segunda-feira, 16 de maio de 2022

Professor Wilson Lopes do Couto

 

Professor Wilson Lopes do Couto

 

                O mais desconhecido, por vezes, é o mais familiar. Esse tema filosófico, aparentemente distante do dia a dia, mostra-se verdadeiro quanto tratamos de algumas figuras de nossa comunidade. Quem foi professor Wilson Lopes do Couto? Fazemos constantemente essa pergunta a respeito dessa e de outras personalidades, tais como Chiquinha Soares, Coronel Robertinho, etc. Curiosamente, nossa educação não é voltada para enraizar nossa identidade. O professor Tchesco, ao contar-me sua viagem a Cuba no pior período da história da ilha, o período especial nos anos 90, observou de forma arguta que aquele povo aguerrido e revolucionário tem uma grande virtude: é um povo com identidade. Amo essa escola, meu local de trabalho, mas pouco obtive sobre o personagem no local que foi objeto dessa homenagem. Graças à equipe da biblioteca e meus alunos do primeiro ano da Escola Estadual Wilson Lopes, especialmente das salas 1001 e da 1004 (disciplina Ensino de Ciências Sociais e Humanas Aplicadas/Novo ensino Médio), consegui saber mais sobre esse até então enigmático personagem. A todos agradeço e, aos alunos, parabenizo pelo bom trabalho, bem como por sua vitória no Futsal do JEMG em Dores do Indaiá.

            Nascido em 26 de outubro de 1918, no retiro São José no Povoado dos Alves em Bom Despacho, Wilson morreu em 28 de junho de 1958, tendo vivido apenas quarenta anos. Seus pais eram Pacífico Lopes do Couto e Maria Teodora Costa. Foi casado com Rita Cançado Couto, com quem teve cinco filhos. Tinha uma formação ampla: Tecnologia, Filosofia e Geografia. Professor Wilson trabalhou no então ginásio Miguel Gontijo como professor de Geografia, Latim e História. Exerceu também outras funções: foi secretário geral na prefeitura municipal de Bom Despacho, bem como foi policial. Concluiu, no entanto, que sua vocação estava no ensino.

            Wilson Lopes começou a estudar na hoje Escola Municipal Coronel Praxedes, Posteriormente, conseguiu terminar seus estudos mudando-se para Cascavel no Paraná. Imagino as dificuldades, o isolamento, a distância, num período recuado como esse, primeira metade do século XX, quando telefone era luxo e a comunicação ainda era por cartas. Muito estudioso, fez tudo na vida de modo genial, mas em especial, era brilhante como professor, gostava era de dar aulas e ensinar. Ele costumava dizer que somente a educação tem o poder de aliviar a miséria da existência humana. Foi atribuído a ele uma frase que caiu na boca do povo, virando um ditador popular: “o homem é aquilo que ele pensa e dá importância”. Lendo sobre professor Wilson, realmente sinto orgulho de exercer essa profissão!

            Finalmente, deixo aos meus leitores um convite: dia 20 de maio, na Biblioteca Pública, 19 horas, lançarei meu livro Museu de Grandes Novidades (editora Literatura em Cena), junto a um show do amigo Boleka. Venham celebrar conosco esse belo momento!

 

 

Nenhum comentário: