sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Poemas para Pedro Moraleida

Como no quadro de um homem nu Pintado por Pasolini No quadro nenhum monstro de moral Animal de enigma pintando Um corpo luminoso, preto, laranja Verde com pinça nos mamilos Os traços são violentos São fibras da carne viva Da própria carne canibália O poeta não está mais nem aí, Nevermind Shit’n’ walkin’ como na Revista Negócio Showbizz! Pop-fuckers Separando o joyo do trygo E publicando o joyo. Réquiem para um peso-pesado Para Jim Morrison Paris foi pouco Mucho loco! O amor fati é amar a dor Para que haja o superómi é preciso MORTE! Mas a morte é contra-revolucionária... O nada é de direita... Surgem novos valores, Gabeira de tanga John Travolta caindo na gandaia Superação ou morte? Ou não! A Internet é mar risonho & vagalhante Tomo um banho de lua, Fico branco como a neve, Num protesto viril contra a própria impotência. Mas há contradições: Os mitos se orientaram contra o socialismo, O colonizado se olhou com as lentes do colonizador. & esqueceu o socialismo como doença superada. A luta pelo mínimo estado & clama contra o fantasma de Vargas, vox rouca Na terra de sol: em todas as palavras do nórdico há um grão de desprezo O Anticristo da Bahia retruca, gira os guizos do mundo girassol & Deleuze: “Eu digo para mim mesmo: quem é hoje o jovem nietzschiano? (...) Será aquele que produz enunciados nietzschianos no decorrer de uma ação, Uma paixão, uma experiência?” Quero ordenhar-vos, vacas das alturas! Os nietzschianos brazyleyros TRANSBORDAM Traficam pornografia com criança e fogem para a França! O superómi pulará & se for fraco, fenecerá Como uma mariposa Como mosca nas rosas secas Como feto no Arrudas Como na planície dos MORTOS Cristo é que soube morrer, pois sim! Madalena é que gozava com o pau do outro Na última tentação de Cristo O amor banal O amor pungente dos animais A virtuose perversa da linguagem Feito Hamlet Feito Paulo Martins/Caetano Veloso Nos quadros de Bosch parece que vemos Moraleyda parece que também viu Caranguejos do sexo É assim que se vive nesse mundo merda “You don’t know me Bet you never get to know me” Dizia Rotten em Roliúde m Poema para Moraleida Mautner queria fazer os ditirambos de Dionísio Em ritmo de rock Será que Nietzsche gostaria? O artista botando frutos envenenados Para matar as gralhas do jardim plantado À beira-mar. Todo mundo tem Jesus Cristo demais Inclusive quem estava falando que seu sangue era nobre demais & se limpou na carne de Dionísios E não na lamacenta água de Jesus Cristo pensante Sem pensar, pirando e engolindo a tragédia Aos pedaços Pensando aos pedaços Amando aos pedaços O pulo é a morte O pulo é a trama do Superman Que não trepa com a Mulher Maravilha A elite planetária aparece no desenho animado Colonizado & colorizado por computador & com puta dor A dor do parto póstumo A virgem recebeu o anjo Tendo entre as pernas o amor fati! A verdade é como uma vaca!

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