segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Críticas ao Filme Vai para Cuba, Eduardo

<i>Críticas ao filme Vai para Cuba, Eduardo O filme é bom em termos técnicos, mas a presença de Frei Betto é comprometedora. No jogo sujo das eleições burguesas, é muito comprometedor alguém se apresentar como representante de Jesus Cristo na Terra. Ele mente que o governo dá uma cesta básica para todo cubano, a realidade é o exato oposto, há escassez e desabastecimento, enfim, há fome em Cuba. Os conceitos religiosos apenas complicam. Frei Betto deveria analisar a situação de Pedro Luis Boitel, estudante católico progressista que participou na revolução e que se opôs ao corporativismo fascista que Castro ao propor chapa única na Federação Estudantil Universitária, bem como acabar com a autonomia universitária, algo que nem o ditador Batista ousou fazer. Discurso por unidade não é marxismo. Boitel ficou preso de 1961 a 1971 e não foi solto, morreu em greve de fome. Beto precisava tocar nesse mártir do liberalismo católico. Para nós, é unidade na diversidade. Beto buscou tornar a igreja católica um braço do castrismo, buscou corporativizar a igreja, que é uma opositora até hoje do regime castrista. Outro ponto: a questão dos alimentos. Cuba não produz os alimentos que ela consome, importa oitenta por cento dos alimentos. Ali se promete que irá conseguir, etc e tal. Não se toca na monocultura do açúcar. Para romper a monocultura, é preciso uma revolução cultural tanto lá quanto aqui. Nem o Brasil consegue superar a monocultura para exportação para obter dólares. Cuba está, então, numa situação semelhante ao Brasil nesse ponto. E finalmente: no documentário Diaz-Canel rechaça quem o chama de neoliberal. Na realidade, ele preocupa-se em rebater essa acusação devido ao arrocho, o pacote ao estilo neoliberal que estão vivendo em Cuba. Mas quem chamou Diaz-Canel, o líder do “socialismo” cubano, de neoliberal? A quem Diaz-Canel responde?

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