PARA O PARTIDO COMUNISTA DOS TRABALHADORES DA
DINAMARCA, JULHO DE 1978.
POR: NUON CHEA SECRETÁRIO GERAL, PCK
(Tradução de Angelo Cassenote)
Em nome do Partido
Comunista do Kampuchea, eu gostaria de expressar nossos agradecimentos mais
profundos pela sua visita a Kampuchea. É uma grande honra e encorajamento
tê-los aqui.
I.
Sobre a construção do Partido 1960-67
Desde o início
acreditávamos que era necessário ter um partido guiado pela classe trabalhadora
e nos basear nas contradições da sociedade kampucheana. Naquela época, em 1960,
a sociedade kampucheana era neocolonial e semifeudal. A contradição entre a
nação kampucheana e o imperialismo norte-americano era muito aguda. Essa era a
contradição externa. Como contradição interna, estava entre as mãos da classe
trabalhadora e os capitalistas além dos camponeses pobres e a classe feudal. Ao
mesmo tempo os capitalistas e os reacionários unidos oprimiam nosso povo.
Com base nestas contradições,
o partido determinou suas tarefas revolucionárias:
Fazer a revolução
nacional-democrática;
Lutar contra o
imperialismo norte-americano e as classes feudais;
Libertar a nação
kampucheana e os camponeses pobres. Esta linha estratégica foi abreviada para
revolução nacional democrática:
(1) O partido guiando a revolução teria que ser um partido
da classe operária. Teria que guiar a revolução diretamente e não permitir que
outras classes guiassem a revolução ou o partido.
O partido teria que definir as forças da revolução; primeiramente, as
forças estratégicas na revolução, e segundo, as forças táticas na revolução.
(2) As forças estratégicas são os operários, camponeses e
alguns elementos da pequena burguesia. Desses, nós vemos a classe operária como
classe fundamental enquanto que a pequena burguesia era como uma força aliada.
Os capitalistas nacionais eram forças suplementares. Além disso nós
consideramos algumas personalidades das classes dominantes, alguns grandes
capitalistas, oficiais no serviço civil no governo e alguns monges budistas
como forças suplementares.
Aqueles que tinham uma visão patriótica, progressista e nacional, isto
é, progressista em relação aos reacionários.
Baseados nessas classificações de forças nós tentamos construir uma
frente nacional-democrática como proposta de luta contra o imperialismo
norte-americano e seus lacaios. Nós desejávamos que todas estas forças
dependessem da liderança da classe operária e do partido.
(3) Nosso partido escolheu duas formas de luta: luta
política e luta armada. Estavam inter relacionadas. A luta política era
promovida através da luta legal e da luta ilegal, com a ilegal sendo a forma
básica de luta. Agora nós lutamos abertamente e em segredo com a luta secreta
sendo a base da nossa luta. Nós definimos as formas de luta desse jeito como
resultado da nossa experiência. Defendendo, expandindo e construindo nossas
forças requeridas pela classe operária nesse caminho.
(4) Nós travamos a luta na cidade assim como na zona
rural.
(5) A luta na zona rural era fundamental, especialmente
nas áreas mais remotas e afastadas.
(6) Nós reconhecemos que deveríamos conduzir a guerra
popular, superar todos os obstáculos, fazer algum sacrifício, e finalmente
conquistar a vitória e lançar uma ofensiva final. Nós nunca resolvemos colocar
em defensiva, mas sempre tomar a ofensiva.
(7) Nossa linha estratégica toma estas premissas:
independência, soberania, autoconfiança. Estando baseadas no direito em
escolher nosso próprio destino com dignidade.
(8) Nossa luta era baseada na solidariedade internacional
com os partidos irmãos no mundo, com os povos e países no mundo que se opõem ao
revisionismo, imperialismo, neo-colonialismo e colonialismo de todo o tipo.
Estes princípios e práticas não são novos. Eles foram
reconhecidos em todo o mundo, mas nós os revisamos com vocês porque refletem em
suas próprias experiências. Nós temos seguido estes princípios em nossa luta e
temos aprendido a partir destes. Esta linha foi adotada no primeiro congresso
do nosso partido em 30 de setembro de 1960.
Eu gostaria de enfatizar que assumir essa linha na
prática não era fácil. Especialmente antes de 1970.
Em 1960, nós fomos cruelmente afetados pelo vigésimo
congresso do Partido Comunista da União Soviética.
O Vietnã também se opôs a nossa linha partidária,
especialmente na luta armada, assim também como a nossa linha de independência,
soberania, autoconfiança. Os vietnamitas disseram que nós tínhamos de fazer a
revolução nacional-democrática com base nos documentos do vigésimo congresso do
Partido Comunista da União Soviética. Eles disseram que não estava clara a
forma como as classes no Kampuchea teriam que ser divididas. Eles acreditavam
que a classe feudal tinha função progressista no Kampuchea e isso poderia
torná-los aceitáveis para fazer a revolução conosco. Além disso, eles pensavam
que a revolução poderia ser feita pelo parlamento com base na cooperação entre
diferentes classes. Então agora eles continuaram e continuam a ver nossa linha
como “putchista” e muito à esquerda.
Mas nós defendemos nossa linha partidária. Tendo
definido corretamente a nossa linha partidária e as atividades do nosso
partido, nós enviamos a maioria dos nossos quadros para trabalharem no campo.
Nós mantivemos apenas uma minoria nas cidades.
Nosso exército foi construído a partir da estaca zero,
de um exército pequeno para um grande exército. No começo nós criamos alguns
corpos secretos de auto-defesa. Nós selecionamos os melhores jovens. Quase
todos faziam o trabalho ilegal naquela época. Somente uma minoria atuava na
legalidade; alguns no parlamento, alguns na administração, alguns na imprensa.
O trabalho legal era para ir mobilizando as forças populares, mas o trabalho
fundamental era baseado nas zonas rurais e em torno dos operários, isso teria
que ser feito ilegalmente e secretamente. Isso significava que nossos inimigos
-o imperialismo norte-americano seus lacaios e as classes reacionárias não
puderam encontram quem estava liderando nossa revolução. Eles sabiam o nome de
alguns poucos camaradas como Khieu Samphan ¹. Eles pensavam que esses camaradas
eram os verdadeiros líderes da revolução. Mas eles não sabiam dos líderes
verdadeiros. E como eles só podiam agir contra as pessoas que eles sabiam, a
maioria dos nossos líderes pôde trabalhar em segurança.
Entre 1960-67, nós organizamos e consolidamos muitas
bases nas zonas rurais. O movimento em favor da produção e contra os
latifundiários estava bem forte. Os camponeses juntaram suas forças contras as
classes dominantes. Eles não tinham nada, mas usaram de tudo: pedras, facas,
bastões, lâminas. Algumas esposas dos camponeses pobres participaram levando
seus filhos para mostrá-los em frente a Assembléia Nacional. As forças
revolucionárias nas zonas rurais estavam bem fortes. Nós colocamos os membros
da classe operária para irem trabalhar entre os camponeses pobres e médios.
Nas cidades, havia um movimento entre operários e
estudantes. Eles exigiam que o governo cortasse o apoio aos Estados Unidos e
mandasse embora o embaixador norte-americano. Os manifestantes queimaram a
bandeira e a embaixada. ²
-Na zona rural, o movimento popular eclodia. Aqueles
que estavam famintos se levantaram contra os traidores, reacionários e agentes
da administração. O slogan era “Fazer a Revolução Nacional Democrática”, que
significava, lutar contra o imperialismo norte-americano. O espírito de
patriotismo estava em alta. Todo mundo sentia que deveriam lutar contra o
imperialismo norte-americano. Porém nós dividimos a luta em duas partes: a luta
nacional e a luta democrática. Por último, nós levantamos slogans exigindo
direitos aos estudantes, operários e camponeses; salários altos; terras aos
camponeses; preços melhores para o arroz, feijão de corda e carne e melhores
condições de vida para o povo. A luta abarcou grandes e pequenos assuntos, e
envolveu todas as regiões e meios.
O inimigo tentou nos suprimir, mas acabou derrotado
porque nós lutávamos legalmente e secretamente, grandes e pequenas batalhas ao
mesmo tempo. Nesse caminho nós estávamos prontos para defender e fortalecer as
forças revolucionárias passo a passo.
-Através da luta,
nós construímos a liderança do partido, recrutando bons quadros entre os
operários, camponeses, servidores civis na administração, monges budistas e
mulheres. Na luta nós estávamos prontos para forjar os quadros a partir de
todas as classes. Assim as contradições
em nossa sociedade aumentaram, as contradições entre trabalhadores e
capitalistas, entre camponeses e latifundiários, entre trabalhadores e oficiais
do governo. O inimigo tentou duramente suprimir nosso movimento. Nesta
situação, confrontando estas contradições agudas, nós tivemos uma conferência
entre o Comitê Central. Decidimos que não poderíamos mais continuar a luta
legal. E o que deveríamos fazer era iniciar o levante. Isto foi em Janeiro de
1968.
O embaixador
soviético em Phnom Penh se opôs a nós. Os soviéticos disseram que o nosso
partido estava fora de si em lançar a luta armada. Eles começaram a construir
um novo partido voltado contra nós, reunindo pessoas que se renderam ao inimigo
e que eram traidores, oportunistas e vagabundos. O Vietnã também se opôs a
nossa luta armada. Os quadros vietnamitas tomaram ação contra nós,
desestimulando, distribuindo panfletos como a obra de Lênin :”Esquerdismo: a
doença infantil do comunismo”. Eles disseram que estávamos muito à esquerda.
Nós dissemos: o
Vietnã não nos ajudou! Um monte de pessoas não entendem isso. Era um momento
tático em que nosso partido consolidava sua posição como independente e soberano.
Nós nos damos conta de que nosso caso era diferente. Tínhamos que tomar conta
da situação concreta para resolver nossas contradições sociais. A situação
estava favorável para a luta armada. Estávamos unidos neste princípio e nessa
linha e nosso povo apoiou a revolução de todo o coração, o levante contra as
classes dominantes iniciou em 17 ou 19 províncias. Por falar nisso, não
tínhamos armas e nem ajuda de fora. Tínhamos apenas algumas carabinas
capturadas do inimigo. Algumas vezes tínhamos armas, mas não tínhamos munição.
Algumas vezes enquanto não tínhamos munição levávamos os rifles apenas para
assustar o inimigo. Passo a passo estávamos prontos para expandir nossas forças
porque nós seguimos a linha partidária da guerra popular.
II.
A luta armada, 1968-75
O povo nos ajudou
fornecendo comida e escondendo nossos guerrilheiros e quadros.
Isto fazia nossos
quadros tornarem-se vigilantes em seguirem a linha do partido de combinar com
as massas e relacionar-se com as massas. O nosso exército ainda não era muito
grande. Lutou com arcos e flechas, especialmente nas bases das áreas do
nordeste. Nós ganhamos confiança do povo mostrando-os que as armas tradicionais
poderiam matar o inimigo. O povo então acreditou na linha do partido e na
revolução. O inimigo utilizou todos os tipos de armas especialmente no nordeste
onde estavam as bases do nosso Comitê Central. Mas esta região era muito
poderosa; o inimigo não podia fazer nada contra nós. Enquanto isso, a revolução
vietnamita era um problema porque o inimigo tinha vilas estratégicas no Vietnã
do Sul. Não possuindo lugar para escapar, os vietnamitas nos pediram refúgio e
fizeram isso. Isso conduziu ao golpe em 18 de março de 1970 dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos
participaram na tentativa de destruir nossa revolução, mas as áreas eram
fortes, nós começamos a estabelecer nosso próprio poder nas áreas libertadas.
Nós conquistamos imediatamente 70% das zonas rurais; se os Estados Unidos não
tivessem invadido nós teríamos libertado todo o país em junho de 1970. Em
1967-68 muitas pessoas diziam que nós éramos ultra-esquerdistas; em 1970, todo
mundo concordava que tínhamos uma posição correta. Todo mundo nos seguia.
Países socialistas e outros países do mundo nos auxiliaram, permitindo que
pudéssemos continuar nosso trabalho econômico, militar, e internacional melhor
que antes. Porém, eu gostaria de enfatizar que mesmo sem condições favoráveis
nós mantivemos a existência do nosso partido secreto e nós continuamos a
construir pela luta secreta como uma tática fundamental. Nos tornamos mestres
da situação porque tínhamos nossas bases nas zonas rurais, e porque tínhamos as
forças da frente unida ³.
Em primeiro lugar,
nós não noticiamos nossas contradições com o Vietnã. Para ser franco,
pensávamos que os vietnamitas eram nossos amigos. Mas ao invés de nos ajudar, o
Vietnã começou a preparar suas forças e tentou abarcar o nosso partido todo.
Havia muitas dificuldades. Tínhamos que lutar contra as tropas dos EUA-Thieu
que foram enviadas para ajudar Lon Nol, ao mesmo tempo em que tentavam nos
apunhalar pelas costas. Nosso partido, é claro, decidiu resolver a contradição
principal primeiramente, que era conquistar a vitória sobre Lon Nol.
A contradição entre
nós e o Vietnã aumentou em 1973 quando o Vietnã se juntou com os EUA para a
mesa de negociações. Os EUA imediatamente impuseram condições, obrigando o
Vietnã a pressionar o Camboja para a mesa de negociações. Ele tentaram, mas
recusamos.
Os vietnamitas
fizeram de tudo para minar a nossa revolução. Enquanto que o Vietnã e o Laos
depuseram as armas, os EUA mobilizaram todas suas forças para bombardear o
Kampuchea, todas a suas forças no sudeste da Ásia! Por 200 dias e 200 noites,
para forçar-nos a aderir a mesa de negociações. Nosso partido estava
resolutamente contra o cerco norte-americano. Se nós fizéssemos Lon Nol e os
traidores em Phnom Penh poderiam ganhar tempo para ampliar suas forças. Nós
decidimos lutar até o fim. Estávamos em todo o caso prontos para resistir a
guerra aérea dos EUA, e por derrotarmos a guerra aérea a confiança em nosso
partido cresceu. Mais e mais pessoas estavam convencidas de que a nossa linha
era correta. Tenho de deixar claro que a coincidência da linha partidária não
veio da noite para o dia, e nem através de estudos teóricos. Cresceu como
resultado das experiências, do sofrimento do povo e como resultado do ódio de
classe. Foi somente pela prática que o entendimento da linha do partido
aumentou.
Em 1974, um ano
após a guerra aérea, nosso partido decidiu lançar uma grande ofensiva final
para libertar Phnom Penh e o restante do país na estação de secas de 1975. O
Vietnã naturalmente foi informado. Os vietnamitas acreditavam que os EUA não
permitiriam a nossa vitória.
Entretanto, eles
não estavam preparados para permitir que obtivéssemos a vitória antes da
vitória deles. Consequentemente eles se recusaram transportar a munição que estava
sendo enviada pela China e outros países, principalmente vindo da China.
Tivemos que usar munição capturada do inimigo; não recebemos nada do Vietnã. Os
vietnamitas foram contra a nossa vitória porque eles queriam libertar Saigon e
de lá enviar forças para libertar Phnom Penh, para construírem aqui um aparato
político e criar um novo partido eliminando o Partido Comunista do Kampuchea e
estabelecer uma Federação Indochinesa.
Apesar destas
condições adversas, nosso partido fez o seu melhor e libertou Phnom Penh em 17
de abril de 1975, duas semanas a frente da libertação de Saigon. Enquanto nós
tínhamos libertado o restante do país e resguardado nossa independência e
soberania, isto em junho de 1975, os vietnamitas enviaram suas tropas para
ocupar nossa ilha, Koh Way. Nós a defendemos e forçamos o Vietnã a se retirar.
O que queríamos deixar claro para vocês é que ao longo do período da revolução
nacional democrática, havia uma dura e complicada luta envolvendo dificuldades
com a União Soviética e o Vietnã, mas nós driblamos e conquistamos a vitória.
Pergunta: Durante a época da fundação do Partido
Comunista, havia uma discussão da linha política para o período de guiar ao
comunismo?
Está escrito no
programa do nosso partido que nós devemos continuar nossa revolução socialista
e avançar para o comunismo depois da revolução nacional democrática, mas não
entraremos em detalhes. Nós trabalhamos
para as presentes tarefas da construção socialista após a libertação [4].
Nossas principais
tarefas são defender o poder do nosso estado, continuar a revolução socialista
e a construção socialista. Nós temos defendido nosso território e a soberania
desde a libertação em uma feroz, e complicada luta, especialmente contra o
Vietnã. Pensamos que esta luta levará um bom tempo enquanto o Vietnã tiver
enormes ambições. Quer forçar o Kampuchea para uma Federação Indochinesa e prosseguirá com seus objetivos
expansionistas em todo o sudeste da Ásia.
Como condições de
sobrevivência, nós temos basicamente resolvido nossos problemas pelos projetos
dos meios de irrigação. Estamos acumulando capital para o desenvolvimento de
nosso país com base na independência e autonomia.
III.
Sobre a construção
ideológica do Partido
Possuir uma linha
política certa ainda não era suficiente para assegurar a vitória. Nosso partido
tinha que ter um firme ponto de vista revolucionário. Particularmente isso é
porque muitas de nossas lutas eram ilegais. Assim, algumas vezes, se nossos quadros
não estivessem comprometidos ideologicamente, eles poderiam se render ao
inimigo ou, uma vez capturados poderiam revelar segredos aos inimigos. Para
prevenir isso, nós enfatizamos a educação ideológica.
Durante a luta, nós
encontramos muitas dificuldades. Por exemplo, quadros separados das suas
famílias e ideologicamente fracos poderiam algumas vezes decidir voltar para
suas famílias para longe da revolução. E algumas vezes os quadros que estavam
trabalhando ilegalmente e na administração inimiga estavam recebendo altos
salários. Faltando uma visão revolucionária, eles poderiam ser comprados. Assim
nosso partido pode ver que a ideologia era o ponto-chave na implementação da
linha política assim como a linha organizacional. A construção ideológica do partido
encontrou dois caminhos: pela destruição da linha ideológica incorreta e pela
construção dos corretos ponto de vista revolucionários do partido. Por exemplo,
nós tivemos que:
(1) Construir um ponto de vista ideológico da classe
fundamental no partido, a consciência da classe operária. Para fazer isso
tivemos que definir as diferentes classes em nossa sociedade e as contradições
entre estas. A partir dessa base, nós armamos nossos quadros ideologicamente
com pontos de vista da classe operária. Isso estava claro pela explicação do
espírito de sacrifício para o bem de todos e a necessidade de abandonar a
propriedade privada em favor da propriedade coletiva; e ensinando-os a
disciplina do partido, amor ao partido, trabalho, métodos da crítica e
autocrítica, e os meios de se unirem fortemente com as massas;
(2) Construir o ponto de vista ideológico do patriotismo
revolucionário e internacionalismo revolucionário, o primeiro sendo ponto fundamental.
Através disso lutamos energicamente para fazer nossa própria revolução, lutando
com êxito contra o imperialismo e o revisionismo em nosso país. São avanços e
suportes da linha internacional. Falar em internacionalismo enquanto falhamos
em conduzir a revolução em nosso país é algo sem sentido. Temos que concretizar
isso. Nós tentamos ensinar ao nosso povo os princípios da autoconfiança para
evitar que sejamos uma carga para os países amigos. Enquanto for possível
ajudar-nos, eles devem fazer suas próprias revoluções e melhorar o padrão de
vida do seu povo. Assim, nós tentamos o máximo possível evitar que sejamos
muito nacionalistas, e assim evitar sermos muito internacionalistas;
(3) Construir o ponto ideológico de manter um constante
ardor revolucionário, especialmente o desejo em ser igual ao povo simples,
especialmente os camponeses pobres. Isto porque os quadros do nosso partido e
nossas homens e mulheres no exército não recebem salários; eles são ensinados a
servir o partido e receber apenas do partido. Desse modo nós estaríamos criando
uma nova classe dominadora separada das massas;
(4) Desenvolver o conceito da perspectiva das massas e
linha de massas, que significa, ter total confiança nas massas e viver junto as
massas, especialmente os camponeses pobres.
Somente fazendo isso a revolução pode obter vitória e
levantar suas forças. Enfatizamos isso aos quadros porque existem alguns que
são de origem pequeno-burguesa, especificamente os intelectuais que faltam
confiança nas massas, especialmente nos camponeses pobres. Conquistaram o
inimigo, fazem trabalho produtivo e tudo mais. Porque elas podem fazer tudo,
nós devemos servir-las;
(5) Os quadros também são instruídos na vigilância
revolucionária, que significa tomar cuidado, estar atento contra o inimigo;
(6) Nós os armamos com um entendimento do materialismo
dialético para permitindo-os para que analisem coisas e entendam os pontos
ideológicos do partido. Todos estes pontos ideológicos foram propagados nas
sucursais e células do partido. Isto não era pela leitura dos documentos mas
pela análise das atividades diárias, determinando o que estava saindo errado e
corrigindo os desvios.
Então, para os nossos livros, eles tem apenas umas
poucas páginas no total, como breve documentos são mais adequados para os
camponeses pobres. Nós também temos alguns cursos, maioria curtos para pequenos
grupos em trabalho clandestino para duas ou três pessoas apenas ou duas vezes
no mês. Há também outros cursos mantidos em torno de duas vezes por ano no qual
os membros do partido são introduzidos aos conceitos revolucionários educados
em nossa linha política, ideológica, e organizacional.
Ainda agora, após a libertação, acreditamos que o
fator ideológico é um fator determinante. Na educação dos quadros, nós
colocamos em ênfase a destruição dos pontos de vista da velha sociedade que
permanecem poderosos. Entre os quadros líderes, também enfatizamos a defesa e a
construção do trabalho da conscientização da classe trabalhadora. Isto é para
evitar o revisionismo. Quando um partido se torna revisionista é por causa dos
membros ordinários se tornarem revisionistas, mas é porque a liderança conduz o
partido através do revisionismo. Embora dizermos muito pouco sobre o
revisionismo fora do partido, dentro do partido lutamos muito contra o
revisionismo. É até certo ponto para esta reação que evitamos usando os
documentos de outros. Contamos na maior parte com nossas avaliações da luta de
classes. Isto é mais concreto. Alguns de nossos quadros que viveram além-mar, e
que trabalharam com comunistas estrangeiros afobados, regularmente requeriam
documentos estrangeiros, dizendo que nós negligenciávamos o estudo do
Marxismo-Leninismo. Mas nós dizemos a eles que o Marxismo-Leninismo se desenvolve
através dos meios da luta do povo; nossas experiências são genuínos documentos
Marxistas-Leninistas.
IV. A
Linha Organizacional do Partido
Construimos o partido ideologicamente e organicamente através da
confiança em nossa análise de classes, tomando os camponeses pobres e as
classes trabalhadoras como classes fundamentais. Aqueles que entraram a partir
da pequena-burguesia ou outras classes tentaram promover os pontos de vista
destas classes, mas eles tiveram que renunciar seus velhos pontos de vista e
desenvolver a consciência da classe trabalhadora. Os quadros são avaliados na
bases de suas atividades concretas. Seu espírito deve ser limpo, incorruptível,
e sem laços de contato com o inimigo. Nós investigamos a vida, histórias, e
origem de classe antes e depois deles aderirem à revolução. Nós fazemos isso
para prevenir a infiltração por exemplo da CIA, KGB ou agentes vietnamitas.
Adotando estes princípios organizacionais, temos unidade no partido e podemos
purgar nosso partido dos maus elementos [5]. Nós ainda não estamos 100 por
cento exitosos. O inimigo continua tentando minar o partido. Consequentemente
estamos nos esforçando para fortalecer a educação político ideológica e para
limpar o partido.
Fonte: marxists.org
Um comentário:
Fernando Holiday, um fenômeno político
https://www.youtube.com/watch?v=nlJ_St4tt7A
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