sexta-feira, 24 de junho de 2016

Revista de Filosofia

Caros alunos: para melhor organização do blog, o material da matéria de Filosofia vai ficar aqui nesse linque: revista de filosofia


Circular: Aos Comitês de Apoio e Amigos do AND

Circular
Aos Comitês de apoio e Amigos do AND
Companheiros
Nas últimas edições do AND temos feito apelo para que leitores e apoiadores do jornal garantam a existência do mesmo. Este apelo não pode ficar só no papel.
Tivemos este ano um considerável aumento dos custos de edição, frete e correio. Como vocês devem ter notado os três primeiros meses do ano tiramos apenas uma edição por mês. Como não poderíamos nos acomodar a esta situação resolvemos romper este retrocesso e passamos em abril a tirar novamente as duas edições mensais. Esta decisão trouxe como consequência um acúmulo de despesas sem que pudéssemos honrar seu pagamento e colocou em risco a própria sobrevivência da equipe de trabalho, já bastante sacrificada pela baixa remuneração que recebe.
Estamos, pois, lançando um S.O.S a todos os nossos comitês de apoio e aos amigos e apoiadores individuais para que até o dia 10 de julho próximo possamos angariar uma cota extra de R$ 10.000,00 para que possamos zerar o passivo e estabilizarmos nossa situação.
Essa campanha de emergência deve ser desenvolvida com ousadia aumentando as brigadas de venda, renovando e fazendo novas assinaturas, pedindo contribuição aos assinantes e leitores, professores, médicos, advogados, funcionários públicos, artistas, pequenos e médios comerciantes e camponeses e entidades que apoiam a luta do povo.
 Àqueles que contribuírem poderemos retribuir com uma publicidade de sua atividade profissional.
A Nova Democracia é o único órgão de imprensa do Brasil que aponta a saída verdadeira para a superação da a atual crise econômica, política e moral que o Brasil atravessa: A Revolução Democrática ininterrupta ao socialismo.  Temos, portanto, toda a autoridade para solicitar o apoio material daqueles que querem verdadeiramente mudar o Brasil.
Vamos à Luta!
Acuse o recebimento deste estipulando uma meta de sua contribuição.
Todo apoio à imprensa democrática e popular
Att. Fausto Arruda

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Hai Kai Reino Unido

Hai Kai Reino Unido
União Europeia: sim ou não?
Tchau querida

terça-feira, 21 de junho de 2016

A Bancarrota do Revisionismo Cubano


Autor: PCE Sol Rojo
Trad: Lúcio Jr.






Fidel e Raul Castro: cães fascistas



1.Introdução

Nos últimos dias o cenário internacional tem estado marcado por informações inerentes às aparentes mudanças que se estão imprimindo na estrutura econômica, política e social de Cuba.
Sobre esse mesmo tema, a esquerda revisionista e oportunista do Equador tem saído ao “encontro” dessas notícias manifestando o “oportuno” dos mesmos considerando a virada que tem tomado a humanidade e que podem ser levados adiante, “sem que se perca a essência da revolução”. Os mais radicais falam que as mudanças que estão se dando em Cuba representam “um passo atrás na revolução”.

2.Nem um nem outro

O alcance da revolução cubana desde que ela foi proposta até nossos dias tem estado marcados por seu caráter democrático-burguês, com a particularidade que no caminho se incorporou ao discurso democrático uma linguagem socializante, pseudo-marxista, que por sua natureza arrastou o dito processo a transitar ao caminho revisionista. De nenhuma maneira isso nos coloca em posição de negar alguns avanços democráticos da revolução cubana, mas é imprescindível esclarecer que esses avanços definitivamente estavam muito distantes de ter fundamentos socialistas como torpemente estão sustentando seus dirigentes.
            Dizer que a “Revolução” tenha dado “um passo atrás” é igualmente falso já que a Revolução Cubana jamais deu um salto “adiante” em torno da construção do socialismo nas condições históricas de sua aplicação manifesta como primeira instância como Ditadura do Proletariado para seguir mais adiante o caminho ao Comunismo.
Precisamente depois da segunda metade do século XX com o assalto ao Poder por parte da camarilha revisionista de Kruschev no XX Congresso do PCUS, já se atiçavam as diferenças entre o social-imperialismo soviético e o imperialismo estadunidense pelo controle do planeta.  Enquanto que em Cuba o Movimento 26 de Julho era Nacionalista-Democrático, sujeito aos princípios inscritos nas aspirações que tinha a pequena burguesia e a burguesia nacional de romper laços com os grandes fazendeiros, os monopólios do açúcar, o turismo, a banca, se empreende com a revolução Cubana, listada entre as revoluções democráticas de velho tipo que pretendiam, entre outras coisas, abrir espaços de participação no circuito da produção nacional de atores econômicos constrangidos pelo imperialismo e sua burguesia servil. Vejamos alguns pontos de importância a respeito:
Em 26 de outubro de 1953, Fidel Castro assinalaria que o conteúdo da “revolução” em Cuba era nacionalista e democrático burguês, [conteúdo esse que] “que recupere a constitucionalidade e ponha em pé algumas reformas que ativem o crescimento econômico e fortaleçam aos industriais afetados pelo neocolonialismo, dando ênfase ao mercado interno”.
A maneira correta de ampliar os eixos programáticos de esta revolução –não socialista- se reflete de maneira contundente em seu Programa: De acordo com o MANIFIESTO DE LA SIERRA, datado de 12 de junho de 1957, elaborado por Fidel Castro, este era o “programa revolucionário” do processo cubano:

1. Formação de uma frente cívico-revolucionaria com uma estratégia comum de luta.
2. Designar desde agora uma figura chamada a presidir o governo provisório, cuja eleição exerça, por parte dos líderes oposicionistas, um papel de trazer a imparcialidade que ele já assinalou, estando a cargo do conjunto de instituições cívicas.
3. Declarar ao país que, dada a gravidade dos acontecimentos, não há outra solução possível do que a renúncia do ditador e a entrega do poder a uma figura que conte com a confiança e o respaldo majoritário da nação, expresso através de suas organizações representativas.
4. Declarar que a frente cívico-revolucionaria não invoca nem aceita a mediação ou intervenção alguma de outra nação nos assuntos internos de Cuba. Que, em troca, respalda as denúncias que por violação de direitos humanos fizeram os emigrados cubanos diante dos organismos internacionais e pede ao governo dos Estados Unidos que tanto persistia no regime atual de terror e ditadura, suspenda todos os envios de armas a Cuba.
5. Declarar que a frente cívico-revolucionária, por tradição republicana e independentista, não aceitaria que governasse provisoriamente a república nenhum tipo de junta militar.
6. Declarar que a frente cívico-revolucionaria acolheria o propósito de separar o exército da política e garantir a intangibilidade dos institutos armados. Que os militares nada têm que temer do povo cubano e sim da camarilha corrompida que os envia  para a morte em uma luta fratricida.
7. Declarar abaixo a promessa forma que o governo provisório celebrará eleições gerais para todos os cargos do Estado, as províncias e os municípios no término de um ano abaixo das normas da Constituição de 40 e o Código Eleitoral de 43 e entregará o poder imediatamente o candidato que resulte eleito.
8. Declarar que o governo provisional deverá ajustar sua missão ao seguinte programa:
Liberdade imediata para todos os presos políticos, civis e militares,
Garantia absoluta para a liberdade de informação, para a imprensa radiofônica e escrita e de todos os direitos individuais e políticos garantidos pela Constituição.
Designação de prefeitos provisórios em todos os municípios, consulta prévia junto ás instituições cívicas da localidade.
Supressão do peculato em todas suas formas e adoção de medidas que tenham a incrementar a eficiência de todos os organismos do Estado, estabelecimento da carreira administrativa.
Democratização da política sindical promovendo eleições livres em todos os sindicatos e federações de indústrias.
Início imediato de uma intensa campanha contra o analfabetismo e a educação cívica, exaltando os deveres e direitos que teve o cidadão com a sociedade e com a pátria.
Assentar as bases para uma reforma agrária que tenda para a distribuição das terras baldias e a converter em proprietários a todos os colonos, parceiros, arrendatários e meeiros que possuam pequenas parcelas de terra, sejam propriedade do Estado ou particulares, assim como tendo prévia indenização aos proprietários anteriores.
Adoção de uma política financeira sã que resguarde a estabilidade de nossa moeda e tenda a utilizar o crédito da nação em obras reprodutivas, aceleração do processo de industrialização e criação de novos empregos.

Como é evidente acima, no Programa da Revolução Cubana, em nenhuma parte se encontra alusão alguma ao Socialismo. O proletariado como concepção ideológica e política é totalmente inexistente.
O Manifesto se refere a uma “Frente Cívica Revolucionária”. Não conhece nem entende que a sociedade está dividida em classes e que entre elas existem antagonismos irreconciliáveis que se manifestam como luta de classes, motor das sociedades. A concepção do “civil” está marcada por uma referência explícita ao não uniformado, não militar e nesse “balaio de gatos” metem todos, burgueses, latifundiários, operários, camponeses pobres, cidadãos, etc. A versão moderna desta proposta brande o regime de  [Rafael] Correa [no Equador] com o eufemismo burguês da “revolução cidadã”, como se todas as classes em uníssono tivessem interesses comuns junto aos quais lutar.

[O texto do manifesto] não se refere a uma classe específica que administre o novo governo em função de criar um novo estado. Pelo contrário, [fica] referindo-se basicamente a uma “figura”, um indivíduo que mais pareceria ser sacado de desígnios religiosos ou messiânicos. Obviamente, o Messias era inevitavelmente ele, Castro.
            É evidente que o caráter dessa revolução não passava de reformismo burguês, não compreendiam –porque não eram marxistas –a diferença substancial entre sistema de governo e sistema de estado. Pretendiam separar o exército da  [participação] política, desde sempre, por desconhecimento do que é o Estado e a que classe ele serve. [Não entendem] qual é o papel político do mesmo, seus instrumentos, como entre outros, é o caso do aparato repressivo.
A reforma agrária foi igualmente tratada [de forma enganosa]: expropriação de imóveis não utilizáveis mediante prévia indenização de seus antigos proprietários. Da mesma maneira como mais de meio século depois está agindo no Equador o regime reformista de Correa. Quanta identidade não é casualidade, é o selo de classe que os aproxima. Não tem a intenção de destruir os latifundiários como classe se não evoluírem de tal maneira que se ajustem ao novo formato burocrático.
Desde sempre haverá quem sustente que esta era uma proposta inicial que sustantivamente evoluiu em “revolução socialista”. Não! Foi uma revolução democrático burguesa dirigida pela pequena burguesia intelectual, que não foi impulsionada unicamente pelo Exército Rebelde e comandados por Castro e Guevara na Sierra Maestra (infantilidade do foco guerrilheiro), sem o que se apoiou em uma orgulhosa luta empreendida nas cidades pelos sindicatos, mineiros, estudantes e povoados em geral que sem correta direção política nos objetivos lutavam contra o regime tirânico do ditador, desgastando-o nos combates urbanos, a paralisação da produção, situação nada estável da retaguarda inimiga, etc., para posteriormente a essa revolução adaptar-se a um discurso pseudo-marxista e mudar de revolução democrático burguesa dirigida pela burguesia à revolução democrática burguesa dirigida pelo revisionismo que nutre –e sustenta até a atualidade- a ditadura burguesa burocrática.
Pouco tempo depois do triunfo da revolução, Fidel Castro e E. Guevara decidiram precipitadamente visitar os Estados Unidos no sentido de apregoar que "a revolução cubana não é uma revolução comunista" que o espírito da mesma era democrática, sendo contra a ditadura de F. Batista. A direção cubana nunca colocou objetivamente que o caráter da Revolução tinha que ser socialista, pelo contrário, devia ser democrática. Pela caracterização do país, semifeudal e totalmente submetido pelo imperialismo yankee o caráter necessário desta revolução devia ser democrática, popular e antiimperialista. A variante estava no fato de que aqueles que dirigiram a revolução estavam cheios de ideologia burguesa, relegando a responsabilidade do proletariado como força ideológica fundamental na condução da revolução e seu trânsito interrompido ao Socialismo.
O marco internacional em que se desenvolveu em seus primeiros tempos a revolução cubana e particularmente a maneira de como reagiu em segunda instância frente ao imperialismo yankee sob o estímulo da URSS, fez aprofundar alguns aspectos da revolução tais como a reforma agrária, a expropiação de importantes meios de produção da burguesia e dos latifundiários, etc.[É verdade que] algumas atitudes antiimperialistas (direcionadas basicamente contra os USA) e sua “adesão verbal” ao marxismo-leninismo tenham desorientado a muita gente em Cuba e no mundo -inclusive em não poucos casos a nós nas décadas de los 60´y 70 do século passado ao não entender bem e objetivamente o processo cubano, tanto assim que circunstancialmente ao encontrar “ouvidos receptivos” no revisionismo da esquerda equatoriana Cuba se constituiu em principal estímulo destes para que precipitem seus tíbios intentos por “fazer revolução no Equador” sob o influxo ideológico (foco guerrilheiro, guevarismo, revisionismo, oportunismo) de Cuba, aspecto que se reflete na incoerência do manejo político, a subjetividade da proposta estratégica e sinceramente em um estrondoso fracasso ainda antes de começar.
Posteriormente a direção cubana representada por Fidel Castro acudiu ao chamado dos revisionistas soviéticos e assistiu à conferência da direção mundial revisionista em Moscou em 1965 para planejar a divisão do Movimento Comunista Internacional em benefício da corrente revisionista soviética e em detrimento ou a busca por “debilitar” a tendência correta que elaborava o Partido Comunista Chinês.
Foram precisamente os dirigentes cubanos os quais têm sustentado sua neutralidade na luta entre marxistas e revisionistas apregoando o ecletismo e o pragmatismo, expressões próprias do revisionismo e do oportunismo.
Foi o próprio Fidel Castro quem aproveitou a reunião de numerosos dirigentes revolucionários e a atenção do mundo sobre a Conferência Tricontinental para caluniar a Revolução Popular Chinesa e a seus dirigentes encabeçados por Mao Tse-tung. E é que na confrontação ideológica entre o PCCH (Partido Comunista da China) e o PCUS (Partido Comunista da União Soviética) de onde se evidenciou ao Movimiento Comunista Internacional o caráter revisionista e social imperialista da URSS. Cuba estabeleceu sua posição, obviamente do lado revisionista, do PCUS.
Foram os dirigentes cubanos os que se negaram a assistir ao V congresso do Partido Albanês do Trabalho quando na Albânia se exercitava a Ditadura do Proletariado (Socialismo) na medida em que estes também combatiam o revisionismo Soviético.
A direção Cubana sustentava o pouco necessário de contar com o Partido Comunista para dirigir a revolução, sublinhando o papel que cumpre, determinante por certo, o proletariado e sua organização na revolução. Esta concepção oportunista se evidencia na mecânica de como se apresentou a Revolução Cubana. Primeiramente se fez a revolução aproveitando –acertadamente- o estado de ânimo e vocação de luta do povo cubano, se tomaram o Poder, depois se declararam “socialistas” e posteriormente construíram o Partido Comunista sobre a base de seu projeto burocrático.
Então, tem sido a direção cubana quem tem promulgado a linha “terceirista”, o foco guerrilheiro, negando o papel que cumprem as massas, desestimulando o papel destas e pretendendo negar o papel que cumprem como realizadoras da história para dar passo aos caudilhos, os imprescindíveis, os “super-homens”, da maneira como ressaltaram a “figura” de Che, Castro e outros que foram  colocados sobre as massas e sobre a ideologia. É importante ressaltar que nenhum povo, grupo ou organização que se baseou na doutrina do “foco guerrilheiro” teve êxito em suas pretensões revolucionárias. Seus próprios mentores, incluindo Guevara, quem, ao não compreender primeiramente e de forma factual o caráter determinante que têm a participação das massas na Guerra revolucionária, morreu na Bolivia agarrado ao erro histórico.
Fidel sustentava que “as condições subjetivas em Cuba antes da revolução eram 7010 fuzis” (e as massas? E as contradições de classe? E o aspecto ideológico) e arremetendo contra todo o critério marxista sustentava que “eu, sozinho, sou capaz de fazer a revolução no Brasil”, afirmações que refletem em síntese sua arrogância e concepção pequeno-burguesa da história, do papel do proletariado, da luta de classes e das perspectivas da revolução.
Amparados debaixo dos parâmetros teóricos e práticos que foram ditados no XX Congresso do PCUS e com ele a consolidação do revisionismo na ex- URSS, em Cuba se gerou a burguesia burocrática que substituiu com um formato econômico e político socializante ao regime déspota e repressivo dos setores burgueses mais recalcitrantes da ilha dirigidos por F. Batista. Posterior ao triunfo da revolução, Cuba se inscreveu na nova divisão internacional do trabalho que imprimiu a URSS e como requerimento estratégico na disputa entre as potências imperialistas de então.
Tem sido a direção cubana a que se tem apoiado cada vez mais nos pequenos proprietários do campo e da cidade sem preocupar-se com as repercussões políticas que tem este predomínio, base material do revisionismo. Não é raro que agora “tirem a máscara” e abertamente sustentem o projeto de “dar passo ao capitalismo” se nunca saíram dele, pelo contrário, o fizeram evoluir às condições particulares de sua revolução.
São eles quem criaram dependência umbilical com o revisionismo soviético abandonando o caminho dos seus próprios esforços, do próprio desenvolvimento industrial. O presidente Mao nos disse "Acaso não se pode temperar o aço no pátio traseiro da casa?". Caído o revisionismo soviético era questão de tempo para que a direção cubana entrasse também em bancarrota arrastrando as massas desse país para viverem no esquecimento e na miséria que hoje vive. Não é raro que desde a bancarrota revisionista da URSS os mandatários cubanos vaguem pelo planeta buscando novos imperialismos ou países capitalistas desenvolvidos a quem entregar-se para pretender argumentar condições para sustentar a ditadura burocrática na ilha.
A direção cubana sustentou a necessidade de diversificar a produção em função das necessidades das massas dando continuidade ao monocultivo da cana, meta de desenvolvimento econômico de Cuba que evidencia -entre outras coisas- o caráter feudal de sua economia (acaso os ianques não pensavam e faziam o mesmo em Cuba na época de Batista?). Produzir açúcar, negociá-lo por petróleo com a URSS em seu tempo, hoje com a Venezuela e os remanescentes, reexportá-los para captar divisas. Estimular o turismo colocando de joelhos as massas em condições servis ao capital estrangeiro pareceria ser a equação perfeita do pragmatismo pequeno-burguês.
Foi Fidel Castro quem, tratando de se opor à grande tese marxista de que o imperialismo e todos seus lacaios vistos em perspectiva são tigres de papel, já sustentou estupidamente que: "Seria ridículo nos colocarmos a discutir o sexo dos anjos [se são galgos ou podencos], se são de papel ou de ferro".
Sobre a posição de Cuba, no momento em que flertava com o imperialismo dizia: "Nós não vamos nos colocar na direita e nem na esquerda, nem ao centro...nos colocaremos mais adiante da direita e da esquerda". Uma vez mais sua mentalidade eclética prevalecia desnudando sua condição de classe.
Sobre a necessidade da luta armada para a conquista do poder político, sustentava: "cada povo deve decidir sua via...que as escolham os povos e em alguns casos serão pacíficos e em outros o caminho da luta armada". Quando fizeram a revolução em Cuba, para a direção revolucionária a luta armada era uma inegável necessidade. Agora, quando lhe convém, a luta armada é relativa e como se fosse pouco “optativa”. Eles sabem que a luta armada é uma via inevitável para destruir o velho poder, que dialeticamente não existe maneira alguma para prescindir desta forma de fazer política. Sua experiência, ainda que na sua condição de revisionistas, lhes ensinou que o imperialismo, a burguesia, os latifundiários, aqueles que detenham o poder confrontaram todo intento dos que que pretendam derrotá-lo fazendo uso dos métodos mais cruéis, sanguinários e violentos. Esta declaração de Castro mais parece responder ao interesse de que o imperialismo não vincule a direção cubana aos processos do revisionismo armado em América Latina –fundamentalmente- que não deixam de ser uma “dor de cabeça” para os USA e seguir flertando com o imperialismo para ver que poderia conseguir deles.
Uma das expressões mais decisivas da direção cubana na voz de Fidel Castro foi quando sustentou ele que "o comunismo como sistema social, resolve o problema econômico e priva a liberdade; o capitalismo talvez mate de fome, o comunismo por extinção de liberdade". Como pode falar um indivíduo que não conhece do socialismo e do comunismo acerca de suas virtudes ou seus defeitos? A direção cubana declama o caráter “socialista” de sua revolução e nem sequer crêem nela, não estão convencidos de sua aplicação, de sua necessidade e inevitabilidade histórica. A “razão social determina a consciência do indivíduo”, assim como suas interpretações subjetivas.
Foi Fidel Castro quem sustentou que a luta ideológica que mantinha o marxismo leninismo maoísmo contra o revisionismo soviético não era mais do que uma “discussão bizantina".
Quando uma hiena como Alan García assassinava o povo peruano e massacrava de maneira mais vil e matreira aos camaradas do Partido Comunista do Peru nas Luminosas Trincheiras de Combate; quando no Equador, León Febres Cordero desatava a repressão e se mostrava como um dos regimes mais reacionários da história do país, a direção cubana RECEBEU em seu país a estes dois delinquentes com todas as honras de “chefes de estado” avalizando de esta maneira seus comportamentos.
A China maoísta não teve embate somente entre o imperialismo norte-americano, nas potencias capitalistas, em nos remanescentes do Velho Poder seus detratores e inimigos acérrimos, mas em seu tempo a direção cubana, respaldando ao revisionismo soviético, também combateu a China Popular. As contradições que se geraram entre China e a órbita comprometida com a URSS revisionista transcenderam a luta de duas linhas para estabelecer-se numa luta entre duas concepções antagônicas e irreconciliáveis como eram entre China e Cuba, antes como agora entre o marxismo-leninismo-maoísmo e o revisionismo. Hoje em dia não resulta surpreendente que a China capitalista com tendências imperialistas tenha estreita relação com os irmãos Castro e a burguesia burocrática cubana. A história da luta de classes na arena internacional mostrou o que significa, no momento em que se deslindaram os conflitos entre as direções destes dois países, eles conflitarem. Portanto, se hoje se reúnem, se alinham, afinal se identificam em seus meios, em seus propósitos, em sua natureza de classe. Na década dos 60 e 70 do século passado eram inimigos de classe, hoje são aliados revisionistas.
Fidel Castro, ademais de estimular as FARCa abortar a luta armada, considera, por ocasião do resgate dos reféns dessa guerrilha colombiana (Ingrid Betancourt e dos três agentes da CIA) que “abria-se um capítulo de paz para Colômbia, processo que Cuba vem apoiando há mais de 20 anos como o mais conveniente para a unidade e liberação dos povos de nossa América, utilizando novas vias nas complexas e especiais circunstâncias atuais, depois do fim da URSS”. Resulta uma interpretação muito particular do “pai do revisionismo dos últimos anos”. Há que perguntar-se como o problema da paz e a resolução dos antagonismos de classe simplificam-se com a liberação de alguns prisioneiros de guerra, considerando que não são passos que adianta às massas e sua classe fundamental: o proletariado, e sim ações que são do interesse do velho estado e como contraparte uma guerrilha extraviada também no aspecto ideológico? Seria bom escutar Castro de que maneira a liberação dos retidos pelas FARC aporta a “unidade e liberação de nossa América” no marco de nova via para conquistar os objetivos dos povos. Se não é luta armada, qual é o caminho para a liberação? A integração latino-americana que agora apregoam com a ALBA que não é outra cosa que a associação de burgueses produtores? A via eleitoral ou parlamentar? Obvio que F. Castro dirá isso, sua condição de classe lhe dita o caminho e esse é o da pequena burguesia, o do reformismo burguês, da restauração estatal, o do ecleticismo, o caminho burocrático do qual ele é um inovador para a doída América.
Assim como estes muitos mais são os argumentos que podemos encontrar na prática social de Cuba para desnudar a inexistência de um projeto Socialista. Vale mencionar que o processo cubano manejado desde 1.959 até a atualidade pela direção burocrata do hoje Partido Comunista de Cuba tem julgado um magro papel nas forças revolucionárias do mundo e muito particularmente de América Latina a abordar com suas concepções revisionistas a intencionalidade das massas por desenvolver a revolução e afastá-la dos corretos exercícios revolucionários que apontem o projeto histórico do proletariado e seus aliados.
Nós maoístas sempre valorizaremos em sua verdadeira dimensão o esforço e a luta estoica do povo cubano, não obstante não podemos perder a perspectiva de quanto daninha e anti-histórica tem sido a condução de suas lutas nas mãos do revisionismo castrista e guevarista, pois é sobre esse referente “revolucionário” sobre o qual preponderantemente a reação tem levantado calúnias e desinformação em relação ao verdadeiro caráter que deve ter uma revolução bem definida ideologicamente em torno do marxismo- leninismo, hoje marxismo-leninismo-maoísmo.
Há muito por fazer em Cuba. No que diz respeito ao socialismo está TUDO POR FAZER e o mais importante, retomar com uma Revolução que verdadeiramente transite ao socialismo, não sem antes varrer todo vestígio que o comprometa com qualquer imperialismo e a ditadura burguês burocrática.

Pukainti-ec@hotmail.com

Pce-solrojo@hotmail.com

VIVA O MARXISMO LENINISMO MAOÍSMO!

COMBATER O REVISIONISMO!

FORA DO PODER, TUDO É ILUSÃO!

PARA CONQUISTAR O SOL VERMELHO DA LIBERTAÇÃO: O COMUNISMO!


Habermas e os intelectuais dão uma "voadora" a favor de Dilma

Fiquei impressionado com a bobajada desse manifesto que Habermas, Honneth, Fraser e outros tiveram a coragem de assinar.


São muitos os equívocos. No primeiro parágrafo, emotivamente, iguala-se o golpe de estado de 64 ao afastamento temporário de Dilma. O truque é evocar 64 e afastar qualquer argumentação: "é golpe, sim!" No entender desse manifesto em defesa da lei, nem esse afastamento temporário de Dilma deveria acontecer, pois é quebra da lei (hã???). Dramaticamente, anuncia-se que quem se diz que está cometendo crimes, na verdade, é vítima de crimes!


Enquanto Habermas exercita a pré-compreensão e Nancy Fraser dança o samba do crioulo doido, nota-se que mais fortes são os poderes do clichê. O clichê, como dizia David Bowie, é altamente comunicativo. Talvez seja o caso de abrir esse parêntese na próxima reedição da Teoria da Ação Comunicativa: "América Latina, república de banana, tem golpe? Yes, temos golpe...tem sim senhor!" Precisa explicar mais alguma coisa? O segundo parágrafo se embanana, esquecendo o essencial: o impeachment foi aceito devido às tais pedaladas fiscais. A conclusão de que é golpe sim foi dada no princípio, pois afinal, argumentar para quê, não é mesmo? Mas isso nem é mencionado. Para esse escritor coletivo, o processo contra Dilma é motivado por "acusações" de corrupção (em momento algum ele admite que são bem provadas), assim como uma "campanha de mídia". Temer está indo contra os "direitos sociais assegurados por Dilma" (só se for no seu planeta) e a favor da desregulamentação da economia (sic). A parte mais cândida vem a seguir: "eles vão parar de investigar a corrupção assim que chegar a atingir seus próprios quadros..." Óooo...é mesmo? Isso não aconteceu, não é mesmo? Mas quando a corrupção atinge os quadros do PT há uma "virada linguística" e investigação vira golpe.


Ao contrário, "a probidade de Dilma em negócios públicos não está em dúvida, assim como a corrupção não está em questão no impeachment". Claro que diretamente não, mas se não tivesse, se não fosse um fato a mais a causar clamor público , inclusive entre a CLASSE TRABALHADORA, o texto não mencionaria isso. Ora, então o que foi sua presença em PasSadena? O escândalo batendo na porta ao lado com sua assessora Erenice? As pessoas ligadas a ela na Petrobrás, sendo ela da área de Minas e Energia?


No terceiro parágrafo, o centro da argumentação está em dizer que os crimes de responsabilidade previstos na Constituição não incluiriam as irregularidades contábeis cometidas por Dilma. Sendo assim, a chorumela finaliza, "não seria exagero considerar o presente impeachment um golpe branco" que ameaça o "estado de direito". Ora, ora, se irregularidades contábeis de milhões de reais, estelionato eleitoral, retirada de direitos sociais, desregulamentação da economia, criação de leis como a lei geral da copa e lei antiterror não ameaçam o "estado de direito", esta ótica é muito relaxada...O que seria ameça, então, se tudo é tolerável? Como pedir a vigência do estado de direito, sendo que você acabou de advogar por seu relaxamento?



Habermas and other intelectualls are doing a "flying kick" in favor of Dilma 
 I was impressed with the bullshit of this manifesto that Habermas, Honneth, Fraser and others had the courage to sign.There are many misconceptions. In the first paragraph, emotionally, it equals the coup of 64 to the temporary removal of Dilma. The trick is to evoke 64 and rule out any argument: "yes, it´s a coup état"! According to this manifesto in defense of the law or this temporary removal of Dilma should happen, it is breaking the law (huh ???). Dramatically, it was announced that anyone who says it is committing crimes actually are victims of crimes!While Habermas exercises pre-understanding and Nancy Fraser are making a hugge mess, note that the stronger power are the cliché powers. The cliché, as said David Bowie, is highly communicative. It may be possible to open this parenthesis in the next reprint of the Theory of Communicative Action "Latin American banana republic, it has coup d´ état, we have blow ... yes sir" You need to explain more? The second paragraph is mixing up too, forgetting the essential: the impeachment was accepted due to financial irregularities. The conclusion that is the coup d´ état was given at the beginning, because after all, argue for what, was it not done? But that is not mentioned. For this collective writer, the case against Dilma is motivated by "allegations" of corruption (at any time he admits that are well proven) as well as a "media campaign". Temer is going against the "social rights guaranteed by Dilma" (only if it is on your planet) and in favor of deregulation of the economy (sic). The most candid part comes next: "they will stop investigating corruption once you get to achieve their own tables ..." Oooo ... really? That did not happen, isn´t? But when corruption reaches the tables of the PT there is a "linguistic turn" and research turns blow.


Instead, "the integrity of Dilma in public affairs is not in doubt, as well as corruption is not at issue in the impeachment." Of course, not directly, but if  it isn´t important, if it´s not a fact more to cause public outcry against her, including from the working class, the text does not mention it. But then what was her presence in Pasadena [scandal]? The scandal knocking on the door with her Erenice advisor? People connected with her at Petrobras, wasn´t  Mining and Energy area her area?


So, in the third paragraph, the center of the argument is to say that the offenses provided for in the Constitution does not include the financial irregularities committed by Dilma. Thus, the small potatoes manifesto concludes, "it is no exaggeration to consider this impeachment a white coup" that threatens the "rule of law". Well, well, if accounting irregularities envolving million dollars, electoral larceny, withdrawal of social rights, deregulation of the economy, creation of laws as the general law of the World Coup and anti-terror law does not threaten the "rule of law", this light is very relaxed ... what would be threat, then, if everything is tolerable? How to request the validity of the rule of law, if you just advocate for it to be relax?







segunda-feira, 20 de junho de 2016

Cuba, Evaporação de um Mito

A revolução feita por Fidel Castro em 1959 foi um tremendo avanço para Cuba, retirando o domínio dos imperialistas norte-americanos, dos latifundiários cubanos, dos capitalistas dependentes e de toda sorte de parasitas, cafetões e gangsters. Por causa disto, e por causa dos objetivos revolucionários de Castro e daqueles ao redor dele proclamados, muitos povos de todo o mundo olharam para Cuba com inspiração e buscaram orientações em suas lutas.
Mas a perspectiva de classe, a linha política e os métodos que a liderança promoveram não levaram a nada, somente contratempos e derrotas em todos os lugares do mundo onde a inspiração cubana chegava. Provaram ser errados e perigosos para o desenvolvimento da luta revolucionária.
Continue lendo aqui: Cuba, a evaporação de um mito



sábado, 18 de junho de 2016

A Moral da Moral das Horas: Velejando os Mares do Não


 A moral do livro de poemas de Antônio Siúves (Manduruvá Edições) parece-me uma moral ligada a Proust e a Pedro Nava: o autor demonstra uma sensibilidade ligada ao que a cidade –Belo Horizonte, que aparece como “Belizon” em “Ruas de Belizon”—tem de mais poético, mais ligado a um passado em que a vida nessa que agora é uma grande cidade era mais humana. Enquanto a cidade é destruída mais uma vez pela especulação imobiliária, ao poeta resta lembrar o odor das damas-da-noite nas ruas de Belo Horizonte e preservar esse odor. Esse odor das damas-da-noite do passado está salpicado, aqui e ali, nas luas de Moral das Horas. O poeta exemplifica sua poética ligada à cidade em Olavin Testino (MD): “a arquitetura para sempre farisaica da cidade [vinte vezes destruída em um século] conserva o vetor determinista do arremedo. Arquitetos cortam moldes baratos nos magazines da corte e praticam colagens” (SIUVES, 2013, p. 88). Siúves cita diretamente Shakespeare, T. S. Eliot, Galáxias de Haroldo de Campos, Mario Vargas Lhosa, dentre outros. Há um travo de melancolia que lembra, por vezes, Drummond. Mas nesse departamento o poeta parece ir muito bem: Siúves veleja bem nos mares do não.
Seu apego a Belo Horizonte faz lembrar Amanuense Belmiro, de Ciro dos Anjos, mas ao contrário do romancista, que na verdade celebra não a cidade, mas os tipos curiosos que compõem sua roda de amigos nos anos 30, os poemas de Siúves oscilam entre três pólos: o homem e as coisas (numa relação quase sempre fria), a solidão, a cidade.
Como sugere a lua na capa, o poeta é noturno. Ele, como diz de Van Gogh, é um mestre da luz que cultiva como musa a escuridão. O poema Ontem à Tarde Li: “Ó noite lilás, tremente, fulgente, horizontal./Dentro de si se embriagam no arraial”.
Os momentos que mais me fascinam em Moral das Horas são aqueles em que ele se volta para a própria arte: “Quem Escreve Nunca Alcança”, negação do senso comum otimista, torna-se praticamente o seu dístico e chega até mesmo a constituir uma parte do livro de poemas. O poema para o pintor Fernando Fiúza em “Os Meus Outros” é também de uma beleza plástica: é um momento em que o poeta noturno dialoga com as artes plásticas. E são parte da brilhante divisão dos poemas que estrutura o livro.

No poema Loucura e Lucidez (ou a balada da autocomiseração possível) o poeta canta essa bipolaridade com sotaque drummondiano. Para esse poeta, a vida não é diversão, ele é um trágico. Por isso a citação de Lhosa muito bem o define, em choque com uma civilização do espetáculo, em “Enojei-me dos cadernos de comida”(que são, no jornalismo, substituto da literatura): “Esta é uma realidade enraizada em nosso tempo. A partir do nascimento das novas gerações, uma maneira de ser, de viver e acaso de morrer do mundo que nos tocou, a nós, de ser afortunados cidadãos (...) aos que (...) a liberdade, as ideias, os valores, os livros, a arte e a literatura do Ocidente nos têm deparado com o privilégio de converter ao entretenimento passageiro em aspiração suprema da vida humana e ao direito de contemplar com cinismo e desdém tudo que aborrece, preocupa e nos recorda que a vida não é somente diversão”. Essa passagem é chave para entender a poética de Siúves: ele foca naquilo que incomoda, na morte, o “continente ainda não descoberto” do pós-humano que preocupa, no que é denso, profundo, no que não demanda compreensão fácil, enfim, naquilo que sobrevive ao tempo. O poeta é preciso, econômico nas palavras. Ao fazer versos brancos, não deixa também de observar a musicalidade (melopeia); ao colocar a dança do pensamento entre as palavras (logopeia), não deixa também de trazer imagens (fanopeia). Siúves parece buscar contemplar essas três esferas poéticas mapeadas por Ezra Pound em Abc da Literatura. Eu sigo o pensamento de Siúves: “se o jornal morreu, estou no blog”.

Lúcio Jr.

domingo, 12 de junho de 2016

Hai Kai Ichii

O Japonês da Federal
 bateu na porta do
Japonês da Federal