quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Reunião de Ontem na Câmara

Reproduzo aqui uma postagem muito interessante do ainda mais instigante blog do André: andredurock.blogspot.com


Como vi e li que muita gente está interessada em saber o que rolou na Câmara Municipal ontem (24/05), resolvi deixar a preguiça de lado e narrar alguns fatos contundentes que aconteceram nakela casa.

* A reunião começou como sempre, com as leituras da ata passada, de cartas recebidas e de projetos que estavam em pauta prá votação.

* Aprovada a vinda da UAB prá Bom Despacho. Vereadores querem homenagens pro povo que ajudou a trazê-la. Curos de mestrado em Física (Como se BD já não tivesse doidos o suficiente).

* Câmara lotada até a tampa. Muita gente sentada no chão ou em degraus adjacentes, temperatura quente. Claque do prefeito, maioria revoltada, reclamações de parte a parte.

* Falando no q interessa, primeiro falou o sr. Acir Parreiras, num discurso limpo, sereno; quase que dava prá confundí-lo com um advogado; lendo em folha A4, o assessor rebateu as acusações do Chimpanzé, dizendo q ele é que devia dar explicações sobre materiais esportivos desviados, apresentou cheques (xerox) assinados (como sacados) por ele, atacou a câmara municipal por conta da reforma do teto, atacou um dos vereadores por "preparar o depoimento do chimpanzé" (apresentou uma foto do citado vereador cercando um Palio no meio da rua, o que seria no máximo, uma prova de crime de trânsito) apresentou sua versão sobre a venda da matéria ao EM por 30 mil reais e do "cêrco" que ele fêz ao símio no meio da rua. E o mais fantástico, ainda citou meu blog. Como se eu tivesse alguma aspiração política... vade retro... prometeu, ainda, testemunhas mil para as apurações da CPI da Câmara. afirmou q o Prefeito é um homem nervoso (Se ele visse Acir conversar com Chimpanzé ele iria ficar BRAVO com o assessor) Como era de se prever, negou tudo, acusou todo mundo, disse que ninguém tem provas e tentou dar uma de santo. O povo vaiou a gosto.

* Logo depois, o Vereador Fernando Cabral tomou a palavra. Disse que tudo q o assessor disse era mentira. (um dos pontos altos da bagaça, pq o povo vaiou o assessor com força), fez outras acusações sobre a prefeitura (tipo: Já que que o Chimpanzé era acusado de desvio, pq somente rebaixá-lo ao invés de exonerá-lo?), tirou o corpo dele e de seus companheiros da oposição (leia-se: fodam-se os da situação) sobre o esquema do teto da Câmara (já que não estavam lá no mandato anterior), e jurou nunca ter entrado na casa do chimpanzé. (Eu sinceramente, também nunca fui à casa de macaco algum...)

* Logo depois, o que era prá ser a nata, virou coalhada. Haroldo Queiroz nem se deu o trabalho de se levantar e dirigir-se a tribuna Tancredo Neves ( o que Tancredo fez por Bom Despacho prá virar tribuna? Ah... é avô do Aécio...) Pois bem... Nem lá ele foi. Sentadinho, depois de beber mais ou menos dois litros d'água, nosso prefeito disse que estava indignado com as acusações feitas contra ele. Achou uma covardia que as denúncias viessem à tona quando ele estava viajando e não podia se defender. Achou covardia também que incluíram sua familia (mulher e filha) no imbróglio. Afirmou que nomeou o secretário (Chimpanzé) contra sua vontade, foi só pq várias pessoas pediram. Disse q estava insatisfeito com o trabalho so secretário e por isso rebaixou-o. Que o Pan troglodythes pediu-lhe realmente dinheiro emprestado (crime de agiotagem), e que apenas estava cobrando o débito. E despejou a pérola da noite (na opinião deste humilde blogueiro), afirmou que "Se Deus quiser, será o deputado (não sei se federal, ou estadual, naõ prestei atenção) de Bom Despacho em 2014. (Desde já, aviso, se Deus realmente quiser isso, mudo de religião). Pediu muito educadamente, que o povo ficasse quieto, enquanto ele apresentava sua versão dos fatos (Pq nenhum candidato pede pro povo ficar quieto durante os comícios?), que as vaias não adiantavam, e que quem iria decidir era a câmara e o ministério público.

* Logo após o pronunciamento do prefeito, quando percebeu q a coisa ia esquentar, pq os vereadores de oposição iam iniciar suas perguntas (assas pertinentes), o presidente, com ar professoral, encerrou a reunião, alegando falta de condições para continuar os trabalhos.


Flashes:


*Haroldo tomou uns 2 litros d'agua.

*Acir ficou coretando o Vereador Fernando Cabral durante a sua réplica: ficava "macaqueando" os gestos do vereador e sussurava (por leitura labial): Prova! Prova!

*Haroldo foi muito mais manso que na entrevista à difusora. Não afirmou hora alguma que compra o que quer, faz o que quer ou presta conta da vida particular quando quer...

*Nunca vi a Câmara Municipal tão cheia em minha vida.

* O Vereador Marcelão fala prá dentro.

*Os vereadores Irú e Pedro Paulo, como sempre, nem abriram suas bocas. 4.000 por mês prá tomar café, é foda!

2 comentários:

Revistacidadesol disse...

O governo do Arizona tá querendo não só reprimir os imigrantes ilegais, como a mídia mostrou, mas mudar o currículo da universidade. Esse blogueiro, Stanley Fish, criticou os currículos baseados em Paulo Freire (!), mas também a truculência das autoridades.


Arizona: The Gift That Keeps On Giving
By STANLEY FISH

Stanley FishStanley Fish on education, law and society.
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Arizona, education, ethnic studies

The loud debate over the recently passed Arizona House Bill 2281, which bans from the public schools ethnic studies courses that promote race consciousness, is a clash between two bad paradigms.

The first paradigm is embedded in and configures the bill’s targeted program, the Mexican American Studies Department of the Tucson Unified School District, which, its Web site tells us, adheres to the Social Justice Education Project model. That model includes “a counter-hegemonic curriculum” and “a pedagogy based on the theories of Paulo Freire.” Freire, a Brazilian educator, is the author of the widely influential book “Pedagogy of the Oppressed.”

Freire argues that the structures of domination and oppression in a society are at their successful worst when the assumptions and ways of thinking that underwrite their tyranny have been internalized by their victims: “The very structure of their thought has been conditioned by the contradictions of the concrete, existential situation by which they were shaped.” If the ideas and values of the oppressor are all you ever hear, they will be yours — that is what hegemony means — and it will take a special and radical effort to liberate yourself from them.

That effort is education, properly reconceived not as the delivery of pre-packaged knowledge to passive students, but as the active dismantling, by teachers and students together, of the world view that sustains the powers that be and insulates them from deep challenge. Only when this is done, says Freire, will students cease to “adapt to the word as it is” and become “transformers of that world.”

To say that this view of education is political is to understate the point, although that descriptive will not be heard by its adherents as a criticism. The Social Justice Education Project means what its title says: students are to be brought to see what the prevailing orthodoxy labors to occlude so that they can join the effort to topple it. To this end the Department of Mexican American Studies (I quote again from its Web site) pledges to “work toward the invoking of a critical consciousness within each and every student” and “promote and advocate for social and educational transformation.”

Revistacidadesol disse...

Carta ao Reinaldo Azevedo a propósito da indenização recebida, postumamente, por Glauber Rocha:

Reinaldo: sei que você costuma censurar comentários, mas nada que prejudique sua carreira, né?

Pois então. Eu sabia que Glauber apoiou mesmo o programa do PDS, por julgar ser o mais progressista, e queria candidatar-se para defender o cinema brasileiro. Daí a existir uma comprovação dele ter se filiado FILIADO... Existe essa ficha de filiação? Até Gullar recentemente comentou que admirava esse programa do PDS, que era o mais progressista, mas que era para não ser cumprido.

Eu concordo com a indenização porque ela vai ajudar a manter o acervo de Glauber Rocha no Tempo Glauber, até agora mantido penosamente apenas pela família e a alto custo.

Att Lúcio Jr.