digo que a terra está apagada, ainda que nunca a tenha visto acesa. (pausa) É assim mesmo (pausa) Quando eu cair, chorarei de felicidade”, disse Clov.
O trecho acima é do livro Fim de Partida, escrito pelo genial Samuel Beckett (1906-1989). Nascido na Irlanda, Samuel Beckett foi dos mais influentes escritores do século 20, com uma obra que inclui contos, poesia, romances como Malone Morre e peças como Esperando Godot. Recebeu o Nobel de literatura em 1969.
Os pais de Samuel Barclay Beckett eram protestantes. Ele estudou na escola real em Enniskillen (onde Oscar Wilde também havia freqüentado). Foi lá que começou a aprender o francês, uma das suas línguas preferidas.
Excelente atleta, Beckett foi jogador de tênis e boxeador. Embora gostasse de esportes, sua atenção estava voltada aos estudos acadêmicos. Aos 17 anos entrou para a faculdade, e se aprofundou nos textos literários.
Outro assunto que influenciou o escritor, nos seus tempos de estudante, foi o cinema de comédia de Buster Keaton e Charlie Chaplin. Depois que se formou, Beckett viajou a Paris onde se encontrou com James Joyce, que se tornaria a sua maior referência literária.
Além de ter sido um dos assistentes favoritos de Joyce, Beckett construiu uma sólida amizade com o autor de Ulisses. Inspirado pelo círculo literário, de uma Paris repleta de novidades culturais, Beckett tinha encontrado nele a sua falange, que orientaria toda a sua obra.
Forçado a voltar a Irlanda, para resolver problemas pessoais, Beckett retorna a Paris em 1932, e por lá fica um bom tempo escrevendo novelas, contos e poesias. Nessa época, o escritor desenvolve uma voz própria e saí das sombras de Joyce para dar o seu próprio salto.
Por um bom período o escritor chegou a residir em Londres, com a intenção de fazer dinheiro, mas foi em Paris que ele se estabeleceu. Quando a cidade foi invadida em 1941, Beckett e Suzanne (sua esposa) juntaram a resistência e foram obrigados a refugiar-se no sul da França.
Com o fim da guerra Beckett se estabelece com Suzanne em Paris. A partir daí foram centenas de trabalhos realizados. Em 1977 começou a ter problemas de saúde, prejudicando sua produção literária.
No dia 17 de julho de 1989, ele perde Suzanne. O baque foi grande. No mesmo ano, 22 de dezembro, Beckett morre, deixando uma obra de inigualável valor artístico.
O livro Fim de Partida (Cosac & Naify; 176 páginas, R$30,00) peça em um ato, tem quatro personagens. Eles “giram em falso” entre a vida e a morte, numa decadência cinzenta que se arrasta sem chegar ao fim.
O livro é elegante, com capa dura e sobrecapa. A tradução é de Fábio de Souza Andrade. O interessante do Fim de Partida é a habilidade do texto que, ao estabelecer um jogo que contempla um desfecho “fácil”, com vitoriosos ou derrotados, se apóia em repetições e diálogos fragmentados.
Comungo com o escritor Bernardo Carvalho quando diz que gosta de literatura, e não de escritores. Abro uma exceção apenas para a figura de Beckett. Todas as suas fotos me dão a impressão de que ele era cauteloso na legitimidade humana. Me parecia extremamente honesto e franco, sem as afetações que sujam as auras de muitos escritores por aí.
Postado por Luiz Penna às 08:15
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Samuel Beckett
Imagem interessante postada no blog
http://imagesvisions.blogspot.com/ de hoje.
A foto é de Vik Muniz.
“Abro a porta da cela e vou. Estou tão curvado que só vejo meus pés, se abro os olhos, e entre minhas pernas um punhado de poeira escura. Me digo que a terra está apagada, ainda que nunca a tenha visto acesa. (pausa) É assim mesmo (pausa) Quando eu cair, chorarei de felicidade”, disse Clov.
O trecho acima é do livro Fim de Partida, escrito pelo genial Samuel Beckett (1906-1989). Nascido na Irlanda, Samuel Beckett foi dos mais influentes escritores do século 20, com uma obra que inclui contos, poesia, romances como Malone Morre e peças como Esperando Godot. Recebeu o Nobel de literatura em 1969.
Os pais de Samuel Barclay Beckett eram protestantes. Ele estudou na escola real em Enniskillen (onde Oscar Wilde também havia freqüentado). Foi lá que começou a aprender o francês, uma das suas línguas preferidas.
Excelente atleta, Beckett foi jogador de tênis e boxeador. Embora gostasse de esportes, sua atenção estava voltada aos estudos acadêmicos. Aos 17 anos entrou para a faculdade, e se aprofundou nos textos literários.
Outro assunto que influenciou o escritor, nos seus tempos de estudante, foi o cinema de comédia de Buster Keaton e Charlie Chaplin. Depois que se formou, Beckett viajou a Paris onde se encontrou com James Joyce, que se tornaria a sua maior referência literária.
Além de ter sido um dos assistentes favoritos de Joyce, Beckett construiu uma sólida amizade com o autor de Ulisses. Inspirado pelo círculo literário, de uma Paris repleta de novidades culturais, Beckett tinha encontrado nele a sua falange, que orientaria toda a sua obra.
Forçado a voltar a Irlanda, para resolver problemas pessoais, Beckett retorna a Paris em 1932, e por lá fica um bom tempo escrevendo novelas, contos e poesias. Nessa época, o escritor desenvolve uma voz própria e saí das sombras de Joyce para dar o seu próprio salto.
Por um bom período o escritor chegou a residir em Londres, com a intenção de fazer dinheiro, mas foi em Paris que ele se estabeleceu. Quando a cidade foi invadida em 1941, Beckett e Suzanne (sua esposa) juntaram a resistência e foram obrigados a refugiar-se no sul da França.
Com o fim da guerra Beckett se estabelece com Suzanne em Paris. A partir daí foram centenas de trabalhos realizados. Em 1977 começou a ter problemas de saúde, prejudicando sua produção literária.
No dia 17 de julho de 1989, ele perde Suzanne. O baque foi grande. No mesmo ano, 22 de dezembro, Beckett morre, deixando uma obra de inigualável valor artístico.
O livro Fim de Partida (Cosac & Naify; 176 páginas, R$30,00) peça em um ato, tem quatro personagens. Eles “giram em falso” entre a vida e a morte, numa decadência cinzenta que se arrasta sem chegar ao fim.
O livro é elegante, com capa dura e sobrecapa. A tradução é de Fábio de Souza Andrade. O interessante do Fim de Partida é a habilidade do texto que, ao estabelecer um jogo que contempla um desfecho “fácil”, com vitoriosos ou derrotados, se apóia em repetições e diálogos fragmentados.
Comungo com o escritor Bernardo Carvalho quando diz que gosta de literatura, e não de escritores. Abro uma exceção apenas para a figura de Beckett. Todas as suas fotos me dão a impressão de que ele era cauteloso na legitimidade humana. Me parecia extremamente honesto e franco, sem as afetações que sujam as auras de muitos escritores por aí.
Postado por Luiz Penna às 08:15
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