segunda-feira, 18 de junho de 2012

Contra o socialismo e liberdade

Lendo democracia como valor universal, do Carlos Nelson Coutinho, vejo que aquele texto é uma tapa de luva no Lênin! Ele não acredita que seja necessária violência no socialismo nem que seja necessário destruir o estado burguês. Isso está claro lá no Estado e a Revolução, não é uma metáfora, como ele fala. Ele usa Gramsci para trair Lênin com elegância. Depois ele passa a propor a autogestão (Lukács ou Tito da Iugoslávia?), inventa que durante a ditadura surgiram formas de democracia direta (cebs seriam isso????), namora com Kruschev, dizendo que a luta de classe não se agrava no socialismo (o tal eurocomunismo é um romance com o modelo soviético de Kruschev a Gorbachev).

  Aliás, Gorby andou na Itália...né? Na época diziam que ele era gramsciano. Coutinho atribui essa ideia de que a luta de classe se agrava no socialismo a Stálin, enquanto ela está em vários textos de Lênin. No final, eu concordo que é preciso ampliar essa democracia que está aí. Só que ele se esquece de dizer que ela é a burguesia buscando o domínio total da sociedade, a democracia capitalista é a ditadura da burguesia disfarçada! Ela espiona a esquerda, monitora os movimentos sociais, obtém o predomínio através da indústria cultural, é uma fachada. Ele termina embarcando muito nessa fachada. Nas notas ele cita que FHC vai "muito além do liberalismo". Aham. A fachada de democracia foi o que realmente se universalizou. O Iraque e o Afeganistão têm "democracia colonizada europeia e americana" de fachada.

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