Agora, numa escala global, Trotsky procede para o desenvolvimento dessa técnica de propaganda, empregada por ele originalmente contra Lênin e o Partido Bolchevique. Uma quantidade imensurável de artigos ultra-esquerdistas foi empregada violentamente para esse propósito, livros, panfletos e discursos, Trotsky começou a atacar o regime soviético e clamar por sua deposição violenta – não por isso ser algo revolucionário; mas por que era, como ele havia dito, um ato “contrarrevolucionário” e “reacionário”.
Durante a noite, muitos dos cruzados anti-bolchevistas mais antigos abandonaram sua posição pró-czarista e sua linha de propaganda abertamente contrarrevolucionária, adotando uma nova roupagem trotskista para atacar a Revolução Russa “pela Esquerda”. Nos anos seguintes, tornou-se algo aceitável que pessoas como Lord Rothermere[2] ou William Randolph Hearst[3] fizessem acusações contra Joseph Stálin, chamando-o de “traidor da Revolução”.
O primeiro grande trabalho de propaganda de Trotsky para introduzir essa nova linha anti-soviética à contrarrevolução internacional foi sua autobiografia melodramática e semifictícia, intitulada “Minha Vida”. A obra foi primeiramente publicada por ele como uma série de artigos anti-soviéticos em jornais europeus e estadunidenses, seu objetivo com o livro era o de vilificar a figura de Stalin e da União Soviética, aumentar o prestígio do movimento trotskista e apoiar o mito de Trotsky como “o revolucionário mundial”. Trotsky retratou a si mesmo em “Minha Vida” como o verdadeiro inspirador e organizador da Revolução Russa, como alguém que havia sido enganado e destronado de seu lugar de direito como líder russo, traído por figuras de oponentes “astutos”, “medíocres” e “asiáticos.
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