quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Estudantes da UFRRJ protestam contra Ghiraldelli: eu apoio!


Cognominado por mim, nesse Revista Cidade Sol, de "Ron Jeremy da Filosofia Brasileira", Paulo Ghiraldelli Júnior foi objeto de protesto de estudantes contra comentários racistas e homofóbicos supostamente feitos por ele. Ghiraldelli já foi objeto de uma postagem de Luís Nassif, O caso do filósofo Paulo Ghiraldelli, tratando justamente do comportamento agressivo do filósofo, que infelizmente, deturpa a imagem da categoria, pois, embora tenha muitos livros publicados, adota, através da internet principalmente, atitudes estranhas e autoritárias, não praticando o que prega Paulo Freire, de quem diz ter sido aluno. No youtube, o vídeo estava postado em várias contas, uma delas, a de Lívia Miguel, continha um texto esclarecedor:

No dia 18 de novembro de 2013, enquanto ocorreu a abertura da I Semana Acadêmica de Filosofia, grupos organizados e estudantes da UFRRJ, escracharam o Professor Paulo Ghiraldelli. A intervenção foi decisiva, incidimos contra o discurso opressor, homofóbico, racista, machista e misógino do professor, que se naturaliza e se reproduz cotidianamente tanto em suas aulas como em sua produção acadêmica. A reação negativa ao ato por parte de alguns estudantes é a expressão disso, mesmo o ato sendo legítimo, uma vez que os recursos institucionais tem se mostrado insuficientes.
Processos administrativos contra o professor se acumulam nas gavetas silenciosas da administração superior. Aceitar esse silencio é acertar a morte, a morte de um projeto de uma universidade crítica e popular. Por isso, nos manifestamos, gritamos, batemos latas e acusamos as atitudes do professor. Exigimos da administração superior, uma atitude justa ao discurso de ódio alimentado pelo referido professor. O corporativismo que sustenta ele imune aos processos tem que cair, nós o acusamos!
Por fim, a "grande mentira", como foi revelada; é o professor, vulgo filósofo, Paulo Ghiraldelli.

Dou todo meu apoio aos alunos! Como se pode ver pelo vídeo, Ghiraldelli reagiu gritando: "é mentira, é mentira". No entanto, infelizmente, ele tem adotado, na internet, um comportamento de troll, ou seja, um comentarista agressivo e que maltrata verbalmente as pessoas. Há algum tempo, episódio parecido aconteceu no departamento de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também envolvendo comentários machistas de um professor chamado Francisco Coelho dos Santos.

 Segundo a matéria em O Globo, Ghiraldellli a seguir deu queixa na polícia. Circula, pela web, também uma petição (provavelmente lançada por ele) para criminalizar o protesto, tido por ele como atentado à liberdade de expressão. Em seu blog, chamou os manifestantes de "nazistóides" e "energúmenos".


domingo, 10 de novembro de 2013

Pondé, o uso do cachimbo faz a boca torta

Leio com perplexidade o artigo "Eu Acuso", de Luiz Filipe Pondé na Folha de São Paulo. Ele alega estar ocorrendo doutrinação ideológica em nossas universidades, inclusive no ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio. 

Será que isso existe mesmo? Afinal, uma denúncia recente, em junho, mostrou a infiltração dos integralistas nas manifestações, batendo e agredindo militantes como os do PSTU. Um dos participantes, responsável pela parte da agitação, era Marcelo Coaradassi Eiras, professor universitário, se não me engano, da UFRJ.


Será que alguém como Pondé, acostumado a fantasiar a realidade para combater o PT, acredita mesmo nisso? Só por estar num jornal, julga ser "não-partidário", neutro. Como ele mesmo é judeu (ele usa Shylock, personagem de Shakespeare, com símbolo dessa minoria), sua grande suposição é a seguinte: não é importante se alguém é ou não fascista, desde que não tome partido contra os judeus e combata a esquerda, em especial o PT.


Observando a prova do ENEM, nota-se a ausência da blogosfera petista e a presença ostensiva da grande mídia. A questão 05 é tirada da Rádio Uol. Uol, comunismo on line! A questão 07 é tirada da Folha. Opa, Folha? É onde Pondé trabalha. Ora, claro, lá dentro mesmo há "bolcheviques travecos" como o cartunista Laerte, contra os quais Pondé bravamente ergue sua clava. Observando outras questões, há outros perigosos ninhos de comunista: Abril Cultural, por exemplo, antro de conspiração do judeu-bolchevique Victor Civita. Há outros judeu-bolcheviques. O entusiasta do gayzismo e do marxismo cultural Carlos Lessa pondera, na questão 20 (seria um código para não colocar 24?): "apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária". Mas é claro, por trás dessa frase, que até Pondé assinaria, com certeza há um dos grandes agentes da conspiração gramsciana internacional.

Enfim, professor Pondé, continue nessa luta! Os malditos comunas tremerão! Só não pense que está sozinho. Há muita gente "integral" lutando junto a você, mesmo dentro das universidades. Veja a foto abaixo:



                                          Anauê, Pondé! O professor Marcelo te saúda!