sábado, 2 de janeiro de 2016

Até que a sorte os separe 3--O lulismo enfim encontra uma boa representação: a chanchada!


O filme Até que a Sorte os Separe --3 fez um grande achado: aproveitou a narrativa dos fracassos de um personagem para poder falar de um grande fracasso: o fracasso do lulismo e do empresário Eike Batista, transfigurado em Rique.

Em determinada altura, fica bem evidente todo o arranjo: a esquerda boboca é bem representada pelo vendedor que é atropelado pelo filho do empresário e que, para pagar o casamento de Rique com sua filha, ganha um emprego na empresa de Rique. Ou seja: é o famoso malandro agulha, o otário que pensa que é malandro.

Felizmente, "Tino", o personagem que representa Lula e a nossa esquerda boboca, empregada no capitalismo de compadres, eufórica, cooptada e tola, e que detona tudo ao folgar pensando que sabe tudo. Não é à toa que o filme incorpora diretamente uma entrevista com a presidenta Dilma Rousseff, com direito a uma figura frankensteiniana inspirada em Nestor Cerveró.

No final, o pai de Rique resume os esforços da geração 68 em sairmos da condição de república bananeira. Infelizmente, o filho lidou com commodities (bem como uma república bananeira o faria) e com o capital rentista, sonhando em dinheiro fácil com especulações na bolsa.

Como diz o excelente personagem de Daniel Filho: "trabalhar duro ninguém quer, né"? Existe melhor romance, ficção ou stand up do que nosso noticiário político????

A melhor representação do lulismo pede realmente essa chanchada que faz paródia das breguices de Hollywood.

Ao contrário do que pensa o pretensioso canastrão André Singer, erudito motoboy do lulismo, o lulismo está para Roosevelt  e o New Deal como os filmes do Chuck O Boneco Assassino estão para a história do cinema norte-americano: página infeliz da nossa história que Xyko Buark apoiou, versão barata e rasteira, destinada a ser esquecida, motivo de vergonha.


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