[Improviso a partir do texto Condenados à Tradição, de Iuma Simon, publicado na última revista Piauí].
Eucanaã
Não encontrará
Sua Canaã
No midiático oficialismo
Na institucionalização progressiva
No highbrow calculismo
A poesia que Eucanaã
Escreve
Revencia a tradição
& se apropria dela
Carlito e Eucanaã
Temperam suas Canaãs geracionais
Com seus próprios paradigmas
Ao molho retradicionalizador
De uma tal
Maria Simon
Maria diz sem pietá:
Carlito Azedo é
Doce rigor construtivo
vertigem sintática &
escancarado esteticismo;
Carlito Carlitos
usa um dispositivo
Para a dissolução referencial
Das luzes da ribalta.
Maria, Maria, é um dom
Ela diz com certa magia
Contundente cabralismo;
Carlito se alimenta do espetáculo
Do texto indeterminado
Movido pelo desejo
De ornamento e beleza.
Já Eucanaã é Ferrabrás:
Emoção e beleza
curam as cicatrizes da construção
Cabralismo com afeto
Delicadeza e diálogo:
Autores portugueses.
O ritmo do desejo corrige e humaniza
(sentimentaliza?)
A racionalidade construtiva
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
sábado, 22 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Bom Despacho no Top Five do CQC: Viva Bom Despacho!
http://www.youtube.com/watch?v=c9_XmrcGAFU&feature=player_embedded
Adorei esse vídeo acima.
Adorei, porque eu sou a Maria Francisca.
O revista cidade sol é o blog da Maria Francisca, movido pela estética do sonho.
A revolução, no mundo totalmente dominado pela razão, aparece como o milagre.
A outra saída encontrada pela maioria é o novo cangaço, a explosão irracional no crime.
Deus & e o Diabo traçando as linhas de uma cultura colonizada.
Eu sou Maria Francisca, eu tenho fome, eu tenho ser esse dedinho que fica aí incomodando, eu tenho muito para falar, atropelando a boa educação e a conveniência da mídia!
Minha vontade louca de ajudar aparece como absurda e cômica, senão loucura aos olhos dos jornalistas, que riem.
Mas o que move Maria Francisca e a revista cidade sol é a fome. Ela tem fome de ajudar. E Maria Francisca entendeu o recado: ocupar SBT. Colocar meu pedido lá, insistir, pedir. Vai parecer nonsense? Vai. Mas é a estética do sonho, a estética da fome, em movimento.
Maria Francisca produziu uma imagem símbolo, imagem com alto potencial revolucionário. O dedinho que, de fora do plano, incomoda o repórter.
"Minha terra natal é Bom Despacho"
Viva Maria-ia-ia-ia!
VIVA BOM DESPACHO, apontando caminhos para o Brasil!!!
Adorei esse vídeo acima.
Adorei, porque eu sou a Maria Francisca.
O revista cidade sol é o blog da Maria Francisca, movido pela estética do sonho.
A revolução, no mundo totalmente dominado pela razão, aparece como o milagre.
A outra saída encontrada pela maioria é o novo cangaço, a explosão irracional no crime.
Deus & e o Diabo traçando as linhas de uma cultura colonizada.
Eu sou Maria Francisca, eu tenho fome, eu tenho ser esse dedinho que fica aí incomodando, eu tenho muito para falar, atropelando a boa educação e a conveniência da mídia!
Minha vontade louca de ajudar aparece como absurda e cômica, senão loucura aos olhos dos jornalistas, que riem.
Mas o que move Maria Francisca e a revista cidade sol é a fome. Ela tem fome de ajudar. E Maria Francisca entendeu o recado: ocupar SBT. Colocar meu pedido lá, insistir, pedir. Vai parecer nonsense? Vai. Mas é a estética do sonho, a estética da fome, em movimento.
Maria Francisca produziu uma imagem símbolo, imagem com alto potencial revolucionário. O dedinho que, de fora do plano, incomoda o repórter.
"Minha terra natal é Bom Despacho"
Viva Maria-ia-ia-ia!
VIVA BOM DESPACHO, apontando caminhos para o Brasil!!!
Marcadores:
Aparecida,
Bom Despacho,
Maria do Rosário,
revista cidade sol,
Top Five
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
João Paulo X Lúcio Jr: Uma crítica e Duas Réplicas
#1 João Paulo 11-10-2011 19:30
Chamar Marcelo Tas de iluminista como algo positivo partindo do princípio da Escola de Frankfurt, representada pela Dialética do Esclarecimento? O primeiro capítulo, Conceito de Esclarecimento, é a parte mais explícita do mal atribuído à Iluminação, que é explanado nos capítulos subseqüentes. Procure mais informações antes de vomitar autores para tentar enquadrar seu texto em um padrão de qualidade que (a) não é necessariamente requerente de fontes ou autores para qualificação e (b) não condizem ao conteúdo do seu texto e os argumentos claramente que não tem, nem em primera instância. Comparar o CQC aos contramovimento s ou qualquer outra categoria que nós já tenhamos conhecido é bobeira, porque na crítica da televisão, eles se fazem de isentos do meio. Não esqueça que no programa são veiculadas propagandas. Leia REALMENTE o livro citado, e vai entender o conceito de Indústria Cultural e o processo de cultura PARA massas.
---------------------------------------------------------
17 de outubro de 2011
João: Hoje resolvi fazer uma réplica mais dura para você.
Mas o convite melhor seria dizer que espero que você me oriente nessa leitura, que me ajude a não vomitar e a sim antropofagir, assimilar organicamente o que foi lido, pois esse é meu objetivo.
Eu leio Adorno e em parte vomito mesmo. Você me acusa de renegar o "pai", mas me enoja ouvir dizer que Adorno reprovou Walter Benjamin e depois usou sua tese (O Drama Barroco no Romantismo Alemão) como instrumento de trabalho em Frankfurt. Tendo em vista o sofrimento que Benjamin passou depois, essa desonestidade acadêmica, essa pequena crueldade me dá vontade de vomitar.
Tomara que seja só fofocagem.
Mas participará também Adorno dessa dialética que ele mesmo fala? É hora de enfrentar a questão imperiosa.
Eu PENSO que sim. Seu esquema político, em 1943, se assemelha ao de Friedrich Hayek, pai do neoliberalismo, em O Caminho da Servidão: ele assimila e agrupa o estado de bem-estar social norte-americano, o nazismo e o comunismo entre seus inimigos. Hayek e Adorno escreveram isso no mesmo ano. O esquema também é o mesmo de As Origens do Totalitarismo, de Hannah Arendt.
O conceito de totalitarismo, para mim, é um lixo. Iguala nazismo, comunismo e imperialismo.
O que eu vomito quando leio Adorno é sua obscuridade ao não tomar partido pela União Soviética e os aliados em 43. Tudo indica que não levou em conta as teses de Lênin sobre o imperialismo e pior, sobre o "stalinismo" o que ele sabe deve ter lido nos jornais e revistas. Revistas e jornais americanos como os de Randolph Hearst, coalhados de denúncias "antistalinistas" colhidas na Gestapo!
E Adorno, supremo crítico da indústria cultural, mostra-se obtuso ao ponto de separar as críticas de Marx em O Capital de seu projeto político, não reconhecendo esse projeto político na URSS dos anos 40 e pior: tomando um juízo que vai alimentar mais fascistas mais nojentos e que é repetido com rigor pela direita até hoje: o nazismo e o "stalinismo" são a mesma coisa!!!
Por isso, João Paulo, que usei o texto de Adorno como inspiração, mas não me deixou tutelar pelo pensamento dele. O que vale nessa carta é que aponto onde, na própria obra, está a dialética do esclarecimento e da obscuridade. Isso é um campo de pesquisa muito rico.
Abraços do Lúcio Jr!
-----------------------------------------------------------------------------
Pontuação do comentário 0 #2 Lúcio Jr 17-10-2011 04:44
Oi, João Paulo.
Vou reler os capítulos, mas sei que a tendência natural de um adorniano seria ver tudo na televisão como ruim e vomitar impropérios.
Realmente, em meu texto peguei só uma ideia principal, o avanço entre civilização e barbárie, o avanço de um lado para o retrocesso no outro.
"Contramovimento s", vc fala, situacionismo, maio de 68, Baade Meinhof? Ainda bem que vc mesmo reconhece que essa comparação é besteira, mas e vc quem a traz. Vc há de convir que a Indústria Cultural se autobservar é pelo menos curioso.
Isentos do meio? Ele deveriam se autocriticar? Citar Adorno? Se liga que hoje na Escola de Frankfurt tem Congresso para estudar Bob Dylan organizado pelo presidente! Procure no meu blog esse artigo.
Abs do Lúcio Jr!
Chamar Marcelo Tas de iluminista como algo positivo partindo do princípio da Escola de Frankfurt, representada pela Dialética do Esclarecimento? O primeiro capítulo, Conceito de Esclarecimento, é a parte mais explícita do mal atribuído à Iluminação, que é explanado nos capítulos subseqüentes. Procure mais informações antes de vomitar autores para tentar enquadrar seu texto em um padrão de qualidade que (a) não é necessariamente requerente de fontes ou autores para qualificação e (b) não condizem ao conteúdo do seu texto e os argumentos claramente que não tem, nem em primera instância. Comparar o CQC aos contramovimento s ou qualquer outra categoria que nós já tenhamos conhecido é bobeira, porque na crítica da televisão, eles se fazem de isentos do meio. Não esqueça que no programa são veiculadas propagandas. Leia REALMENTE o livro citado, e vai entender o conceito de Indústria Cultural e o processo de cultura PARA massas.
---------------------------------------------------------
17 de outubro de 2011
João: Hoje resolvi fazer uma réplica mais dura para você.
Mas o convite melhor seria dizer que espero que você me oriente nessa leitura, que me ajude a não vomitar e a sim antropofagir, assimilar organicamente o que foi lido, pois esse é meu objetivo.
Eu leio Adorno e em parte vomito mesmo. Você me acusa de renegar o "pai", mas me enoja ouvir dizer que Adorno reprovou Walter Benjamin e depois usou sua tese (O Drama Barroco no Romantismo Alemão) como instrumento de trabalho em Frankfurt. Tendo em vista o sofrimento que Benjamin passou depois, essa desonestidade acadêmica, essa pequena crueldade me dá vontade de vomitar.
Tomara que seja só fofocagem.
Mas participará também Adorno dessa dialética que ele mesmo fala? É hora de enfrentar a questão imperiosa.
Eu PENSO que sim. Seu esquema político, em 1943, se assemelha ao de Friedrich Hayek, pai do neoliberalismo, em O Caminho da Servidão: ele assimila e agrupa o estado de bem-estar social norte-americano, o nazismo e o comunismo entre seus inimigos. Hayek e Adorno escreveram isso no mesmo ano. O esquema também é o mesmo de As Origens do Totalitarismo, de Hannah Arendt.
O conceito de totalitarismo, para mim, é um lixo. Iguala nazismo, comunismo e imperialismo.
O que eu vomito quando leio Adorno é sua obscuridade ao não tomar partido pela União Soviética e os aliados em 43. Tudo indica que não levou em conta as teses de Lênin sobre o imperialismo e pior, sobre o "stalinismo" o que ele sabe deve ter lido nos jornais e revistas. Revistas e jornais americanos como os de Randolph Hearst, coalhados de denúncias "antistalinistas" colhidas na Gestapo!
E Adorno, supremo crítico da indústria cultural, mostra-se obtuso ao ponto de separar as críticas de Marx em O Capital de seu projeto político, não reconhecendo esse projeto político na URSS dos anos 40 e pior: tomando um juízo que vai alimentar mais fascistas mais nojentos e que é repetido com rigor pela direita até hoje: o nazismo e o "stalinismo" são a mesma coisa!!!
Por isso, João Paulo, que usei o texto de Adorno como inspiração, mas não me deixou tutelar pelo pensamento dele. O que vale nessa carta é que aponto onde, na própria obra, está a dialética do esclarecimento e da obscuridade. Isso é um campo de pesquisa muito rico.
Abraços do Lúcio Jr!
-----------------------------------------------------------------------------
Pontuação do comentário 0 #2 Lúcio Jr 17-10-2011 04:44
Oi, João Paulo.
Vou reler os capítulos, mas sei que a tendência natural de um adorniano seria ver tudo na televisão como ruim e vomitar impropérios.
Realmente, em meu texto peguei só uma ideia principal, o avanço entre civilização e barbárie, o avanço de um lado para o retrocesso no outro.
"Contramovimento s", vc fala, situacionismo, maio de 68, Baade Meinhof? Ainda bem que vc mesmo reconhece que essa comparação é besteira, mas e vc quem a traz. Vc há de convir que a Indústria Cultural se autobservar é pelo menos curioso.
Isentos do meio? Ele deveriam se autocriticar? Citar Adorno? Se liga que hoje na Escola de Frankfurt tem Congresso para estudar Bob Dylan organizado pelo presidente! Procure no meu blog esse artigo.
Abs do Lúcio Jr!
Marcadores:
dialética do esclarecimento,
diário liberdade,
Joao Paulo,
lúcio,
réplica
sábado, 15 de outubro de 2011
A última carta de Olga a Luís Carlos Prestes e a filha
A última carta que Olga escreveu a Luís Carlos Prestes e а filha, ainda em Ravensbrück, na noite da viagem de ónibus que a levaria а morte em Bernburg
Queridos:
Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças - ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a ideia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte. Carlos, querido, amado meu: terei que renunciar para sempre a tudo de bom que me destes? Conformar-me-ia, mesmo se não pudesse ter-te muito próximo, que teus olhos mais uma vez me olhassem. E queria ver teu sorriso. Quero-os a ambos, tanto, tanto. E estou tão agradecida à vida, por ela haver me dado a ambos. Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares de vezes imaginei. Será possível que nunca verei o quanto orgulhoso e feliz te sentes por nossa filha?
Querida Anita, meu querido marido, meu garoto: choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça pois parece que hoje as forças não conseguem alcançar-me para suportar algo tão terrível. É precisamente por isso que me esforço para despedir-me de vocês agora, para não ter que fazê-lo nas últimas e difíceis horas. Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta. De ti aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o último momento manter-me-ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser mais forte amanhã. Beijos pela última vez.
Olga.
[Dedico essa postagem a Lara Campos Morais do Espírito Santo, *13/07/2005, +15/07/2005]
Queridos:
Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças - ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a ideia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte. Carlos, querido, amado meu: terei que renunciar para sempre a tudo de bom que me destes? Conformar-me-ia, mesmo se não pudesse ter-te muito próximo, que teus olhos mais uma vez me olhassem. E queria ver teu sorriso. Quero-os a ambos, tanto, tanto. E estou tão agradecida à vida, por ela haver me dado a ambos. Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares de vezes imaginei. Será possível que nunca verei o quanto orgulhoso e feliz te sentes por nossa filha?
Querida Anita, meu querido marido, meu garoto: choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça pois parece que hoje as forças não conseguem alcançar-me para suportar algo tão terrível. É precisamente por isso que me esforço para despedir-me de vocês agora, para não ter que fazê-lo nas últimas e difíceis horas. Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta. De ti aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o último momento manter-me-ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser mais forte amanhã. Beijos pela última vez.
Olga.
[Dedico essa postagem a Lara Campos Morais do Espírito Santo, *13/07/2005, +15/07/2005]
Marcadores:
Anita,
Lara Campos Morais do Espírito Santo,
Olga Benario
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Notas sobre os possíveis desdobramentos da crise mundial
A lei do valor é que, no capitalismo, determinaria as crises periódicas de superprodução, junto com a anarquia da produção e a lei da concorrência. O fim da produção capitalista é a obtenção de lucros. Ela não têm em vista o homem e suas necessidades. A produção não é social. O capitalismo só precisa do consumo quando ele garante lucros.
Busca-se não o produto, mas o sobre-produto. A massa do trabalho produtivo só tem interesse para o capital na medida em que aumenta o tempo do trabalho necessário. Se o trabalho não dá esse resultado, é sustado, pois é considerado supérfluo.
No entanto, qual é a lei do capitalismo contemporâneo? Para realizar uma reprodução ampliada mais ou menos regular, o capitalismo precisa de lucro máximo. Não do lucro normal, não do super-lucro, é o lucro máximo o motor do desenvolvimento capitalista.
O lucro médio não é suficiente. Ele é o mais baixo limite da rentabilidade, abaixo do qual a produção capitalista se torna impossível.
Sendo assim, o melhor business é a guerra, pois garante o lucro máximo. É de se esperar que a OTAN invada a Síria, o Irã, a Coreia do Norte, Cuba, etc. Os passos arriscados seriam dados porque ele precisa do lucro máximo ou não poderá se reproduzir.
Por buscar somente os maiores lucros, o capitalismo provoca interrupções no progresso da técnica, assim como destruição de forças produtivas na sociedade.
A crise aumentará as contradições entre China e os Estados Unidos, Inglaterra e a União Europeia, entre o mundo dependente e os países centrais, assim com os países centrais entre si.
A União Europeia continuará? É possível, mas creio que caminhará para ser uma União onde a Alemanha buscará tornar-se independente do domínio americano, desobedecendo suas ordens e buscando um desenvolvimento independente, assim como o Japão e outros países centrais.
Desde a II Guerra até agora, a Europa Ocidental tem sido mera extensão da economia norte-americana. De agora em diante, é de se esperar que Japão e a Alemanha tentem, de novo, um desenvolvimento independente da tutela dos Estados Unidos, mas também podem tentá-lo a França, Itália ou Inglaterra.
Busca-se não o produto, mas o sobre-produto. A massa do trabalho produtivo só tem interesse para o capital na medida em que aumenta o tempo do trabalho necessário. Se o trabalho não dá esse resultado, é sustado, pois é considerado supérfluo.
No entanto, qual é a lei do capitalismo contemporâneo? Para realizar uma reprodução ampliada mais ou menos regular, o capitalismo precisa de lucro máximo. Não do lucro normal, não do super-lucro, é o lucro máximo o motor do desenvolvimento capitalista.
O lucro médio não é suficiente. Ele é o mais baixo limite da rentabilidade, abaixo do qual a produção capitalista se torna impossível.
Sendo assim, o melhor business é a guerra, pois garante o lucro máximo. É de se esperar que a OTAN invada a Síria, o Irã, a Coreia do Norte, Cuba, etc. Os passos arriscados seriam dados porque ele precisa do lucro máximo ou não poderá se reproduzir.
Por buscar somente os maiores lucros, o capitalismo provoca interrupções no progresso da técnica, assim como destruição de forças produtivas na sociedade.
A crise aumentará as contradições entre China e os Estados Unidos, Inglaterra e a União Europeia, entre o mundo dependente e os países centrais, assim com os países centrais entre si.
A União Europeia continuará? É possível, mas creio que caminhará para ser uma União onde a Alemanha buscará tornar-se independente do domínio americano, desobedecendo suas ordens e buscando um desenvolvimento independente, assim como o Japão e outros países centrais.
Desde a II Guerra até agora, a Europa Ocidental tem sido mera extensão da economia norte-americana. De agora em diante, é de se esperar que Japão e a Alemanha tentem, de novo, um desenvolvimento independente da tutela dos Estados Unidos, mas também podem tentá-lo a França, Itália ou Inglaterra.
Marcadores:
ciência política,
crise mundial,
desdobramentos,
economia,
notas
Assinar:
Postagens (Atom)