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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Blognovela Revista Cidade Sol: O Nascimento de Hamlet



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(Cenário: teatro da Companhia Milkshakespeare. Explode a rivalidade entre os atores brasileiros que ficaram e os que fugiram para Londres. Pagando o desfalque brasileiro com o dinheiro do desfalque londrino, eles são aceitos entre os atores brasileiros, mas em punição foram obrigados a fazer um treinamento com o BOPE. Ofélia tornou-se uma agressiva lésbica masculina e Hamlet ficou a cara do Wagner Moura representando o Capitão Nascimento. Francinny, vendo a enorme confusão em que se meteu, tenta enxertar uma cena de Hamlet-Nascimento nas S. A. Fadas, mas o resultado é um grande briga entre duas fadas).

(O palco de S. A. Fadas). Chega o Capitão Hamlet Nascimento em meio ao diálogo das fadas com o Belo Adormecido, como se S. A. Fadas fosse a peça que existe dentro da peça Hamlet. O rei Cláudio vê S. A. Fadas e, constrangido, sai para rezar. Nascimento-Hamlet vai atrás e vê Cláudio rezando junto a uma santa, num cantinho do teatro de El Senhor.


Hamlet-Nascimento (vê Cláudio rezando): Cláudio, Cláudio, você não me escapa agora. Você é culpado de tudo. Dessa peça de merda que fomos obrigados a ver. Foram idéia sua os desfalques que fizemos aqui e em Londres, tudo culpa sua, vagabundo.

Cláudio (parando de rezar): Não, eu não. Foi do grupo, minha não.


Hamlet-Nascimento (pega Cláudio pelos cabelos): Foi culpa sua Ofélia ter se tornado lésbica! Você é uma biba, falô, seu rei do plágio, seu bosta. Você é a pica do aspira.

Ofélia chega, vestida como uma “tiazinha” bregachique, brandindo um chicote: Vai-te aos homens, não esqueça o chicote!


Hamlet-Nascimento e Ofélia dão uma surra em Cláudio, que sai berrando inocência. As S. A. Fadas terminam a peça e chegam para ver o que está acontecendo. Elas encontram o Fantasma do Pai de Hamlet.

Fantasma do Rei Hamlet: Eu quero que vocês façam um blog. Poderia se chamar Blog do Vamp.

Sandra Paucanhoto: Arrasou!!!

Blognoma Mulher Q. Kerr: Que coisa mais brega!! E comunidade no Orkut: “eu vi o fantasma do pai do Hamlet”, você não quer que faça não?

(O Fantasma desaparece. Entra uma mulher vestida estranhamente. É a Maga Lynguystyka, pitonisa do oráculo de Gargólios. Ela dirige-se à diretora da S. A. Fadas, Francinny, e começa a fazer uma crítica tão enigmática como sua figura).

Maga Lynguystyka: Francinny, você podia corresponder mais, fazer de um espaço uma possibilidades de troca de Cyber-Cultura. Mas, a questão da Histeria e o Inconsciente e as manias das pessoas das pessoas que falam SEM ´MÍNIMO de CONSCIÊNCIA do que fala , mas fala com seus NARCISOS E EGOS, é foda. Nessa coisa chata, aborrecedora q é ter q ler o Inconsciente mais q consciência das pessoas - e o pior é q a gente é escritora experiente em linguagem e literaturas como VOCÊ, - descobri que no fundo mesmo, VOCÊ e nós somos JORNALISTAS, mais que só escritores.
Ter que q encarar uma relação ONLINE e essas ferramentas com o objetivo de escrever para JORNAIS. E os jornalistas são super tranquilos, apesar de eu encontrar montes de "hiperativos e estressados". Mas, você mostrou q é uma perfeita JORNALISTA colocando com super critérios suas peças S. A. Fadas aqui. E tendo a paciência de aguentar como uma professora "driblar" O JEITO das pessoas escreverem, e os mal-entendidos, e a falta de PERCEPÇÃO. OH COISA CHATA!!!
Pior q a gente vê gente que tem puta currículo e a gente escreve coisas idiotas, sem pensar!! Nossa, só congelando essa gente mesmo, ou "contornando" tipo passando por cima ao invés de considerar. Não levar a sério. e muito HUMOR. Já tive recentemente experiência de 'energia ruim mesmo' de ler e falar com pessoas q deveriam ter uma boa linguagem, transparência e flexibilidade, mas não tem , e muito paciente, como meu psicanalista, eu passo por cima ,e ouço considero, e tento conversar, mas a conversa não rende, cara!! então, há milhões de pessoas novas que podemos encontrar e jamais teríamos esta "coisa pesada de ter q aturar" uma pessoa arrogante e egóica. E tái as novas ferramentas e inovações p nos ajudar.

Francinny (sem saber o que dizer, tentando pegar uma vírgula): E sobre a peça, gostou, né?

Maga Lynguystyka (voltando a falar): Então, há milhões de pessoas novas que podemos encontrar e jamais teríamos esta "coisa pesada de ter q aturar" uma pessoa arrogante e egóica. E tái as novas ferramentas e inovações p nos ajudar.

p te dizer a verdade, eu não gostei tanto ás vezes, quando rolou de sentar, pq AS S. A. FADAS não tem IMAGENS e RECURSOS .É só a LETRA o DISCURSO. Então, eu fico pensando.ah vou ter q deixar o link até passar p minha WINDOW etc etcetc .É esse tempo PRESENTE mais aqui e agora q desta NOVA INTERNET q dinamiza e desafia a gente a repensar o USO de cada DISPOSITIVO/FERRAMENTA aqui entende?

Francinny (tenta falar, sufocada): Então você...

Maga Lynguystyka: Pronto,é isso. Espero q vc mantenha seu e-mail. E que imigre p um NOVO VEÍCULO MEIO DE COMUNICAÇÃO melhor q vc se sinta com poder de intercãmbio profissional sempre e com seus amigos e amigas figuras públicas...sua grande REDE SOCIAL. beijos p o elenco de S. A. Fadas, Cláudio, Hamlet-Nascimento e toda família, byeeeee

Francinny (saindo da sala, um pouco saturada de tanto ouvir): byeeeeee!!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Mirisola: "O Capitão Nascimento Desmunhecou"

Vi ontem no Jornal da Globo e no Jô Soares o ator Wagner Moura, ex-capitão Nascimento, virar Hamlet com seu ser ou não ser.

A ligação foi mais para fazer um linque para o público (padrão classe média com que a Globo formata tudo, argh) do que uma ligação realmente existente entre esses dois antípodas: o melancólico Hamlet, distraído que não quer matar e a máquina de matar que tem alguma melancolia reprimida, algo de humano que cintila na mente de robô e máquina de matar e o obriga a tomar anti-depressivos.

Jô deitou e rolou com a biografia de Wagner Moura, mostrando-o desde a época de colunista social baiano, passando pelo momento em que ele foi "A Brisa" numa peça infantil até o Bond do Kubit-Kubit-Chek-Chek, um funk engraçadíssimo do tempo em que ele atuou como Kubitschek.

Ele no Jô, vendo beijos gays em filmes como Beijo no Asfalto e República dos Assassinos (esse ao som de Roberto Carlos, aquele com Tarcísio Meira & Ney Latorraca). Deve existir um fetiche nas roupas pretas, comentaram. Me chama de gaveta, me abre toda e me deixa desarrumada, brincou Jô, colocando-se no lugar das fãs do Wagner/Capitão.

Wagner, vendo beijos gays, falando sobre Lázaro Ramos em Madame Satã, gesticulou muitíssimo. Suas mãos pareciam aquelas mãos da Família Adams, independentes do dono.
Fizeram um tipo de performance que faz o gosto de um sacana cruel como Mirisola: o Capitão Nascimento desmunhecou, diria ele, com seu olhar homofóbico -- e não seria verdade. O olhar de pessoas como Mirisola, Márcia Denser e Júlio Daio Borges é mais influenciado pela árvore do que pela floresta, pelo dejeuner sur l´herbe do que pela paisagem.

Daí essa da Márcia Denser de apoiar a implicância de Júlio Jorge Luís Borges contra os blogueiros, que ajudariam a inflacionar o mundo literário (ameaçando o emprego de Márcia Denser?) Afinal, se Márcia Denser era dark, agora ela vai ter que se reinventar como musa dos emo. Será que o Mirisola vai deixar? Mirisola é pop? É emo?


O programa de ontem teve também o excelente filósofo Mário Sérgio Portella (ou é Cortella?) , lançando uma obra. No percurso filosófico dele (que falou rapidinho, senão o Jô interrompia) eu senti familiaridade, nesses anos todos já percorri esses labirintos. Voltou a velha questão Nietzsche e o nazismo.
Foi apropriação, explicou o professor. Ele também disse que a filosofia não torna ninguém crítico, veja-se o nazismo, que também tinha seus filósofos. Tudo bem, veja-se você, meu caro, falando numa tevê monopolista e de história de apoio a regimes autoritários, sem criticá-la (pois isso é impossível, ela não permite, só mediante liminar na justiça, como se pode ver no vídeo incluído nesse blog).