terça-feira, 17 de junho de 2014

Seria Zizek um propagandista norte-americano?

Um painel da Left Forum analisa a sério a possibilidade do filósofo esloveno ser um propagandista disfarçado do governo dos Estados Unidos:


Is Slavoj Zizek a US propaganda psyop? I want to ask my comrades on the left to consider the possibility. After years of research, I have come to the conclusion that Zizek is a charlatan posing as a "Stalinist" to both discredit communists by performing a caricature Bolshevik and simultaneously, to smuggle fascist ideas including old fashioned Aryan supremacism and 19th century race theory, back into public discourse disguised as radical left critique of liberalism. I will focus on how he exploits his radical left image to spread imperialist propaganda and disinformation. I'll trace the origins of the Zizek Industry to his first anointing by the New Left Review, then edited by (among others) Quentin Hoare and Branka Magas, Croatian Nationalists and Tudjman supporters and founders of the Bosnian Institute, as the Balkan Leftist who would initiate, in 1990, the dominant strain of imperialist propaganda about Yugoslavia, and yet further back to his career as an antiMarxist, antiCommunist "dissident" and Slovene ethnic nationalist. I will discuss the way he has influenced a generation to the point where now right wing and reactionary ideas as well as pure white house disinformation and propaganda are routinely packaged as hip "lefty" and "radical" thought.

Seria Zizek um propagandista norte-americano? Eu gostaria de perguntar aos camaradas para avaliar a possibilidade. Depois de anos de pesquisa, cheguei à conclusão de que Zizek é um charlatão posando de "stalinista" tanto para desacreditar os comunistas em sua caricatura de bolchevique quanto simultaneamente para difundir ideias fascistas incluindo a velha supremacia ariana, teoria do século dezenove, trazida a público disfarçada agora de crítica radical de esquerda ao liberalismo. Eu vou focar em como ele explora sua imagem radical de esquerda para difundir propaganda imperialista e desinformação. Será traçada a origens da indústria Zizek através de suas primeiras aparições na New Left Review, então editadas (entre outros) por Quentin Hoare e Branka Magas, nacionalistas croatas e apoiadores de Tudjman, fundadores do Instituto Bósnio, assim como foi um esquerda balcânico que começou, nos anos 90, a disseminar propaganda imperialista sobre a Iugoslávia, assim como analisa e retoma sua antiga carreira de antimarxista, anticomunista "dissidente" e nacionalista étnico esloveno. Eu vou discutir como ele influenciou uma geração ao ponto em que agora as ideias de direita e reacionárias assim como pura desinformação da Casa Branca e propaganda simples são agora rotineiramente etiquetadas de pensamento de "esquerda chique" e "radicalíssimo".

A julgar pelo que li na Revista Piauí desse mês, isso pode ser verdade. No artigo, Barbárie de Face Humana, Zizek fala sobre a Ucrânia. Faz uma retomada histórica, fazendo-se de stalinista e de leninista, mas de fato adotando a posição de Trotsky de dissociar bolchevismo e stalinismo, Lênin e Stálin. Ele também insiste que dissidentes como Soljenitsin, Souvarine e outros seriam uma "oposição leninista"! No fundo, ele quer apenas maquiar sua posição a favor da entrada da Ucrânia na UE, afinal a posição do governo americano.