segunda-feira, 29 de novembro de 2010

No meio do Caminho para o Complexo do Alemão

No meio do caminho para o complexo do alemão comprei uma pedra

Fumei a pedra no meio do caminho

Fumei mais uma pedra

No meio do caminho eu queria mais uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas cocaínas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho fumei uma pedra.

Fumei uma pedra e queria mais uma pedra e viciei na pedra que fumei no meio do caminho para o Complexo do Alemão no meio do caminho eu queria uma eu roubei e viciei na e matei e viciei na pedra uma pedra UMA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDRA PEDR...

(A propósito do lançamento do livro A Biografia de um Poema).

4 comentários:

Revistacidadesol disse...

http://www.opovo.com.br/app/opovo/vida-e-arte/2010/11/25/noticiavidaeartejornal,2069253/biografia-de-um-poema-ganha-nova-edicao.shtml

Revistacidadesol disse...

Do deturpações.com

Há quem conheça o conteúdo pleiteado, mas trabalhe a partir de um conceito que não serve aos interesses ditos morais do autor. Lúcia exemplifica a situação ao citar o pedido de uso da obra de Drummond para uma campanha contra o crack. O objeto da peça publicitária era o poema No Meio do Caminho (No meio do caminho tinha uma pedra/ Tinha uma pedra no meio do caminho/ Tinha uma pedra/ No meio do caminho tinha uma pedra, diz seu início), um dos mais importantes da literatura brasileira. A palavra pedra seria associada, no anúncio, à pedra da droga, sugerindo o obstáculo a ser vencido pelo usuário com dependência química. Criatividade tem limites. “Pareceu-me inadequado ligar o poema para todo o sempre ao crack e a família concordou comigo. Quantos entre os que tomaram conhecimento do texto de Drummond ao ler o anúncio não imaginariam que a pedra por ele mencionada seria o crac-k?”, diz Lúcia. Ela sugeriu outras frases do autor para a campanha, já que a família aceitava servir à causa sem cobrar direitos.

Revistacidadesol disse...

_tiko lee ___________________ Há uma pedra no caminho. Há uma pedra no cachimbo. Há uma pedra prática-plástica. Pedra sem cor, sem vida. Há um menino no caminho da pedra... Há uma pedra no caminho da menina... Há chupadas criaturas-caricaturas. A pedra tira-lhes o ar- definha-os. Há uma pedra em cima de prateado papel. Há uma chama azul- escarlate-bicarbonato. Há uma aquarela, de cores arranhando almas juvenis... Sugando vidas. Há Áfricas de meninos... Meninos em pele e osso. Escondidas nas gretas da sociedade. Ha´uma PEDRA Esperança prateada. Há um DEUS de LUZ!!!... de igualdade!!! Jesus!!! Há uma pedra no sapato... Há um sapato... na descalça sociedade. ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨tiko lee-poeta Cristão contemporâneo¨¨ O poeta osasquense leônidas de souza, mais conhecido como tiko lee, escreveu este poema, inspirado em Carlos Drummond de Andrade, em memória de seu filho Leandro Renato de Paula Souza, de 16 anos, vítima do "crack", transformado em "menino de rua" e assassinado por traficantes de cocaína em 1996 - na cidade de Osasco -SP. (11) 83 73 09 48

Wilson Torres Nanini disse...

Lúcio,

bem a propósito. Pois, quase nenhum desses "caminhantes" consegue transpor o obstáculo.

O Revista é uma pedra no sapato e tem que ser mesmo!

Forte abraço!