O MEPR, FIP e os movimentos anarco-punks estão divulgando uma nota em repúdio aos acontecimentos na UERJ, semelhantes aos de abril do ano passado, também comentados no nosso blog, nesse linque aqui.
Agora a agressão parece ter sido mais violenta. O PSTU não negou as agressões, em nota justificou-se dizendo que realizou-as porque foi expulso de uma assembleia:
Na última semana, esta organização stalinista ultrapassou todos os limites pondo em risco a integridade física de nossos militantes e nos impedindo pela violência de participar de uma assembleia estudantil. Enquanto nossa militante (uma jovem lutadora) denunciava as ameaças do MEPR na assembleia estudantil no dia 16 de abril, a impediram de falar e foram agredir nossos militantes. O fato é que fomos expulsos covarde e violentamente por eles da assembleia.
Diante destes fatos, defendemos nossa militância destas agressões e ameaças. Não utilizamos a violência para vencer discussões políticas. Ali se tratava de garantir a integridade física de nossos militantes e o direito destes participarem de uma assembleia estudantil. O PSTU defenderá sempre a democracia operária e o método do debate político diante das inúmeras divergências entre as organizações. Expulsar na força militantes de assembleias, intimidações e agressões são um grande ataque à democracia do movimento, que não podemos aceitar.
Como o MEPR expulsou os militantes do PSTU de uma assembleia e "foram agredir" os militantes do PSTU? Então o PSTU também poderia mostrar as agressões de seus militantes, como o MEPR e a FIP mostrou as agressões dos seus em várias imagens (há várias fotos). Outro elemento é que o PSTU é um partido ligado ao estado, recebe dinheiro do fundo partidário, tem até um vereador. Para ser agredido pelo MEPR, organização que tem menos militantes do que eles, teria que estar em minoria, teria que ter sido hostilizado pela maioria da assembleia de forma veemente. Tem mais recursos e militantes, portanto, para posar de vítima. Aparentemente, foi o que fizeram em abril de 2014, também. Diante disso, a FIP e ao MEPR esclareceram o seguinte:
AIS ESCLARECIMENTOS SOBRE A COVARDE AGRESSÃO A MILITANTES DA FIP, FEITA PELOS CAPANGAS DO P2TU, NA UERJ: Os militantes do PSTU não foram expulsos da assembleia, muito pelo contrário, eles fizeram uma fala acusando um militante do MEPR de ter sido machista com uma militante deles, uns dias antes, e quando um militante do MEPR perguntou quem foi que cometeu esse suposto ato machista a Pamela (PSTU) foi até onde estava sentado o militante do MEPR e ficou gritando na cara dele, o que depois foi acompanhado de ação semelhante de outro militante deles, Luiz (CAGEO) que quis iniciar uma briga. Eles não foram agredidos, mas conseguiram o que queriam: implodir a assembleia. Antes de se retirarem, Pamela ameaçou: "Vamos resolver isso com a sua organização". Algumas horas depois, mais de 30 capangas do PSTU invadiram uma sala onde ocorria uma reunião da FIP e agrediram aos 6 lá presentes, inclusive a uma menor de idade. Conclusão: Ninguém foi machista com o PSTU, eles foram machistas com a menina que eles agrediram; Ninguém os ameaçou, eles ameaçaram e puseram em prática tais ameaças; Ninguém foi covarde com eles, eles o foram; Ninguém os expulsou da assembleia, eles a implodiram e se retiraram.
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