A função desse blog é falar das polêmicas culturais e, se possível, provocá-las. José Serra, político do PSDB e "disseminador do bem", criticou em um artigo na Folha de São Paulo o líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusando-o de banalizar o mal, estando Serra claramente inspirado em Hannah Arendt (especificamente, no livro Eichmann em Jerusalém).
A posição de Ahmadinejad foi turbinada pela imprensa, embora penso que desejasse mesmo bater de frente com o Ocidente nesse ponto, uma vez que ele defende os palestinos (e, por isso mesmo, não jogará uma bomba em Isral, pois prejudicaria os palestinos).
Inicialmente, ele dizia que o holocausto um mito. Um mito não representa necessariamente uma mentira. A rigor, todas as nações constroem-se com base em mitos, narrativas, fatos históricos interpretados dentro de um determinado prisma.
Depois, afirmou que existiriam historiadores contra o holocausto, mas que eles foram presos. Estou apenas traduzindo a wikipedia em inglês. Agora, para William Waack da Globo, ele apenas questionou porque o povo palestino precisa pagar por crimes cometidos na Europa (aí a questão fica melhor colocada).
Serra aproveita a chegada (com repercussões negativas) de Ahmadinejad para fazer uma crítica a seus inimigos do governo Lula. Suas estratégias discursivas são: 1) comparar Ahmadinejad e o Irã com o nacionalismo nazista. No entanto, desde sempre quem teve apoio dos colonizadores europeus foram os judeus nacionalistas de direita que fundaram o estado de Israel, os chamados sionistas. 2) Criticar em bloco a política externa de Lula a partir do episódio da visita de Ahmadinejad. Pelo que pude observar, essa estratégia do artigo era, como se fosse combinada, repetida por toda a imprensa ligada indiretamente aos demo-tucanos, ou seja, toda a grande imprensa.
A partir da chegada de Ahmadinejad, Serra prega a aproximação com o governo golpista de Honduras, pois Ahmadinejad seria tão ditador quanto Micheletti. No entanto, embora as eleições que deram o poder a Ahmadinejad possam ser questionadas, Micheletti não enfrentou as urnas e sim tomou o poder juntamente com os militares, expulsando o presidente democraticamente eleito. Ahmadinejad é fruto da revolução islâmica, rebelião popular de fundo nacionalista e religioso que reafirmou a cultura iraniana no final dos anos 70, expulsando o Xá imposto em 1953 pelo Ocidente com a deposição do nacionalista laico Mossadegh. A revolução islâmica derrubou um ditador e possui, sim, mais legitimidade popular do que o regime golpista de Micheletti. O discurso de Serra é estratégia política. Aliás, Ahmadinejad não pode ser acusado de "burocrata dobrado pelo desejo de obedecer" como foi a argumentação de Arendt com relação a Eichmann. Ele é um nacionalista religioso leigo que diz besteiras no que diz respeito aos homossexuais, sim, mas um discurso não-científico que praticamente todas as religiões fazem.
Sou a favor da separação Igreja/Estado, mas não aplico esse princípio ao Irã sem tentar entender o que se passou lá. O estado era monstruosamente corrupto antes da revolução islâmica, assim como antinacional. Ahmadinejad, fruto dessa revolução, não irá atirar uma bomba nos palestinos. Seu discurso foi no sentido de que a política de Israel, de anexar e colonizar novos territórios, não tem futuro a longo prazo. Segundo a Wikipedia, a melhor tradução para a frase que ele disse não seria "varrer Israel do mapa" e sim "o governo de Jerusalém vai ser varrido pelo tempo". Há razões para duvidar do futuro de uma nação muito dependente de uma superpotência como Israel depende dos USA, e com uma relação muito inamistosa com todos os vizinhos mais populosos.
O artigo de Serra, por flertar com os golpistas de Honduras, levanta a mesma dúvida que levantou o artigo de Fernando Henrique Cardoso: diante das péssimas perspectivas de poder para o PSDB nas próximas eleições, será que os pensamentos a respeito de golpe estão ressurgindo nesse partido?
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
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terça-feira, 24 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Reflexões Filosóficas Motivadas Pela Vinda de Ahmadinejad
Não vejo problema algum na presença de Ahmadinejad no Brasil. Se ele não vier, não poderemos apresentar a ele nossas críticas ao tratamento dos gays e outras minorias no Irã.
O governo Lula e a nossa diplomacia são bastante pragmáticos e penso que, se fosse apenas provocação aos USA, ele não viria, não. A questão que move essa visita é que existem negócios a fazer com o Irã. Quem pode com o pragmatismo econômico, não é mesmo?
Penso que, se ele tiver mesmo a bomba atômica, isso equilibra o cenário internacional e fará com que o Irã não seja invadido a partir do Iraque, Israel ou do Afeganistão. Parece especulação, mas o complexo industrial-militar não se prende a um liberal como Obama. Age quase que por moto contínuo. Se for interessante que invadam o Irã, o complexo mobilizará seus recursos para invadi-lo; se a escassez de petróleo forçar, ocorrerá uma invasão.
Esse tipo de questão poderia ser pensado com a filosofia política; no entanto, a filosofia política de nosso tempo está viciada, absolutamente alienada ao repetir clichês de Hannah Arendt tais como o conceito de totalitarismo. Meu professor, José Chasin, escreveu um artigo revendo esse conceito, mas sem sucesso. Trata-se de uma praga: a última Veja tachou até mesmo Robespierre de "inventor do totalitarismo". Esse conceito confuso faz com que seja necessário atacar a obra de Hannah Arendt em bloco: detratadora sofisticada do marxismo, tal como provei em um artigo chamado Observações sobre a crítica de Marx em Hannah Arendt, Arendt também me parece equivocada ao ver banalidade em Eichmann. Ela parece ter tolamente acreditado que Eichmann era um burocrata dobrado pelo desejo de obedecer e que qualquer um de nós, cidadão comum, pode de repente tornar-se "MAL". Ora, Eichmann era um nacionalista absolutamente fanático! Como pode Arendt ter acredito em sua defesa naquele tribunal? Até mesmo Eli Wiesenthal não concorda com ela. Aliás, que negócio é esse de mal em si? Deve-se tentar ir para além do bem e do mal!
Outra enorme confusão: desde então, usa-se os conceitos de Arent assim: a Espanha de Franco era autoritária, a Inglaterra é democrática, a URSS era totalitária. Imperialismo, para Arendt, foi só no século XIX. Para Edward Said, Arendt foi teórica comprometida com o imperialismo, pois ela eximia as democracias imperialistas de hoje em dia de qualquer continuidade daquilo que fizeram no século XIX; para ela, imperialismo não era "etapa superior (e parece, insuperável) do capitalismo"...
Em primeiro, façamos um desvio nietzschiano. O que Nietzsche diria desse contexto? Devemos abstrair Heidegger, para quem Hannah Arendt tornou-se morada do ser, na acepção ginecológica do termo. Nietzsche diria que os judeus deixaram a moral dos escravos e de vítimas do imperialismo alemão hitlerista e adquiriram a moral dos senhores, bebendo o leite de loba dos USA e da Inglaterra, aprendendo que o bom é ser amigo do imperador. E Israel fez-se base americana e inglesa no Oriente Médio. O difícil será cair se o império cair. O que é horrível mesmo é que as ex-vítimas, ao desejarem proximidade com o império, viram verdugos: os israelenses construíram muros para cercar as regiões habitadas pelos palestinos, muros que deram a essas regiões aspectos de...guetos! Os próprios palestinos escrevem nesses muros: bem-vindos ao GUETO!
Aliás, hoje se pergunta para quê o julgamento de Eichmann. Nos anos 90, os multiculturalistas afirmaram que toda nação é comunidade imaginária, construída com base em mitos e ficções, entre as quais as respectivas literaturas nacionais. E se aplicássemos essa teorização a Israel, quais seriam seus mitos fundadores? Um deles seria a narrativa bíblica. O outro seria o fato histórico da Shoah interpretado de uma determinada maneira, daí a necessidade do julgamento de Eichmann, praticamente um dos atos fundadores.
Mas vamos refletindo. Enquanto isso, bem-vindo Ahmadinejad, viva a revolução islâmica!
O governo Lula e a nossa diplomacia são bastante pragmáticos e penso que, se fosse apenas provocação aos USA, ele não viria, não. A questão que move essa visita é que existem negócios a fazer com o Irã. Quem pode com o pragmatismo econômico, não é mesmo?
Penso que, se ele tiver mesmo a bomba atômica, isso equilibra o cenário internacional e fará com que o Irã não seja invadido a partir do Iraque, Israel ou do Afeganistão. Parece especulação, mas o complexo industrial-militar não se prende a um liberal como Obama. Age quase que por moto contínuo. Se for interessante que invadam o Irã, o complexo mobilizará seus recursos para invadi-lo; se a escassez de petróleo forçar, ocorrerá uma invasão.
Esse tipo de questão poderia ser pensado com a filosofia política; no entanto, a filosofia política de nosso tempo está viciada, absolutamente alienada ao repetir clichês de Hannah Arendt tais como o conceito de totalitarismo. Meu professor, José Chasin, escreveu um artigo revendo esse conceito, mas sem sucesso. Trata-se de uma praga: a última Veja tachou até mesmo Robespierre de "inventor do totalitarismo". Esse conceito confuso faz com que seja necessário atacar a obra de Hannah Arendt em bloco: detratadora sofisticada do marxismo, tal como provei em um artigo chamado Observações sobre a crítica de Marx em Hannah Arendt, Arendt também me parece equivocada ao ver banalidade em Eichmann. Ela parece ter tolamente acreditado que Eichmann era um burocrata dobrado pelo desejo de obedecer e que qualquer um de nós, cidadão comum, pode de repente tornar-se "MAL". Ora, Eichmann era um nacionalista absolutamente fanático! Como pode Arendt ter acredito em sua defesa naquele tribunal? Até mesmo Eli Wiesenthal não concorda com ela. Aliás, que negócio é esse de mal em si? Deve-se tentar ir para além do bem e do mal!
Outra enorme confusão: desde então, usa-se os conceitos de Arent assim: a Espanha de Franco era autoritária, a Inglaterra é democrática, a URSS era totalitária. Imperialismo, para Arendt, foi só no século XIX. Para Edward Said, Arendt foi teórica comprometida com o imperialismo, pois ela eximia as democracias imperialistas de hoje em dia de qualquer continuidade daquilo que fizeram no século XIX; para ela, imperialismo não era "etapa superior (e parece, insuperável) do capitalismo"...
Em primeiro, façamos um desvio nietzschiano. O que Nietzsche diria desse contexto? Devemos abstrair Heidegger, para quem Hannah Arendt tornou-se morada do ser, na acepção ginecológica do termo. Nietzsche diria que os judeus deixaram a moral dos escravos e de vítimas do imperialismo alemão hitlerista e adquiriram a moral dos senhores, bebendo o leite de loba dos USA e da Inglaterra, aprendendo que o bom é ser amigo do imperador. E Israel fez-se base americana e inglesa no Oriente Médio. O difícil será cair se o império cair. O que é horrível mesmo é que as ex-vítimas, ao desejarem proximidade com o império, viram verdugos: os israelenses construíram muros para cercar as regiões habitadas pelos palestinos, muros que deram a essas regiões aspectos de...guetos! Os próprios palestinos escrevem nesses muros: bem-vindos ao GUETO!
Aliás, hoje se pergunta para quê o julgamento de Eichmann. Nos anos 90, os multiculturalistas afirmaram que toda nação é comunidade imaginária, construída com base em mitos e ficções, entre as quais as respectivas literaturas nacionais. E se aplicássemos essa teorização a Israel, quais seriam seus mitos fundadores? Um deles seria a narrativa bíblica. O outro seria o fato histórico da Shoah interpretado de uma determinada maneira, daí a necessidade do julgamento de Eichmann, praticamente um dos atos fundadores.
Mas vamos refletindo. Enquanto isso, bem-vindo Ahmadinejad, viva a revolução islâmica!
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Micheletti é o homem mais poderoso da Terra, Obama só serve a cerveja
MICHELLETI É O HOMEM MAIS PODEROSO DA TERRA – OBAMA SÓ SERVE A CERVEJA
Laerte Braga
A embaixada do Brasil está sob ataque de bombas químicas fornecidas por Israel. A mulher do presidente Zelaya, Xiomara, enviou diversas fotos de bestas/militares lançando artefatos contra o prédio da legação brasileira.
Interior da embaixada do Brasil, um dos abrigados passa mal com hemorragia nasal.
Arnaldo Jabor chamou o golpe contra a legalidade constitucional de “golpe democrático”. Em 1964 as bestas/militares que derrubaram João Goulart usavam a mesma expressão.
Terrorista do exército de Honduras lança bombas contra a embaixada do Brasil. Como todo besta/militar está encapuzado. Vídeos das ações terroristas estão sendo enviados à ONU e há necessidade de socorro médico aos que estão no interior da embaixada. Alguns capuzes servem para encobrir que os terroristas são agentes norte-americanos ou israelenses.
Jabor é em si e por si uma fraude. Seu maior feito, segundo ele, foi ter transado com Janis Joplin, em Salvador, quando da visita da cantora ao Brasil. Não contou a história por inteira. Joplin acordou em meio a convulsões, havia cheirado tudo (uma alma sensível tragada por gente como Jabor), vomitando e depois de ser atendida por médicos, perguntou se alguém tinha um caco de telha para tomar banho. Estava se sentindo imunda por conta da noite anterior.
Roberto Michelleti, laranja dos interesses norte-americanos e das elites hondurenhas, garantido pelas bestas/militares que derrubaram Zelaya, é o homem mais poderoso do planeta. Obama colocou avental novo para servir-lhe uma cerveja de fabricação caseira, inacessível ao mercado dos mortais comuns.
A exceção do apoio explícito da GLOBO, dos seus principais porta-vozes e da chamada grande mídia, o golpe contra Zelaya está condenado em todos os cantos e Michelleti permanece no poder.
Prendem, torturam, estupram, matam, censuram a mídia e Jabor chama isso de “democrático”.
Em www.radiouno830.es.tl é possível escutar – é uma rádio hondurenha gerida por trabalhadores – a reação popular ao golpe. Tomar conhecimento da barbárie das bestas/militares contra o povo.
A mulher do presidente Zelaya informou que há necessidade de atendimento médico às pessoas que estão na embaixada do Brasil. As bombas israelenses causam dores de ouvido, desequilíbrio, vômitos, alguns inclusive vomitando sangue.
Em qualquer lugar do mundo Miriam Leitão, Alexandre Garcia, Arnaldo Jabor, William Bonner e outros, por serem agentes estrangeiros, estariam sendo processados e julgados por crime de traição.
Uma semana antes de Jabor transar com Janis Joplin a cantora havia pulado de roupa e tudo na piscina do hotel Copacabana Pálace, no Rio de Janeiro. O detalhe: a piscina estava vazia e Joplin necessitou de atendimento médico.
Por incrível que possa parecer Joplin era uma figura delicada, tímida e decente. Decente sim, por que não?
Já Jabor...
Quando Paulo Francis morreu a GLOBO achou que Jabor poderia suprir a sua falta. Há um a diferença abissal entre eles. De inteligência e cultura. Francis era uma exceção, um superdotado. Jabor um serviçal de quinta categoria.
Francis se impunha à GLOBO. Jabor cumpre um papel que lhe é dado e transformou o sucesso de seus disparates, no esquema Homer Simpson, em auto-ajuda democrática, piegas e muito bem remunerada.
É outro que acha que o pré-sal deve ir para as mãos do dono da Cervejaria Casa Branca.
O “golpe democrático” segundo Jabor. O décimo terceiro dele chegou antes de dezembro.
Resistentes no interior da embaixada do Brasil em Honduras denunciam que está sendo construído um túnel de fora para dentro. O objetivo é facilitar uma eventual invasão, já denunciada por Zelaya.
A ONU determinou, através do Conselho de Segurança, a suspensão do cerco das bestas/militares à sede da embaixada do Brasil.
Um comunicado dos golpistas pede ao povo que compareça em massa às eleições marcadas para novembro. Querem legitimar a farsa através de outra farsa. Há o receio que a população deixe de ir às urnas e com isso fracasse a manobra. A mobilização popular está sendo, no entanto, agora, em direção a Tegucigalpa, para a defesa da volta de Zelaya.
Organizações de Direitos Humanos começam a denunciar que servidores públicos, funcionários de empresas hondurenhas e estrangeiras no país, já começam a ser ameaçados, inclusive com demissão e outras sanções caso não compareçam aos locais de votação. Um mês e meio antes das eleições. É o pânico das bestas militares diante da reação popular ao golpe de estado.
Segundo Jabor, um “golpe democrático”. Daqui a pouco a GLOBO vai começar a justificar a tortura, as prisões, os assassinatos, a barbárie como um todo, praticados pelos terroristas disfarçados de defensores da democracia. Não é a primeira vez. Fez isso durante a ditadura militar de 1964 no Brasil.
A Rádio Uno, citada acima está transmitindo em condições precárias, mas enfrentando a censura e os constantes golpes como cortes de energia. Cercados em seus estúdios, não vacilam em desafiar os golpistas. É o “golpe democrático” segundo Jabor.
É o que os caras da Cervejaria pensam do resto do mundo. É o recado que mandam.
Laerte Braga
A embaixada do Brasil está sob ataque de bombas químicas fornecidas por Israel. A mulher do presidente Zelaya, Xiomara, enviou diversas fotos de bestas/militares lançando artefatos contra o prédio da legação brasileira.
Interior da embaixada do Brasil, um dos abrigados passa mal com hemorragia nasal.
Arnaldo Jabor chamou o golpe contra a legalidade constitucional de “golpe democrático”. Em 1964 as bestas/militares que derrubaram João Goulart usavam a mesma expressão.
Terrorista do exército de Honduras lança bombas contra a embaixada do Brasil. Como todo besta/militar está encapuzado. Vídeos das ações terroristas estão sendo enviados à ONU e há necessidade de socorro médico aos que estão no interior da embaixada. Alguns capuzes servem para encobrir que os terroristas são agentes norte-americanos ou israelenses.
Jabor é em si e por si uma fraude. Seu maior feito, segundo ele, foi ter transado com Janis Joplin, em Salvador, quando da visita da cantora ao Brasil. Não contou a história por inteira. Joplin acordou em meio a convulsões, havia cheirado tudo (uma alma sensível tragada por gente como Jabor), vomitando e depois de ser atendida por médicos, perguntou se alguém tinha um caco de telha para tomar banho. Estava se sentindo imunda por conta da noite anterior.
Roberto Michelleti, laranja dos interesses norte-americanos e das elites hondurenhas, garantido pelas bestas/militares que derrubaram Zelaya, é o homem mais poderoso do planeta. Obama colocou avental novo para servir-lhe uma cerveja de fabricação caseira, inacessível ao mercado dos mortais comuns.
A exceção do apoio explícito da GLOBO, dos seus principais porta-vozes e da chamada grande mídia, o golpe contra Zelaya está condenado em todos os cantos e Michelleti permanece no poder.
Prendem, torturam, estupram, matam, censuram a mídia e Jabor chama isso de “democrático”.
Em www.radiouno830.es.tl é possível escutar – é uma rádio hondurenha gerida por trabalhadores – a reação popular ao golpe. Tomar conhecimento da barbárie das bestas/militares contra o povo.
A mulher do presidente Zelaya informou que há necessidade de atendimento médico às pessoas que estão na embaixada do Brasil. As bombas israelenses causam dores de ouvido, desequilíbrio, vômitos, alguns inclusive vomitando sangue.
Em qualquer lugar do mundo Miriam Leitão, Alexandre Garcia, Arnaldo Jabor, William Bonner e outros, por serem agentes estrangeiros, estariam sendo processados e julgados por crime de traição.
Uma semana antes de Jabor transar com Janis Joplin a cantora havia pulado de roupa e tudo na piscina do hotel Copacabana Pálace, no Rio de Janeiro. O detalhe: a piscina estava vazia e Joplin necessitou de atendimento médico.
Por incrível que possa parecer Joplin era uma figura delicada, tímida e decente. Decente sim, por que não?
Já Jabor...
Quando Paulo Francis morreu a GLOBO achou que Jabor poderia suprir a sua falta. Há um a diferença abissal entre eles. De inteligência e cultura. Francis era uma exceção, um superdotado. Jabor um serviçal de quinta categoria.
Francis se impunha à GLOBO. Jabor cumpre um papel que lhe é dado e transformou o sucesso de seus disparates, no esquema Homer Simpson, em auto-ajuda democrática, piegas e muito bem remunerada.
É outro que acha que o pré-sal deve ir para as mãos do dono da Cervejaria Casa Branca.
O “golpe democrático” segundo Jabor. O décimo terceiro dele chegou antes de dezembro.
Resistentes no interior da embaixada do Brasil em Honduras denunciam que está sendo construído um túnel de fora para dentro. O objetivo é facilitar uma eventual invasão, já denunciada por Zelaya.
A ONU determinou, através do Conselho de Segurança, a suspensão do cerco das bestas/militares à sede da embaixada do Brasil.
Um comunicado dos golpistas pede ao povo que compareça em massa às eleições marcadas para novembro. Querem legitimar a farsa através de outra farsa. Há o receio que a população deixe de ir às urnas e com isso fracasse a manobra. A mobilização popular está sendo, no entanto, agora, em direção a Tegucigalpa, para a defesa da volta de Zelaya.
Organizações de Direitos Humanos começam a denunciar que servidores públicos, funcionários de empresas hondurenhas e estrangeiras no país, já começam a ser ameaçados, inclusive com demissão e outras sanções caso não compareçam aos locais de votação. Um mês e meio antes das eleições. É o pânico das bestas militares diante da reação popular ao golpe de estado.
Segundo Jabor, um “golpe democrático”. Daqui a pouco a GLOBO vai começar a justificar a tortura, as prisões, os assassinatos, a barbárie como um todo, praticados pelos terroristas disfarçados de defensores da democracia. Não é a primeira vez. Fez isso durante a ditadura militar de 1964 no Brasil.
A Rádio Uno, citada acima está transmitindo em condições precárias, mas enfrentando a censura e os constantes golpes como cortes de energia. Cercados em seus estúdios, não vacilam em desafiar os golpistas. É o “golpe democrático” segundo Jabor.
É o que os caras da Cervejaria pensam do resto do mundo. É o recado que mandam.
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quarta-feira, 22 de abril de 2009
Blognovela Penetrália 12: blogando em Cuba
(Cenário: uma lan-house para turistas em Cuba. Os turistas brasileiros do barco Vampiro de Curitiba ocuparam-na totalmente, para perplexidade de cubanos e outros turistas).
Denny Yang: pessoal, o meu blog não acabou.
Henrique Hemídio: eu vim no barco também. Olha, Lúcio, o quê você acha da Filosofia Clínica?
Lúcio: Filosofia cínica? Adoro! Tem o Sloterdjik com a Crítica da Razão Cínica...
Hemídio: Não, é Clínica.
Lúcio: aquela do meu xará, Lúcio Packter? Ah, dizem que ele é um Gugu Liberato filósofo. Mas do jeito que o nível tá baixo, vou fazer três anos de psicanálise e clinicar.
Crítico de Arte: vocês gostam do Freddy?
Hemídio: que Freddy, o Krueger?
Crítico de Arte: não, o Freddy Nietty, o filósofo.
Lúcio: quanta intimidade! Gosto de Schopp Hause também.
Fantasma de Francis: vem cá, Lucianta! São dois metros e trinta, é pouco, mas é tudo para você!
Luciana: não, Francis, no meu Paco Rabane, não!
Lúcio: pessoal, vamos para a aula de Filologia com a Yoani. Cadê o John Hemingway? Foi comido pelos tubarões?
Gerald: estava justamente falando sobre isso agora...Ele está em Salzburgo vendo a Ópera H.
Denny: essa blognovela demora ainda? É longa?
Lúcio: essa blognovela, Denny, é toda de improviso...
Walter Greulach: Vou contar como conheci um tal Gerald: o sol ameaçava cair, mas a tarde, impávida, se esforçava muito pouco em evitar. Três ou quatro turistas, de barriga para cima, aproveitavam os últimos raios de luz em uma praia da Flórida. Eu me encontrava em minha rotina de arrumar os quartos na praia de National. Tirava toalhas e cobertores sujos e os colocava num saco preto, ao mesmo tempo em que repassava mentalmente os rótulos que tive durante meus quarenta e poucos infrutíferos anos: filho em Mendoza, estudante em Córdoba, locutor em Entre Ríos, cozinheiro em Aruba, agora morando em Miami e atendente na praia. Nada muito recompensador para quem aos dezessete anos se imaginava o sucessor de Borges ou pelo menos um pouco de Cortázar...
Lúcio: eu fui ver a novela e conferir a atuação do chimpanzé em Poucas e Boas. Gostei! Excelente ator!
Crítico de arte: os quadros dele eram um jogo dramático entre a forma e a essência...
Jô Soares: a dança da tartaruga, meu amor. Eu sou o ladrão de Bagdá, lá na Bahia comi vatapá.
Lúcio: as novelas combatem o abstracionismo. Mas para mim, o código realista não é "o" código. Mas o que eu queria mesmo era estar naquele barraco lá em Genebra, aquela palestra animada do "Jade". Ahmadine-Jade. Um Jade desmancha-rodinha e que não sabe dançar a dança do ventre.
Jô: eu tô doidão, eu tô doidão, eu tô doidão, de batida de limão!
Crítico de arte: seu papagaio de piratas do Caribe!
Lúcio: eu sou papagaio e Gerald Thomas é o pirata?
Crítico de arte: Nem me fale em Gerald, ele já citou Ahmadine-Jade em Porto Alegre e eu não fiquei nada alegre.
Contrera: e eu, sou o "Alex"? Sou o "mordomo chileno" e o Gerald é Jô?
Lúcio: eu adoraria ver aquela palestra. Jade, falar no Jade é dar polêmica.
Gerald: eu fui falar nele em Porto Alegre, me arrependi.
Lúcio: é, mas quem eram aqueles caras vestidos de palhaço com umas cores de arco-íris na cabeça, dando chilique na platéia? Eram gays protestando contra a posição anti-gay do Jade?
Crítico de Arte: eu achei linda aquela loira saindo...queria tomar um café com ela.
Aqueles europeus saindo altivos, tanta gente bonita...
Lúcio: foi animado demais! E aquele pessoal gritando das galerias! E berrando "change" para o Jade na saída! Te pego na saída, velho grito de guerra! E o Jade tinha que lembrar que existe racismo contra muçulmanos em Israel e racismo na Suíça? A Paula que o diga. Fez aquele "body-art" só para ganhar uns trocados...
Crítico de arte: É, o Jade não dança a dança do ventre, mas quer ver Cuba, Coréia do Norte e Irã lançar foguete. Quer ver Cuba lançar e balançar os USA. Ele é do mal mesmo, ele negou o holocausto, ele quer destruir Israel, ele. Enfim, enfim, o Jade é pop, o Jade é pop, cantem com a melodia daquela canção dos Engenheiros do Havaí.
Lúcio: que coisa mais cafona! Você comeu siri bosta? Vá ter um filho com o Lugo-gostoso. E-z-i-r, no nosso Hamlet, você seria a mãe de Ham-let e nos deixaria p-i-r-a-d-o-s.
James: minhaliteraturaagora.blogspot.com. Vocês viram Vik Muniz no JÔ ontem? Levei vinte e dois anos para fazer sucesso do dia para a noite! ÓTIMA FRASE! VIVA VIK!
Alberto Guzik: Lúcio, vc fez um post chamado Francis, Kantor, o escambau e você? Aff. Não achei poderoso, não. Achei...vou inventar um conceito. Alô, alô, Mirisola, Bin Laden dos frustrados! lembrando, pessoal, o Monóloga da Velha Apresentadora continua em cartaz em...
Lúcio: Falando sobre Tiradentes, adoro a cena final de Os Inconfidentes, do Quincas: Tiradentes ia ser enforcado, daí começam palmas e é uma encenação em 1972, com imagens de documentário mostrando que a ditadura militar também celebrava o militar Tiradentes...
Mirisola: A minha fanfarronice nada tem a ver com o texto que o Guzik está falando... já faz mais de dois meses que a Velha entrou em cartaz e até agora a peça não foi criticada num veículo de massa. Por quê? As pessoas tem que saber o que está acontecendo. Cadê o público? Por que eu só ouço falar no filme da Lília Cabral e no tornozelo fraturado do Rogério Ceni?
Lúcio: oi, oi, Guzik, merchan não rola, mas quem tá aí com vc...Caetano Vilela! Vc não deveria estar em Salzburgo? Manaus? Na selva amazônica?
Caetano Vilela: na guerra e no rock, estou com GT!
Alziro Patafísico: e eu tô sentindo um desespero, eu tô cada vez mais sarapatético e patafísico...ah, a ciência das verdades absurdas e ridículas, cada vez mais atual e tão renegada!
João Paulo do Estado de Minas: Os blogs são os olhos de um furacão de inconsequência e burrice eleito por Andrew Keen em O CULTO DO AMADOR. Quem lê um bom jornal está numa praça pública de pessoas decentes que querem vencer pela razão, não consolar pela concordância. Quem vai aos mesmos blogs se sente confortado em ver que há gente com quem sempre concorda.
Lúcio: JP, concorrente a gente trata com estriquinina, né? Deve ser esse o primeiro blog que você vê...E eu quero pedir desculpas publicamente para a Mariana Berger, que me pagou na Revista Discutindo Filosofia e eu nem vi...obrigado, Mariana! Beijos infinitos!
(Continua...)
Denny Yang: pessoal, o meu blog não acabou.
Henrique Hemídio: eu vim no barco também. Olha, Lúcio, o quê você acha da Filosofia Clínica?
Lúcio: Filosofia cínica? Adoro! Tem o Sloterdjik com a Crítica da Razão Cínica...
Hemídio: Não, é Clínica.
Lúcio: aquela do meu xará, Lúcio Packter? Ah, dizem que ele é um Gugu Liberato filósofo. Mas do jeito que o nível tá baixo, vou fazer três anos de psicanálise e clinicar.
Crítico de Arte: vocês gostam do Freddy?
Hemídio: que Freddy, o Krueger?
Crítico de Arte: não, o Freddy Nietty, o filósofo.
Lúcio: quanta intimidade! Gosto de Schopp Hause também.
Fantasma de Francis: vem cá, Lucianta! São dois metros e trinta, é pouco, mas é tudo para você!
Luciana: não, Francis, no meu Paco Rabane, não!
Lúcio: pessoal, vamos para a aula de Filologia com a Yoani. Cadê o John Hemingway? Foi comido pelos tubarões?
Gerald: estava justamente falando sobre isso agora...Ele está em Salzburgo vendo a Ópera H.
Denny: essa blognovela demora ainda? É longa?
Lúcio: essa blognovela, Denny, é toda de improviso...
Walter Greulach: Vou contar como conheci um tal Gerald: o sol ameaçava cair, mas a tarde, impávida, se esforçava muito pouco em evitar. Três ou quatro turistas, de barriga para cima, aproveitavam os últimos raios de luz em uma praia da Flórida. Eu me encontrava em minha rotina de arrumar os quartos na praia de National. Tirava toalhas e cobertores sujos e os colocava num saco preto, ao mesmo tempo em que repassava mentalmente os rótulos que tive durante meus quarenta e poucos infrutíferos anos: filho em Mendoza, estudante em Córdoba, locutor em Entre Ríos, cozinheiro em Aruba, agora morando em Miami e atendente na praia. Nada muito recompensador para quem aos dezessete anos se imaginava o sucessor de Borges ou pelo menos um pouco de Cortázar...
Lúcio: eu fui ver a novela e conferir a atuação do chimpanzé em Poucas e Boas. Gostei! Excelente ator!
Crítico de arte: os quadros dele eram um jogo dramático entre a forma e a essência...
Jô Soares: a dança da tartaruga, meu amor. Eu sou o ladrão de Bagdá, lá na Bahia comi vatapá.
Lúcio: as novelas combatem o abstracionismo. Mas para mim, o código realista não é "o" código. Mas o que eu queria mesmo era estar naquele barraco lá em Genebra, aquela palestra animada do "Jade". Ahmadine-Jade. Um Jade desmancha-rodinha e que não sabe dançar a dança do ventre.
Jô: eu tô doidão, eu tô doidão, eu tô doidão, de batida de limão!
Crítico de arte: seu papagaio de piratas do Caribe!
Lúcio: eu sou papagaio e Gerald Thomas é o pirata?
Crítico de arte: Nem me fale em Gerald, ele já citou Ahmadine-Jade em Porto Alegre e eu não fiquei nada alegre.
Contrera: e eu, sou o "Alex"? Sou o "mordomo chileno" e o Gerald é Jô?
Lúcio: eu adoraria ver aquela palestra. Jade, falar no Jade é dar polêmica.
Gerald: eu fui falar nele em Porto Alegre, me arrependi.
Lúcio: é, mas quem eram aqueles caras vestidos de palhaço com umas cores de arco-íris na cabeça, dando chilique na platéia? Eram gays protestando contra a posição anti-gay do Jade?
Crítico de Arte: eu achei linda aquela loira saindo...queria tomar um café com ela.
Aqueles europeus saindo altivos, tanta gente bonita...
Lúcio: foi animado demais! E aquele pessoal gritando das galerias! E berrando "change" para o Jade na saída! Te pego na saída, velho grito de guerra! E o Jade tinha que lembrar que existe racismo contra muçulmanos em Israel e racismo na Suíça? A Paula que o diga. Fez aquele "body-art" só para ganhar uns trocados...
Crítico de arte: É, o Jade não dança a dança do ventre, mas quer ver Cuba, Coréia do Norte e Irã lançar foguete. Quer ver Cuba lançar e balançar os USA. Ele é do mal mesmo, ele negou o holocausto, ele quer destruir Israel, ele. Enfim, enfim, o Jade é pop, o Jade é pop, cantem com a melodia daquela canção dos Engenheiros do Havaí.
Lúcio: que coisa mais cafona! Você comeu siri bosta? Vá ter um filho com o Lugo-gostoso. E-z-i-r, no nosso Hamlet, você seria a mãe de Ham-let e nos deixaria p-i-r-a-d-o-s.
James: minhaliteraturaagora.blogspot.com. Vocês viram Vik Muniz no JÔ ontem? Levei vinte e dois anos para fazer sucesso do dia para a noite! ÓTIMA FRASE! VIVA VIK!
Alberto Guzik: Lúcio, vc fez um post chamado Francis, Kantor, o escambau e você? Aff. Não achei poderoso, não. Achei...vou inventar um conceito. Alô, alô, Mirisola, Bin Laden dos frustrados! lembrando, pessoal, o Monóloga da Velha Apresentadora continua em cartaz em...
Lúcio: Falando sobre Tiradentes, adoro a cena final de Os Inconfidentes, do Quincas: Tiradentes ia ser enforcado, daí começam palmas e é uma encenação em 1972, com imagens de documentário mostrando que a ditadura militar também celebrava o militar Tiradentes...
Mirisola: A minha fanfarronice nada tem a ver com o texto que o Guzik está falando... já faz mais de dois meses que a Velha entrou em cartaz e até agora a peça não foi criticada num veículo de massa. Por quê? As pessoas tem que saber o que está acontecendo. Cadê o público? Por que eu só ouço falar no filme da Lília Cabral e no tornozelo fraturado do Rogério Ceni?
Lúcio: oi, oi, Guzik, merchan não rola, mas quem tá aí com vc...Caetano Vilela! Vc não deveria estar em Salzburgo? Manaus? Na selva amazônica?
Caetano Vilela: na guerra e no rock, estou com GT!
Alziro Patafísico: e eu tô sentindo um desespero, eu tô cada vez mais sarapatético e patafísico...ah, a ciência das verdades absurdas e ridículas, cada vez mais atual e tão renegada!
João Paulo do Estado de Minas: Os blogs são os olhos de um furacão de inconsequência e burrice eleito por Andrew Keen em O CULTO DO AMADOR. Quem lê um bom jornal está numa praça pública de pessoas decentes que querem vencer pela razão, não consolar pela concordância. Quem vai aos mesmos blogs se sente confortado em ver que há gente com quem sempre concorda.
Lúcio: JP, concorrente a gente trata com estriquinina, né? Deve ser esse o primeiro blog que você vê...E eu quero pedir desculpas publicamente para a Mariana Berger, que me pagou na Revista Discutindo Filosofia e eu nem vi...obrigado, Mariana! Beijos infinitos!
(Continua...)
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sábado, 31 de janeiro de 2009
Brasil é isso: uma chuva de mentiras
No blog do Caetano, o obra em progresso, estamos discutindo Linguística. Caetano julgou que eu e o Luedy somos militantes político-linguísticos de esquerda. O último grupo político do qual estive participante era o DCE da UFMG nos anos de 1995 e 96, há muito tempo, portanto. Eu me formei em Filosofia em 1995 e desde então não participei mais de nenhum grupo.
Ontem deixei a TV na Rede Vida num programa chamado Brasil é isso. Eu já tinha visto lá um tal de Hélio Póvoa, que escreveu um livro chamado O Eixo do Mal Latino-Americano. Eu li também um artigo dele atacando Gerald Thomas quando da polêmica com o Azevedo a respeito de Fidel. O tal Póvoa nem sabia do que estava falando direito.
E ontem a conversa entre o Aristóteles Drummond e o João Ricardo Moreno foi uma campanha de mentiras, uma festa de inverdades. Ricardo começou falando que a ABF existe há vinte anos e luta contra o totalitarismo. Tá, então deveria falar em Hannah Arendt...que Arendt que nada. Aristóteles falou: até o marxismo, os filósofos sempre foram democratas...o quê? Se Sócrates e Platão eram aristocratas que criticavam duramente a democracia, para não falar em outros críticos da democracia, tais como Nietzsche. Imaginei que o papo fosse ser em torno de pensadores católicos conservadores tais como Otávio de Faria, Jackson de Figueiredo, Gustavo Corção. Pensei que o papo fosse ser conservador, mas honesto. Mas que nada! Era pura propaganda. E o que dizer do próprio Aristóteles, que era ligado a Alexandre O Grande, que no final da vida introduziu na Europa o direito divino dos reis?
Em primeiro, contra Chávez. Ele foi associado ao comunismo russo, está com o projeto de tirar as crianças aos três anos para serem criadas pelo estado, daí o fato de uma amiga de Aristóteles estar em Miami contando isso. A coisa evoluiu, mudei de canal e voltei, eles já estavam no Hezbollah. Daí o tal Ricardo dizia que o povo palestino se diz um povo superior, ai que saudades daquele Líbano francês, daquela Beirute parisiense (o que não impediu que milícias cristãs cometeram o massacre de Sabra e Chatila contra os palestinos e com a cumplicidade de Israel), o Hezbollah está organizado na América Latina, em breve teremos crianças-bomba e índios-bomba. Até o Demétrio Magnolli, supostamente um articulista de centro, decepcionava esses dois senhores de extrema direita, o que me deixou pasmo devido ao fato da Rede Vida ser uma televisão católica. Não deveria ter uma visão tão parcial. Mas há mais, há mais.
Magnolli foi vítima de protestos da comunidade judaica, disse Moreno. Ao que Aristóteles redarguiu, sabiamente, que não se poderia comparar a Fatah com o marechal Pétain na França, pois o marechal tinha criado uma zona ali muito benéfica e que protegeu os franceses...heeein? E Aristóteles mostrou saber que a Igreja Católica apoiou Pétain, pois o defendeu, dizendo que ele era "tido" como colaboracionista, como se houvesse alguma dúvida e se ele não tivesse até adiantado as atitudes dos nazistas naquele território em que ele mandava. Do centro passou-se a discutir o anti-semitismo da esquerda, que teria começado com A Questão Judaica do judeu Marx (!). Mas se nessa polêmica Marx justamente escreveu que os judeus não poderiam deixar de ser judeus e sim lutar por direitos...Não há possibilidade de boa fé numa conversa assim, é tudo com base na mentira e na inversão.
Eles só engasgaram no momento em que Moreno quis atacar o governo e Aristóteles cortou, com medo. Na televisão, os vampiros têm medo...Casoy também gaguejou ontem ao comentar a carta de Battisti onde ele denunciou ter sido julgado à revelia. Casoy, fazendo biquinho, inventou um novo direito, pois que eu saiba julgamento à revelia ser altamente democrático é novidade. Mas, como eu dizia, o Brasil é isso, né? Só não dá para se conformar.
Ontem deixei a TV na Rede Vida num programa chamado Brasil é isso. Eu já tinha visto lá um tal de Hélio Póvoa, que escreveu um livro chamado O Eixo do Mal Latino-Americano. Eu li também um artigo dele atacando Gerald Thomas quando da polêmica com o Azevedo a respeito de Fidel. O tal Póvoa nem sabia do que estava falando direito.
E ontem a conversa entre o Aristóteles Drummond e o João Ricardo Moreno foi uma campanha de mentiras, uma festa de inverdades. Ricardo começou falando que a ABF existe há vinte anos e luta contra o totalitarismo. Tá, então deveria falar em Hannah Arendt...que Arendt que nada. Aristóteles falou: até o marxismo, os filósofos sempre foram democratas...o quê? Se Sócrates e Platão eram aristocratas que criticavam duramente a democracia, para não falar em outros críticos da democracia, tais como Nietzsche. Imaginei que o papo fosse ser em torno de pensadores católicos conservadores tais como Otávio de Faria, Jackson de Figueiredo, Gustavo Corção. Pensei que o papo fosse ser conservador, mas honesto. Mas que nada! Era pura propaganda. E o que dizer do próprio Aristóteles, que era ligado a Alexandre O Grande, que no final da vida introduziu na Europa o direito divino dos reis?
Em primeiro, contra Chávez. Ele foi associado ao comunismo russo, está com o projeto de tirar as crianças aos três anos para serem criadas pelo estado, daí o fato de uma amiga de Aristóteles estar em Miami contando isso. A coisa evoluiu, mudei de canal e voltei, eles já estavam no Hezbollah. Daí o tal Ricardo dizia que o povo palestino se diz um povo superior, ai que saudades daquele Líbano francês, daquela Beirute parisiense (o que não impediu que milícias cristãs cometeram o massacre de Sabra e Chatila contra os palestinos e com a cumplicidade de Israel), o Hezbollah está organizado na América Latina, em breve teremos crianças-bomba e índios-bomba. Até o Demétrio Magnolli, supostamente um articulista de centro, decepcionava esses dois senhores de extrema direita, o que me deixou pasmo devido ao fato da Rede Vida ser uma televisão católica. Não deveria ter uma visão tão parcial. Mas há mais, há mais.
Magnolli foi vítima de protestos da comunidade judaica, disse Moreno. Ao que Aristóteles redarguiu, sabiamente, que não se poderia comparar a Fatah com o marechal Pétain na França, pois o marechal tinha criado uma zona ali muito benéfica e que protegeu os franceses...heeein? E Aristóteles mostrou saber que a Igreja Católica apoiou Pétain, pois o defendeu, dizendo que ele era "tido" como colaboracionista, como se houvesse alguma dúvida e se ele não tivesse até adiantado as atitudes dos nazistas naquele território em que ele mandava. Do centro passou-se a discutir o anti-semitismo da esquerda, que teria começado com A Questão Judaica do judeu Marx (!). Mas se nessa polêmica Marx justamente escreveu que os judeus não poderiam deixar de ser judeus e sim lutar por direitos...Não há possibilidade de boa fé numa conversa assim, é tudo com base na mentira e na inversão.
Eles só engasgaram no momento em que Moreno quis atacar o governo e Aristóteles cortou, com medo. Na televisão, os vampiros têm medo...Casoy também gaguejou ontem ao comentar a carta de Battisti onde ele denunciou ter sido julgado à revelia. Casoy, fazendo biquinho, inventou um novo direito, pois que eu saiba julgamento à revelia ser altamente democrático é novidade. Mas, como eu dizia, o Brasil é isso, né? Só não dá para se conformar.
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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Site sobre os Ataques em Gaza
Fotos do sofrimento dos civis em Jabalia, faixa de Gaza.
http://www.ccun.org/Documents/The%20Gaza%20Holocaust%20Israeli%20Attacks%20on%20Jabalia%20February%2027-March%203,%202008.htm
Fotos muito fortes e que não aparecem nos jornais, mostrando principalmente o sofrimento das crianças...
E a frase que ficou na minha cabeça: "seu silêncio é cumplicidade".
http://www.ccun.org/Documents/The%20Gaza%20Holocaust%20Israeli%20Attacks%20on%20Jabalia%20February%2027-March%203,%202008.htm
Fotos muito fortes e que não aparecem nos jornais, mostrando principalmente o sofrimento das crianças...
E a frase que ficou na minha cabeça: "seu silêncio é cumplicidade".
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