domingo, 3 de agosto de 2014

Espanha Traída: resposta ao artigo de Carlos Cobalto

Caro anônimo: em virtude de você ser anônimo e o artigo do Carlos, cujo linque foi postado aqui, estar viciado por antissemitismo, não vou postar linque para ele aqui. O que o paradigma histórico atual ressalta, no entanto, é que a União Soviética teria ajudado pouco e atrapalhado a revolução na Espanha. Veja-se a resenha que Grover Furr fez de Spain Betrayed ("Espanha Traída"), texto de Ronald Radosh.

Outra falha grave é em reconhecer: 1) Franco deu um golpe de estado; a igreja católica conservadora da época apoiou Franco, que foi apoiado por Hitler. Não foi incomum, portanto, imagens de padres fazendo a saudação fascista. Isso já exclui "sionismo". A Igreja Católica nessa época criticava muito os judeus, comunistas, liberais, etc. 2) O governo da Espanha era uma frente popular de liberais, anarquistas, comunistas, etc. Mas não era um governo revolucionário e sim reformista. Sim! A Espanha era uma democracia liberal. Essa a grande crítica dos anarquistas e trotsquistas (assim como de George Orwell): o governo da Espanha não seria VERDADEIRAMENTE revolucionário, seria demasiado moderado. Embora tenham surgido evidências da colaboração entre parte dos anarquistas e trotsquistas e o serviço secreto de Hitler e Franco (cf Grover Furr), o governo da Espanha na época tanto é considerado revolucionário demais quanto revolucionário de menos.

Eu acho o artigo de Cobalto, inclusive, irrelevante. Ele chama a guerra civil da Espanha de "sionista". No entanto, os judeus estão ausentes da Espanha como comunidade relevante, foram expulsos séculos antes. O sionismo é um nacionalismo de direita que pregava a fundação de uma nação, era colonizador e expansionista e teve sucesso, fundou o atual estado de Israel.



3 comentários:

Anônimo disse...

Engraçado que você utiliza fonte de esquerdistas ou simpatizante da esquerda.

Revistacidadesol disse...

É muito fácil notar que, sobre esse assunto, existe oscilação no discurso, como foi visto em Bertone. Ora o analista diz que os comunistas eram radicais demais, queriam a revolução, ora ele aponta que os trotsquistas e anarquistas são os verdadeiros revolucionários.

Fausto AMARAL DE BARROS disse...

Só o fato de se referir às ações sionistas no passado, como se tivessem parado a parasitagem após a 'fundação' de israel, já desqualifica o 'artigo'.
De outro lado temos que 'terem sido expulsos séculos antes', não significa que não houve unha deles naqueles movimentos -- sequer que deixaram de estar lá fisicamente.
Premissa débil, raciocínio rocambolesco, conclusão falsa.
É o verdadeiro "Uma no cravo, outra na ferradura e uma terceira na canela -- bem no ossinho da miséria"!