O artigo "Detetive Particular" (Piauí_87) de John Lee Anderson chamou-me a atenção por tocar num assunto extremamente interessante: o assassinato de Trotsky. Procurei a resenha de Yoani Sánchez sobre o livro ("Stalinismo vivo em Cuba")mencionada de passagem na matéria. Ela entra em contradição com o texto de Anderson. Yoani fala que saíram "uns trezentos exemplares do livro, dentre os quais cem atingiram o público"; enquanto Anderson comenta que, diferente dos livros de Juan Gutiérrez, "os livros de Padura estão por toda parte" (p. 47). A meu ver, Yoani, como com frequência faz a Piauí, nega que a liberdade que hoje se vive em Cuba, atendendo a obscuros propósitos ideológicos. Ao que tudo indica, Padura foi mais um a silenciar o que Ramon Mercader (segundo o editorial do Pravda que deu a notícia em 1940, Jacson Monard) dizia a respeito de si mesmo. Mesmo sob tortura da polícia mexicana, nunca se disse agente da KGB (informação da wikipedia). Monard, um comerciante belga que, de início, ignorava Trotsky (fato mostrado no filme de Joseph Losey de 1972) sustentava que queria casar-se com a trotsquista Silvia Orthof, mas Trotsky, ao invés disso, sugeriu que ele fosse fazer atentados na URSS. Contrariado e desiludido com seus ideais, Monard matou-o. Atenciosamente, Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior Rua Dona Mariquinha, 30 Bom Despacho MG 356000 000
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
domingo, 16 de março de 2014
A Outra Morte de Jacson Monard na Revista Piauí
Carta não publicada na Revista Piauí:
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