Impressionante como um ex-guerrilheiro, escritor de romances policiais, polarizou toda uma sociedade e toda a imprensa. Trata-se da personalização da política: Berlusconi e a Itália neofacista de consumo e mafiosa querem sua isca. Afinal, o que pode um militante pobre e derrotado contra o governo de um país com tropas no Iraque e Afeganistão?
Eu apoiaria a extradição de Battisti se fosse para uma democracia não-viciada (os canais de TV são de Berlusconi) para um julgamento com direito à defesa e que levasse em conta o tempo passado e as agressões e prisão sofridas no Brasil.
Já o texto do nickname Vamp no blog do Gerald merece algumas considerações: 1) como Vamp se aproxima do estilo de Thomas (que é muito bom por sinal), fazendo pastiche, o texto, pela web, será atribuído ao GT. Cabe ao Vamp ser um moderador um pouco mais moderado do blog. Sinceramente, acho tosco alguém se liberar para atacar Deus e o mundo atrás de um nickname no blog de um artista famoso por sua genialidade, mas que aposta arriscando muito em política. Não é aconselhavel radicalizar no conservadorismo agora, justamente quando o estado de bem-estar social e as políticas de esquerda entrarão em pauta no mundo inteiro.
A aproximação do caso Dilma é pura provocação e acusações como "asssassina", "assaltante" podem render processos. Lembre da lição do Paulo Francis, Vamp! Não coloque o grande artista que é o Gerald numa fria.
E 2) para quê tentar repor, ao estilo Pacheco, a versão da direita sobre a ditadura militar? A reprodução da foto de Dilma é provocação pura e inócua. O efeito será o contrário do que ele espera, dando argumentos para a esquerda e para quem acha que Gerald Thomas é "chato de galochas" e "artista de direita". Por que? Por que?
Um comentário:
Afinal de contas, quem é esse Vamp, o Reinaldo Azevedo?
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