Leio hoje o Jornal Fique Sabendo e encontro o mesmo discurso bairrista que grassa por aí pela cidade.
Segundo esse discurso, os cidadãos de Bom Despacho deveriam eleger candidatos locais, independente de partidos políticos ou coligações, e pior, deixando de lado qualquer consideração a respeito da ideologia dessas pessoas, concentrando-se só em sua origem na cidade.
E acho nefasta, aliás, essa mentalidade de simplesmente sentar e esperar providências de cima. Que tal estimular iniciativas que tragam avanços para a cidadania? Que tal organizar movimentos sociais locais? Uma dessas iniciativas, por exemplo, é Jornal Fique Sabendo cobrir a produção cultural local, os livros que são lançados, os filmes que são produzidos em Bom Despacho e região.
No entanto, em primeiro é preciso lembrar que no Congresso Nacional discutem-se temas nacionais e lá não há tempo para discutir a educação, saúde e infra-estrutura de Bom Despacho.
Aliás, nem nos editoriais do Fique Sabendo parece existir tempo para temas como esses acima. O que vejo é uma opinião subjetiva do editor sobre Deus, telenovelas, BBB, o filme Tropa de Elite, Olimpíadas, Obama, etc.
E, como lembrou meu amigo Alex Lombello, que é candidato a deputado federal, se o deputado vender o voto para trazer asfalto e votar contra um aumento para os aposentados, uma cidade que tem muitos aposentados como Bom Despacho é muito mais prejudicada, pois aqui existem muitos aposentados!
Lê-se no editorial "Eleições de 2010: Bom Despacho tem seus candidatos": "Nos últimos anos Bom Despacho perdeu várias oportunidades de se desenvolver (...). Isso ocorreu de acordo com especialistas políticos (sic), porque a cidade nunca teve representantes na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional."
Ora, Valmir, já ouvi dizer que Cecília Ferramenta é daqui e é deputada estadual...E outra, não acredito que as rixas e intrigas entre políticos locais sejam um problema com você diz. O problema é que as rixas são pessoais, assim como as brigas são em torno de pessoas e não de projetos; os partidos também praticamente são clubes dos ricos. Não existe como um cidadão participar de um partido ou ser chamado para um sem ser de uma panelinha ou ser rico. Aliás, no contexto atual, os partidos não têm importância alguma, são só veículos para as pessoas.
Eu te desafio a me esclarecer em quem é que Zé do Nô, Inácio Franco, Chico Uejo e Jefinho vão votar para presidente. Um jornal sério, cidadão e interessado no progresso da cidade faria essas perguntas a esses senhores, faria reportagens e entrevistas e não essa propaganda vagabunda e reles embutida em matéria e editorial.
E quem são esses especialistas políticos que você aponta, Valmir? Eu te desafio a me apontar um. Se você me passar essa análise política, reproduzo-a aqui numa postagem.
E aponto dois problemas na cidade: 1) tendência a olhar somente para o próprio umbigo, herdada, quem sabe, de duas instituições muito fechadas e com tendências a leis e regras próprias, Igreja Católica e Polícia Militar. É o contrário da mentalidade cidadã a que viceja por aqui. As pessoas pensam: "se eu estiver bem, eu sozinho, que se foda o mundo!" 2) Cada família é uma república. É também o contrário da cidadania.
Portanto, Valmir, o desafio é politizar, fazer diferente, agitar a pasmaceira. Fazer cobertura política bundona em velocidade 5, NÃO!
12 comentários:
Lúcio querido, vc tem toda a razão, cobertura política undona velocidade 5...rsrrsr.
O terceiro setor tem de ser mesmo fortalecido nestas nossas bandas bairridstas.
Ótimo post p reflexão.
Abraços!!!
Digo BUNDONA!!!
kkk, MNC, realmente essa da velocidade 5 foi inspirada em texto seu! abs!
Caro Lúcio, seu pensamento é a prova de como Bom Despacho é hoje: Nada pra fazer e nada pra almejar. O vereador Fernando Cabral está apoiando os candidatos da cidade, porque você não fala isso pra ele. Por acaso tem medo dele?
Camarada Lúcio mandei um email par ti, da uma olhada se recebeu?
ABS!
Oi, Valmir.
"Caro Lúcio, seu pensamento é a prova de como Bom Despacho é hoje: Nada pra fazer e nada pra almejar."
Não, quem está mostrando isso é, por exemplo, o seu jornal quando não comenta que lançaram um filme sobre Padre Libério, por exemplo. Isso é notícia.
O vereador Fernando Cabral está apoiando os candidatos da cidade, porque você não fala isso pra ele. Por acaso tem medo dele?
Sei lá, entende? Mil coisas... Faça uma matéria sobre isso e entreviste o Fernando, que tal?
Abs!
caro Lúcio, mostre alguma coisa ao invés de ficar só criticando os outros. Falou Garrafão!
caro Lúcio, mostre alguma coisa ao invés de ficar só criticando os outros. Falou Garrafão!
Pode-ser ler de várias maneiras Os 10 pecados de Paulo Coelho. Menos como crítica literária acadêmica, embora Eloésio Paulo, doutor em Letras pela Unicamp, disponha das credenciais para fazê-la. O livro é, antes de tudo, um irônico guia para quem não quer ler Paulo Coelho, mas semeia, no caminho dessa curiosa espécie de auto-ajuda, diversas possibilidades de investigação a respeito do maior mito literário brasileiro.
A organização do volume é simples como o estilo adotado: consta de resenhas das 11 narrativas longas publicadas por Paulo Coelho, de O diário de um mago até A bruxa de Portobello, alternadas por capítulos que abordam os “pecados”: ignorância, superficialidade, desleixo, auto-elogio etc. Eles estão fartamente documentados nas obras do escritor brasileiro de maior sucesso em todos os tempos.
Os 10 pecados de Paulo Coelho é temperado pelo humor que caracteriza tanto a poesia como a prosa de Eloésio Paulo, mineiro de Areado e professor da Universidade Federal de Alfenas (MG). Ele já publicou o ensaio Teatro às escuras e dois livros de poemas: Cogumelos do mais ou menos (2005) e Inferno de bolso etc. (2007). Na visão desse ex-professor de cursinho que também foi redator da Folha de S. Paulo e colaborador de O Estado de S. Paulo e do Jornal da Tarde, “não dá para levar Paulo Coelho a sério, embora seja necessário discuti-lo”.
A conseqüência desse ponto de vista se patenteia em subtítulos como “O deserto do topless epifânico” (sobre As valkírias) e “Folhetim carola ou A salvação pela piroca” (sobre Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei). Mas a abordagem humorística não exclui grande energia analítica, demonstrada, por exemplo, na comparação entre o autor de O alquimista e os cultos neopentecostais cujo poder midiático já inquieta a democracia brasileira.
A leitura de Os 10 pecados... é um convite à reflexão a respeito das amplas possibilidades da mistificação no ambiente cultural contemporâneo. E, embora teoricamente despretensioso, promete conter também a principal explicação para o sucesso internacional de Paulo Coelho.
http://www.editorahorizonte.com.br/MaisProduto.asp?Produto=101
Pode-ser ler de várias maneiras Os 10 pecados de Paulo Coelho. Menos como crítica literária acadêmica, embora Eloésio Paulo, doutor em Letras pela Unicamp, disponha das credenciais para fazê-la. O livro é, antes de tudo, um irônico guia para quem não quer ler Paulo Coelho, mas semeia, no caminho dessa curiosa espécie de auto-ajuda, diversas possibilidades de investigação a respeito do maior mito literário brasileiro.
A organização do volume é simples como o estilo adotado: consta de resenhas das 11 narrativas longas publicadas por Paulo Coelho, de O diário de um mago até A bruxa de Portobello, alternadas por capítulos que abordam os “pecados”: ignorância, superficialidade, desleixo, auto-elogio etc. Eles estão fartamente documentados nas obras do escritor brasileiro de maior sucesso em todos os tempos.
Os 10 pecados de Paulo Coelho é temperado pelo humor que caracteriza tanto a poesia como a prosa de Eloésio Paulo, mineiro de Areado e professor da Universidade Federal de Alfenas (MG). Ele já publicou o ensaio Teatro às escuras e dois livros de poemas: Cogumelos do mais ou menos (2005) e Inferno de bolso etc. (2007). Na visão desse ex-professor de cursinho que também foi redator da Folha de S. Paulo e colaborador de O Estado de S. Paulo e do Jornal da Tarde, “não dá para levar Paulo Coelho a sério, embora seja necessário discuti-lo”.
A conseqüência desse ponto de vista se patenteia em subtítulos como “O deserto do topless epifânico” (sobre As valkírias) e “Folhetim carola ou A salvação pela piroca” (sobre Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei). Mas a abordagem humorística não exclui grande energia analítica, demonstrada, por exemplo, na comparação entre o autor de O alquimista e os cultos neopentecostais cujo poder midiático já inquieta a democracia brasileira.
A leitura de Os 10 pecados... é um convite à reflexão a respeito das amplas possibilidades da mistificação no ambiente cultural contemporâneo. E, embora teoricamente despretensioso, promete conter também a principal explicação para o sucesso internacional de Paulo Coelho.
caro Lúcio, mostre alguma coisa ao invés de ficar só criticando os outros. Falou Garrafão!
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Caro Valmir, estou aqui sugerindo pautas e mais pautas para vc.
Uma outra pauta sobre voto casado: o título criativo poderia ser: vc é néscio e está com nojinho?
O voto em Zé do Nô + Aécio = Néscio.
Já Zé do Nô + Jefinho = Nojinho.
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