Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Collor na Band: Lexotan?
A maior inverdade que ele disse: que FHC fez muitos livros onde via a história pela ótica marxista-leninista. Bullshit. Os livros de FHC são de sociologia e ele mistura Karl Marx, Weber e Durkheim desde o primeiro O Empresário Industrial e o Desenvolvimento Econômico, de 1964, feito, naquele ano tumultado, para mostrar que os empresários não iam bancar as teorias da esquerda (leia-se PCB). FHC nunca foi comunista. Era um centrista. A dissertação (aliás, bastante chata de ler, ruim e confusa no capítulo final que li) terminava com a frase: "subcapitalismo ou revolução socialista?" Já sabemos a resposta...
A maior verdade que ele disse: não adianta pena de morte nem redução da maioridade penal, a solução para a criminalidade é o investimento na educação integrando saúde, lazer, esporte nas escolas ao estilo dos CIEPS de Brizola e Darcy Ribeiro e que Collor chamou "CIACS".
Ele também comentou que FHC deu entrevista na Rolling Stone recente onde afirmou que o depoimento de Duda Mendonça era suficiente para fazer um impeachment contra Lula, mas não existiam as condições políticas para isso. Eu quero ler essa entrevista! E, ao ver cenas do debate Lula/Collor em 89, vejo que as críticas de Lula a Collor valem, hoje, só para ele mesmo: "muita gente é eleita com propostas progressistas e depois só governa para os ricos..." Ora, Collor nunca escondeu que era um liberal. A palavra fetiche dele era "modernidade" e não "progresso", se não me falha a memória.
Disseram que a velhice, para ele, teve o efeito de um Lexotan. Mas a entrevista, para mim, infelizmente não.
Ele fez papel de Marcelo Anthony no passado: um doidão falando com o fígado. Agora ele é Tarcísio Meira. E cada vez mais poderoso: está à testa da comissão de infra-estrutura da CPI da Petrobrás.
Anotem aí: minha impressão foi que o sonho mais profundo que ele acalenta é voltar como presidente. Quando perguntaram isso, ele deu o sorriso do Clark Kent...
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Foi Para Isso que Vocês Fizeram a Revolução?
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E meu amigo Fausto Wolff, como diriam os sambistas, foi para o andar de cima. Sempre considerei Fausto, não de hoje, um dos maiores jornalistas do nosso tempo. De uma safra quase em extinção, por ser combativo e uma figura humana de primeira. Tive o privilégio de conhecê-lo lá pelo final dos anos 70, início dos 80, em O Pasquim, um espaço midiático alternativo que marcou época. |