Mostrando postagens com marcador Vamp. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Vamp. Mostrar todas as postagens

domingo, 28 de março de 2010

Carta ao Emídio sobre o Vampiro

Oi, Henrique. Olha: respondendo à sua pergunta, eu suponho que o "Vamp" seja um nickname do Luiz Damasceno, diretor teatral curitibano, mas é só suposição. Suponho isso a partir da leitura dos textos no almost complete works do Gerald e de entrevistas, onde ele se refere ao Damasceno de uma forma semelhante àquele se dirige ao Vamp no blog. No mais, acho que ele não é Reinaldo Azevedo, não. Mas é leitor fanático do Azevedo e pasticha seu estilo, isso sim. O Vamp é um cara que gostaria que Lula lesse A Insustentável Leveza do Ser e pusesse o insustentável ser que é o terrorista Battisti para fora, ou seja, ficasse igual ao Vamp, Globo, Berlusconi...só falta Bush. Agora já levou uma sapatada higiênica, mas Vamp, Diogo, Azevedo e Mainardi continuam uma política herdada do homem, que já é carta fora do baralho. A bola da vez é o Battisti.


Azevedo e Diogo Mainardi sustentam aquelas posições porque são jornalistas bem pagos, ou melhor, são a ponta de lança editorial da Veja. Senão não dariam a cara a tapas nem o pescoço ao cutelo daquele jeito. Gerald Thomas não é ponta de lança editorial do Ig...Talvez o Ig tenha trazido o Gerald, em primeiro devido ao inegável talento e inteligência, em segundo para desfazer e minorar a fama de "petista" com a qual o Azevedo e o Diogo tachavam o Ig. Gerald fez amizade com Azevedo, mas parece que brigou com a turma do Manhattan Connection, onde não teve uma boa experiência: foi atacado pelo público através da correspondência do programa, o que para ele foi traumático. Acho que ele continuou amigo do Nelson Mota, mas já afirmou que Mainardi é só pose e que os outros "morreram", Caio Blinder é um "judeu insuportável", etc.

Enfim, acho que Diogo e Azevedo, assim como Nassif e Paulo Henrique Amorim, não dão nenhum passo que não seja bastante calculado e pensando, é claro, na carreira. Quando Lula ameaçou ir aos quarenta anos da Veja, PHA e Nassif ameaçaram se rebelar. Lula aparentemente voltou atrás ou foi aconselhado a não ir. Na revista Piauí ele diz que é porque se conscientizou de que, se alguém te xinga, vc não deve ir à casa dele...tomara.

O blog do GT tinha o Vamp desde antes da briga com Reinaldo Azevedo, que teve lances terríveis, do Azevedo chamar o GT para "pagar um béqueti" e o GT responder argumentando que o boquete não deveria ser esse tabu que é para os heteros e Jesus Cristo pregava o amor. Nisso Olavo de Carvalho comentou que Gerald estaria pregando que Jesus fazia boquetes (claro que não com essas palavras). Isso está por aí pela web. Talvez o próprio GT não saiba disso. Parte do post do Azevedo contra o Gerald está nesse meu blog, basta procurar pelo Luís Nassif no blog.

Na mesma época, o Olavo de Carvalho polemizou com o Paulo Ghiraldelli, filósofo pragmatista, e o Ghiraldelli analisou que o problema era que "Olavo me quer como homem". O Olavo dizia, segundo o Paulo, que tinha visto a bunda dele e que ele fizera filme pornô. Estava se referindo, suponho, a uma certa semelhança física entre Ron Jeremy (ator pornô) e Paulo Ghiraldelli, que de fato existe. Procure no google images. Quando eu vi as fotos ri muito kkkk. Ghiraldelli também chama o Azevedo de burro e coloca uma imagem lá no site dele, no que diz respeito a comentários sobre Kant e o Capitão Nascimento. Para o Azevedo, o Nascimento seria um Kant rústico. E o Kant seria o Capitão Nascimento sofisticado? O artigo do Guiraldelli contra o Reinaldo vale a pena. É só não levar o Ghiraldelli muito a sério, ele é um show man como o Gerald, mas com menos talento. Ele é péssimo crítico de cinema brasileiro, por exemplo. Reproduz preconceitos dos anos 70 sobre a pornochanchada.

Ás vezes me dá medo o fato de que um militar de direita como o Pacheco possa estar fazendo a "ficha" da gente nesse blog, que seja um agente do serviço de informações disfarçado. Uma vez, eu estava numa lista de discussão bolivariana e teve um papo assim: "um de nós é agente" e logo expulsaram um cara que dizia que era "ni ni", nem Chávez nem oposição. Eu saí da lista logo depois, achei os caras (que se reuniam no centro cultural Vergueiro, em SP) muito neurados.

Um conselho: nunca fale sobre o Orkut para o Gerald. Lá tem um monte de comunidades sacanas, tipo "fulana olha onde o Gerald Thomas" e um perfil falso dele com uma foto do Bambi, fora comentários na comunidade do Paulo Francis que dizem: "quem era o mairo cheirador depois do Francis?" E tem o cara que respondeu: "Gerald Thomas e Hélio Oiticica" e por aí vai. O GT detesta. Eu também detestaria, se fosse ele...

No blog teve papos que eu nunca entendi bem, tal como a ruptura entre Gerald e Jorge Schweitzer (o taxista que o entrevistava no Rio) e a briga entre Gerald e Contrera (que foi através de quem eu conheci o blog do Gerald). Nem tampouco a ruptura com o John Hemingway, exceto pelo fato de que o Hemingway desce o pau no Obama e o Gerald chora quando fala nele. Pelo que entendi, a Opera H do Gerald com o John vai passar no Sesc em SP, mas nem sei quem a dirige, acho que é o Caetano Vilela. Eu conheço o Contrera de um encontro em SP há anos e ninguém mais, pessoalmente, nunca tive oportunidade, pois Bom Despacho, onde moro, é longe de São Paulo. Eu tentei conciliar ele e GT e acabei brigando com o Contrera, que é um católico chileno triste, azedo, beckettiano e cioraniano que o GT conseguiu fazer que produzisse peças teatrais com nomes como O Nascimento de um Palhaço, o que é um milagre, pois ele me pareceu muito pessimista e trágico para o Brasil e assim destinado a ser raté, mesmo.

domingo, 14 de março de 2010

Blognovela Penetrália: Onde Há Fumaça, É fogo: Parte 20

(Refugiados do blog do Vamp e do blog de Gerald Thomas, um grupo se reúne no blog Penetralia e traça estratégias para evitar a diáspora. O momento é um dia antes de Vamp anunciar que voltou. Lúcio resolve voltar com a blognovela).

Mariene: O ateísmo é uma ruptura, gente. Se Deus é o absurdo coletivo, seu equivalente é a fé na existência devida em outros mundos. Tudo cai nesse ponto, Deus existe.

Susan Clayre: Sabe quem está indo para o Brasil? Zack Glass. Ele canta folk, é um gato, adora brasileiras...

Walter Greulach: Si señorita lo consigue de una vez, gracias que lo disfrute...

Ana Paula: Zack Glass, ah, que vergonha!

Van: vida de monja, de vez em quando encontro uma naja no jardim.

Alziro Patafísico: estou triste.

Fabrício Estrada: Spinoza à la carte: o problema das paixões tristes é que paralisam o conatus.

Ana Paula: Não vamos misturar psicotrópicos com religião porque...

Lúcio: Alguém aí de vocês é Jesus?

Targino: O diabo tá morando no Vaticano, muitos bispos não acreditam em Deus e o cultuam. Li um padre contando: “e ele goza na minha cara!”

Cláudio Diet: Andy Warhol veio para fazer escola. Ah, nossos quinze minutos de fama! Ônus, bônus.

Susan Clayre: Eu fui ver a casa de Hemingway em Cuba!

John Hemingway: It’ll be my first time at the Hemingway House and after this I’ll have seen all of his homes except for the Finca Vigía outside of Havana (which for a US citizen like myself is just a tad more difficult to visit). Eventually, however, I’m sure that I’ll make it to Cuba, too. The government down there, in collaboration with the American Finca Vigía Foundation, has been doing a lot of important work in saving my grandfather’s island hideaway from the ravages of Cuba’s humidity, termites and tropical storms.

Lúcio: Sabia que o John Hemingway não conhece? Não é fácil para os cidadãos americanos irem a Cuba.

Reinaldo Pedroso: Não t intendendo! Isso aqui é campo de refugiados de petistas enxotados do blog do Gerald Thomas e do Vamp? Blognovela número 20? Cadê as outras dezenove?

Lúcio: Tão por aí no blog, Reinaldo, é só procurar. Aqui é igual ao Afpaki, tá cheio de refugiados mesmo. Há mais coisas entre o céu e terra que a nossa Van...

Mariene: Buenas, Tarja, deu bad-bolck nesse seu HD interior! O mundo é um cobol, limitado este nosso ser que vc imagina ser PC: Máquina eletrônica de armazenar, processar e enviar dados. We are much more than this.

Regininha Poltergeist Vereza: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.

Lúcio: Uma nóia. É como diz o Tene Cheba: somos blogólatras. Pena que o Tene ficou dublando a voz de Gianechini e perdeu-se numa cápsula espacial.

Ezyr: Lá VEM a Van com o JOGO INTERSEMIÓTICO DE SEM-PRÉ...

Wilson Nanini: rosas cerzidas com arame farpado me ditam rotas de colisão!

Lúcio: Não é a Van não, Ezyr. Deve ser a Fulaninha, o M60, o Pato Donald, o Crítico de Arte, o...

Cíntia: Targinão, my beloved! For the love of god, aqui em Salvador tá um calor!

Ana Paula: Creeeeedo, migraram a verborragia! JUJUIS me acode!

Targino: O sertão vai virar mar! As águas do velho Chico vão bater no meio do mar e não na boca dos sertanejos com sede.

Sandra: Se Dilma vencer, será a Kristallnacht.

Daniela: Lula não é o profeta do diálogo.

Vamp: Como é difícil defender os torturadores cubanos e o José Dirceu, hein, pessoal? E essa TV Brasil, pense que assistindo você está apoiando Lula, a filha do Lula, o Nassif, a filha do Nassif... Todos mamando! Dá traço de audiência!

Mariene: Sou contra qualquer tipo de transposição, mesmo astral.

Lúcio: Lula já fez greve de fome no tempo do Geisel e fez sua autocrítica.

Reinaldo: Ciro, num lero de que vai transpor as águas do São Francisco...blasfêmia. Tipo, caminhando sobre as águas?

Maria do Rosário: UM OLHO NO PEIXE, O OUTRO NO GATO!

Cíntia: Lúcio, quem dirige essa blognovela? Parece o Gianechini com a voz do Gerald Thomas e com montagem da Ezyr.

Lúcio: Pois é, Deus é o grande problema, né, Cíntia. O diretor é pai, tirano, regente, Deus.

Gerald Thomas: Oh, give me a break. FORGET ME!

Druot: Sim. No Havaí, os locais chamam os brancos de haoles, que significa os que são mortos por dentro. Eles dizem que não estamos vivos, porque não estamos conectados com os espíritos e a natureza.

Londrina: Todos somos seres humanos, até Diogo Maigayde e Gaynalda Azeda. O Brasil tá sintonizado com o Vaticano: tem o partido dos DEMO.

Márcia: putz, que lástima.

Lúcio: Tem uma tarefinha para a gente poder imigrar para outro lugar, a nossa terra prometida, o nosso Israel. Temos que bolar um nome para o filme The Hurt Locker que não seja Guerra ao Terror. Que tal O Esconderijo Escondidinho da Explosão? O Prendedor da Dor?

Márcia: Ih, a visita desse site pode danificar seu computador...

Londrina: Dilma já está na frente de Serra!

Cíntia: Os comments esparramaram como mercúrio cromo quando quebra...

Mariene: Bem Jujú, resolveu que o viver dela clube da luluzinha na pizaria, ia ter a vó e a bisavó.

Lúcio: Os travestis do Caetano Vilela tão a postos no blog dele: Lênin, Tzara e Joyce papeando. Vamos pôr eles para papear aqui?

Londrina: Lúcio, é muito triste um ator se prestar a esse papel.

Lúcio: Mas tá vindo também o filme do Xyco Xavier. Xyko não precisava de atores, vinham os espíritos mesmo. Em New York, Marilyn Monroe contou para ele que não se suicidou. Tava triste e tomando umas bolas, mas a intenção nunca foi se suicidar.

Londrina: terroristo e não terrorismo.

Cíntia: Pode despirulitar que eu não vou largar esse blog legal, alternativo.

Van: Esse blog é a insônia das minhas noites de deleite!

Lúcio: Que tal se fizermos todos uma seita tipo Santo Daime? Uma religião atéia.

Ana Paula: O psicopata SOMOS NÓS!

Cláudio-Diet: Não precisa encher a casa para a festar ficar boa.

Lúcio (fechando a cortina italiana): Então, por enquanto, vamos ficar pensando aqui que rumo tomar. Enquanto isso vocês vão ouvindo Hard Rain is Gonna Fall, do Bob Dylan e Unknown Soldier, dos Doors. Logo mais vem o cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Blognovela Penetrália: Os canibais estão na sala de jantar


Blognovela Penetrália, número...the torture never stops!

Episódio de réveillon: Os canibais estão na sala de jantar

(Sala de jantar. Os convidados estão a postos: Calígula está na cabeceira, de bata e coroa de louros; Vampiro Brasileiro é o garçon, enquanto Coffin Joe, Cintia Lennon Claude Diet Fábio Pipipi, Joseph Waltcheco, Divo da Eira são os convidados).

Coffin Joe: não são os mesmos velhos procedimentos, não. Hoje vamos comer algo unglauber.

Calígula: comer, fazer uma grande orgia e morrer?

Vampiro Brasileiro: o Serra, Vampiro Brasileiro, reich, putsch (faz sons ameaçando uma cuspida com desprezo).

Coffin Joe: vai passar uma minissérie sobre Dalva de Oliveira e Herivelto Martins de Maria Adelaide Amaral, sabe Calígula? Eu comprei a trilha sonora daquela da Maysa. Mautner e Maysa transaram? Eu vi uma minissérie da Maria Adelaide onde o personagem ia à Semana de Arte Moderna, era sobre um sopro no coração sabe, mas não tinha nada a ver com Clarice Lispector não, sabe, dizem que a mãe dela foi estuprada num pogrom na Ucrânia. Mas, falando da minissérie. O personagem via quadros da Semana e dizia que tinha visto, em Paris, exposições bem mais avançadas. Isso em 1922. Achei que foi como se Gerald Thomas tive saído num túnel do tempo e falasse pela boca daquele personagem. Aliás, hoje vamos comer torresmo, feijoada, tutu com torresmo, comida mineirinha, tá...

Calígula: Cocô não, já te disse Joe, porco come cocô.

Coffin Joe: Pois é. Pois é. Mas vamos agora para algo totalmente diferente, né? Você quer comer as receitas do Joseph Waltcheco?

Joseph Waltcheco: eu tive de engolir meus personagens, quero comer o crítico de teatro, o doido varrido, o Pato Donald no tucupi, sabe? Rabada, rabada com Lula e creme de limão, misturas instigantes, nouvelle cuisine.

Divo da Eira: eu li O Sexo do Crepúsculo do Jorge Mautner e ao ler aqueles dois soldados fazendo sexo no crepúsculo, eu me lembrei do meu pai na Wehrmacht e no partido comunista alemão e ao mesmo tempo eu quis assar um polvo imbecil; é como a frase de Hitler: ou é o escudo dourado dos germanos ou a escuridão do bolchevismo asiático e Mautner mostrou nesse livro que assim foi na Europa Oriental. Mautner transou com Maysa, foi mais um na multidão de amores.

Vampiro Brasileiro: assar polvo não, imbecil! Qualquer lugar para você é melhor do que o Brasil. Você tá se a-Sean-do? Isso é confusão mental! Vou pedir indenização de um milhão de dólares por propaganda desse software sempre livre nazi-stalinux aqui. Nazi-stali-heitorista-reinaldista-dilmista.

Fábio Pipipi: PI..pi...pi...agora Benazir Buto e Odete Roitman, as duas bichas, viraram Vampiro Brasileiro e Calígula! Voltem para o reduto, me enganem que eu gosto. Você viram o filme Bruno, do Sacha Baron Cohen? Aquilo é humor judeu? Vocês vieram da Áustria para serem popstars mais famosas que Hitler?

Coffin Joe: que tal uma Lula ao creme marinado? Marinado com maionese de marienne.

Cintia Lennon: isso de Lula para lá, Lula para cá, tou enjoada de Lula. Prefiro Lennon ou até mesmo Lênin.

Claude Diet: Eca! Eca com Creta! Comam pouco, mas não comam porco!

Coffin Joe: tem uma história que queria contar. Eu tinha um colega que fazia, diziam, loucuras bissexuais e ouvia Philip Glass. Ele montou Nietzsche, o Louco Poeta da Punheta. Começavam com Nietzsche se masturbando. Depois, teve um dia que um espetáculo meio maluco no Centro Cultural da UFMG e o diretor se parecia com Gerald Thomas, mas não era e...

Calígula: você já me cocô...digo, já me contou essa história. Mas nós viemos aqui para jantar nossos mortos. Somos os canibais na sala de jantar. Essa imagem de Gerald Thomas que você repete é horrível, essa imagem está morta, entendeu? É pura imagem, entendeu? UNGLAUBER?

Coffin Joe: Glauber. Ghost Writer. Suicide Notes. Beckett speaks. Einmalisch!

(Pano rápido. Trevas).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Blognovela Penetrália parte 13: nada a declarar

Uma peça escrita por : [=


Apresento a vocês a breve blognovela ”Nada a Declarar; Tudo a Ocultar”, inspirada neste Post (Nada a declarar, de Gerald Thomas) e na blognovela do, digamos, símbolo. Ela, portanto:

”Nada a Declarar; Tudo a Ocultar”

Personagens:

Gerald, o gênio;

Vampiro; o genioso;

Bahuan, o taxista indiano;

Narrador, o gostosão.

Parte primeira:

Narrador: -Sem dúvida a noite nova iorquina, sombria e amarga, trazia depressão para os homens mais vibrantes. Era o caso de Gerald Thomas, o grande. Grande porque, além de sua estatura em razão de sua dieta macrobiótica, era um reconhecido dramaturgo, ator, poeta, artista pós-moderno, dançarino e apreciador de pizzas excentricas. Mas nada disso evitou a escuridão sobre seu olhar e ele saiu na tempestade a gritar socorro.

Gerald: -Socorro!, socorro!, táxi!, táxi!

Táxi amarelo pára para o Gerald.

Gerald: - Nossa! Que ótimo vê-lo senhor taxista. Você é maravilhoso. Eu sei que aparento um tando doido; sabe, cá entre nós, mas tenho vergonha de parecer doido varrido. Desculpe-me, senhor.

Taxista: - Imagine! Quanta modéstia e simpatia…

Narrador:- Gerald ansiosamente interrompe o taxista e indaga:

Gerald: -Qual o seu nome, querido?

Taxista indiano: -Bahuan.

Gerald: -Lindo. Gostei, Bahuan. Agora me leve para o meu terapeuta… Por favor.

Bahuan: - Qual o endereço, senhor?

Gerald: - O das estrelas.

Bahuan: - Decerto.

Um dos celulares de Gerald toca ( som da configuração inicial do celular).

Gerald: Quem é?

Vampiro: Eu; não?

Gerald: Eu quem?

Vampiro: Eu, ora. O Vampiro.

Gerald: - Porra! Eu já falei que quero aquele Blog em ordem…. Poh!, Vamp, meu amor…

Vampiro: - Tudo bem… Depois eu te ligo. Vou dar um jeito. Tchau.

Bahuan, de repente, freia bruscamente e Gerald bate a cabeça no banco frontal.

Gerald: - Ai!… Mother fucker!… Preste atenção, meu senhor!, … Olha!, eu preciso ir ao terapeuta e quero chegar vivo. Meu querido, mais atenção…

Bahuan: Pode descer. E que tal uma sugestão de subtítulo para seu blog? Blog do Thomas: aqui o público atende pela porta de trás.

Gerald: Obrigado, Baquian.

Narrador: - Não mais chovia e no mais suntuoso e belo edifício do Brooklin, Gerald adentra… Para ele nunca, nunca mais sair e revigorar suas tantas máscaras e fantasias que lhe fazem sobreviver do jeito que é.

FIM.

terça-feira, 3 de março de 2009

Tarso Genro, Trostsky, Breton

Numa revista chamada Oitenta, leio (folheio) um artigo do Tarso Genro sobre Classe Média e seu Papel na Luta Social que parece escrito para o Vamp do blog do GT. Delicio-vos com um trecho:

"Não é lícito afirmar que de repente apareceram homens progressistas nesses estratos profissionais e que suas posições, como dirigentes classistas, são mera retórica oportunista. Sempre houve, por postura ideológica, bolsões progressistas nessas camadas sociais, mas eles nem sempre tiveram eficácia, porque não basta aquilo que alguns chamam de provocação dos fatores subjetivos, para que uma categoria profissional se mobilize" (Genro, 1979, p. 136).

A grande crítica do Vamp é a política do governo Lula para a classe média. Com certeza, eles atingiram alguns dos "fatores subjetivos" do Vamp que o fazem se manifestar, em geral, radicalmente.

Na época das eleições, vi o banho que o PT levou em Curitiba. E, num debate, perguntaram ao cientista político Bruno Wanderley Reis: "Por que o PT não emplaca em Curitiba?" "Ah, eu vou lá saber?", disse ele.

Eu arrisco uma explicação para o drama da classe média e de Curitiba: O PT nasceu com apoio da aristocracia do proletariado e da classe média radicalizada. No Brasil, é o Sudeste que, em parte, apresenta essa configuração. Mas o que o Sudeste faz, o Brasil vai atrás.

Já o governo Lula governa para os muito ricos (mantêm os juros, o superávit, estabilização, foro privilegiado para FHC, não revê as privatizações) e para os miseráveis (bolsas-esmola, neoliberalismo com cesta básica para o povão). O Prouni, por exemplo, do que o governo faz tanta propaganda, é a compra de vagas pelo governo em universidades privadas em sua maioria ruins. E o aluno tem de pagar parte da mensalidade (daí, talvez, a moça nordestina correr para pegar o ônibus: o aluno tem de trabalhar e fazer Medicina, o que é realmente um desafio às leis da Física). E deixa a classe média reclamar, pois não são tantos votos. Uma parte sempre esteve radicalizada e com ele.

Já a política externa, odiada pelo pessoal do blog do GT, penso que é uma vitrine, um engodo. Quando FHC e a direita batem, obrigam a esquerda a ir para o lado do governo e calar-se diante de seus absurdos. Num discurso, vejo Lula dizer: "a imprensa precisa falar de onde tem asfalto, não só de onde tá esburacado..." Ah, Lula, se não mostrar os buracos vocês autoridades nunca consertam, né? É tanta mentira. Dizia ele que era um representante da consciência da classe trabalhadora brasileira. Mas se até a dobradinha da chapa com o empresário sugere uma aliança entre o trabalho e o capital...

Isso me lembra uma musiquinha do filme Tudo Bem do Jabor, o melhor dele para mim, cujo roteiro eu tenho:

Nós somos funcionários da Declair,
Lutamos pelo mesmo ideal
A aliança entre o trabalho e o capital...


Amorim e os outros não radicalizam como o Chávez nem o seguem em tudo. Ele propôs um gasoduto, eles negaram, por exemplo. Outro dia vi um debate na Rede Vida: precisamos tomar as rédeas, a Venezuela quer entrar no Mercosul para divulgar as idéias enlouquecidas de Chávez, e por aí vai. A Rede Vida está nas mãos de só uma vertente da Igreja Católica, parece, a carismática direita...Sai a crítica a Chávez e depois vem a reza do Terço Bizantino do Padre Marcelo, que repete, repete, repete.

O tipo de opositor que eles precisam é o seguinte, façamos seu retrato falado: estrangeiro como Larry Rohter (e falando mal do Brasil, onde não vive); elitista (não gosta do Zé Pagodinho, prefere ópera); não gosta da política externa brasileira, diz que os boxeadores cubanos foram obrigados a ir embora, fala bem do Paulo Francis, ataca o Brasil...Chego a pensar que alguém está delegando um papel ou manipulando, não pode ser verdade. Esse "papel" parece muito pronto, mito entregue nas mãos.

Ah, Trostsky e Breton mandaram um recado para o pessoal que cobra contrapartida social: "Se é verdade que, para o desenvolvimento das forças produtivas materiais, a revolução é obrigada a exigir um regime socialista centralizado, para a criação intelectual ela deve estabelecer e assegurar, desde o princípio, um regime anarquista de liberdade individual". E o slogan final, irretocável:

"Uma arte independente -- para a revolução.
A revolução -- para liberdade definitiva da arte".

México, 25 de julho de 1938. Da Revista Oitenta.

Leio lá na Desciclopédia uma curiosa definição para o Bob Esponja:

"Fruto de uma experiência do cintista Gerald Thomas, que uniu uma bucha, um burro e um veado. Depois de ter sua invenção pronta, Gerald acabou jogando a porcaria do Bob Esponja fora, pois achou que ficou uma merda. Claro que ele tinha razão. Aí, uma vez o Aquaman estava nadando e viu o Bob esponja. Acabou levando para o salão oval da Justiça e todo mundo simpatizou com ele."

Como diz Caetas: tudo certo como dois e dois são cinco...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Battisti, o homem isca

Impressionante como um ex-guerrilheiro, escritor de romances policiais, polarizou toda uma sociedade e toda a imprensa. Trata-se da personalização da política: Berlusconi e a Itália neofacista de consumo e mafiosa querem sua isca. Afinal, o que pode um militante pobre e derrotado contra o governo de um país com tropas no Iraque e Afeganistão?

Eu apoiaria a extradição de Battisti se fosse para uma democracia não-viciada (os canais de TV são de Berlusconi) para um julgamento com direito à defesa e que levasse em conta o tempo passado e as agressões e prisão sofridas no Brasil.


Já o texto do nickname Vamp no blog do Gerald merece algumas considerações: 1) como Vamp se aproxima do estilo de Thomas (que é muito bom por sinal), fazendo pastiche, o texto, pela web, será atribuído ao GT. Cabe ao Vamp ser um moderador um pouco mais moderado do blog. Sinceramente, acho tosco alguém se liberar para atacar Deus e o mundo atrás de um nickname no blog de um artista famoso por sua genialidade, mas que aposta arriscando muito em política. Não é aconselhavel radicalizar no conservadorismo agora, justamente quando o estado de bem-estar social e as políticas de esquerda entrarão em pauta no mundo inteiro.

A aproximação do caso Dilma é pura provocação e acusações como "asssassina", "assaltante" podem render processos. Lembre da lição do Paulo Francis, Vamp! Não coloque o grande artista que é o Gerald numa fria.

E 2) para quê tentar repor, ao estilo Pacheco, a versão da direita sobre a ditadura militar? A reprodução da foto de Dilma é provocação pura e inócua. O efeito será o contrário do que ele espera, dando argumentos para a esquerda e para quem acha que Gerald Thomas é "chato de galochas" e "artista de direita". Por que? Por que?