Professor
Wilson Lopes do Couto
O mais desconhecido, por
vezes, é o mais familiar. Esse tema filosófico, aparentemente distante do dia a
dia, mostra-se verdadeiro quanto tratamos de algumas figuras de nossa
comunidade. Quem foi professor Wilson Lopes do Couto? Fazemos constantemente
essa pergunta a respeito dessa e de outras personalidades, tais como Chiquinha
Soares, Coronel Robertinho, etc. Curiosamente, nossa educação não é voltada
para enraizar nossa identidade. O professor Tchesco, ao contar-me sua viagem a
Cuba no pior período da história da ilha, o período especial nos anos 90, observou
de forma arguta que aquele povo aguerrido e revolucionário tem uma grande
virtude: é um povo com identidade. Amo essa escola, meu local de trabalho, mas
pouco obtive sobre o personagem no local que foi objeto dessa homenagem. Graças
à equipe da biblioteca e meus alunos do primeiro ano da Escola Estadual Wilson
Lopes, especialmente das salas 1001 e da 1004 (disciplina Ensino de Ciências
Sociais e Humanas Aplicadas/Novo ensino Médio), consegui saber mais sobre esse
até então enigmático personagem. A todos agradeço e, aos alunos, parabenizo
pelo bom trabalho, bem como por sua vitória no Futsal do JEMG em Dores do
Indaiá.
Nascido em 26 de outubro de 1918, no
retiro São José no Povoado dos Alves em Bom Despacho, Wilson morreu em 28 de
junho de 1958, tendo vivido apenas quarenta anos. Seus pais eram Pacífico Lopes
do Couto e Maria Teodora Costa. Foi casado com Rita Cançado Couto, com quem
teve cinco filhos. Tinha uma formação ampla: Tecnologia, Filosofia e Geografia.
Professor Wilson trabalhou no então ginásio Miguel Gontijo como professor de
Geografia, Latim e História. Exerceu também outras funções: foi secretário
geral na prefeitura municipal de Bom Despacho, bem como foi policial. Concluiu,
no entanto, que sua vocação estava no ensino.
Wilson Lopes começou a estudar na
hoje Escola Municipal Coronel Praxedes, Posteriormente, conseguiu terminar seus
estudos mudando-se para Cascavel no Paraná. Imagino as dificuldades, o
isolamento, a distância, num período recuado como esse, primeira metade do
século XX, quando telefone era luxo e a comunicação ainda era por cartas. Muito
estudioso, fez tudo na vida de modo genial, mas em especial, era brilhante como
professor, gostava era de dar aulas e ensinar. Ele costumava dizer que somente
a educação tem o poder de aliviar a miséria da existência humana. Foi atribuído
a ele uma frase que caiu na boca do povo, virando um ditador popular: “o homem
é aquilo que ele pensa e dá importância”. Lendo sobre professor Wilson,
realmente sinto orgulho de exercer essa profissão!
Finalmente, deixo aos meus leitores
um convite: dia 20 de maio, na Biblioteca Pública, 19 horas, lançarei meu livro
Museu de Grandes Novidades (editora Literatura em Cena), junto a um show
do amigo Boleka. Venham celebrar conosco esse belo momento!
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