segunda-feira, 18 de julho de 2016

O Ocidente é Vermelho

Peça interessante de Dagomir Marquezi, falando das disputas entre os maoistas e trotsquistas em uma eleição de DA da USP em 1972:


Eu "estudei" na escola de Ciencias Sociais da USP durante os primeiros anos da década de 1970. Foi um período pesado, de repressão por um lado e extremismo político de outro. O que me rendeu uma experiência de vida riquíssima e inesquecível. 


Treze anos depois eu escrevi O Ocidente é Vermelho, uma peça musical. Era para ser um  retrato daquele passado turbulento - e eu não imaginava que se tornaria a previsão do futuro.  O Ocidente misturava delírios revolucionários, muito rock, torturadores tarados, burocratas soviéticos, um pouco de sexo, um cangaceiro voador, um primo chapado do Pernalonga, maoístas contra trotskystas e uma cena inspirada pelo filme Grease. Tenho orgulho dessa obra, talvez a mais livre de toda minha vida até agora. 


A peça foi publicada pela EMW em 1985, com direção editorial de Alberto Villas e ilustrações de Jo Fevereiro e Claudio Rocha. O livro recebeu bons elogios na imprensa. Mas a impressão que me passou foi a de um corpo estranho. Essa impressão só cresceu com o tempo. Agora estou colocando a versão digital do Ocidente  na minha estante do Scribd. E com isso encerro a série de digitalização dos meus livros já publicados em papel. (Na verdade ainda faltam dois. O Caso da Mulher Dragão está sendo totalmente refeito. Guerra Nuclear ficou datado demais).


Para ler O Ocidente é Vermelho, clique aqui

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