terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Minha Luta de Adolf Hitler é Reeditado: Livro Ainda Influencia Historiadores


Duas editoras lançaram Minha Luta no Brasil hoje em dia. A editora Geração irá lançar a versão com notas e a editora Centauro não as terá.
O livro prossegue sendo muito importante para a esquerda, pois muita gente na direita e mesmo na esquerda prossegue repetindo o mito dos "milhões de mortos" vitimados pelo comunismo: Paulo Falcão, Bertone Sousa (para falar de dois leitores desse blog), Zizek, Hobsbawn...
Vejamos o que historiador Ludo Martens escreveu a respeito em sua palestra Os Méritos de Stálin:

 Há uma interessante coisa a dizer sobre tantos mortos mencionados nas campanhas [anticomunistas]: há alguns anos, um anticomunista completo, Brezinski [provavelmente Zbigniew Brzezinski] escreveu um grande livro anti-comunista bem conhecido , então aqui ele diz que agora podemos ter a certeza de que Stalin matou 30 milhões de pessoas na União Soviética. Então, o que é interessante é ver de onde saiu o valor de 30 milhões de mortos, ressuscitou e como foi usado. Há poucas pessoas que sabem: os 30 milhões de mortes de Stalin, eles são encontrados aqui (ele exibe o livro de Hitler): então, é a Bíblia do nazismo que foi escrita por Hitler na prisão entre 1925-26. Então, aqui ele fala de 30 milhões de pessoas mortas de forma bárbara pelo bolchevismo. Mas, no ano de 1925, Stalin ainda nada tinha feito de especial: os graves acontecimentos que se passaram na União Soviética naquela época são os da guerra civil.  E nós sabemos que na guerra civil havia 8 ou 9 milhões de mortes devido a intervenções estrangeiras. Mas a lorota dos 30 milhões de mortos horrivelmente massacrados pelos bolcheviques começou com o "Mein Kampf” e não parou: até 1989, com a grande campanha anti-comunista, Brzezinski  ainda estava lá, com o número de 30 milhões de mortos. E, portanto, como as pessoas são condicionadas contra o socialismo, contra o comunismo, contra a revolução, o que aliás está muito bem explicado nesse exemplo, onde os nazis foram a vanguarda de todas as forças burguesas e oportunistas."

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

André Glucksmann e a Esquerda Proletária

Nascido em 1937, morto em novembro de 2015, com pouca ou nenhuma repercussão na mídia brasileira, o filósofo André Glucksmann ficou famoso por passar do maoísmo à direita francesa. Em 1976, juntamente com o ex-secretário de Sartre(Victor para a GP,  o hoje místico judaico Benny Levy), compôs um grupo que se intitulou os "Novos Filósofos".


O grupo maoísta do qual Glucksmann participou na juventude, a Esquerda Proletária (Gauche Proletarienne), foi fundada em 1968 em pleno maio de 68 e era muito marcada pela divisão, existente na época, entre os mao-espontaneístas e os mao-stalinistas, em francês, mao-spontex e mao-stals.  Glucksmann era da linha espontaneísta, que interpretava Mao quase como um anarquista.


A Esquerda Proletária não praticava a luta armada como o grupo de Baader-Meinhof, mas atinha-se a gestos simbólicos: ocupavam uma estação de trem e distribuíam passagens gratuitas, pichavam bancos com mensagens pró-Palestina e pilhavam lugares chiques, distribuindo entre os pobres o resultado.


Não por acaso, o rock francês também tinha canções ligados a esse grupo, tido como "jovem guarda vermelha" em referência à jovem guarda chinesa. A canção Os Novos Partisans ilustra a ligação, hoje inusitada, entre os maoístas e o rock francês.


A canção ilustra a análise que os maoístas fizeram de Maio de 68 como parte da revolução socialista francesa: eles falavam em "tradição de maio". A situação seria semelhante à da resistência francesa contra os nazistas. Eles seriam os novos resistentes (partisans).


A Esquerda Proletária teve, em seu auge entre 1968-71, a simpatia de Althusser, Sartre e Foucault e vários outros filósofos interessados: Simone de Beauvoir, Deleuze, etc.


O atentado de Munique em 1972 foi um elemento dissolvente para a GP. A GP não fazia atentados buscando tirar vidas humanas. A partir daí, podemos supor que Victor (Bernard Henri-Levy, que debate com Foucault no livro Microfísica do Poder), Glucksmann e outros de origem judaica condenaram a morte dos atletas judeus, enquanto os pró-palestinos apoiaram o atentado. 


Dos anos 70 em diante, Glucksmann e Levy passaram mais em mais a posições de direita e de apoio a Israel e aos USA e suas intervenções e guerras no exterior. Criaram um grupo chamado Novos Filósofos em 1976 e passaram a acusar os ex-camaradas de "totalitários", associando nazismo e comunismo. Em resposta, Deleuze apontou que o grupo promovia fusão promíscua entre jornalismo e filosofia, degradando o filósofo ao papel do jornalista.


A Esquerda Proletária foi um grupo pioneiro por ser dividido em outras frentes de lutas específicas, tais como um grupo pró-palestino e um grupo pró-homossexual, etc. André Glucksmann em seu texto Novo fascismo, Nova Democracia que saiu na revista Tempos Modernos em maio de 1972, apresenta uma teorização ainda muito atual no Brasil, pois teorizava que o fascismo não é um movimento que toma de assalto o estado, mas que vem de dentro do próprio estado: “O Sr. Marcelin [um Eduardo Cunha da época] não tomou de assalto seu próprio escritório. Fascismo hoje já não significa tomar o Ministério do Interior por grupos de extrema direita, mas que a França é tomada a partir do Ministério do Interior [entregue a pessoas de extrema-direita]. O novo fascismo repousa, como nunca antes, sobre a mobilização bélica do aparelho de Estado, ele recruta menos excluídos do sistema imperialista do que camadas intermediárias autoritárias e produzidas pelo sistema (...). A peculiaridade do novo fascismo é que ele não pode realizar diretamente um movimento de massas (...). Agora é o próprio fascismo que é o trabalho do aparelho de Estado. São a polícia, justiça, informações do monopólio, burocracias autoritárias que, uma vez assegurados os alicerces da revolução fascista, tem agora de conquistar os postos avançados”.

Entre e Noir e o Black Block

Estudo sobre o teatro de Roberto Alvim:

Entre o Noir e o Black Block

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Adeus Bom Despacho

Adeus. São tempos tais que o adeus tem que ser escrito no início.
Sim. Há um ano, tentei suicídio nos Alpes suíços.

Mas, quando vejo, não saí do lugar.
Não serei o cantor de um mundo caduco.
Uma geração de microcéfalos que brota da falta do saneamento básico.
A lama tóxica espalha destruição por onde passa.
& ela passa por Minas.
Rio Doce não há mais.
O rio ficou amargo.
Quem te conhece, não volta jamais.
Na foz do São Franciso já entrou o mar,
Já há tartarugas e tubarões.
No entanto, vou ter que falar de você.
Te dar adeus sem sair do lugar.

Tenho que te cantar, o velho ainda não morreu.
O novo ainda não surgiu.

É o tempo dos monstros.
Gramsci disse isso.
Goebbels também disse algo semelhante.

Ficou para mim depor sobre você diante da história.
Ora direis ouvir besteiras.
De certo perdeste o senso.

Então direi, direi:
Isso é história do Brazyl:
Era um tempo de ditadura
E as mulheres usavam chapéus extravagantes.
Enquanto no subterrâneo lutavam os resistentes.

Mudou o cenário da peça e veio uma democracia prontinha.
Como no teatro.

 & na tal democracia
Celebravam-se os chapéus extragavagantes como precursores.
E aos resistentes chamavam terroristas.

Nada mais mais há a declarar.
Nem me foi perguntado.
As tripas atirem pro diabo.

Adeus.











segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Realidade Cubana



Muito interessante essa Entrevista com Abel Prieto. Ele, ministro da cultura de Cuba, critica o realismo socialista nos seguintes termos:


Abiel Prieto (1): «Los países del llamado socialismo real en Europa cometieron errores básicos en términos de política cultural, errores verdaderamente gravísimos, que entre los problemas que motivaron la caída ingloriosa de aquel modelo, estuvieron aquellos errores de carácter cultural; implantar el método, aquello que le llamaban el método, el modelo, no se cómo lo llamaron, el estilo del realismo socialista, imponer un corsete a la creación. (...) Ellos tuvieron un momento espléndido que se corto a partir de la muerte de Lenin y a partir de los errores que comieron bajo el stalinismo y luego continuaron».

Comentario de Bitácora (M-L): Hoy 13 de junio de 2015 hemos visto necesario empezar a traer documentos sobre el carácter del revisionismo cubano, en este caso de su carácter actual. Y no hemos visto mejor ocasión que la entrevista con uno de sus representantes. Como cita inicial, vemos que el autor; Abiel Prieto, incluye todo el periodo, excepto el de Lenin, en un todo –eso significa mezclar el periodo de Stalin con el de Jruschov, Brézhnev y sucesores, él describe a éste como un periodo cultural en el que sólo existen desviaciones dogmáticas y sectarias. No sabemos si ignora o oculta que fue precisamente con la llegada del jruschovismo que el realismo socialista se abandonó dejando paso al liberalismo en la práctica de la promoción en la cultura, y por tanto a una promoción de una cultura burguesa. Acusa al stalinismo de implantar el realismo socialista,  suponemos que cree que la cultura del Estado socialista es neutral, o que está debe competir entre «100 escuelas de pensamiento» entre cultura burguesa y cultura proletaria, o quizás solo es un vano intento de justificar el liberalismo ideológico que sufren las artes, la cultura, incluso el Partido Comunista de Cuba.

¿Pero significaba que en un Estado socialista imperaba el realismo socialista como correctamente afirma? Pongamos como defensa a uno de los mayores fomentadores del realismo socialismo que tan criticado sería por los antimarxistas como Luckas, Sartre, o en este caso Abiel Prieto:

«El realismo socialista. Esto quiere decir, en primer término, conocer la vida a fin de poder representarla verídicamente en las obras de arte; representarla no de manera escolástica, muerta, no simplemente cómo realidad objetiva sino representar la realidad en su desarrollo revolucionario.  Y también, la verdad y el carácter histórico concreto de la representación artística deben aunarse a la tarea de transformación ideológica y de educación de los trabajadores en el espíritu del socialismo. Nuestra literatura soviética no teme, ser acusada de tendenciosa. Sí; la literatura soviética es tendenciosa, porque no hay ni puede haber, en época de lucha de clases, literatura que no sea literatura de clase, que no sea tendenciosa, que sea apolítica. Y yo opino que todo escritor soviético puede decir a cualquier burgués obtuso, a cualquier filisteo, a cualquier escritor burgués que le hable del carácter tendencioso de nuestra literatura: «Sí, nuestra literatura soviética es tendenciosa, y estamos orgullosos de que lo sea, porque nuestra tendencia consiste en querer liberar a los trabajadores y a todos los seres humanos del yugo de la esclavitud capitalista». (Andréi Zhdánov; Sobre la literatura, 1934)

Pensar que la literatura, la música, la escultura o la cultura no tiene un punto de vista de clase es algo idealista, y pensar que una inactividad del partido comunista en la de lucha de clase en estos campos no será aprovechado por el enemigo para inocular su pensamiento burgués es algo metafísico. Pero quizás, es que Abiel Prieto y la propia Cuba, temen como dice Andréi Zhdánov, mostrarse al mundo bajo una cultura «tendenciosa», mostrando sin miedo que el partido y el Estado promueve una cultura socialista real, por ello quizás y sólo quizás se prefiere ganar el fácil aplauso de los medios de comunicación burgueses y los intelectuales anarquistas, maoístas, trotskistas, y demás renegados, bajo el amparo de la crítica al stalinismo y proclamando el liberalismo en el campo cultural y otros. Desde luego esta postura no sería diferente a la de la cuestión religiosa, donde el gobierno cubano ha buscado el aplauso del gran público, para que nadie tache de Cuba de dogmatica-stalinista con la religión.


Para continuar a leitura do artigo, ir para a crítica da entrevista de Abiel Prieto 



Debilidades do Revisionismo Cubano

2-Debilidades teóricas e políticas
Vemos no PCC umha incomprenssom da luita de classes nacional e da luita de classes mundial. Isto fixo que nem tam sequer realizaram umha crítica ao chamado “Socialismo do Século XXI”, ignorou os movimentos revolucionários e incluso deu em ocasions um discurso mui próximo ao pacifismo burguês. Tampouco clarificou cousas como o caráter de classe da sociedade e o estado chinês atuais, outro tema que mereceria ser tratado se pretendemos clarificar em que mundo vivemos.
O PCC nom souvo marcar umha linha política que possibilitara a separaçom do campo revisionista, nem contribuir a reconstituçom do comunismo. Tampouco contribuiu na necessidade de criaçom de partidos de novo tipo para poder realizar a revoluçom proletária. Nem souvo intervir dumha maneira útil nas grandes discussons que se derom no mundo sobre a linha política. Por outro lado este partido legitimou e aliou-se com muitos dos partido revisionistas. Porque o PCC assimilou o discurso diplomático do estado, o que o levou a aplaudir o populismo americano (argentino, boliviano, uruguaio, nicaraguense, brasileiro, etc).
A nível de estado todos os intentos de isolar diplomaticamente ao Estado Cubano forem superados. A ONU tem condenado o bloqueio ianque a Cuba um grande número de vezes, mas isto nom serviu de muito a nível prático.

Leia Mais em: Cuba no fio da navalha

A Última Embromação de Fidel



Neste artigo, do ano passado, volto a coletar críticas de esquerda a Cuba, algo muitíssimo importante a ser feito. Essa passagem de um blog hoxhaísta (em espanhol) abaixo ilustra a cumplicidade entre o governo de Cuba e o de Dilma Rousseff:


3) Todo este nuevo escándalo viene precedido de la ya de por sí lamentable actuación de su hermano y compinche ideológico Raúl Castro en la VII Cumbre de las Américas [13], en la cual se desvivió por darle un lavado de cara a Barack Obama –como si desde 2008 a 2015 no hubiera sido culpable de ninguna de las políticas imperialistas de los Estados Unidos– o tratando de embaucar a las masas populares americanas sobre el carácter del gobierno de Dilma Rousseff presentándolo como interesado en el bienestar general –creyendo que los trabajadores son estúpidos y no ven los problemas que precisamente tal gobierno ha provocado y la respuesta de repulsa del pueblo trabajador brasileño–, entre otros ridículos:


Igualmente,  em outro artigo, agora sobre a Cúpula das Américas, prossegue desvendando a ligação acima mencionada:


Esto no debe pasarse por alto igual que no debe pasarse por alto como en esta conferencia el viejo revisionista de Raúl Castro intenta engañar a las clases trabajadoras respecto al carácter del gobierno de Dilma Rousseff, ocultando las huelgas y disturbios en Brasil por todos conocidos, y argumentando que se tratan de: 

«Deseo reconocer la contribución de Brasil, y de la Presidenta Dilma Rousseff, al fortalecimiento de la integración regional y al desarrollo de políticas sociales que trajeron avances y beneficios a amplios sectores populares, las cuales, dentro de la ofensiva contra diversos gobiernos de izquierda de la región, se pretende revertir». (Raúl Castro; Discurso de clausura en la VI Cumbre de las Américas, 11 de abril de 2015)

Cuando son precisamente reacciones del pueblo, aunque espontaneas, en contra de un gobierno que ha desarrollado una «política neoliberal tecnocrática» que ha favorecido a la burguesía nacional e internacional en el país, en detrimento de las masas trabajadoras; fenómenos clásicos del capitalismo. A estos fenómenos no escapan los regímenes capitalistas sean del tipo que sean –eso incluye a los revisionistas como Cuba o Venezuela–:

leia mais em:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

David Bowie e Nietzsche

Estou andando obcecado com o "gênio louco doloroso" de que falou Heraldo Barbuy na introdução de O Viandante e Sua Sombra. 
O desejo de virar um super-homem começou cedo a influenciar minha vida. Tudo começou quando tinha sete anos de idade. Eu ganhei a roupa do super-homem, e passei a me achar o próprio. Eu subia na sacada de nossa casa em Uberaba e ameaçava alçar voô. Minha mãe, preocupada, me advertiu de que se eu caísse, morreria. Disse que isso ocorreu com um menino nas mesmas circunstâncias (?). Esse mito é o que move todos os super-heróis, inclusive os x-men, provavelmente. É sempre um indivíduo que se torna um homem mais evoluído, mesmo em Zaratustra, e por isso Heraldo Barbuy afirma que Zaratustra morreu e que gosta dos homens, espera agora em diante o advento da super-humanidade e não do super-homem. Uma boa solução a posteriori. Outro dia na Folha disseram que o sonho de Nietzsche era uma aristocracia planetária de bestas loiras germânicas. Podemos supor que os desenhistas norte-americanos que criaram o super-herói (sabidamente o pai de todos os demais) se apropriaram desse mito, tornando-o mais liberal e mais cósmico, digamos assim. Vide o desenho animado "Super-Amigos" que animou minhas tardes de infância (e adolescência). Eles eram nada mais nada menos do que essa aristocracia, esses humanos com super-poderes trabalhando de polícia do universo na Hall of Justice dos States. Exterminavam as ameaças à ordem e terminavam sempre rindo. Eles eram super-heróis de uma humanidade sofredora, que não se tornava protagonista de seu destino como um todo e ficava submetida a essa elite. Mesmo entre os super-amigos havia uma hierarquia (a hierarquia é uma das obsessões de Nietzsche), com o Super-homem e a Mulher Maravilha sendo os mais fortes e os super-gêmeos sempre, literalmente, pagando mico... 
Talvez para evitarem esse tipo de associação que estou fazendo, os nietzschianos traduzem "übermensch" por além do homem e deixam o mito do super-homem prá lá. 
Ora, no próprio hino nacional alemão está: "deutschland über alles", a Alemanha acima de tudo. Notemos que nem na Marselhesa, nem no Hino Nacional ou da Bandeira há algo assim. O hino francês chama os cidadãos a defenderem o solo pátrio, o brasileiro fala que devemos nos orgulhar do que já temos, que é do bom e do melhor. Há, no próprio hino germânico, a obsessão com hierarquia e superação que perpassa a obra nietzschiana. Mas não acho, no entanto, que a obra de Nietzsche seja compatível com nazismo ou o neonazismo, a não ser se forem realizadas muitas distorções. Devemos0 notar que existiram seguidores do filosófo alemão em países pobres e fracos, ex-colônias, como a Colômbia (Vargas Villa) e o México (José Vasconcellos). Esse último, coincidentemente, dizia que a "raça cósmica" nasceria em algum lugar entre o Amazonas e o Prata...O super-homem nascerá nos trópicos! 
O fato inegável é que o capitalismo desenvolvido chegou, ainda que tardio. E seu local é a América do Norte. O mito do Super-homem foi retrabalhado pela indústria cultural, surgiu então o super-homem de massa de que fala Umberto Eco, o superist, superflit, superbacana de que tratou Caetano Veloso: vivemos no dia-a-dia uma versão degradada das idéias de Nietzsche e cada um de nós imergiu em sua própria arrogância, esperando dos demais seres inferiores, fracotes, um pouco de afeição...Até Jô Soares pintou um quadro chamado "O Filho do Super-homem" em que ele se retrata enquanto o próprio, dormindo sobre jornais na poltrona, enquanto atrás vemos um quadro do autor de A Vontade de Potência, como um retrato de antepassado...O problema de quem fala em superação do homem é esse, esse "eu" que enuncia essas profecias é sempre o profeta desse "homo superior" ou é ele próprio esse fruto dessa (r)evolução darwinista. Só Jesus Cristo não teve esse problema, mas ele se dizia um semi-deus -- e depois Deus matou o filho de Deus em nome de Deus. 
É ao mesmo tempo divertido e assustador saber que estamos às voltas com Dionísios Pop tais como Jorge Mautner e o finado Jim Morrison. Será o rock sobrevivência de Dionísio, romantismo desesperado, como supôs Mautner em Deus da Chuva e da Morte? O rock pode e poderá ser nietszschiano, mas Nietzsche jamais será roqueiro. David Bowie fez um disco muito obcecado com os jovens dos anos 70 como uma nova raça (Hunky Dory) e que tinha uma música (The Supermen) em que ele narra uma "queda original" da humanidade, que era formada por super-homens imortais, que viviam pela eternidade, guardava uma ilha sem amor e dormiam sofrendo com esse peso, até que um deles matou o seu semelhante, provocando a morte dos super-deuses e (supomos) gerando esse ciclo de nascimento e morte em que estamos agora. Para encerrar esse assunto, o que podemos dizer com certeza é que o rock é uma música negro-mestiça e portanto bem pouco parecida com Debussy, Wagner e outros compositores da preferência do profeta do eterno retorno, esse verdadeiro Anticristo Superstar que morreu há cem anos. Quem será hoje o jovem nietzschiano, aquele que escreve um trabalho acadêmico ou aquele que exprime enunciados nietzschianos no decorrer de uma vivência? Mas com isso não quero dizer que ambos se excluam. 

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Comentario sobre Néstor Kohan


COMENTARIO SOBRE  NÉSTOR KOHAN.
(Clase pública del 12 de julio de 2002)
Universidad Popular Madres Plaza de Mayo.

Ahora analizamos las tesis del argentino Néstor Kohan sobre el pensamiento "auténtico" del Che.

Kohan  es un argentino que desde las tristes trincheras trotskistas intenta, a través de una cátedra en la Universidad formada por las "Madres de Mayo" convertir al Che en un anti-stalinista y casi en un trotskista, lo cual naturalmente es un despropósito como lo hemos comprobado en este último capítulo de nuestro trabajo dedicado al Che.

Kohan enfrenta sobre todo el problema de que el CHE era una especie diferente de comunista y de marxista, es decir no ligado a los textos de manual que salían de la Unión Soviética en la época stalinista, pero que Kohan, atribuye de mala fe a Stalin precisamente por su clara tendencia trotskista. (Los famosos "manuales" que efectivamente fueron inspirados por Stalin para dar expresiones populares del marxismo y de los avances del socialismo en la Unión Soviética, fueron distorsionados completamente a partir de la muerte de Stalin, por los revisionistas de Jruschov que prometían el comunismo y nos volvieron brutalmente al capitalismo salvaje)

Dice Kohan refiriéndose al Che:

«Finalmente, tratamos de realizar un difícil equilibrio entre ambos tipos de actividades (teóricas y prácticas). Traer invitados e invitadas pero también leer, discutir y profundizar colectivamente en clase. Y hoy precisamente nos toca hacer el trabajo más agotador y más difícil: ponerse aver qué pensaba realmente el Che, y a estudiar detenidamente lo que él escribió y pensó. Es menos "atractivo" que venir a escuchar a una gran celebridad, pero nos parece que la Cátedra tiene que aportar en ese sentido. Es un desafío para todos, pero nosotros apostamos a que al final del año se hayan realmente discutido los textos del Che. Y que esa discusión se haga con fundamentos, no apelando a frases hechas sino a partir de la lectura. Nosotros pensamos que nuestra Universidad Popular tiene que ser rigurosa. Que aspiremos a una educación "popular" no implica populismo ni facilismo de ningún tipo. Y ser rigurosos implica estudiar. El Che era un gran estudioso y una persona muy rigurosa. Tratemos de seguir su ejemplo en la vida cotidiana» (29).
Entonces la pretensión de Kohan es describir lo que el Che "pensaba realmente" y no lo que el Che escribía textualmente. Una tarea harto ambiciosa y además impostora.
 Sigue Kohan y sus elucubraciones:
«Volvamos a la carta a Armando Hart sobre la filosofía. (Esta carta la hemos reproducido íntegramente es este mismo folleto) Entonces, decíamos, el Che le da a Hart una serie de puntos, donde él resume una especie de plan de estudios, que puede llegar a servir - sostiene el Che - para desarrollar un plan de ediciones, o sea un plan editorial de los cubanos. Porque el plan que existe actualmente - dice el Che en 1965 - es insuficiente. Es muy "seguidista" de las publicaciones oficiales de los comunistas franceses, que a su vez eran completamente seguidistas de la Unión Soviética...
Entonces Guevara plantea ahí una serie de autores a estudiar, a partir de una periodización histórica. Y aquí encontramos otro de los núcleos teóricos fundamentales, absolutamente contradictorio con la cultura filosófica y teórica oficial en la Unión Soviética stalinizada de aquellos años. El Che ordena el estudio de los filósofos y de los pensadores a partir de...la historia. Porque si algo caracterizó a los manuales soviéticos de filosofía eso es precisamente que obviaban toda referencia a la historia. Deshistorizaban completamente el marxismo. Los académicos soviéticos que elaboraban los tristemente célebres manuales de la Academia de Ciencias presentaban la teoría marxista como un bloque macizo y sin fisuras, como si no se hubiese constituido en la historia. Un ladrillo, pesado y cuadrado, sin génesis y sin historia. Y cualquiera que se animara a dudar de ese ladrillo –denominado en tiempos de Stalin "marxismo leninismo" para desgracia del propio Lenin...- era caracterizado inmediatamente como "antisoviético" o "revisionista". Muy bien, el Che, a diferencia de esa cultura dogmática de las Academias de Ciencias de la URSS, plantea en esta carta que hay que estudiar a partir de la historia. No puede ser que el marxismo sirva para explicar la historia del capitalismo pero no pueda explicar su propia historia, su propia génesis, su propio proceso de constitución.
El Che entonces sugiere empezar por los griegos. Y reivindica a una serie de autores, cuestiona a Kruschev como dirigente político del Partido Comunista soviético (PCUS). Y aparece por ahí, en su carta, la figura muy polémica de Stalin, que él dice que hay que estudiarlo. ¿Por qué?, nos preguntamos nosotros. Si el Che no tenía nada que ver con esa cultura política stalinizada, si el Che apelaba a una visión creadora del socialismo, si el Che apostaba a la construcción de una nueva subjetividad revolucionaria (mientras Stalin se limitaba a decir que la URSS era superior al capitalismo..."porque produce más acero"), ¿por qué insistir entonces con Stalin? (30)
Aquí Kohan se desenmascara totalmente mostrando toda su mala fe. ¿Quién es él para indicarle al Che que no insista con Stalin? El párrafo citado y que está ampliado en la carta a Hart y lo reproducimos acá para demostrar la felonía de Kohan: 
«Sigamos su recomendación metodológica. No estudiemos en abstracto, al margen del tiempo y del espacio, en forma metafísica. Estudiemos históricamente. Vayamos pues a la historia para encontrar la respuesta.
Muy bien, en aquella época (mediados de la década del '60): ¿quién reivindicaba a Stalin? Los comunistas chinos. Éstos, polemizando con los soviéticos, que "aparentemente" habían dejado de ser stalinistas - aparentemente... – e iniciaban la defensa de una nueva perspectiva política que se conocía como "coexistencia pacífica", defendían a Stalin». (31)

El Che efectiva y textualmente dice:

V). [En el original aparece el N° IV tachado y rectificado como V. La propia carta luego lo explica]. Se está realizando ya, pero sin orden ninguno y faltan obras fundamentales de Marx. Aquí sería necesario publicar las obras completas de Marx y Engels, Lenin, Stalin [subrayado por el Che en el original] y otros grandes marxistas. Nadie ha leído nada de Rosa Luxemburgo, por ejemplo, quien tiene errores en su crítica de Marx (tomo III) pero murió asesinada, y el instinto del imperialismo es superior al nuestro en estos aspectos. Faltan también pensadores marxistas que luego se salieron del carril, como Kautsky y Hilfering (no se escribe así) [el Che hace referencia al marxista austríaco Rudolf Hilferding] que hicieron aportes y muchos marxistas contemporáneos, no totalmente escolásticos.

VII). Aquí vendrían los grandes revisionistas (si quieren pueden poner a Jruschov), bien analizados, más profundamente que ninguno, y debía estar tu amigo Trotsky, que existió y escribió, según parece. (32)

Este es el párrafo que pone de vuelta media al Sr. Kohan, pues, con toda claridad, el Che coloca a Trotski junto a Jruschov como los grandes revisionistas, sobre todo al "amigo" de Hart: Trotski. El Che supone o le consta que Hart tiene simpatías trotskistas, pero el Che claramente ya ha declarado quiénes son los clásicos del marxismo y quiénes son los grandes revisionistas, empero como es un revolucionario amplio jamás plantea que no deba leerse tal o cual libro, a tal o cual autor. Según él se debe leer todo, incluso a los enemigos.

No se debe ni puede seguir con la farándula de "dictar clases sobre el Che" y desfigurar su pensamiento con el atrevimiento de pretender ser los verdaderos intérpretes del Che cuando esa interpretación es más clara que el agua y corresponde a la línea marxista-leninista en todos sus términos acercándose también a la concepción general de Mao.

Pero, sigue insistiendo tercamente en su falseamiento del Che:

«El Che se hace eco de.... a pesar de la inmensa distancia que separa su propia concepción humanista del socialismo y el marxismo stalinista.......

Un ladrillo pesado y cuadrado, sin génesis y sin historia. Y cualquiera que se animara a dudar de ese ladrillo =denominado en tiempos de Stalin "marxismo-leninismo" para desgracia del propio Lenin, era caracterizado inmediatamente como "anti-soviético" o "revisionista"….». (33)

Según Kohan los chinos reivindicaban a Stalin. Cierto.
Los chinos polemizaban con los soviéticos sobre Stalin y otros problemas. Cierto.
Los soviéticos "aparentemente" habían dejado de ser stalinistas. Falso.
Los soviéticos habían dejado de ser stalinistas en los hechos y en las palabras. Cierto
Los soviéticos iniciaban una nueva perspectiva política llamada "coexistencia pacífica".Cierto.


Crítica al comentario de Kohan.

El peor defecto de Kohan y sus compinches en la cátedra "Che Guevara" de las Madres de Plaza de Mayo de la Argentina, es insistir en la forma más tenaz en que el Che DEBEpensar como ellos quisieran, pretenden hacer DECIR al Che lo que ellos quieren que diga el Che, no les importa qué DICE realmente  el Che, sino lo que ellos piensan que DEBE decir el Che.

Kohan sostiene que Stalin en sesenta años de lucha revolucionaria en la revolución de Octubre, en la construcción del socialismo en la URSS, en el triunfo de la Gran GuerraPatria, en la construcción del campo socialista, lo único que dijo era: "Que la URSS era superior al capitalismo...porque producía más acero".

¿Se puede realmente discutir con un intelectual, o lo que sea, que reduce la obra del gigante del socialismo en el siglo XX a cuatro disparates de su propia cosecha?

Este método fraudulento utilizado sistemáticamente tiene el inconveniente para sus sostenedores, de mostrar hasta qué punto puede llegar el falseamiento de la figura del Che en beneficio de una posición política. Esa posición política es cada vez más clara. Se trata de convertir al Che en un pensador social-demócrata, "enemigo" de la violencia revolucionaria, "enemigo" de la lucha armada y finalmente en el colmo de la falsificación, "enemigo" de la....guerrilla y…..partidario de Trotski. Pero, si el Che es el paradigma de la lucha guerrillera, ¡eso no importa!

En cuanto a Stalin, ya sabemos cuál es el pensamiento de los falsos socialistas, de los trotskistas solapados y de todos los reaccionarios que lo odian apasionadamente porque los castigó como merecían por traidores al rumbo socialista. Estos "demócratas" que igual que los neoliberales rinden pleitesía a la democracia formal y abominan la dictadura del proletariado, se ensañan con Stalin porque les da vergüenza atacar sus verdaderos objetivos que son Marx y Lenin.

Del mismo modo actuó Gorvachov y la prueba la tenemos en la conferencia de Gorby en Turquía donde apareció su verdadero pensamiento frente al Marxismo-Leninismo.

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Terminamos este pequeño Dossier que tiene el objetivo de mostrar que el Che fue un marxista leninista "convicto y confeso" y que todas las otras interpretaciones son interesadas y tienen el fin  de presentar un personaje "democrático burgués", "humanista" y hasta cristiano. ¡No es así! 

¡¡Es el Che revolucionario el que debe quedar en los anales del Movimiento Comunista Internacional como uno de sus grandes exponentes!!



NOTAS BIBLIOGRAFICAS

1Castañeda, Jorge. "La vida en rojo". Una biografía del Che Guevara. Pág. 470.
2  Guevara, Ernesto.  CHE. Obras. Tomo I. Pág. 174.
3. Guevara, Ernesto.  CHE. Argelia. Seminario Económico de Solidaridad Afroasiático.  24 de febrero de 1965.
4. Guevara, Ernesto. CHE.  Obras. Tomo II. Pág. 329.
5. Guevara, Ernesto. CHE. Obras. Tomo I. Pág.  32.
6. Guevara, Ernesto. CHE. Obras. Tomo I.  Pág. 97.
7. Guevara, Ernesto. CHE. Obras. Tomo II. Págs. 263-264.
8. Guevara, Ernesto. CHE. Mensaje a la Tricontinental.
9. Castañeda. Citada. Pág. 231.
10. Tablada Pérez, Carlos. "El pensamiento económico de Ernesto Che Guevara". Pág. 98. También. Guevara. Obras. Tomo II. Págs. 254 y 255, donde cita textualmente la obra de Stalin: "Sobre los fundamentos del leninismo".
11. Guevara, Ernesto. CHE.  Carta de Dar Es Salam a Armando Hart.
12Hart, Celia. Israel Shamir y Oscar Egido. Polémica.  "Del modelo orweliano o paradigma totalitario". Internet.
13Ariet García, María del Cármen. “El pensamiento político de Ernesto Che Guevara. Ocean Sur.  2007. Pág.  49.
14. Castañeda.   Citada. Pág. 314.
15. Castañeda.  Citada. Págs. 314-315.
16. Guevara, Ernesto. CHE. Obras. Tomo II. Mensaje a la Tricontinental. Págs.  586-587.
17. Guevara, Ernesto. Che.  Obras  Tomo II.  Mensaje a la Tricontinental. Pág. 598.
18. Castañeda. Citada. Págs. 362-363.
19. Castañeda, Citada. Págs. 363-364.
20. Rojo, Ricardo. Mi amigo el CHE. Pág. 205-206.
21. Hetmann, Fredrick. Informe-R. Habana.
22. Castañeda. Citada. Pág.  381.
23. Vásquez Viaña, Humberto. "Una guerrilla para el Che". Pág. 211.
24. Vásquez Viaña, Humberto. Citada. Pág. 211.
25.  Domic, Marcos. "La fascinación del poder".  Editorial UMSA. 1997. Pág. 218 y "Marxismo Militante".      Revista del PCB. 
26. Girardi, Guilio. "Frente a la Globalización". Pág.  46
27Girardi.  Citada. Págs. 61 y 62.
28. Girardi.  Citada.  Pág.  62.
29. Guevara, Ernesto. CHE. Obras. Tomo I. Guerra de guerrillas, un método. Pág.  161.
30. Guevara, Ernesto. CHE. Obras. Tomo I. Guerra de guerrillas, un método. Pág.  162.
31. Castañeda. Citada. Pág. 231.
32. Kohan, Nestor.  Cátedra Che Guevara de la Universidad Madres de la Plaza de Mayo. Internet.
33. Guevara, Ernesto. CHE. Párrafos de la Carta a Armando Hart de 4 de diciembre de 1965. Internet.
34. Kohan.  Citada.

http://nuevademocraciapanama.blogspot.com.br/search?q=Cuba&updated-max=2010-12-02T14:36:00-08:00&max-results=20&start=11&by-date=falseA Nova Democracia Panamá

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Defesa do Alabê

Já que você deu licença pra esse nego falar,
Não duvide da cabeça que tem coroa ou cocar.
Nenhuma auréola resiste ao tempo sem se apagar,
Se não tiver a serviço de Deus ou de um Orixá.

Preto-velho vem de longe, minha crença tem estrada.
Moço, exijo respeito, a sua voz é "macriada"!
Não seja tão leviano, respeite minha Aruanda!
Tem quase cinco mil anos de existência a minha banda!

Às vezes, corações que ‘creem’ em Deus
São mais duros que os ateus.
Jogam pedras sobre as catedrais
Dos meus deuses iorubás.

Não sabem que a nossa Terra é uma casa na aldeia.
Religiões na Terra são archotes que "clareia"!
Ah, essa nossa Terra é uma casa na aldeia.
Religiões na Terra são archotes que "clareia"!

Num canto da casa, quem com fervor procura ajuda,
Tem um archote de Buda
Pra iluminar sua fé.
Lá onde a terra pouco verdeia,
Pra não se perder na areia,
Tem que ter lá na candeia
A chama de Maomé.