Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Blognovela Revista Cidade Sol: O Nascimento de Hamlet
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(Cenário: teatro da Companhia Milkshakespeare. Explode a rivalidade entre os atores brasileiros que ficaram e os que fugiram para Londres. Pagando o desfalque brasileiro com o dinheiro do desfalque londrino, eles são aceitos entre os atores brasileiros, mas em punição foram obrigados a fazer um treinamento com o BOPE. Ofélia tornou-se uma agressiva lésbica masculina e Hamlet ficou a cara do Wagner Moura representando o Capitão Nascimento. Francinny, vendo a enorme confusão em que se meteu, tenta enxertar uma cena de Hamlet-Nascimento nas S. A. Fadas, mas o resultado é um grande briga entre duas fadas).
(O palco de S. A. Fadas). Chega o Capitão Hamlet Nascimento em meio ao diálogo das fadas com o Belo Adormecido, como se S. A. Fadas fosse a peça que existe dentro da peça Hamlet. O rei Cláudio vê S. A. Fadas e, constrangido, sai para rezar. Nascimento-Hamlet vai atrás e vê Cláudio rezando junto a uma santa, num cantinho do teatro de El Senhor.
Hamlet-Nascimento (vê Cláudio rezando): Cláudio, Cláudio, você não me escapa agora. Você é culpado de tudo. Dessa peça de merda que fomos obrigados a ver. Foram idéia sua os desfalques que fizemos aqui e em Londres, tudo culpa sua, vagabundo.
Cláudio (parando de rezar): Não, eu não. Foi do grupo, minha não.
Hamlet-Nascimento (pega Cláudio pelos cabelos): Foi culpa sua Ofélia ter se tornado lésbica! Você é uma biba, falô, seu rei do plágio, seu bosta. Você é a pica do aspira.
Ofélia chega, vestida como uma “tiazinha” bregachique, brandindo um chicote: Vai-te aos homens, não esqueça o chicote!
Hamlet-Nascimento e Ofélia dão uma surra em Cláudio, que sai berrando inocência. As S. A. Fadas terminam a peça e chegam para ver o que está acontecendo. Elas encontram o Fantasma do Pai de Hamlet.
Fantasma do Rei Hamlet: Eu quero que vocês façam um blog. Poderia se chamar Blog do Vamp.
Sandra Paucanhoto: Arrasou!!!
Blognoma Mulher Q. Kerr: Que coisa mais brega!! E comunidade no Orkut: “eu vi o fantasma do pai do Hamlet”, você não quer que faça não?
(O Fantasma desaparece. Entra uma mulher vestida estranhamente. É a Maga Lynguystyka, pitonisa do oráculo de Gargólios. Ela dirige-se à diretora da S. A. Fadas, Francinny, e começa a fazer uma crítica tão enigmática como sua figura).
Maga Lynguystyka: Francinny, você podia corresponder mais, fazer de um espaço uma possibilidades de troca de Cyber-Cultura. Mas, a questão da Histeria e o Inconsciente e as manias das pessoas das pessoas que falam SEM ´MÍNIMO de CONSCIÊNCIA do que fala , mas fala com seus NARCISOS E EGOS, é foda. Nessa coisa chata, aborrecedora q é ter q ler o Inconsciente mais q consciência das pessoas - e o pior é q a gente é escritora experiente em linguagem e literaturas como VOCÊ, - descobri que no fundo mesmo, VOCÊ e nós somos JORNALISTAS, mais que só escritores.
Ter que q encarar uma relação ONLINE e essas ferramentas com o objetivo de escrever para JORNAIS. E os jornalistas são super tranquilos, apesar de eu encontrar montes de "hiperativos e estressados". Mas, você mostrou q é uma perfeita JORNALISTA colocando com super critérios suas peças S. A. Fadas aqui. E tendo a paciência de aguentar como uma professora "driblar" O JEITO das pessoas escreverem, e os mal-entendidos, e a falta de PERCEPÇÃO. OH COISA CHATA!!!
Pior q a gente vê gente que tem puta currículo e a gente escreve coisas idiotas, sem pensar!! Nossa, só congelando essa gente mesmo, ou "contornando" tipo passando por cima ao invés de considerar. Não levar a sério. e muito HUMOR. Já tive recentemente experiência de 'energia ruim mesmo' de ler e falar com pessoas q deveriam ter uma boa linguagem, transparência e flexibilidade, mas não tem , e muito paciente, como meu psicanalista, eu passo por cima ,e ouço considero, e tento conversar, mas a conversa não rende, cara!! então, há milhões de pessoas novas que podemos encontrar e jamais teríamos esta "coisa pesada de ter q aturar" uma pessoa arrogante e egóica. E tái as novas ferramentas e inovações p nos ajudar.
Francinny (sem saber o que dizer, tentando pegar uma vírgula): E sobre a peça, gostou, né?
Maga Lynguystyka (voltando a falar): Então, há milhões de pessoas novas que podemos encontrar e jamais teríamos esta "coisa pesada de ter q aturar" uma pessoa arrogante e egóica. E tái as novas ferramentas e inovações p nos ajudar.
p te dizer a verdade, eu não gostei tanto ás vezes, quando rolou de sentar, pq AS S. A. FADAS não tem IMAGENS e RECURSOS .É só a LETRA o DISCURSO. Então, eu fico pensando.ah vou ter q deixar o link até passar p minha WINDOW etc etcetc .É esse tempo PRESENTE mais aqui e agora q desta NOVA INTERNET q dinamiza e desafia a gente a repensar o USO de cada DISPOSITIVO/FERRAMENTA aqui entende?
Francinny (tenta falar, sufocada): Então você...
Maga Lynguystyka: Pronto,é isso. Espero q vc mantenha seu e-mail. E que imigre p um NOVO VEÍCULO MEIO DE COMUNICAÇÃO melhor q vc se sinta com poder de intercãmbio profissional sempre e com seus amigos e amigas figuras públicas...sua grande REDE SOCIAL. beijos p o elenco de S. A. Fadas, Cláudio, Hamlet-Nascimento e toda família, byeeeee
Francinny (saindo da sala, um pouco saturada de tanto ouvir): byeeeeee!!!!
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Yoani, o Hype da imprensa demo-tucana
http://www.desdecuba.com/generaciony/
Ela é simpática e quer reclamar como eu reclamo. Ótimo. O que me irrita é o apoio e a festa que se faz em torno dela na imprensa do Brasil. Os blogs não eram uma moda amadora, pornográfica, tosca, sem credibilidade? De repente, quando se fala da Yoani, viram uma janela pura de liberdade! O nosso Congresso não era sujo como pau de galinheiro, papagaio de americanos? De repente, como convidou Yoani e o regime cubano proibiu-a de vir, nosso congressinho sórdido virou reunião de vestais, quase celestial! OOOh!
Hersch Basbaun disse no Provocações do Antônio Abujamra que não sabe que caminhos perseguir para ter sua obra de contista e romancista reconhecida. A Yoani aponta o caminho, Hersch: você precisa levar a água para o moinho onde ela está levando. É isso.
Ela ganhou o prêmio Ortega Y Gasset por que mesmo? Escreveu algum ensaio como os de Ortega Y Gasset? Não! Ganhou o prêmio por puxar saco de americano, CARAJO!
O problema mesmo é que Yoani, escrevendo de um lugar onde não existe a imprensa mainstream, quer ser mainstream, quer o apoio dessa imprensa brasileira demo-tucana. Não conhecendo o ground, ela quer simplesmente sair do underground, afinal. Nada contra ela, acho que o papel dela é importante, o que me irrita é a súbita mudança de discurso na imprensa ao falar dela; o tom para falar dos blogs, por exemplo, no suplemento Pensar, coordenado por João Paulo do Estado de Minas, costumeiramente azedo e agressivo para falar de blogs, de repente torna-se doce, róseo, melífluo para falar do blog-hype de Yoani...ah, pelo amor de Deus, vão se danar, quem vocês pensam que enganam?
Peçam a ela para ficar uma temporada de colunista não-remunerada no Digestivo Cultural do Julio Daio Borges e no suplemento Pensar do Estado de Minas. Aliás, fica essa sugestão para o Raul em Cuba. Yoani precisa levar um choque de capitalismo aqui, precisa provar a gaiolinha invisível do imperialismo de que Che Guevara falou no filme do Steven Sondenberg, experimentando outros deliciosos rituais de poder além dos de Hamm e Clov. Ela é muito bobinha; vai ver que o estado deu muito para ela de mão beijada, ficou como os "sociais-liberais" brasileiros temem que fiquemos, daí as privatizações. Chamem ela para vocês sacanearem nas redações como sacaneiam as estagiárias do calcanhar sujo, fazendo teste do sofá! Chamem, chamem!
Yoani é jóia, mas bem limitadinha. Nós temos aqui muita estudante de Letras escrevendo melhor, com uma visão melhor. Mas ela quebra o galho; como disse, onde não tem imprensa oficial, como ela iria ter visão a respeito da alternativa? Vejam aí embaixo: ela pensa que Beckett é teatro do absurdo. Mandem ela ir conversar com Gerald Thomas a respeito! kkk! Que surpresas o mundo capitalista lhe reserva, queridinha!
Estamos en medio del festival de teatro y eso ayuda a escapar de la aburrida programación televisiva y las limitadas opciones recreativas –casi todas en pesos convertibles- de la noche habanera. Guiados por el drama y la comedia, intentamos disipar los problemas cotidianos, las desazones y las dudas que este guión del absurdo en que vivimos nos genera. Pero en esas salas en penumbras no siempre se logra la evasión, sino que pueden encontrarse las claves para volver sobre nuestra realidad y reinterpretarla.
El sábado se exhibió en el pequeño local del teatro Argos –calle Ayestarán esquina a 20 de mayo- la obra de Samuel Beckett “Final de partida”. Fuimos temprano para alcanzar espacio en las rústicas gradas de madera. Créanme que estar casi dos horas sin apoyar la espalda y sobre una dura tabla sólo se puede resistir si se trata de una magnífica puesta en escena. Pues bien, la de antenoche era del tipo que hace olvidar los calambres y el dolor en la cervical. Y no porque moviera al divertimento o a la risa, sino por generarnos esa angustia que nos mantiene en vilo, esa desazón humana que nos hace reparar en todo lo que nos falta.
Un anciano ciego y agonizante mantiene una relación de maltrato y sumisión con su sirviente, al que encierra en la rutina y el chantaje. Sobre una silla de ruedas, el caprichoso convaleciente quiere controlar todo lo que ocurre y utiliza los ojos de su súbdito para estar al tanto. Una enfermiza gratitud y la incapacidad de imaginar otras circunstancias de vida, hacen que Clov esté atado a su amo Hamm y que posponga el día de alcanzar su independencia. Desde una sucia ventana se ve el mar, señal de todo lo vedado que existe afuera, de todo lo que nos está prohibido experimentar.
Caminamos luego hasta la casa, traspasados por el desasosiego que nos dejó la puesta en escena. Fueron demasiado fuertes las paredes pintadas de negro, los gritos del déspota reclamando atención y asomarnos –con tanta crudeza y familiaridad- a “la naturaleza incalificable de las relaciones de poder, su misterio y su ritual de culpas, chantajes, imposiciones, perdones, manipulaciones…”*.
* Palabras de Carlos Celdrán, director de Argos Teatro, en el catálogo de la obra “Final de partida”, interpretada por Pancho García, Waldo Franco, José Luís Hidalgo, Verónica Díaz.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Um poema de Cláudia Isabel
es donde se extravió
tu cuerpo de nube
Aquí
en mis manos de viento
perladejanis.blogspot.com
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
blog de Honduras: la Bitácora del Párvulo
lunes 29 de junio de 2009
Acabo de ver, horrorizado, el cómo detienen a un joven manifestante de nombre SAMUEL RIVERA .
El mundo debe saber que se estan realizando arrestos masivos: Samuel Trigueros, poeta compañero que está en la zona cero me lo acaba de informar. En el lugar se encuentran en plena lid con los militares los principales dirigentes populares.
Los teléfonos fijos están cortados. En la ciudad de El Progreso, depto de Yoro, en el norte del país, se reporta el primer muerto en el desalojo de Radio Progreso que estaba transmitiendo a favor de la lucha popular. Se reportan por igual, disparos en ráfagas provenientes de la casa de Micheletti en El Progreso.
INCREIBLE!!!!
MENSAJITO CELULAR MASIVO RECIBIDO EN MI CELULAR:
LAS FUERZAS ARMADAS ESTAN PROTEGIENDO NUESTRAS FRONTERAS. NO TIENEN COMIDA, NI MEDICINAS, NI OTRAS COSAS BASICAS. AYUDENOS ENVIANDO DONACIONES LO ANTES POSIBLE. ELLOS ESTAN PONIENDO EN RIESGO SUS VIDAS POR LAS NUESTRAS!!!! ELLOS NO NOS DEFRAUDARON, AHORA NO LOS DEFRAUDEMOS NOSOTROS!!
Al filo de la medianoche de ayer 30 de junio, una fuerte explosión se escuchó en toda Tegucigalpa.
Un amigo me llama para confirmarme que la explosión se registró en el Edificio de la Corte Suprema y que otras explosiones menores se dieron en la sede de Radio América.
Nadie se asume responsable.
La misma calma que hoy se siente al iniciar el día es la que precedió al Golpe Militar, así que se puede conjeturar que se están preparando acciones mayores para las próximas 72 horas, coincidentes con el acrecentamiento del repudio internacional y nacional, así como de las 72 horas exigidas por la ONU para que Roberto Micheletti y los militares abandonen su farsa.
---Ahora a las 12:00 meridiano (1 de julio), acaba de correr el rumor que se están congelando las transacciones bancarias en cuanto al máximo de retiro: 5,000 lempiras.
---- Se ha vuelto a clausurar Radio Globo por intervención militar. Los militares entraron cuando estaban transmitiendo en directo una entrevista con el Presidente Manuel Zelaya (1 de julio). Mediodía.
-----Fuentes ligadas de organizaciones sociales del país, han anunciado que en estos momentos, mediante decreto legislativo, se pretende implantar un estado de sitio en el país.
De acuerdo con la fuente, sería con la clara intención, de contener la fuerte movilización, que ya ha sido reprimida e impedida de llegar a la ciudad capital, en diferentes puntos de la capital.
Hoy se ha denunciado, que las personas que han asistido a las marchas a favor del presidente de facto, obreros de diferentes empresas privadas y públicas, han sido obligadas a asistir amenazados con despedirlos de sus empleos. 4:12 pm (1 de julio)
----- 4:35pm: Recibo información sobre reunión de emergencia en el Congreso Nacional: se está comenzando a cocretar el decreto sobre el Estado de Sitio.
Con esto se permitirá represión y cateo de casas sin autorización judicial, se coartarán las manifestaciones en las calles y otras disposiciones de vilentación grave a los derechos humanos.
Publicado por Fabricio Estrada en 12:52 5 comentarios Enlaces a esta entrada
MAS REACCIONES
Para Fabricio Estrada
Muy querido poeta:
Te expreso desde Chile, y en ti, al pueblo hondureño todo, mi total solidaridad
en pro de restablecer a la prontitud la vida constitucional,
democrática y republicana
de Honduras. ¡No al golpe de Estado en Honduras! ¡Sí a la paz, a la
libertad, a la Democracia!
Por una cultura de la vida, y de la vida ciudadana de nuestros pueblos.
Un fraternal abrazo,
Jaime Quezada
Poeta. Chile.
Te escrivo desde Vitoria en el pais Vasco sólo para brindarte mi solidaridad y apoyo... He traducido tu entrevista al italiano para que circule en blogs de Italia y españa...
Un abrazo y un saludo con las palabras de Galeano:
"Me acerco dos pasos, ella se aleja dos pasos. Camino diez pasos y el horizonte se corre diez pasos más allá. Por mucho que yo camine, nunca la alcanzaré. ¿Para que sirve la utopía? Para eso sirve: para caminar.
Davide di Paola
REYNALDO LACÁMARA, PRESIDENTE DE SECH. GREGORIO ANGELCOS, VICEPRESIDENTE, CREO QUE LA SECH. LOS ESCRITORES DEBEN PRONUNCIARSE ANTE EL GOLPE DE LA DERECHA EN HONDURAS. LO PIDE FABRICIO ESTRADA, UN POETA QUE ESTÁ EN LA ENTOLOGÍA DE SANDINO. LO PIDEN LOS POETAS DE PUERTO RICO Y COSTA RICA.
QUIERO QUE ME RESPONDAN LOS POETAS ARTURO CORCUERA DEL PERÚ Y JACOBO RAUSKIN DEL PARAGUAY, DIMAS LIDIO PYTTY DE PANAMÁ, WALDO LEYVA DE CUBA, FREDDY ÑAÑEZ DE LOS ESCRITORES DEL ALBA EN VENEZUELA, A EDWIN MADRID DE ECUADOR, A WASHINGTON BENAVIDES DE URUGUAY, A GABINO PALOMARES DE MEXICO A PATRICIO MANNS DE CHILE A QUIENES LES REENVÍO ESTE CORREO.
EL JUEVES 2 DE JULIO ESTARÁN PRESENTE EN EL LANZAMIENTO DE NUESTRO LIBRO "SANDINO ORGULLO DE AMÉRICA" VARIOS EMBAJADORES DE LATINOAMERICA Y DEBEMOS LEER ALGUNA DECLARACIÓN CONDENANDO ESTE GOLPE.
MARCELO LIRA
Acá estamos en resistencia activa...tomaremos como escenario el 6to Festival Mundial de Poesía que se celebra a partir de hoy en toda Venzuela para pronunciarnos LOS POETAS DEL MUNDO ante esta arremtida de la dictadura militar y burguesa que usurpa los poderes de Honduras en detrimento de ese pueblo y de todos los pueblos progresistas de América. Hoy estaremos sesionando con la asamblea legislativa en la plaza bolívar de san cristóbal alzando la voz
en el transcurso del día te hago llegar el manifiesto
un abraZO
EL PUEBLO VENCERÁ!
esta se quedando complicado vivir en este siglo. La columna Chiapas - Territorio y Confluencia desconoce al golpista en Honduras.
Los toque de queda siempre nos recorda las terribles ditaduras ....no queremos ditaduras en este siglo.
Magno Fernandes dos Reis.
www.elheraldodechipas.com.mx
Estimado Fabricio,
Aqui habla Luís, periodista de Brasil, de el documental sobre País Poesible. Como estás? Y como está la situación ahora por la mañana? Estamos acompañando las notícias del golpe con
enorme preocupación y interese. Si tienes un poco de tiempo, enviame notícias, por favor.
Abrazos,
Luís Nachbin
Freddy, Compañero, que fantástico será que el Festival Mundial de Poesía
sea el marco de Grito Libetario que rompa los tímpanos de los fascistas, la derecha usurpadora que no podrá desoir las voces de los pueblos que se oponen a su asonada golpista. Recibe tú y los compañeros poetas y creadores del ALBA, los artistas Bolivarianos presentes en ese Festival, el saludo de la Sociedad de Escritores de Chile, del poeta presidente de SECH. Reynaldo Lacámara y de este servidor, Marcelo Lira, Director Nacional de nuestra entidad y esperaremos ese Manifiesto de los artistas y creadores para ser rubricado por nosotros.
El poeta hondureño Fabricio Estrada, me envió hace dos días atrás un texto para ser leido en el lanzamiento del libro SANDINO, en la Biblioteca Nacional de Chile, ahora el tendrá que cambiar alomejor su texto, pues horas después el fascismo , la oligarquía irrumpió sobre la Casa Presidencial.
Nicaragua una vez más está presente en nuestra historia, Sandino iluminará esta lucha del los pueblos de América.
Un gran abrazo
Marcelo Lira Segovia
Sociedad de Escritores de Chile.
Publicado por Fabricio Estrada en 12:37 0 comentarios Enlaces a esta entrada
GOLPISTAS!!! COMUNICADO
GOLPISTAS!!!!!!!!!!!
La consigna que los militares y diputados golpistas entregaron a los medios masivos y lacayos desde el día de ayer para ser transmitida a la población, es la de que en el país se ha suscitado una regulación Constitucional en lugar de Golpe de Estado.
Sin embargo los hechos y evidencias demuestran todo lo contrario, desde el hecho de que el Presidente de la República Manuel Zelaya Rosales fue violentamente secuestrado por unidades militares para eliminarlo como sujeto jurídico depositario de la primera Magistratura y de la voluntad popular.
Sumado a eso, la lectura de una renuncia apócrifa que fue desmentida a través de los medios internacionales de comunicación por el propio Presidente Manuel Zelaya desde Costa Rica, confirma la brutal usurpación política que Roberto Micheletti Baín y la cúpula militar en representación de la oligarquía embozada y cobarde han realizado de manera desvergonzada y canalla en contra no sólo del Presidente Manuel Zelaya sino también en contra de la inteligencia y dignidad del pueblo hondureño.
Para orquestar esta red de mentiras e infamias los golpistas han recurrido al respaldo de figuras nefastas de la historia nacional, como es el caso de Billy Joya Améndola, ex militar ligado de manera indisoluble a la represión estatal durante los años ochentas. Además, cuentan con la argumentación de personajes a quienes la historia y el pueblo, más temprano que tarde los juzgará, como German leitzelar, Ramón Custiodio, Rafael Pineda Ponce, Enrique Ortez Colindres, Emilio Larach, Oscar Andrés Rodríguez, Evelio Reyes, Salvador Canales, Juan Ramón Martínez, Renato Alvarez, Armando Villanueva y otros que engrosan la galería de delincuentes que apoyaron o perpetraron de manera directa el golpe militar que hoy se autoproclama constitucional, conciliador y garante de los derechos humanos que precisamente nos están siendo violentados en todas sus dimensiones.
A pesar del maquillaje noticioso criollo y esbirro, que intenta ocultar la indignación popular, el peso de la historia y la protesta viva que a partir de ayer comenzó a exigir la restitución del Presidente Zelaya y su Gabinete en los cargos que les fueron violentamente usurpados, no podrá ser ocultado ni por los toques de queda ni por la represión militar ni por el cerco de terror que, como una maquinaria perfectamente aceitada con la sangre de los mártires de la histórica lucha popular, se ha puesto en marcha.
No hay mayor ejército que el pueblo. No hay mayor dignidad que la del pueblo. La soberanía le pertenece al pueblo!!!
Venceremos!!!
29 de junio de 2009, segundo día de lucha de resistencia popular después del golpe.
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
Blogcademia
http://www.elifbatuman.net/
Aqui no Brasil é difícil indicar blogs de acadêmicos ou professores.
De cabeça, só me ocorre o www.minhaliteraturaagora.blogspot.com e o leiturasdogiba.blogspot.com
A maioria dos meus colegas acadêmicos não tem blog, nem site nem posta nada em blog, embora a gente convide. Não fazem como o artigo da New Yorker ("Blogcademia") comenta que seria aconselhável: escrever em vários registros.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
RA, Simonal e a Máquina Difamatória
Preciso ver o documentário todo antes de falar, mas me pareceu honesto e simpático. Reinaldo Azevedo e a Veja já tascaram que a esquerda é que enterrou vivo o Simonal.
Nos trechos que vi ninguém colocou sua decadência na carreira na conta da esquerda. Essa palavra nem sequer foi falada. Há muitos anos o jornalista Rodrigo Mehreb, do Tempo, falou no assunto e comentou que Vandré foi o mártir da esquerda e Simonal, da direita.
O problema é que RA não aceita as críticas a Simonal ainda hoje, assim como repudia os "milionários" do Pasquim, Ziraldo e Jaguar. Ele não deixa a peteca cair de jeito nenhum. Se Fidel fica, ele reclama; se sai, pau nele. Se falam em Foucault, ele retruca algo como "entre eu e o careca, separa que é briga". Coitado, queria ver ele discutindo a fundo os argumentos do Foucault com esse azul e vermelho de professorzinho, de tiozinho. Alguém tem de falar para ele que professor não corrige mais de vermelho. Agora não é mais considerado pedagógico -- mas já sei o que ele vai dizer...É a pedagogia do chicote, mesmo!
E repisa suas obsessões. Ele acusa a esquerda de, ainda hoje, dar pernada três por quatro, atacando quem não tem nada a ver e de manter uma "máquina difamatória".
Gerald Thomas foi atacado por equívoco por RA nessa estratégia mesma da "pernada três por quatro", quando GT romanticamente falou da revolução cubana nos anos 60, mais ou menos como seu amigo Jabor. E a máquina desceu a ripa em Jabor e Gerald, atacados por gente como Hélio Póvoa (Mídia Sem Máscara ou CIA mascarada?) por serem franquifurtianos, fidelistas que mostram a bunda participando do eixo do mal latino-americano e outras vaias bobocas.
No entanto, nada se encaixa melhor na descrição de uma "máquina difamatória" do que o blog dele, com tentáculos para colunas de Diogo Mainardi e referências elogiosas a Olavo de Carvalho e o Paulo Francis da última fase, notórios "maquinistas". Agora é Obama que leva "pernada". Ele faz tudo o que o manual não aconselha a blogueiros: caluniar (imputar a alguém um crime, mesmo que sendo verdade) e difamar (insultar: fulana é idiota, burro, sem educação).
A desciclopédia é que matou a charada. Quando vc pergunta lá Reinaldo Azevedo, ela responde à moda da wikipedia: "você quis dizer calunista?"
kkkk!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Blognovela Penetrália 12: blogando em Cuba
Denny Yang: pessoal, o meu blog não acabou.
Henrique Hemídio: eu vim no barco também. Olha, Lúcio, o quê você acha da Filosofia Clínica?
Lúcio: Filosofia cínica? Adoro! Tem o Sloterdjik com a Crítica da Razão Cínica...
Hemídio: Não, é Clínica.
Lúcio: aquela do meu xará, Lúcio Packter? Ah, dizem que ele é um Gugu Liberato filósofo. Mas do jeito que o nível tá baixo, vou fazer três anos de psicanálise e clinicar.
Crítico de Arte: vocês gostam do Freddy?
Hemídio: que Freddy, o Krueger?
Crítico de Arte: não, o Freddy Nietty, o filósofo.
Lúcio: quanta intimidade! Gosto de Schopp Hause também.
Fantasma de Francis: vem cá, Lucianta! São dois metros e trinta, é pouco, mas é tudo para você!
Luciana: não, Francis, no meu Paco Rabane, não!
Lúcio: pessoal, vamos para a aula de Filologia com a Yoani. Cadê o John Hemingway? Foi comido pelos tubarões?
Gerald: estava justamente falando sobre isso agora...Ele está em Salzburgo vendo a Ópera H.
Denny: essa blognovela demora ainda? É longa?
Lúcio: essa blognovela, Denny, é toda de improviso...
Walter Greulach: Vou contar como conheci um tal Gerald: o sol ameaçava cair, mas a tarde, impávida, se esforçava muito pouco em evitar. Três ou quatro turistas, de barriga para cima, aproveitavam os últimos raios de luz em uma praia da Flórida. Eu me encontrava em minha rotina de arrumar os quartos na praia de National. Tirava toalhas e cobertores sujos e os colocava num saco preto, ao mesmo tempo em que repassava mentalmente os rótulos que tive durante meus quarenta e poucos infrutíferos anos: filho em Mendoza, estudante em Córdoba, locutor em Entre Ríos, cozinheiro em Aruba, agora morando em Miami e atendente na praia. Nada muito recompensador para quem aos dezessete anos se imaginava o sucessor de Borges ou pelo menos um pouco de Cortázar...
Lúcio: eu fui ver a novela e conferir a atuação do chimpanzé em Poucas e Boas. Gostei! Excelente ator!
Crítico de arte: os quadros dele eram um jogo dramático entre a forma e a essência...
Jô Soares: a dança da tartaruga, meu amor. Eu sou o ladrão de Bagdá, lá na Bahia comi vatapá.
Lúcio: as novelas combatem o abstracionismo. Mas para mim, o código realista não é "o" código. Mas o que eu queria mesmo era estar naquele barraco lá em Genebra, aquela palestra animada do "Jade". Ahmadine-Jade. Um Jade desmancha-rodinha e que não sabe dançar a dança do ventre.
Jô: eu tô doidão, eu tô doidão, eu tô doidão, de batida de limão!
Crítico de arte: seu papagaio de piratas do Caribe!
Lúcio: eu sou papagaio e Gerald Thomas é o pirata?
Crítico de arte: Nem me fale em Gerald, ele já citou Ahmadine-Jade em Porto Alegre e eu não fiquei nada alegre.
Contrera: e eu, sou o "Alex"? Sou o "mordomo chileno" e o Gerald é Jô?
Lúcio: eu adoraria ver aquela palestra. Jade, falar no Jade é dar polêmica.
Gerald: eu fui falar nele em Porto Alegre, me arrependi.
Lúcio: é, mas quem eram aqueles caras vestidos de palhaço com umas cores de arco-íris na cabeça, dando chilique na platéia? Eram gays protestando contra a posição anti-gay do Jade?
Crítico de Arte: eu achei linda aquela loira saindo...queria tomar um café com ela.
Aqueles europeus saindo altivos, tanta gente bonita...
Lúcio: foi animado demais! E aquele pessoal gritando das galerias! E berrando "change" para o Jade na saída! Te pego na saída, velho grito de guerra! E o Jade tinha que lembrar que existe racismo contra muçulmanos em Israel e racismo na Suíça? A Paula que o diga. Fez aquele "body-art" só para ganhar uns trocados...
Crítico de arte: É, o Jade não dança a dança do ventre, mas quer ver Cuba, Coréia do Norte e Irã lançar foguete. Quer ver Cuba lançar e balançar os USA. Ele é do mal mesmo, ele negou o holocausto, ele quer destruir Israel, ele. Enfim, enfim, o Jade é pop, o Jade é pop, cantem com a melodia daquela canção dos Engenheiros do Havaí.
Lúcio: que coisa mais cafona! Você comeu siri bosta? Vá ter um filho com o Lugo-gostoso. E-z-i-r, no nosso Hamlet, você seria a mãe de Ham-let e nos deixaria p-i-r-a-d-o-s.
James: minhaliteraturaagora.blogspot.com. Vocês viram Vik Muniz no JÔ ontem? Levei vinte e dois anos para fazer sucesso do dia para a noite! ÓTIMA FRASE! VIVA VIK!
Alberto Guzik: Lúcio, vc fez um post chamado Francis, Kantor, o escambau e você? Aff. Não achei poderoso, não. Achei...vou inventar um conceito. Alô, alô, Mirisola, Bin Laden dos frustrados! lembrando, pessoal, o Monóloga da Velha Apresentadora continua em cartaz em...
Lúcio: Falando sobre Tiradentes, adoro a cena final de Os Inconfidentes, do Quincas: Tiradentes ia ser enforcado, daí começam palmas e é uma encenação em 1972, com imagens de documentário mostrando que a ditadura militar também celebrava o militar Tiradentes...
Mirisola: A minha fanfarronice nada tem a ver com o texto que o Guzik está falando... já faz mais de dois meses que a Velha entrou em cartaz e até agora a peça não foi criticada num veículo de massa. Por quê? As pessoas tem que saber o que está acontecendo. Cadê o público? Por que eu só ouço falar no filme da Lília Cabral e no tornozelo fraturado do Rogério Ceni?
Lúcio: oi, oi, Guzik, merchan não rola, mas quem tá aí com vc...Caetano Vilela! Vc não deveria estar em Salzburgo? Manaus? Na selva amazônica?
Caetano Vilela: na guerra e no rock, estou com GT!
Alziro Patafísico: e eu tô sentindo um desespero, eu tô cada vez mais sarapatético e patafísico...ah, a ciência das verdades absurdas e ridículas, cada vez mais atual e tão renegada!
João Paulo do Estado de Minas: Os blogs são os olhos de um furacão de inconsequência e burrice eleito por Andrew Keen em O CULTO DO AMADOR. Quem lê um bom jornal está numa praça pública de pessoas decentes que querem vencer pela razão, não consolar pela concordância. Quem vai aos mesmos blogs se sente confortado em ver que há gente com quem sempre concorda.
Lúcio: JP, concorrente a gente trata com estriquinina, né? Deve ser esse o primeiro blog que você vê...E eu quero pedir desculpas publicamente para a Mariana Berger, que me pagou na Revista Discutindo Filosofia e eu nem vi...obrigado, Mariana! Beijos infinitos!
(Continua...)
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Phelphes e a Diamba
E digo isso porque detesto maconha, não sou fã de reggae, gosto do som dos hippies, mas só do pessoal da época, os meia-oitos mesmo. Do pessoal da minha geração, quando fuma maconha, gosto de distância. Não gosto nem daquele cheiro adocicado nojento, nem do papo sussurado, as gírias, o culto em torno do prazer da droga, tudo isso me dá antipatia.
Legalizem, para que vire um cigarrinho qualquer e perca a mística. Vamos combater outras drogas, tal como o crack. O Rio, principalmente, precisa. Acabaríamos com os capitães nascimento da vida -- ou da morte. Filmeco do Padilha. Sou mais Cinema Novo e Nouvelle Vague. Literatura contemporânea até me sinto na obrigação de acompanhar, mas cinema da retomada vejo só esporadicamente. Vi Show de Bola e detestei, achei que reuniu clichês de vários outros filmes tais como Cidade de Deus e Tropa de Elite. Se Linha de Passe for assim...mas Waltinho é um socialista cristão lírico. O Che dele dos Diários, um filme bom, é o cristão lírico antes da Queda na loucura da revolução, é o Waltinho...
Blogs, se bem sucedidos, são praças de touros onde desfilam egos antropofágicos em luta contra o meio que os sabem desproporcionais, pois há milhões de seres humanos no mundo e um ego sem tamanho é sempre um trambolho: ver alguém vergar sob o peso de um faz dó. Se eles são para uns poucos, como o meu, são monólogos interiores infindáveis. É o querido diário que você escreve e torce para seu colega de trabalho não encontrar. Mas ele vai encontrar.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Um Bom Blog de Literatura, Cinema, Crítica
Eu curti o blog do Alberto Guzik:
Mas lá vai: http://os.dias.e.as.horas.zip.net/
Esse blog do Guzik é uma descoberta. Gostei mesmo. Adoro saber o que um escritor está fazendo ao escrever um livro. Gosto de metateatro, metalinguagem, metalinguística e outras metas, como dizia Haroldão. Tenho um bloguinho daquele da Uol, mas sinceramente gosto mais desse do google, mesmo mexendo nele e tendo certas dificuldades.
Eu tirei o blog de uma doutoranda em Linguística da minha página depois que li a justificativa dela de que não atualizava o blog porque estava focando na tese.
Ora, para mim é necessário, faz parte da minha economia psíquica blogar. Na semana passada a mãe de um amigo morreu. Ah, agora isso está parecendo o blog do Justin Hall, pioneiro dos blogs. Soube que o blog dele era um diário, um diário onde às vezes tinha até foto do Justin pelado. Foi triste essa morte, após doze dias de um câncer fulminante. Nos reencontramos no enterro. Não estou suportando ir a velório, como nessa cidade tem muita gente idosa e não tem teatro nem cinema, sou assíduo frequentador de velórios. E tomei chá verde à noite, será que vou perder o sono? São duas e trinta e cinco...
domingo, 17 de agosto de 2008
Folha Explica Caetano
*
Caetano Veloso é, certamente, uma das mais "inexplicáveis" personalidades brasileiras. Não apenas por ser um artista polêmico e camaleônico, cuja força sempre esteve na capacidade de escapar às classificações e desautomatizar chaves convencionais de interpretação, mas também por se tratar de alguém que não cansou de se auto-explicar ao longo dos seus quarenta anos de vida artística (iniciada em 1965), a ponto de parecer esgotar tudo o que de novo se poderia dizer a seu respeito.
Ao mesmo tempo, continua a atrair para si a atenção de um público imenso --dentro e fora do país--, mantendo-se como um foco de controvérsias a exigir sempre novas explicações. Quer dizer: a "explicação", aqui, não é dispensável ou redundante. Na verdade, ao atacar a autonomia formal da canção, incluindo uma série de outros elementos no seu interior --encenação, ruídos, referências visuais, cultura de consumo--, o tropicalismo deu ao discurso conceitual um papel construtivo, transformando a música popular brasileira em um campo de cruzamentos onde as coisas estão todas postas em estado de explicação.
Pode-se dizer, portanto, que a partir daí a canção passa a fazer parte de uma polimorfa explicação da cultura. E ao fazê-lo, de forma sempre heterodoxa e dissonante, termina também por explicar o Brasil. Assim, não são poucas as explicações que, de um modo ou de outro, estão pressupostas neste pequeno livro.
Paralelamente, ao fazer de Caetano Veloso o título de um Folha Explica, será preciso lembrar que ele tem sido um dos artistas que mais discutiram não só com a crítica musical especializada, mas com a imprensa em geral --na qual a Folha de S.Paulo teve destaque, ao lado do Jornal do Brasil e da revista Veja. A postura de assumido --ou suposto-- cosmopolitismo adotada pelo caderno "Ilustrada" nos anos 80, no caso particular da Folha, levou-a a relativizar ou desqualificar freqüentemente valores defendidos e representados por artistas da música popular brasileira.
Caetano, acusando nessa posição aquilo que sente como desprezo pelo Brasil, da parte de uma certa inteligência paulistana ciosa de se distinguir e se desincompatibilizar das marcas paradoxais do país colonizado e periférico, apelidou-a ironicamente de "A Falha de S. Paulo".
Como se verá, o roteiro desse livro não segue uma cronologia linear. Antes, propõe um certo embaralhamento de tempos, que intenta dialogar com a prosa poética do artista, essencialmente elíptica e antinarrativa. O que não quer dizer que se tenha, aqui, descuidado de preocupações didáticas. Ao contrário, essa opção procura dar maior ênfase a questões essenciais que atravessam sua obra, visto que esta é marcada por inúmeros pontos de adensamento e ruptura em que o artista veio, ao longo do tempo, a reinventar-se diante de impasses e desafios renovados, embora nem sempre com pleno domínio dos seus desígnios.
Estrategicamente, este ensaio se inicia focalizando o último momento de adensamento nessa trajetória até agora: o show Circuladô (1992), em que, ao completar 50 anos de idade e 20 anos da sua volta do exílio em Londres, Caetano faz uma releitura de sua carreira situando-a em novas bases, como desdobramento vital de um desconforto apontado em Estrangeiro (1989), na passagem dos anos 80 para os 90, em que o artista tematizava o eclipsamento das utopias surgidas no ambiente libertário e contracultural dos anos 60.
Ao fazer essa revisão, Caetano recupera a experiência do exílio (1969 a 72) como um dado fundamental em sua obra. O que, ao mesmo tempo, ilustra a sua concepção de que o golpe militar de 64 não significou a corrupção de um Brasil puro, e sim uma expressão cruel mas verdadeira de sua "geléia geral", feita de forças antagônicas e contraditórias em que não se divisam separações esquemáticas entre o bem e o mal. Essa é a ponte que nos leva, voltando atrás no tempo, para o segundo capítulo, dedicado ao exílio e à superação da paródia tropicalista, apontando para um aprofundamento lírico afiado pela cultura nordestina em suas canções.
A volta do exílio prefigura uma situação muito representativa do papel cada vez mais pregnante da canção popular no Brasil, como uma resistência subterrânea à opressão do regime militar que tematiza o poder vital da música e do canto como superação mitopoética dos conflitos, abandonando a polarização que havia marcado o fim dos anos 60 entre engajamento político e experimentalismo estético, regionalismo folclórico e internacionalismo tecnológico. Esse assunto, que constitui o núcleo do livro, está dividido em dois capítulos: "Acordes Dissonantes Pelos Cinco Mil Alto-Falantes", que trata do tropicalismo (1967-68), e "Transa Qualquer Coisa Jóia, Bicho. Muito Cinema Transcendental", que aborda os anos 70.
Por fim, em "Lançar Mundos no Mundo" se discutem temas variados, como a relação de Caetano com a composição de canções e com as diversas cidades do mundo a partir de Santo Amaro da Purificação, sua cidade natal, situada no recôncavo baiano. Nesse capítulo final é debatida também a retomada do Brasil como questão em sua obra a partir de Velô (1984), no momento da abertura política do país com a campanha pelas "Diretas Já", em um percurso --agora sim cronológico-- que volta a encontrar o ponto inicial do livro (1989 a 92) e o ultrapassa, abrindo-se para uma breve reflexão acerca da sua produção nos últimos tempos.
Nesta, uma longa crise parece explicitar-se, deslocando o foco de inquietação da composição de canções para a vocação de intérprete em sentido amplo: intérprete-ensaísta do processo de "formação" brasileira, lido pelo prisma de sua singularidade cultural --que se consuma na redação do livro Verdade Tropical (1997)--, e cantor-leitor de um vasto repertório da música popular mundial a partir de uma dicção própria --na interpretação dos cancioneiros hispano e anglo-americano em Fina Estampa (1994) e A Foreign Sound (2004), além do cruzamento entre canções brasileiras do período pré-bossa nova e o universo das canções italianas tendo como inspiração os filmes de Fellini, feito em Omaggio a Federico e Giulietta (1999).
Afirmando-se, a partir daí, como um artista de enorme trânsito internacional, em diálogo produtivo com figuras como a dançarina e coreógrafa alemã Pina Bausch --que o convidou para tocar na festividade de 25 anos da Companhia Tanztheater Wuppertal (1998)--, e o cineasta espanhol Pedro Almodóvar --que inclui, em "Fale Com Ela" (2002), uma cena em que Caetano canta "Cucurrucucú Paloma" no set. Isto é: consolidando-se como intérprete do Brasil e divulgador internacional privilegiado da experiência de sua música popular, numa atitude que aponta para a reversão artística dos complexos de subdesenvolvimento herdados da colonização.
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"Folha Explica Caetano Veloso"
Autor: Guilherme Wisnik
Editora: Publifolha
Páginas: 200
Quanto: R$ 20,90
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo televendas 0800-140090 ou pelo site da Publifolha
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quarta-feira, 30 de julho de 2008
Caetano X Fidel
que traz a polêmica Caetano X Fidel. A história é assim: Fidel criticou a Caetano e a uma blogueira cubana num prefácio para um livro lançado recentemente. No blog a história está toda explicada.
Que Fidel resolva debater com Caetano e uma blogueira é ótimo. Um dia, quem sabe, ele terá um blog e virá até ao penetrália, quem sabe? Será um hombre nuevo, o hombre nuevo que meu amigo Laerte Braga espera.
Nem o governo Bush nem o Fidel são 100% em termos de direitos humanos. Caetano também não é cem por cento humanista, pois tem leituras de Nietzsche e Heidegger e vai no sentido contrário daquele humanismo tradicional, desconstruindo-o.
Ele repetiu uma afirmação ao estilo de Glauber quando disse que a CIA introduziu a idéia de que nosso racismo cordial é pior do que o apartheid. Então já pensou em como deve ser quente a agenda da CIA para a Venezuela, Equador e Bolívia? Caetano falou essa da CIA numa entrevista na Áustria. Caetas mistura muitas coisas. Sou a favor da política de cotas somente a curto prazo e quem me convenceu foi o depoimento de uma estudante de Filosofia. Ela, como negra, deu grande contribuição ao curso com suas críticas e vou transcrever o depoimento dela, que achei na Fundação Palmares, por aqui. Não sei o que as cotas têm a ver com a mística do rap. Acho que o discurso do hip hop e do rap têm todo sentido aqui, ou seja, o protesto. Isso foi bem antropofagizado por gente como Mv Bill. É algo orgânico e não vontade de ser americano. E outra: é preciso esclarecer que o papo de black power chegou via tropicália, na bagagem de Gilberto Gil. Caetas não compra, mas abriu para quem quiser devorar o discurso do rap. Ele força um pouco a barra repassando para os mais novos um certo discurso que foi feito contra ele na época da Jovem Guarda. Muita gente também não queria comprar as versões estilo baby talking que se fazia então. Até Adorno falou contra o baby talking a propósito da audição regressiva...
O apartheid força o sentimento de identidade: estão todos juntos no gueto. Já aqui no Brasil, fazendo uma pesquisa num bairro que foi supostamente um quilombo aqui em Bom Despacho, todos dizem: "sou moreno". É o discurso do conformismo e da indiferenciação. Na minha boca era algo muito positivo e eu não comprava o discurso afro-americano, afro-descendente. Cheguei a criticar duramente o Ric Aleixo, do blog Jaguardarte, por causa disso e ele teve a honestidade de publicar a carta em sua coluna Blequitude do jornal O Tempo. A coluna, na verdade, me influenciou: tinha ótimos comentários sobre Oswald de Andrade, tendo acompanhado o lançamento de uns recitais dele pela Funarte, disco que hoje eu gostaria MUITO de ter. E sobravam toques sobre gente bacana lá, tais como Jards Macalé. Desculpe, Ric, pela rudeza de imitar Glauber e te "patrulhar". Foi um transbordamento de amor e inveja criativa. Quero você sempre tangendo sua LIRA. Mas eu uso afro-descendente e usei para definir a origem da cidade: Bom Despacho Afro-descendente foi um artigo que publiquei na imprensa aqui. Foi melhor do que escrever BOM DESPACHO NEGRA. BOM DESPACHO PRETA. Já pensaram. Certos termos são moda, mas tem seu uso.
Caetano mistura as coisas e é natural que um dos lados reaja negativamente ou se aborreça, pois ele não fecha com um lado, não compra o "pacote".
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Uma Mentirinha da Pilar Fazito
mingo, Janeiro 13, 2008
Decepcionante para uns...
Certa vez, o Marçal (o Aquino) disse que "todo escritor deveria freqüentar sebos para ver o que os ácaros e a poeira fazem com a gente".
Como ainda não publiquei nada em papel e a internet é mais prática, vez por outra jogo meu nome no google para ver o que há de novo sobre a minha pessoa; ver o que os críticos, os plagiadores e os vírus fazem com a gente.
Demorou, mas finalmente achei minha primeira crítica negativa declarada. Oba! Diz o douto blogueiro que me achou por conta de um texto que enviei para o primeiro concurso de frases da Piauí. Veio fuçando e acabou parando aqui, neste blog "decepcionante". O curioso é ter deixado um comentário simpático num dos meus posts anteriores e deixar o "decepcionante" apenas no dele.
O blogueiro em questão, ao menos, é muito corajoso. Depois desse vídeo, achei o "decepcionante" um enorme elogio. (Nada pessoal, colega.)
http://www.google.com/search?hl=pt-br&q=*Pilar+Fazito*&btnG=Buscar