Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Blognovela revista cidade sol: Crise no Teatro (cont.)
Francinny: Como diria Hamlet "O resto é silêncio". E agora, teatro decadente, bilheteria falida, e o elenco que mais serve para fazer uma Micareta, o que me resta agora. Só me falta aparecer o maldito do fantasma do Rei, aí não dá, sério preciso montar uma peça com o que tenho.
Eisenhower da Silva: Ô Dona Maria, que negócio é esse de que o teatro parou e agora vocês da ralé vão gerir? De jeito nenhum! Acabou foi a mamata de vocês! Eu cortei o dinheiro da Hamletdonald´s mesmo. Vocês terão que procurar subsídio no estado, se quiserem. Eu dou 1/12 do que eu dava e você se vira, Francinny. Mas essa ralé para gerir, nunca!
Horácio: É isso aí! É um choque de capitalismo no teatro, um choque de gestão. Vamos nos preocupar com a competência, de agora em diante. Vamos cortar atores e fazer um ajuste teatral.
Capitão do Exército (Sobe e discursa de um parapeito do teatro especialmente estragado): Vocês são jovens drogados! Cozinheira, você está sob efeito de pílulas alucinógenas!
Eisenhower da Silva: Leve-a de volta para a cozinha. Francinny, quero que continue essa peça...como é mesmo o nome?
(O Capitão do Exército entra em cena e conduz a Cozinheira de volta para a cozinha. Fernando, Sorocaba e Marcelo fogem para a coxia).
Marcelo: tenso, hein!
Eisenhower da Silva: Mesmo com a crise, é preciso que as cozinheiras cozinhem, que os mentirosos mintam, que as máscaras mascarem, que os sapatos sapateiem.
Osryka Yourself: É fazer mais com menos! Vocês tão com Einsenhower no banco de reservas e estão reclamando?
Marcelo: Agora vamos fazer as pazes com a falha de São Paulo, Battisti vai embora por meio de decisão do STF.
Horácio: Ah, agora sim, estou gostando, meus direitos autorais serão respeitados. O falecido rei Luís era muito show business.
Marcelo: Nunca na história desse país um rei fez tanto quanto o rei Luís. Dobre a língua para falar dele.
Horácio: Rei morto, rei posto.
Francinny: Então amanhã continuarei a peça de qualquer forma! Voltem todos às nove horas amanhã (sai preocupada para os camarins).
(Ensaio da peça, bastidores do teatro de El Senor. Entra o fantasma do Rei Luís, com a aparência do ator que fez André Luís em Nosso Lar).
Fantasma do rei Luís (recita solene um poema):
O INTELECTUAL É UM URUBU
COM UMA PENA DE PAVÃO
ENFIADA NO CU!!!
Francinny (irritada): Para, para, para tudo. Ai, meu Deus. O seu diálogo não era esse...Você tinha que me contar um segredo, sabe, um segredo.
Fantasma (bufão): Um par de sapatos vale mais do que Shakespeare!!!!!
Francinny (com a cabeça entre as mãos): Ai, vou chorar, não é isso não...
Coveiro sem Terra: ah, não, batinha branca, florzinha, violininho, paisagem...É uma novelinha espírita da Globo!
Fantasma: Putz, você queria ouvir "eu te amo porra" até depois da morte? Pelo menos no além vamos ouvir música erudita, porra.
Horácio: Você vai reunir teatro e poesia, as duas artes que menos dão dinheiro na história da humanidade?
Marcelo: Vamos entrar nesse filão espírita e ganhar dinheiro para reconstruir El Senor. É por uma boa causa!
Francinny (dirigindo-se ao Fantasma): Você acha que o além se parece com esse cenário brega aí? Não, temos que mudar tudo de novo!
Horácio: É que o além está num processo de brasilização. Einsenhower da Silva institucionalizou a burrice e...
Marcelo: Ora, dá um tempo! Você dizia que a gestão de Osryka e Einsenhower ia ser um chavismo plebiscitário!
(Francinny, exausta, debate em separado com o fantasma do rei Luís quando cresce, ao fundo, um rock).
O rock do Ronald
Rock do Ronald
O Rock do Ronald
Do Ronald Mcdonald´s!
sábado, 7 de janeiro de 2012
Blognovela revista cidade sol: crise na cia. Milkshakespeare
(Belo Adormecido contrata uma figurinista misteriosa, Maura Hari. Ela e Belo iniciam uma amizade. Salomé, dona da lanchonete do teatro, fica com ciúmes e busca seduzir Belo, causando uma disputa entre as duas. Belo Adormecido, além de ator, é um diretor decadente em sucesso e na idade).
Belo Adormecido: precisávamos de uma figurinista como você.
Maura Hari (embevecida): Obrigado...
Voz em off (interrompendo): O fantasma de Hélio Oiticica...Waly Salomão fumava maconha em New York na casa de mamãe...Mammy morreu e nem fui ao enterro...Quando Hélio e eu nos conhecemos, eu tinha quinze anos, ele quarenta e daí....Estava com outra...corneei Fernanda...Nasceu Daniela com meu nome...Separei....Waltinho...Waltinho não pelo amor de Deus...o Chezinho do Waltinho...
Maura Hari (assustada): Nossa, acho que ouvi vozes.
Belo Adormecido: Esse teatro é assim mesmo...
Maura Hari (encantada): Você é diretor?
Belo Adormecido: Escritor, diretor, sex simbol, ator....
Maura Hari (olhos brilhando): Noossa....Quero gravar sua voz.
Voz em Off (sem querer te interromper, mas interrompendo): Fernanda Torres curou uma dor de corno com Luiz Fernando Guimarães....E Coca....dormindo sobre pizzas...não foi Beckett não...papai...Patrick...Pai-trick. Papai...Hermes, Narcissus. Briguei com papai e escolhi outro pai...
Belo Adormecido (exaltado): Cale a boca, Lúcifer! Voz chata, caipira.
Noutra cena, e estão na lanchonete do teatro e chega Salomé, a dona.
Belo Adormecido (comendo ávido com a boca cheia de coxinhas): Salomé, Salomé, você quer a cabeça de São João Batista?
Maura Hari: Poderíamos fazer uma peça sobre celular, Belo. Eu monto o figurino, você escreve e dirige.
Belo (desatento, olha as coxas de Salomé): Salomé, Salomé....
domingo, 18 de dezembro de 2011
Crise na Eurozona: com o habermas entre as pernas
(A crise na Cia Milkshakespeare se agrava com crise na eurozona. O Belo Adormecido volta da Inglaterra onde foi se encontrar com um representante da empresa Hamletdonald´s, que aceitou fazer um empréstimo. Para pagá-lo, Belo resolve transformar o teatro e a companhia em um cabaré com dançarinas que fazem strip. Francinny resiste, demite todos os blognomos, contrata Jô Weronyka de assistente e consegue convencer o Belo Adormecido a fazer uma peça sobre a crise na Eurozona chamada: Com o Habermas entre as pernas. Ensaio da peça. Entra um português de piada e outras nacionalidades com suas roupas nacionais, caricatas e kitsch).
Português: Pá, a crise na eurozona não é minha culpa.
Irlandês: Crise. Não. É. BECKETT.
Italiano: Non capisco niente. Europa tutti berlusconizzatto!
Habermas (apavorado, ofegante, faz atos de fala entrecortados): Solidariedade...É preciso pensar de forma....isso...isso...Merda, Merkel..o euro...o euro...é um ato de falha...digo, um ato de fala...desculpa, desculpa...é um ato...o euro... são atos éticos...discurso...sim, ética...discurso...o euro não...não...desculpe...como é que pode... aham...universalíssimo, intersubjetivo, intercomunicativo...não pode...Cameron irracional, irracionalista... o euro...(puf, puf), o euro...o euro não... não...era tão...tão...um dinheiro...universal...cosmopolita...o governo...o governo é mundial... é mundial....o euro..chamando terra...câmbio..câmbio (revira os olhos, ofega)...alô, alô, boy, xerife...Beckett, Kant, Houston, we got a problem...(curva-se, parece que vai desmaiar)
Irlandês: Euro. Faltar. Faltar melhor. Euro. Faltou BECKETT.
Jô para Francinny: gente do céu. Eles não são bons nem para comédia. Como é que vamos fazer?
Francinny: putz, Jô! Isso não tem graça nenhuma! Mas ou é isso ou o teatro vira um bordel.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Blognovela Revista Cidade Sol: O Nascimento de Hamlet
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(Cenário: teatro da Companhia Milkshakespeare. Explode a rivalidade entre os atores brasileiros que ficaram e os que fugiram para Londres. Pagando o desfalque brasileiro com o dinheiro do desfalque londrino, eles são aceitos entre os atores brasileiros, mas em punição foram obrigados a fazer um treinamento com o BOPE. Ofélia tornou-se uma agressiva lésbica masculina e Hamlet ficou a cara do Wagner Moura representando o Capitão Nascimento. Francinny, vendo a enorme confusão em que se meteu, tenta enxertar uma cena de Hamlet-Nascimento nas S. A. Fadas, mas o resultado é um grande briga entre duas fadas).
(O palco de S. A. Fadas). Chega o Capitão Hamlet Nascimento em meio ao diálogo das fadas com o Belo Adormecido, como se S. A. Fadas fosse a peça que existe dentro da peça Hamlet. O rei Cláudio vê S. A. Fadas e, constrangido, sai para rezar. Nascimento-Hamlet vai atrás e vê Cláudio rezando junto a uma santa, num cantinho do teatro de El Senhor.
Hamlet-Nascimento (vê Cláudio rezando): Cláudio, Cláudio, você não me escapa agora. Você é culpado de tudo. Dessa peça de merda que fomos obrigados a ver. Foram idéia sua os desfalques que fizemos aqui e em Londres, tudo culpa sua, vagabundo.
Cláudio (parando de rezar): Não, eu não. Foi do grupo, minha não.
Hamlet-Nascimento (pega Cláudio pelos cabelos): Foi culpa sua Ofélia ter se tornado lésbica! Você é uma biba, falô, seu rei do plágio, seu bosta. Você é a pica do aspira.
Ofélia chega, vestida como uma “tiazinha” bregachique, brandindo um chicote: Vai-te aos homens, não esqueça o chicote!
Hamlet-Nascimento e Ofélia dão uma surra em Cláudio, que sai berrando inocência. As S. A. Fadas terminam a peça e chegam para ver o que está acontecendo. Elas encontram o Fantasma do Pai de Hamlet.
Fantasma do Rei Hamlet: Eu quero que vocês façam um blog. Poderia se chamar Blog do Vamp.
Sandra Paucanhoto: Arrasou!!!
Blognoma Mulher Q. Kerr: Que coisa mais brega!! E comunidade no Orkut: “eu vi o fantasma do pai do Hamlet”, você não quer que faça não?
(O Fantasma desaparece. Entra uma mulher vestida estranhamente. É a Maga Lynguystyka, pitonisa do oráculo de Gargólios. Ela dirige-se à diretora da S. A. Fadas, Francinny, e começa a fazer uma crítica tão enigmática como sua figura).
Maga Lynguystyka: Francinny, você podia corresponder mais, fazer de um espaço uma possibilidades de troca de Cyber-Cultura. Mas, a questão da Histeria e o Inconsciente e as manias das pessoas das pessoas que falam SEM ´MÍNIMO de CONSCIÊNCIA do que fala , mas fala com seus NARCISOS E EGOS, é foda. Nessa coisa chata, aborrecedora q é ter q ler o Inconsciente mais q consciência das pessoas - e o pior é q a gente é escritora experiente em linguagem e literaturas como VOCÊ, - descobri que no fundo mesmo, VOCÊ e nós somos JORNALISTAS, mais que só escritores.
Ter que q encarar uma relação ONLINE e essas ferramentas com o objetivo de escrever para JORNAIS. E os jornalistas são super tranquilos, apesar de eu encontrar montes de "hiperativos e estressados". Mas, você mostrou q é uma perfeita JORNALISTA colocando com super critérios suas peças S. A. Fadas aqui. E tendo a paciência de aguentar como uma professora "driblar" O JEITO das pessoas escreverem, e os mal-entendidos, e a falta de PERCEPÇÃO. OH COISA CHATA!!!
Pior q a gente vê gente que tem puta currículo e a gente escreve coisas idiotas, sem pensar!! Nossa, só congelando essa gente mesmo, ou "contornando" tipo passando por cima ao invés de considerar. Não levar a sério. e muito HUMOR. Já tive recentemente experiência de 'energia ruim mesmo' de ler e falar com pessoas q deveriam ter uma boa linguagem, transparência e flexibilidade, mas não tem , e muito paciente, como meu psicanalista, eu passo por cima ,e ouço considero, e tento conversar, mas a conversa não rende, cara!! então, há milhões de pessoas novas que podemos encontrar e jamais teríamos esta "coisa pesada de ter q aturar" uma pessoa arrogante e egóica. E tái as novas ferramentas e inovações p nos ajudar.
Francinny (sem saber o que dizer, tentando pegar uma vírgula): E sobre a peça, gostou, né?
Maga Lynguystyka (voltando a falar): Então, há milhões de pessoas novas que podemos encontrar e jamais teríamos esta "coisa pesada de ter q aturar" uma pessoa arrogante e egóica. E tái as novas ferramentas e inovações p nos ajudar.
p te dizer a verdade, eu não gostei tanto ás vezes, quando rolou de sentar, pq AS S. A. FADAS não tem IMAGENS e RECURSOS .É só a LETRA o DISCURSO. Então, eu fico pensando.ah vou ter q deixar o link até passar p minha WINDOW etc etcetc .É esse tempo PRESENTE mais aqui e agora q desta NOVA INTERNET q dinamiza e desafia a gente a repensar o USO de cada DISPOSITIVO/FERRAMENTA aqui entende?
Francinny (tenta falar, sufocada): Então você...
Maga Lynguystyka: Pronto,é isso. Espero q vc mantenha seu e-mail. E que imigre p um NOVO VEÍCULO MEIO DE COMUNICAÇÃO melhor q vc se sinta com poder de intercãmbio profissional sempre e com seus amigos e amigas figuras públicas...sua grande REDE SOCIAL. beijos p o elenco de S. A. Fadas, Cláudio, Hamlet-Nascimento e toda família, byeeeee
Francinny (saindo da sala, um pouco saturada de tanto ouvir): byeeeeee!!!!
sábado, 20 de agosto de 2011
Blognovela revista cidade sol: S.A.Fadas no Reino de Troll
Blognoma Sandra Paucanhoto: eu quero mijar no seu rosto, Belo Adormecido.
Belo Adormecido (por detrás de uma redoma de vidro): Arrasou! De jeito nenhum, pervertida! Shrek!!!
Blognoma Sandra Paucanhoto: Menos pão de queijo, mais crucifixos!!! (diz ela eufórica, sempre defendendo uma causa conservadora, como o protesto contra o protesto contra a visita do Papa à Espanha).
Blognomo Bellaviola (feio e sujo): Lá vem o crítico de teatro Lancelot Eliodeia, o chato.
(Toda a tribo blognoma grita, escarnece, geme, vaia, ao mesmo tempo).
Blognoma Mulher Q. Kerr: Ele não aceita as regras sujismundas do reino Troll! Ele é contra nós! Cruel! Insistente! Renegado! Onde você estiver não estarei!
Belo Adormecido: Onde tiver mais de um de vocês, eu estarei no meio de vós.
Blognoma Mara Vilha: Somos ratas, mas seremos super-mulheres! Lancelot Eliodeia, eu te odeio, você poderia ser, seu bundinha seca, super ser, ser super mais do que essa sua coluna de crítica escrota!
Blognomo Dramatudo: Nossa, que fala forte. Eu queria um país só para mim, eu tenho que escrever, escrever, escrever, pois estou ficando louco, louco de vontade de adormecer no mesmo lugar que Belo Adormecido. Escrever um país só para mim, pois não suporto Elsenhor. Não suporto mais. Não consigo ir. Quero ir. Eca, eca, com Creta, com Creta, Electra. I can´t understand.
Blognomo João Grosso Jones: Yeah! Cai fora Lancelot, seu canalha. A guerra é a higiene suja do mundo Troll! Respeitem o Belo Adormecido, Fadas S. A.
Lancelot Eliodeia: Vocês querem só o beijo de Belo Adormecido, porque o beijo dele sai na mídia! Vocês cobiçam esse beijo-mídia, SAFADAS é o que vocês são!
Blognoma Mulher Q. Kerr: Não, estou borbulhando de amor por Belo! Eu olho os céus e fotografo Belo. Eu amo o belo e amo BELO! Amo Belo em si e fotografo o boneco de Belo, desfaleço por Belo, quero entrar na redoma de vidro e fazer amor com Belo! E você, seu criticuzinho de merda, seu parasita. Você vive vampirizando os artistas e produzindo suas merdas de colunas!
(De súbito,entram o elenco original de Hamlet, da Cia Milkshakespeare, vindos de Londres, onde tinham dado um desfalque. Francinny se enfurece).
Hamlet (sorrindo amarelo para Francinny, recita solene): Brazil, Fran, oh, this is the very ecstay of love...
Francinny: PARA A INGLATERRA JÁ! E QUERO MEU DINHEIRO DE VOLTA! DINHEIRO QUE VOCÊS ROUBARAM!
Hamlet: O mundo está fora dos trilhos! Maldita sorte! Nasci para colocá-lo em seu destino! (Sai empurrado aos gritos pela diretora).
Francinny (fala para os atores ao sair empurrando os atores): Quem disse que o teatro não era também uma câmara de tortura!!! Fiquem aí no palco que eu já volto para vigiar vocês, hein?
(O elenco das fadas, fica olhando, medusado, perplexo).
Dramatudo (eufórico): eureca, eureca, electra com Creta! Vamos encenar isso! Adorei! Foi como se o elenco de Sai de Baixo adotasse uma luz e figurino dark- emo-chic e encontrasse um encenador de uma estética trem fantasma!!! (Perplexidade entre o elenco da S. A. Fadas).
sábado, 2 de abril de 2011
Blognovela Revista Cidade Sol: Episódio: "junta os papéis da tua peça que eu tenho um esquema no Ministério da Cultura"
Francinny: Anônimo, será que isso vai dar certo?
Anônimo da Bilheteria: claro que vai, Francinny.
Francinny: Mas...não sei. Eu sempre disse que a Cia. Milkshakespeare é contra a tirania do estado. Sempre foi uma companhia libertária, anárquica. Receber dinheiro do estado, agora, na crise...
Anônimo da Bilheteria: Qualé, Francinny. Você sabe que quem escolhe é o mercado, não o estado.
Francinny: Mas quem paga é o contribuinte. Quem paga são professores miseráveis, trabalhadores da educação, pobres, miseráveis do Brasil.
Anônimo: Quem falou em Brasil? Menina, estamos em El Senor. Podemos continuar falando o que sempre falamos, que somos contra toda tirania do estado, governos, totalitarismos.
Francinny: Mas...e se alguém descobrir?
Anônimo (colocando as mãos na cintura): Escuta aqui, meu amor e revolução. Já cortamos vários atores no ajuste teatral. A coisa não pode continuar assim, senão você vai vender limão no sinal, fia. Não podemos montar Amleto com dois clowns e uma árvore seca, sacou?
Alguém da platéia: Eu já vi essa peça! É Esperando Godard.
Francinny: Sai fora, meu filho, que mané, nem me fala. Eu hein, engordar...(Volta-se para o Anônimo): Ah, não sei, fico me sentindo meio dividida, sabe.
Anônimo: Pois é, menina. Mas vê se te junta. E Junta os papéis da tua peça que eu tenho um esquema no Ministério da Cultura.
Francinny: Não tem clima, bicho. Vê o que fizeram com a Betânia agora, quase foi linchada.
Anônimo: É que Betânia e o Caetano não precisam da rede. Hoje eles são ricos. A única rede que eles precisam é a de deitar.
Francinny: Não conhece a rede e faz projeto para falar todo dia nela?
Alguém da platéia: Betânia vagabunda!
Anônimo: Não há nada além de moralismo udenista aqui!
Francinny: Não gosto de Reinaldo Azevedo, mas gosto de Jabor.
Anônimo: Jabor não rola, menina, ele não vai querer atuar na peça, o passe dele é alto.
Francinny: É preciso rever essa lei Rouanet. Com ela, medalhões ficam ganhando lucros fáceis. É que não existe política para a cultura, na prática, o mercado escolhe e o estado é quem paga, é contribuinte.
Anônimo: Gente, mas quem inventou esse negócio de ensaio aberto deveria ser um torturador astuto ou um coprófago. Fechem as cortinas que eu preciso falar com a diretora em particular, hein!
(Platéia sobe ao palco, joga tomates, grita).
Francinny (corre para recolher os tomates): Nooosa, pelo menos hoje a macarronada vai ter molho, geente!!! Obrigado, obrigado (Tenta fazer um leve gesto para agradecer, mas a chuva de tomates se adensa, o que obriga ela e Anônimo a saírem pela coxia).
quinta-feira, 3 de março de 2011
Blognovela revista cidade sol: Invasão Brega
Horácio (tenso): Olha o Petrossaubrás aí, geeente! O povo escolheu a Globo, isso é globalização plim plim...
Francinny (com voz entediada): Não, Horácio, é com mais calor. O Petrossaubrás tá com dois navios para invadir o castelo de El Senor, tem rebeldes contra você, você tem que passar mais emoção, tá muito travado...
Brisa: Avisa a estréia que vou estar lá...
Francinny: Isso aqui não é sonho de uma Noite de Verão, não, ta, é Amleto.
MNC: Amuleto? Amuleto, jóias, pedras, é comigo mesmo.
Francinny: MNC, até você aqui? Mas você não está no elenco. Olha, vou mudar a música, tá tocando uma música chata...
Marcelo (chega com a cabeça do palhaço Ronald Mcdonald´s nas mãos): Tupi...or not Tupi. That is the Question.
Francinny: Ih, tenta outra frase, isso é clichê.
Marcelo (concentrado): Eu, mistura de grego e tapuia...
Francinny (faz uma careta): Mande o Nelson Rodrigues se danar, já estou cheio dele.
Marcelo (olhando para a diretora com ar de deboche, volta a olhar para a cabeça do clown): Amo tudo isso...
Francinny: Que coisa brega, de jeito nenhum...
Embaixador inglês furioso com o wikileaks 1: Brega? Brega? A invasão vai começar em Brega.
Marcelo (bem comicozinho): Já tou sabendo há muito. O Fidel já comentou e vai vazar no wikileaks.
Embaixador inglês furioso com o Wikileaks 2: Em breve, com apoio das suecas, vamos por as mãos naquele rapaz e ele vai ver, o maldito.
Francinny (colocando um cd no aparelho): Isso aí, vai começar a invasão brega!
(Entram os atores Fernando e Sorocaba): Tá tá tá tá
Tô nervoso, tô passando mal
Quem mandou eu não te dar moral?
Tô suando frio...
Tá tá tá tá
Não acreditei quando falou
Que desencanou do nosso amor
To sofrendo aqui, volta pra mim.(2x)
(Entra Osryka Yourself): Faça o favor, Francinny, abaixe essa música e entre em contato com o elenco em Londres, na Inglaterra.
Francinny: Como assim?
Osryka Yourself: Hein? Ainda não sabe? O Anônimo que cuida da bilheteria avisou que eles não levaram todo o dinheiro não, eles foram fundar a Milkshakespeare na Inglaterra! Foi o último desejo do Fantasma do Rei Luís. Ele deu uma exclusiva para mim e para o Einsenhower. Aliás, ele me disse que agora vai ganhar a vida fazendo aparições para executivos e ganhando duzentos mil...
Francinny: Que ótima notícia! É a melhor notícia desde que ouvi falar da montagem de Lílian de Ipatinga em Curitiba! Então liga a teleconferência aí.
Osryka Yourself: Pois é, mas se o jornaleco Time Out criticar, você senta o pau, viu? Não ligue para imprensa imoral dessa ilha subdesenvolvida. (Sai).
(Aparece o rosto de uma Ofélia toda descabelada, falando para um jovem Hamlet e logo em seguida para a platéia em El Senor): Você não deu valor para o que tinha em casa. You´re bold but boorish. Você é inteligente, mas burricido. Agora fundei a Milkshapeare aqui em Londres, mas enquanto isso tou atuando no filme Matadoras de Vampiras Lésbicas. Me encontrei! Adorei ser uma vampira lésbica, agora quero viver longe de você!!!
Hamlet cantarola (em Londres, junto com os atores Fernando e Sorocaba):
Passei, flagrei, olhei
E vi o que não queria ver
A tremedeira me tomou
Quase que na hora enfartei
Ela é o cara que chegou
Juntinho com você na balada?
Bem que você me avisou
Pra eu dar valor no que tinha em casa.
Francinny (voltando-se para a Cia Milkshakespeare em El Senor, a essa altura reunida para assistir a teleconferência): Nossa, eles se superaram! Foi uma verdadeira invasão brega dos Elsenorianos em Londres! Vamos ter que fazer muito para poder superá-los aqui em El Senor!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Blognovela revista cidade sol: Reconstrução Revolucionária
Local: castelo latino-americano de El Senor
Companhia: Milkshakespeare
Apoio: cadeia de lanchonetes Hamletdonald´s
Personagens
Horácio: ator burguês devoto do mercado e amigo do falecido rei Fernando II
Marcelo: ator fanfarrão de classe média que diverge de Horácio e apóia Eisenhower da Silva.
Asryka Yourself e Eisenhower da Silva, um casal burguês dono do teatro El Senor e da franquia de lanchonetes Hamletdonald´s.
Francinny, uma gentil mulher e diretora da peça Milkshakespeare
Fantasma do rei Luís Hamlet
Fernando e Sorocaba: atores que estão encenando a peça Milkshakespeare
Petrossaubrás, príncipe da Noruega e dono da empresa Atlantis, associado a Eisenhower da Silva e Asryka Yourself.
Dois embaixadores ingleses indignados com o wikileaks
Dois coveiros sem terra
Um capitão do exército
Cozinheira
(Cenário cafona na companhia Milkshakespeare. O teatro está visivelmente decadente e sujo. Horácio está encenando uma passagem de Hamlet. Na platéia quase vazia, visivelmente estão só uns gatos pingados. Francinny, Einsenhower da Silva e Asryka Yourself estão na plateia).
Horácio: Acabo de escutar o galo cantar...(Ouve-se um celular na platéia. Horácio volta-se para a platéia, enfurecido. A peça para. Acendem-se as luzes na platéia). Ele berra: PUTA QUE PARIU!
Marcelo (saindo da coxia indignado): Nunca antes nesse teatro extraordinário...
Francinny, diretora da peça Milkshakespeare (dirige-se ao palco a partir da plateia): CALMA, CALMA, vamos voltar ao trabalho! Apaguem essas luzes! Ei, vocês! Vamos ter mais educação? Desliguem seus celulares. Ao trabalho, Horácio!
Fernando (ator da peça Milkshakespeare, encara a diretora com ar desafiador): Todo dia seu teatro é exatamente igual.
Sorocaba: Sua psicologia tá um tanto quanto errada.
Francinny (irritadíssima): Enquanto atores, vocês são excelentes cantores sertanejos! Agora voltem ao trabalho e...
Cozinheira (entrando no palco esbaforida): Senhora! Senhora! Parte do elenco fugiu!
Francinny: O quê?
Cozinheira: Estamos só nós, coveiros, cozinheiras...Vamos ter que tomar conta do teatro.
Francinny: Ora, ora. Tomar conta, por que?
(Entram os dois coveiros sem terra. Um deles encara Francinny com seriedade): A crise nos atingiu, senhores! A cadeia Hamletdonald´s retirou seu apoio. O teatro faliu! Hamlet, Ofélia, Laerte, todos fugiram para Londres com o dinheiro da bilheteria, por medo de não serem pagos! Nossa única solução é gerir o teatro nós mesmos!
(Todos falam ao mesmo tempo, entrando em polvorosa. Fim da primeira cena da blognovela).
Quadro: Um Réquiem para o Imperialismo, de Magaiver. Fonte: coletivo cultural rosa da povo. http://coletivorosadopovo.blogspot.com/2010/11/tela-um-requiem-para-o-imperialismo-de.html#comments
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Blognovela Penetrália
Capítulo 1: O Cisma Sarapatético
BH, ano 2008. Os Sarapatetas encontram-se para atualização do calendário oswaldiano, decidindo se o marco continuará a ser a devoração do Bispo Sardinha.
Abro os trabalhos recitando Vinícius de Moraes:
Lúcio: Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
Andrei Golemsky (caprichando no sotaque russo): A morte é uma festinsky! Só não me telefonem.
Rodrigo Rock Blue (sempre cantando tudo em ritmo de rock): Yeah, em breve os hippies de Istambul me acompanharão. Why, bicho, não te telefonar?
Andrei: Uai, why, não gosto de retornar ligações perigosas. Liasons dangereuses, sacumé?
Andréa Beluga: Andrei, és assombrado pelo fantasma do Magno Pai de Hamlet.
Andrei: Sangue de Jesus tem poder, belugette!
Andréa Beluga (mau humorada): beluguette não, é meio bicha.
Lúcio (vou citar mais um poeta, Juraci Siqueira): Papai Noel comunista...
Êta, mentira indecente!
O velho é capitalista
fodendo a vida da gente!
A noite logo retorna,
e o Sol, cansado, desmaia
e o mar passa a língua morna
na vulva branca da praia...
Santo André (o duplo de André): almas perdidas, quero salvá-las, sou soldado de Deus, vocacionado jesuíta!
Érico(vestido como nero, encara com hostilidade do duplo de André): Nós estamos aqui para quê, sua horda? Não somos ateus?
Rodrigo Rock Blue: o nome da minha banda é HORTA, HORTA, Érico.
Marcos Xavier (entra vestido e com barba como Tiradentes): estamos aqui para resolver o cisma do Sarapatel dos Estetas, a questão do bispo Sardinha....
Andrei: em nome de um materialismo anárquico, uni-vos!
Santo André: em nome de um misticismo maluco, de um Cristo que vi sair andando da parede quando criança, separai-vos!
Andréa Beluga: assim não dá. SALVEM AS BALEIAS! (sai de cena).
Larisse (quando ela entra em cena, Andrei e seu duplo se retiram): Deus, afasta de mim os versos sacânicos, afasta de mim esse cálice!
Marcos Xavier: é preciso afastar os fantasmas Sergei, Elisângela, Johnny, Magno. Viemos aqui para oficializar o cisma?
Érico (monologa baixinho, enquanto ninguém o escuta, acendendo um cigarro): cisma é comigo mesmo. Sou ateu, graças a Deus. Vim para criar uma igreja atéia entre os sarapatetas.
Rodrigo Rock Blue (histérico, imitando Caetano em 68): Vocês são a juventude que quer tomar o poder? Vão sempre enterrar HOJE o velhote inimigo que morreu ONTEM!
Marcos Xavier (com voz paciente de bom católico): bom, para celebrar a abertura desse congresso tratando do cisma sarapatético. O primeiro passo é a partilha do espólio sarapatético.
Lúcio: NÃAAAAO! Beleléu.
Andrei Golemsky: Os hippies de Istambul detonaram todos os caretas!
Santo André, o duplo de Andrei: Eu não queria fazer amor
Lúcio: I am the world, I am the children, I am Bruce Springsteen...
Érico: Isso aí! “Eu também sei ser careta. De perto ninguém é normal”, racional.
Larisse: O real de perto é quase imaginário, é irracional...
Marcos Xavier: U-te-rê-rê, U-te-rê-rê! OOOga BOOOga-tenho dito!
Larisse: E eu queria fazer amor.
Santo André, o duplo de Andrei: Mais um, mais um...Por que parou? Parou por que?
Rodrigo Rock Blue: Eu queria te matar! Vaza-te, rato de éter!!!
Lúcio: Devassos, pervertidos, chafurdem na pornéia desvairada, crapulitos & crapuletes!
Andréa Beluga: Carpe Diem, seus putos! Agricolei, agricolae, agricolis, agricolam...
Érico: Nós somos os novos bárbaros-temos que ser-ou isso ou os bobos da corte.
Santo André, o duplo de Andrei: Anjo Azul, Greta Garbo, leave me alone, cambada!
Andrei Golemsky (cantando narcisicamente a si mesmo): Não deixo! Você é a geléia que eu gosto mais de comer. Humm!!!
Rodrigo Rock blue: Eu vou te matar, ROMANOV!!!
Larisse: As renobraças vão te POSSUIR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lúcio: Je me gustaria de retalhé le professeur. Yo yrya pendureux ekle dan le cabeza per baix, pour las orejas -- me gustaria mucho! Osgarmo!Vira! Virou! Ah!
Érico: Ah! A vida é como uma prova de colégio: não importa se você cola ou não, desde que a resposta esperada esteja no papel.
Santo André, O duplo de Andrei: OH Zeus. Chuva de ouro, eu só quero, só penso em namorar.
Andrei Golemsky (apaixonado por seu duplo): Namoro não pede Zeus ou Deus, só os seus e os meus, ou melhor, o meu e a sua:
Rodrigo Rock Blue: a morte expõe a bílis gangrênica no seu rabo.
Lúcio: A perversão tomou conta do meu e da tua, seus comunistas, seus trotsquistas, vocês deviam parar de recitar os Poemas para Rezar de Michel Quiost e não deviam deixar os Poemas para Rezar de Michel Quiost fazerem este estrago todo nos humanóides que habitam este planetinha defecante e fazer algo para que os Poemas nunca mais fossem rezados e quem sabe eles fossem desintegrados numa câmara ardente, seria uma ploscalafobéticarexospiração em meio aos vietcongs, maoístas e ativistas exaltados do Partido Armado Universitário (PAU), sigam o Sendero Luminoso e leiam as Teses filosóficas de Enver Hoxha, seus agentes de Tirana, vocês já passaram o verão no litoral albanês?
Érico: Não é anotação da aula, mas parece. Que zona!
Lúcio: Isso a gente não aprende na escola.
Andréa Beluga: Issi o gene não apreende na école.;
Santo André, o duplo de Andrei: EU TÔ DENTRO DE VOCÊ, CARA.
Andrei Golesmky: Fala, minha cruz!
Santo André, o duplo de Andrei: Cruz é o caralho!
Marcos Xavier (fala com a voz do Papa Bento XVI, em off): Acabo com isso ao som de descargas celestiais e do berro de um Deus que criou este mundo e não conferiu se tinha papel higiênico.
(Continua...)
sábado, 22 de maio de 2010
BLOGNOVELA PENETRÁLIA: MENSALITO NA CIDADE SOL
Monólogos da Vagina: Quero meu ti-ti-ti aí.
Fantasma de Oswald de Andrade: Estou endividado, tenho vários empréstimos na Caixa Federal...
Cruz de Cruz & Sousa: Tranca a porta aí. Não tenho nada a ver com suas contas. Dê o dinheiro para a Monólogos da Vagina.
Monólogos da Vagina: Preciso encher o tanque do meu carro, sair para a balada no Rio de Janeiro, ir para boates. Me dá o dinheiro agora.
Fantasma de Oswald de Andrade: Estou gravando vocês com minha caneta-filmadora! Ahá! Vocês são muito toscos. Amanhã estarão no Youtube.
Monólogos da Vagina: Eu vou pegar meu carro e te atropelo, Fantasma. Me dá meu mensalinho agora!
Cruz do Cruz & Sousa: Eu sou amigo de um governador gordo e corrupto, eu jogo sim, jogo todo o orçamento da cidade SE EU QUISER, eu só saio em 2010, eu usufruo e desfruto do que EU QUISER! Eu te exonero, se EU QUISER, hein, Fantasma, eu te rebaixo a chefe de divisão, se EU QUISER. Merda de Fantasminha Pluft que não sabe nem falar!!! Vou entrar contra você com calúnia e difamação. Contra você e contra sua caneta-filmadora. Para os amigos, TUDO, para os inimigos, A LEI! Você está me devendo seis mil reais. Por isso a Monólogos estava cobrando de você.
Fantasma de Oswald de Andrade: Me extorquindo.
Cruz do Cruz & Sousa: Alto lá! Extorquindo não! Seus filhos só foram à praia porque eu levei. Eu sou como um pai para você, Fantasma.
Fantasma de Oswald de Andrade: Pode me rebaixar, eu vou pedir exoneração. Eu apoiei tanto o seu pai, o rei Haroldo III, O Tosco. Devia favores a ele, não para você.
Cruz de Cruz & Sousa: Dobre a língua para falar do rei Harold III, hein? Não quero mais ouvir o nome dele na sua boca de onde saem palavras mal faladas. O santo rei Harold III que chegou aqui na Cidade Sol sem nada e fez fortuna tomando terras de camponeses idiotas. Como ousa falar dele!
Fantasma de Oswald de Andrade: Pare de me ameaçar, pois tenho a quem recorrer. Vou denunciar na justiça, na Câmara da Cidade Sol...
Cruz de Cruz & Sousa: Não me calunie, não me difame que eu entro com três processos contra você, hein? Isso tudo são picuinhas de quem está manipulando você, intrigas da oposição. Armaram um circo e colocaram você, Fantasma, de chimpanzé. Quer ser eu? Quer colocar outro em meu lugar? Não saio até 2012. Vocês vão ter que me engolir, com extorsão e tudo.
Fantasma de Oswald de Andrade: Estou com a consciência mais leve, Cruz. Tou na minha e não comento anônimo. Nem sei o que é isso, tem alguma coisa a ver com O Homem e o Cavalo e as blognovelas? De onde vc tirou? Tá no Fantasma do Pai de Hamlet? Vou olhar. Quer ser eu quem?
HEAUTONTIMOROUMENOS: Enfim, pouco se pode esperar de um narciso, cujos sentidos canalizam-se preferencialmente à auto-adoração, ainda que insegura e, quase sempre, arrependida. Portanto, que se exalte a comodidade e conveniência da crítica eletrônica. Como Cruz da Cruz & Sousa mantém a dificuldade infantil de lidar com a divergência de opiniões, poupa-se o discordante de ver seu protesto desesperado e repugnante. Afinal, além da alma, também a bunda lhe é seca.
Cruz da Cruz e Sousa: Jamais conseguirás, seu caipira de merda. Você jamais será porra nenhuma. E sabes disso. Um porrinha nenhuma num interior qualquer. But a parasite medication would take care of you. Just a worm. So sorry. Assinado: Cruz da Cruz & Sousa da bunda seca!
(Os fantasmas deixam o gabinete, correndo uns atrás dos outros com a caneta-filmadora).
domingo, 14 de março de 2010
Blognovela Penetrália: Onde Há Fumaça, É fogo: Parte 20
Mariene: O ateísmo é uma ruptura, gente. Se Deus é o absurdo coletivo, seu equivalente é a fé na existência devida em outros mundos. Tudo cai nesse ponto, Deus existe.
Susan Clayre: Sabe quem está indo para o Brasil? Zack Glass. Ele canta folk, é um gato, adora brasileiras...
Walter Greulach: Si señorita lo consigue de una vez, gracias que lo disfrute...
Ana Paula: Zack Glass, ah, que vergonha!
Van: vida de monja, de vez em quando encontro uma naja no jardim.
Alziro Patafísico: estou triste.
Fabrício Estrada: Spinoza à la carte: o problema das paixões tristes é que paralisam o conatus.
Ana Paula: Não vamos misturar psicotrópicos com religião porque...
Lúcio: Alguém aí de vocês é Jesus?
Targino: O diabo tá morando no Vaticano, muitos bispos não acreditam em Deus e o cultuam. Li um padre contando: “e ele goza na minha cara!”
Cláudio Diet: Andy Warhol veio para fazer escola. Ah, nossos quinze minutos de fama! Ônus, bônus.
Susan Clayre: Eu fui ver a casa de Hemingway em Cuba!
John Hemingway: It’ll be my first time at the Hemingway House and after this I’ll have seen all of his homes except for the Finca Vigía outside of Havana (which for a US citizen like myself is just a tad more difficult to visit). Eventually, however, I’m sure that I’ll make it to Cuba, too. The government down there, in collaboration with the American Finca Vigía Foundation, has been doing a lot of important work in saving my grandfather’s island hideaway from the ravages of Cuba’s humidity, termites and tropical storms.
Lúcio: Sabia que o John Hemingway não conhece? Não é fácil para os cidadãos americanos irem a Cuba.
Reinaldo Pedroso: Não t intendendo! Isso aqui é campo de refugiados de petistas enxotados do blog do Gerald Thomas e do Vamp? Blognovela número 20? Cadê as outras dezenove?
Lúcio: Tão por aí no blog, Reinaldo, é só procurar. Aqui é igual ao Afpaki, tá cheio de refugiados mesmo. Há mais coisas entre o céu e terra que a nossa Van...
Mariene: Buenas, Tarja, deu bad-bolck nesse seu HD interior! O mundo é um cobol, limitado este nosso ser que vc imagina ser PC: Máquina eletrônica de armazenar, processar e enviar dados. We are much more than this.
Regininha Poltergeist Vereza: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.
Lúcio: Uma nóia. É como diz o Tene Cheba: somos blogólatras. Pena que o Tene ficou dublando a voz de Gianechini e perdeu-se numa cápsula espacial.
Ezyr: Lá VEM a Van com o JOGO INTERSEMIÓTICO DE SEM-PRÉ...
Wilson Nanini: rosas cerzidas com arame farpado me ditam rotas de colisão!
Lúcio: Não é a Van não, Ezyr. Deve ser a Fulaninha, o M60, o Pato Donald, o Crítico de Arte, o...
Cíntia: Targinão, my beloved! For the love of god, aqui em Salvador tá um calor!
Ana Paula: Creeeeedo, migraram a verborragia! JUJUIS me acode!
Targino: O sertão vai virar mar! As águas do velho Chico vão bater no meio do mar e não na boca dos sertanejos com sede.
Sandra: Se Dilma vencer, será a Kristallnacht.
Daniela: Lula não é o profeta do diálogo.
Vamp: Como é difícil defender os torturadores cubanos e o José Dirceu, hein, pessoal? E essa TV Brasil, pense que assistindo você está apoiando Lula, a filha do Lula, o Nassif, a filha do Nassif... Todos mamando! Dá traço de audiência!
Mariene: Sou contra qualquer tipo de transposição, mesmo astral.
Lúcio: Lula já fez greve de fome no tempo do Geisel e fez sua autocrítica.
Reinaldo: Ciro, num lero de que vai transpor as águas do São Francisco...blasfêmia. Tipo, caminhando sobre as águas?
Maria do Rosário: UM OLHO NO PEIXE, O OUTRO NO GATO!
Cíntia: Lúcio, quem dirige essa blognovela? Parece o Gianechini com a voz do Gerald Thomas e com montagem da Ezyr.
Lúcio: Pois é, Deus é o grande problema, né, Cíntia. O diretor é pai, tirano, regente, Deus.
Gerald Thomas: Oh, give me a break. FORGET ME!
Druot: Sim. No Havaí, os locais chamam os brancos de haoles, que significa os que são mortos por dentro. Eles dizem que não estamos vivos, porque não estamos conectados com os espíritos e a natureza.
Londrina: Todos somos seres humanos, até Diogo Maigayde e Gaynalda Azeda. O Brasil tá sintonizado com o Vaticano: tem o partido dos DEMO.
Márcia: putz, que lástima.
Lúcio: Tem uma tarefinha para a gente poder imigrar para outro lugar, a nossa terra prometida, o nosso Israel. Temos que bolar um nome para o filme The Hurt Locker que não seja Guerra ao Terror. Que tal O Esconderijo Escondidinho da Explosão? O Prendedor da Dor?
Márcia: Ih, a visita desse site pode danificar seu computador...
Londrina: Dilma já está na frente de Serra!
Cíntia: Os comments esparramaram como mercúrio cromo quando quebra...
Mariene: Bem Jujú, resolveu que o viver dela clube da luluzinha na pizaria, ia ter a vó e a bisavó.
Lúcio: Os travestis do Caetano Vilela tão a postos no blog dele: Lênin, Tzara e Joyce papeando. Vamos pôr eles para papear aqui?
Londrina: Lúcio, é muito triste um ator se prestar a esse papel.
Lúcio: Mas tá vindo também o filme do Xyco Xavier. Xyko não precisava de atores, vinham os espíritos mesmo. Em New York, Marilyn Monroe contou para ele que não se suicidou. Tava triste e tomando umas bolas, mas a intenção nunca foi se suicidar.
Londrina: terroristo e não terrorismo.
Cíntia: Pode despirulitar que eu não vou largar esse blog legal, alternativo.
Van: Esse blog é a insônia das minhas noites de deleite!
Lúcio: Que tal se fizermos todos uma seita tipo Santo Daime? Uma religião atéia.
Ana Paula: O psicopata SOMOS NÓS!
Cláudio-Diet: Não precisa encher a casa para a festar ficar boa.
Lúcio (fechando a cortina italiana): Então, por enquanto, vamos ficar pensando aqui que rumo tomar. Enquanto isso vocês vão ouvindo Hard Rain is Gonna Fall, do Bob Dylan e Unknown Soldier, dos Doors. Logo mais vem o cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.
domingo, 3 de janeiro de 2010
Blognovela Penetrália: entrevista

Blognovela Penetrália: Entrevista (Imaginária) de Gerald Thomas com Oswald Thomas
(O Vampiro Brasileiro liga a televisão e os mesmos personagens acima param para ver o programa de entrevistas de Oswald Thomas na Rede Esgoto).
Oswald: Hello, Gerald.
Gerald: Hello, Oswald. Já estou arrependido de ter aceitado essa entrevista.
Oswald: E aí, você parou com o teatro? Parou por que?
Gerald: O teatro não significa nada. Não quero nem ouvir falar. Estou para lançar um livro, um filme, estou sempre descobrindo talentos e escrevendo prefácio para escritores tais como Walter Greulach, Denny Yang...
Oswald (sobrepondo sua voz com a de Gerald): O teatro é importante, sim. Sabe, quando eu fiz meu Hamlet pútrido num navio...
Gerald: quer trocar de lugar comigo? Quer que eu te entreviste? Você tem de parar de imitar o Jô, copiar a Marília Gabriela e encontrar sua assinatura própria.
Oswald: No, no. Então poderia só responder yes ou no?
Gerald: No. Você é um autor de uma peça só, hypocrit! E plagiada. E plagiada de mim! Agora você continua plagiando minha aparência, me imitando aqui na TV!
Oswald: Oh, stupid! Como assim? Foi absolutamente original quando fiz A Tempestade na Alemanha nazista!
Gerald: Falta cultura a essa falta de cultura. Antes, eu fiz A Tempestade num aeroporto.
Oswald (tentando retomar o controle da entrevista): E suas polêmicas recentes? Você já viu o filme Lula, o Filho do Brasil?
Gerald: De jeito nenhum. Eu vomitaria nos primeiros quinze minutos! Vomitaria de xenofobia e stalinismo! Não aceito culto de personalidade, isso leva ao fascismo e eu sou uma pessoa que perdeu toda a família num campo de concentração.
Oswald: Nem aceita que cultuem sua obra e sua pessoa?
Gerald: Esse Gerald que eles cultuam está morto. E minha obra é intocável, cara!
Oswald (irritado): Você vota Dilma ou Serra? Você é um sabotador do Brasil?
Gerald: Não entendo nada da política brasileira. I´m still still. Dilma ou Serra, o Brasil vai continuar sendo o País da Merda de que falavam Estragon e Vladimir em Godot...
Oswald: Você já montou Beckett ou algum dos outros diretores do teatro do absurdo, Ionesco, Arrabal, Adamov?
Gerald: Esse Beckett absurdo é um absurdo. Nunca existiu. Como seu teatro, Oswald. Ionesco, Adamov, sim, são absurdos. Tão absurdos que nem me interessam. Enrabal? Quem é esse, um matemático?
Oswald: Defina em poucas palavras Woody Allen e Gabriel Vilela.
Gerald: Woody: tudo! Gabriel: nada!
Oswald: Você viu Som e Fúria, a série da qual eu participei?
Gerald: Lá em New York não tem Rede Esgoto. God Damm! Deus me livre!
Oswald (entre dentes): Mas você está aqui na Rede Esgoto agora. Olha, olha, me responde só uma pergunta...
(De repente,o Vampiro Brasileiro apaga a televisão, nervoso):
Vampiro Brasileiro: Não sei como ele continua se envolvendo com essa gente esquisita!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Blognovela Penetrália: Os canibais estão na sala de jantar

Blognovela Penetrália, número...the torture never stops!
Episódio de réveillon: Os canibais estão na sala de jantar
(Sala de jantar. Os convidados estão a postos: Calígula está na cabeceira, de bata e coroa de louros; Vampiro Brasileiro é o garçon, enquanto Coffin Joe, Cintia Lennon Claude Diet Fábio Pipipi, Joseph Waltcheco, Divo da Eira são os convidados).
Coffin Joe: não são os mesmos velhos procedimentos, não. Hoje vamos comer algo unglauber.
Calígula: comer, fazer uma grande orgia e morrer?
Vampiro Brasileiro: o Serra, Vampiro Brasileiro, reich, putsch (faz sons ameaçando uma cuspida com desprezo).
Coffin Joe: vai passar uma minissérie sobre Dalva de Oliveira e Herivelto Martins de Maria Adelaide Amaral, sabe Calígula? Eu comprei a trilha sonora daquela da Maysa. Mautner e Maysa transaram? Eu vi uma minissérie da Maria Adelaide onde o personagem ia à Semana de Arte Moderna, era sobre um sopro no coração sabe, mas não tinha nada a ver com Clarice Lispector não, sabe, dizem que a mãe dela foi estuprada num pogrom na Ucrânia. Mas, falando da minissérie. O personagem via quadros da Semana e dizia que tinha visto, em Paris, exposições bem mais avançadas. Isso em 1922. Achei que foi como se Gerald Thomas tive saído num túnel do tempo e falasse pela boca daquele personagem. Aliás, hoje vamos comer torresmo, feijoada, tutu com torresmo, comida mineirinha, tá...
Calígula: Cocô não, já te disse Joe, porco come cocô.
Coffin Joe: Pois é. Pois é. Mas vamos agora para algo totalmente diferente, né? Você quer comer as receitas do Joseph Waltcheco?
Joseph Waltcheco: eu tive de engolir meus personagens, quero comer o crítico de teatro, o doido varrido, o Pato Donald no tucupi, sabe? Rabada, rabada com Lula e creme de limão, misturas instigantes, nouvelle cuisine.
Divo da Eira: eu li O Sexo do Crepúsculo do Jorge Mautner e ao ler aqueles dois soldados fazendo sexo no crepúsculo, eu me lembrei do meu pai na Wehrmacht e no partido comunista alemão e ao mesmo tempo eu quis assar um polvo imbecil; é como a frase de Hitler: ou é o escudo dourado dos germanos ou a escuridão do bolchevismo asiático e Mautner mostrou nesse livro que assim foi na Europa Oriental. Mautner transou com Maysa, foi mais um na multidão de amores.
Vampiro Brasileiro: assar polvo não, imbecil! Qualquer lugar para você é melhor do que o Brasil. Você tá se a-Sean-do? Isso é confusão mental! Vou pedir indenização de um milhão de dólares por propaganda desse software sempre livre nazi-stalinux aqui. Nazi-stali-heitorista-reinaldista-dilmista.
Fábio Pipipi: PI..pi...pi...agora Benazir Buto e Odete Roitman, as duas bichas, viraram Vampiro Brasileiro e Calígula! Voltem para o reduto, me enganem que eu gosto. Você viram o filme Bruno, do Sacha Baron Cohen? Aquilo é humor judeu? Vocês vieram da Áustria para serem popstars mais famosas que Hitler?
Coffin Joe: que tal uma Lula ao creme marinado? Marinado com maionese de marienne.
Cintia Lennon: isso de Lula para lá, Lula para cá, tou enjoada de Lula. Prefiro Lennon ou até mesmo Lênin.
Claude Diet: Eca! Eca com Creta! Comam pouco, mas não comam porco!
Coffin Joe: tem uma história que queria contar. Eu tinha um colega que fazia, diziam, loucuras bissexuais e ouvia Philip Glass. Ele montou Nietzsche, o Louco Poeta da Punheta. Começavam com Nietzsche se masturbando. Depois, teve um dia que um espetáculo meio maluco no Centro Cultural da UFMG e o diretor se parecia com Gerald Thomas, mas não era e...
Calígula: você já me cocô...digo, já me contou essa história. Mas nós viemos aqui para jantar nossos mortos. Somos os canibais na sala de jantar. Essa imagem de Gerald Thomas que você repete é horrível, essa imagem está morta, entendeu? É pura imagem, entendeu? UNGLAUBER?
Coffin Joe: Glauber. Ghost Writer. Suicide Notes. Beckett speaks. Einmalisch!
(Pano rápido. Trevas).
terça-feira, 26 de maio de 2009
Diálogos Impertinentes: Blognovela Penetrália 14
Cíntia: Você também? Deve ser divino fazer amor com ele!
Reinaldo Pedroso: Não, Susan, não! O Fábio te Melo, não! Lúcifer! Lugo! Profano! Metrossexual! Susan, querida, salva a tua alma… Beijo aflito.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Blognovela Penetrália parte 13: nada a declarar
Apresento a vocês a breve blognovela ”Nada a Declarar; Tudo a Ocultar”, inspirada neste Post (Nada a declarar, de Gerald Thomas) e na blognovela do, digamos, símbolo. Ela, portanto:
”Nada a Declarar; Tudo a Ocultar”
Personagens:
Gerald, o gênio;
Vampiro; o genioso;
Bahuan, o taxista indiano;
Narrador, o gostosão.
Parte primeira:
Narrador: -Sem dúvida a noite nova iorquina, sombria e amarga, trazia depressão para os homens mais vibrantes. Era o caso de Gerald Thomas, o grande. Grande porque, além de sua estatura em razão de sua dieta macrobiótica, era um reconhecido dramaturgo, ator, poeta, artista pós-moderno, dançarino e apreciador de pizzas excentricas. Mas nada disso evitou a escuridão sobre seu olhar e ele saiu na tempestade a gritar socorro.
Gerald: -Socorro!, socorro!, táxi!, táxi!
Táxi amarelo pára para o Gerald.
Gerald: - Nossa! Que ótimo vê-lo senhor taxista. Você é maravilhoso. Eu sei que aparento um tando doido; sabe, cá entre nós, mas tenho vergonha de parecer doido varrido. Desculpe-me, senhor.
Taxista: - Imagine! Quanta modéstia e simpatia…
Narrador:- Gerald ansiosamente interrompe o taxista e indaga:
Gerald: -Qual o seu nome, querido?
Taxista indiano: -Bahuan.
Gerald: -Lindo. Gostei, Bahuan. Agora me leve para o meu terapeuta… Por favor.
Bahuan: - Qual o endereço, senhor?
Gerald: - O das estrelas.
Bahuan: - Decerto.
Um dos celulares de Gerald toca ( som da configuração inicial do celular).
Gerald: Quem é?
Vampiro: Eu; não?
Gerald: Eu quem?
Vampiro: Eu, ora. O Vampiro.
Gerald: - Porra! Eu já falei que quero aquele Blog em ordem…. Poh!, Vamp, meu amor…
Vampiro: - Tudo bem… Depois eu te ligo. Vou dar um jeito. Tchau.
Bahuan, de repente, freia bruscamente e Gerald bate a cabeça no banco frontal.
Gerald: - Ai!… Mother fucker!… Preste atenção, meu senhor!, … Olha!, eu preciso ir ao terapeuta e quero chegar vivo. Meu querido, mais atenção…
Bahuan: Pode descer. E que tal uma sugestão de subtítulo para seu blog? Blog do Thomas: aqui o público atende pela porta de trás.
Gerald: Obrigado, Baquian.
Narrador: - Não mais chovia e no mais suntuoso e belo edifício do Brooklin, Gerald adentra… Para ele nunca, nunca mais sair e revigorar suas tantas máscaras e fantasias que lhe fazem sobreviver do jeito que é.
FIM.
domingo, 26 de abril de 2009
Dilma; quase uma personagem da blognovela penetrália
Ela tem um cão, gosta de livros, de tango e de se ver bonita. No passado, comandou guerrilheiros, foi presa e torturada. Tida como dura na queda, a ministra Dilma Rousseff, candidata de Lula à Presidência, abandona as reservas e, descontraída, conta detalhes (alguns tristes, outros divertidos e saborosos) da sua vida privada
Patrícia Zaidan e Alessandra Roscoe
No quarto andar do Palácio do Planalto, um acima do gabinete do presidente da República – e de onde se vê o sol corar o lago Paranoá –, trabalha a mulher mais importante do país: Dilma Vana Rousseff, 61 anos, ministra-chefe da Casa Civil, que controla a máquina federal. Equivale a dizer que é a número 2, atrás apenas do chefe da nação. Jamais disputou uma eleição e não é petista histórica. Chegou ao Planalto como a perita que aplacou a crise de energia no Rio Grande do Sul nos anos 90, quando secretária do governo gaúcho. Seu nome foi indicado a Lula como a peça-chave para evitar o apagão que assombrou o antecessor, Fernando Henrique. Dilma abriu o laptop, apontou soluções e virou ministra de Minas e Energia. Mineira, economista divorciada, foi dela que Lula se lembrou quando o escândalo do mensalão arrasou a moral do PT e destronou José Dirceu, então homem forte do Planalto. Dilma o substituiu na Casa Civil em 2005. Pouco depois, um novo escândalo derrubou o titular da Fazenda Antonio Palocci – outro pilar do staff –, e Dilma se tornou o principal apoio do presidente. “Lula ficou mais solto para agir, as tensões diminuíram, não há queda-de-braço como as ocorridas entre Dirceu e Palocci”, diz Franklin Martins, ministro da Comunicação Social.
É sobre ela que recai a escolha de Lula para sucedê-lo. Guerrilheira que enfrentou a ditadura militar, agora acusada pelos adversários de antecipar a disputa eleitoral, Dilma tem 14% da preferência do eleitorado e pode ser a primeira mulher a governar o Brasil.
CLAUDIA Num jantar político, a senhora cantou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) o tango EL DIA QUE ME QUIERAS. Gosta de música?
DILMA Adoro. Mas não cantei. Minha voz é de fazer chover. Eu falava a letra e Suplicy cantava. Meu pai me obrigou a estudar piano por quatro anos, mas, infelizmente, não tenho o menor talento. Aprendi a ouvir tango e jazz na prisão, com uma colega de cela, a professora Maria do Carmo Campello de Souza. Naquela época, passei a entender melhor Astor Piazzola e a apreciar a voz de Ella Fitzgerald. Maria do Carmo tinha muitos discos, que nós tocávamos numa vitrolinha. As caixas de som eram ótimas, feitas por outra presa com caixotes de maçã. Hoje ouço muita música clássica – Bach e Vivaldi estão sempre comigo – e ainda curto a dupla Zezé di Camargo e Luciano.
CLAUDIA Sertanejo? Isso é influência do presidente Lula...
DILMA Não! Já gostava bem antes de trabalhar com Lula. É O AMOR é linda. Não tenho restrição a gênero algum. Meu lado gaúcho (viveu no Rio Grande do Sul por três décadas) me leva a gostar ainda do Bagre Fagundes: “O canto gauchesco e brasileiro desta terra que eu amei desde guri....” (cantarola batucando com a mão sobre a mesa).
CLAUDIA Seu lazer é à base de música?
DILMA Em primeiro lugar, de leituras. Leio tudo. Estou na fase dos angolanos, como José Eduardo Agualusa, autor de O VENDEDOR DE PASSADO, e de Pepetela, de PREDADORES. Também gosto muito de pintura e tenho a minha galeria.
CLAUDIA A senhora coleciona obras de arte em casa?
DILMA No computador. Entro nos sites dos museus famosos, como o Metropolitan, acesso as que quero e baixo. Se estou numa fase impressionista, seleciono obras impressionistas. Atualmente, prefiro as japonesas. Para mim, literatura, música e pintura são instrumentos de descoberta. A nossa aventura neste mundo passa por compartilhar a arte. Por meio dela, acesso um pouco a raça humana. Se não tiver essa dimensão, entendo bem menos as pessoas.
CLAUDIA A senhora se sente sozinha em Brasília?
DILMA Não me sinto só. Trabalho muito e no fim de semana quero me recolher, quase não saio de casa. Às vezes, recebo a visita da minha mãe (Dilma), que vem de Belo Horizonte, e da minha filha (a procuradora do Trabalho Paula, 31 anos, do segundo casamento), que vive em Porto Alegre. Adoro quando o meu bebê vem me ver.
CLAUDIA Ainda mantém o labrador Nego, que ganhou do ex-ministro José Dirceu?
DILMA Ele é um labrador genial. O Zé Dirceu fez o imenso favor de deixá-lo comigo. Ao sair do governo, não tinha para onde levar o Nego, que é enorme (Dilma vive na mansão antes ocupada pelo petista, na Península dos Ministros, no Lago Sul). Passeamos muito juntos. Desde pequena, tive cachorros, sempre vira-latas. Quando minha filha nasceu, eu lhe dei um policial para que aprendesse a lidar com os bichos. Ela cuidava, escovava os dentes dele até que o cão morreu, aos 15 anos. Foi uma choradeira danada.
CLAUDIA O feminismo está revendo o discurso que dava a maternidade como algo secundário. A escritora americana Camille Paglia é partidária dessa revisão. O que pensa disso?
DILMA Em que pesem todas as ótimas constatações que Camille fez sobre sexo e cultura, sua visão, no passado, de que maternidade era secundária, estava equivocada.Uma das coisas mais importantes da minha vida foi ter uma filha. Tem mulher que decide não ter filhos, eu as respeito. Mas não podemos abrir mão damaternidade. Se você dá a vida, tem que cuidar dela, providenciar alimentação, ver se as orelhas estão limpas... a maternidade dá competência. A capacidade de agregar vem do treino com os filhos. A visão privada amplia a visão pública. Nem todo feminismo se opôs àmaternidade. Foram as feministas que exigiram do governo o tratamento pré-natal, a licença-ma ter nidade...
CLAUDIA O fato de o ex-ministro Gilberto Gil ter dito que a senhora tem um lado macho a ofendeu? Sente-se incomodada quando ouve que é uma gerentona, uma mulher dura demais?
DILMA O meu amigo Gil pode me chamar do que quiser, porque é um artista. Talvez ele olhe coisas minhas e capte a essência. Gil disse na música SUPER-HOMEM que ele tinha um lado feminino a cultivar. As mulheres têm um lado de resistência, identificado com o sexo masculino, para ressaltar. Não somos um bando de manteigas der retidas que não enfrenta a diversidade; pelo contrário, resistimos a tudo. Eu costumo afirmar que sou uma mulher dura cercada de homens meigos.
CLAUDIA A senhora perdeu 10 quilos. Fez dieta?
DILMA Cheguei à Brasília pesando 67 quilos. Não mantive as atividades físicas, a alimentação era desregrada e, como a tensão é grande, atingi 78. Emagrecia e voltava a engordar. Aí mudei a tática. Diminuí o carboidrato, aumentei verduras e carne branca e caminho todo dia. Demorei um ano e dois meses para estar como estou..
CLAUDIA A fitinha no pulso é do Senhor do Bonfim?
DILMA Foi a Flora (mulher de Gilberto Gil) quem amarrou e disse: “Mentalize um desejo; quando arrebentar, ele se realiza”. Se eu revelar o que é, não se concretiza.
CLAUDIA Atrás da sua mesa, tem uma Santa Ana e outras imagens. O que elas representam?
DILMA Vou ganhando e ponho aí para me proteger. A medalha foi do pessoal da Canção Nova. O Jaques Wagner (governador da Bahia) me deu a mãe-de-santo. Ainda guardo o desenho de um garoto sobre o trem-bala que queremos fazer.
CLAUDIA A senhora parece mais saltitante depois da plástica...
DILMA Eu sou uma pessoa alegre. O fato de ficar séria não quer dizer mau humor. Fico séria enquanto penso. Preocupada, então, é que não rio mesmo. Isso não tem nada a ver com depressão.
CLAUDIA Ficar mais bonita mexeu com sua alma?
DILMA Muito. Qualquer um gosta de se sentir mais bonito. Mulher de Minas não entrega a idade. Minha mãe me proibiu de dizer a minha para não deduzirem a dela. Mas digo sem problemas que tenho 61 anos. Embora me orgulhe deles, devo admitir: minha olheira bate aqui embaixo. À noite ela reaparece, mesmo com a plástica.. Vocês não sabem o que é o rally Paris Dakar que enfrento todo dia no governo. Além disso, a minha linha de queixo estava caída. Não tenho vergonha, precisaria ser muito insegura para não decidir pela plástica.
Os homens também fazem. Fernando Henrique e Serra (o governador de São Paulo, seu provável adversário na disputa presidencial) fizeram. É bom fazer, principalmente quando dá certo. A minha ficou natural.
DESCOBERTA DA REDAÇÃO Dilma Rousseff usa mais um expediente para dissipar os efeitos do Paris Dakar: em fins de noite, dirige seu Fiat Tipo até uma pequena clínica de massagem no bairro Sudoeste. Deita-se na maca com dores musculares e adormece. Antes de escolher a clínica, pediu à massagista para ver os documentos de funcionamento do local e os certificados de cursos que ela havia feito.
CLAUDIA A senhora já assimilou o estilo Lula, anda cheia de metáforas para popularizar o discurso. Até comparou o Plano de Aceleração do Crescimento, que gastará 646 bilhões de reais em obras até 2010, a um boi gordinho.
DILMA Não o comparei a um boi. A imprensa publicou tudo errado. Uma repórter perguntou se o PAC empacou. Eu respondi: “Não, ele não empacou. Está mais para uma vaquinha. No início era uma vaquinha ma-gérri-ma. Aí, foi ficando gordinha em 2008 e, em 2009, vai virar uma vaquinha de raça”. Foi essa a história.
CLAUDIA Como reage quando Lula diz que pode economizar no batom da dona Dilma, mas não vai cortar recursos do PAC?
DILMA Até acho graça, aprendo muito com ele.
CLAUDIA A oposição, que dizia que a senhora era apenas boa técnica, já viu que sabe fazer política?
DILMA O vício de tachar alguém de tecnocrata vem da ditadura, que construiu dois perfis: o técnico é correto e capaz; o político é subversivo ou corrupto. Não acho correto o Brasil herdar essa visão sem saber a que ela serviu. Já me aconselharam: “Deixe que falem, o povo associa político a safadeza e separa você do bolo”. Não posso compactuar com essa ideia. É impossível ser boa ministra se não tiver uma ampla visão política sobre o meu país. É sandice achar que todo político é mau. INTERRUPÇÃO. Neste momento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, telefona. Antes, dois governadores haviam ligado – ela não pronunciou o nome deles. A agitação era em torno do programa para construir 1 milhão de casas populares. Com o ministro, foi cirúrgica: “Li seu primeiro relatório e não achei satisfatório”. Ele deve ter dado justificativas, e Dilma arrematou: “Guidinho, você já repetiu isso seis vezes. Venha na quinta (a entrevista foi na terça) e conversamos”.
CLAUDIA O senador Agripino Maia (DEM-RN) provocou-a, ano passado, lembrando que a senhora tinha mentido para os torturadores.
DILMA Aquele senhor não sabe o que é passar 22 dias sob choque elétrico e pau-de-arara. Menti para não entregar parceiros. Por dois dias, apanhei sem revelar onde morava com uma amiga. Assim, ela saiu da pensão, na avenida Celso Garcia, em São Paulo, e outros deixaram os locais onde se refugiavam.
CLAUDIA Como era a pensão? Guardava armas ali?
DILMA Era simples, tinha um corrimão típico: descascando com a unha, apareciam várias cores, até chegar à madeira. Havia armas ali, sim. Eram algumas pistolas.
CLAUDIA A senhora ainda se lembra de como é atirar?
DILMA Não era a minha função. Eu participava da direção.
CLAUDIA Mas foi treinada para lidar com fuzis...
DILMA Sempre tive muitos problemas com a minha visão, uma miopia pesada, de 8 graus num olho e 6 no outro. Não tinha bom ajuste de mira. Eu era ótima para limpar uma arma, ainda sei como desmontar e montar uma.
CLAUDIA A senhora participou ou não do roubo do cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros, que estava na casa da amante dele e continha 2,5 milhões de dólares?
DILMA Gostam de dizer que participei. Podia ter havido minha participação, mas não houve. Não estou querendo negar nada. Tem várias pessoas vivas, que atuaram no episódio, que podem confirmar o que digo. Naquele momento, eu cuidava de reinserir os militantes clandestinos na luta legal.. Deslocava pessoas de um estado para outro onde pudessem trabalhar. Era hora de abrandar as ações e priorizar a mobilização das massas.
CLAUDIA Quando viram que a luta armada havia fracassado?
DILMA Éramos cerca de 300 jovens convictos de que mudaríamos o Brasil e a América Latina. Com a quantidade de prisões, percebemos a fragilidade daquela luta. Nas casas da morte, a repressão massacrou quase todas as organizações de esquerda até 1974.
"Nasci dia 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte. Com meus irmãos (Igor, 62 anos, e Zana Lívia, já falecida), nadava no Minas Tênis e subia em árvores: tínhamos jabuticaba, fruta da minha mãe, e pera, do meu pai (o empresário Pedro Rousseff, já falecido). Ele era socialista, não tinha religião, mas, quando eu disse que queria fazer primeira comunhão, me levou para o Sion, escola de freiras que promovia ações sociais no morro do Papagaio. Dias antes do golpe de 1964, entrei no Estadual de Minas Gerais, um colégio efervescente. Ia a passeatas, via o Teatro Opinião encenar Arena Conta Zumbi, uma ode aos direitos dos oprimidos. Aos 16, ingressei na Polop (a organização Política Operária). Lia obras do Celso Furtado, considerado subversivo, e assistia aos filmes do Glauber Rocha, com ele na plateia. Guardo memórias boas, como conviver com Milton Nascimento – para mim, Bituca – e Márcio Borges, parceiro dele. Na casa do Marcinho começou o Clube da Esquina. Ele e eu roubávamos lanche da geladeira da minha mãe... Mas outro dia achei estranho: encontrei Bituca no aeroporto de Porto Alegre, e ele não me reconheceu.
O AMIGO Márcio Borges, 62 anos, gargalhou ao saber que Dilma se lembra dos assaltos à geladeira. “Buscávamos comida e bebida para que nossas festas durassem uma semana”, diz. “Ela era a líder mais brilhante, tinha uma coragem surpreendente, pagou o ideal com as dores do corpo. Fiquei arrasado ao ver, em 1968, cartazes com a foto dela e a palavra ‘Procurada’. Quando ressurgiu na TV como pessoa pública, gritei: ‘É a Dilma, a minha Dilma! Minha candidata desde os 20 anos’.”
A prisão
"Casei aos 19 anos. Universitárias não usavam véu e grinalda. Então, me vesti num redingote lindo, verde-clarinho e segui para o cartório, para alegria da minha mãe, que nos deu um apartamento para morar. O meu marido (o jornalista Claudio Galeno Linhares) também era militante na Polop. Em 1968, os militares decidiram endurecer, porque não haviam enquadrado todos os setores na ditadura. Foi o golpe do golpe. Procurados pela polícia, chegamos a dormir fora de casa e nos mudamos para o Rio. Com o AI-5, o Congresso foi fechado, políticos acabaram cassados, a censura à imprensa e as prisões cresceram. Entre nós, avaliávamos que os militares não deixariam a democracia voltar mais. Não havia espaço para fazer as mudanças de que o país precisava, a única forma de resistir era lutar. Fui presa no centro de São Paulo, dia 16 de janeiro de 1970, aos 22 anos, por falha minha. De manhã, havia ido ao encontro de um companheiro, que não apareceu. Era um mau sinal, eu não deveria ter tentado o segundo encontro, à tarde, numa lanchonete. Entrei e ouvi: “Você está cercada”. Andei rápido até uma loja de móveis.. Pensei em escapar pelos fundos, mas me pegaram. Eram três equipes, muitos homens.
A PENA
Condenada a seis anos de prisão, Dilma cumpriu três no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Era o cérebro da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, codirigida pelo maior mito da guerrilha brasileira, o capitão Carlos Lamarca. Usava os codinomes Stela e Marina e já havia se separado de Galeno, que sequestrou um avião e o levou para Cuba. Com o segundo marido, o advogado Carlos Franklin de Araújo, participou da elaboração de assaltos a banco. O procurador militar que a denunciou referiu-se a ela como “Joana D’Arc da subversão” e “figura de expressão triste e notável”.
O brado da oposição
O PSDB e o DEM, que também estão em plena campanha, com anúncios de José Serra nas TVs de todo o país, pagos com dinheiro público do governo de São Paulo, acusaram, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula e Dilma de realizarem um evento eleitoreiro com 4 mil prefeitos, em fevereiro, em Brasília. Pela lei, a campanha só começa em julho de 2010. Até o fechamento desta edição, o TSE não havia julgado a questão. O líder dos deputados tucanos, José Aníbal, dirigiu-se ainda ao Tribunal de Contas da União questionando o gastos. “Acho que torraram 10 milhões de reais. Desvio de verba pública é corrupção”, diz. Mas a ministra tem sorte, seu opositor a admira. “ Minha primeira eleição, na faculdade, ganhei com a ajuda dela. Ainda saímos para jantar, mas não posso deixar de apontar os erros.” Para ele, Dilma “é boa gestora, mas está contaminada pelos vícios do PT”. Enquanto isso, ela bota o bloco na rua. Participou do Carnaval de Olinda e até da missa do padre Marcelo, no Terço Bizantino, em São Paulo. Perguntada sobre campanha, diz: “Não falo no assunto nem amarrada”.
--
Att,
Francisco J. de Abreu Duarte
Gerenciamento da Informação
M&C Comunicação
http://mccomunicacao..com
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sábado, 18 de abril de 2009
Blognovela Penetrália parte 11: quer ver Cuba lançar
Gerald Thomas: Nessuno dorma! Estou chegando pela quinta vez a Cuba! Eles já me convidaram quatro vezes, agora vou cantar com Andrea Bocelli aqui!
Pacheco: quack!
Crítico de arte: será uma obra geraldiana imperdível! Se você espirrar, saúde!
Gerald: vamos fazer uma chamada? Donald Duck, Pacheco, crítico de arte, Tene, Francinny, Edward, Sandra, Contrera...
Lúcio: só as personagens do Pacheco ocupam meio barco, oh capitán mio capitán...
Walter Greulach: maestro!
Fantasma de Paulo Francis: essa josta. Voltou. Fidel não morreu, eu morri antes dele! Socialismo ou muerte: muerte!
Lúcio: o que estava escrito naquele papel do Reinaldo Azevedo, hein, Gerald?
Gerald: cadê ele?
Lúcio: está comigo aqui, mas é uma letra ilegível, tá sujo... É...
Gerald: é isso que vc está pensando mesmo!
Lúcio: quero..que..Cu...ba...lance...North Korea...vai lançar foguete...ich.
Gerald: ich weiss es nicht.
Crítico de arte: já disse que essa porcaria não deveria ter voltado. Agora não existem mais grandes bandas de rock. O rock morreu. Denny Yang acabou seu blog. Walter Greulach é o novo Borges, o novo Cortázar...
Fantasma de Paulo Francis: queeeem? Se eu não conheço, não presta!
Tene: Hamlet. Vamos montar em Cuba um Hamlet. Cubista. Um Hamlet de protesto contra o chavismo e outros ismos comunismos socialismos nazismos chebismos arabismos israelismos grafismos
Crítico de arte: adoro seus poemas, mas isso aqui é blognovela, aliás, para quê essa porcaria voltou? Que diabos tou fazendo aqui?
Pato Donald: quack!
MNC: pessoal, estamos chegando! Tou ouvindo rock! rock em Cuba, o embargo acabou! (ela pula do barco e dentro em pouco volta)
Gerald: oh my god!
Caetano Veloso: o fato dos Estados Unidos violarem os direitos humanos em solo cubano é por demasiado significativo para eu não me abalar...
Mnc: estamos em Guantánamo!
Edward: mierda para vcs (salta, tentando voltar nado para os USA)
Lúcio: a nado, não!
Gerald (já em terra, cercado de jornalistas): Cuba não significa nada...
Targino: como assim, não significa nada? Ela só significa!
Ezir: isso é simplesmente P-R-O-F-U-N-D-O! NECESSITA inter-PRETAÇÃO inter-SEMIÓTICA
Lúcio: vamos ver a Yoani, pessoal! Aprender a blogar com a blogueira mais importante do mundo!
(Continua...)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Blognovela Penetrália: A Hora H
Lúcio: acho que fui profético quando disse que, aqui nessa blognovela, não existe diretor, cada um dirige a si mesmo, num processo self-service.
Cruz do Cruz & Sousa: Você quer tomar o poder? Parasita! Penetra!
Lúcio: é isso o que você está pensando mesmo. O poder tem a minha cara também.
Cruz: Sua blognovela é uma josta. Tá sem audiência nenhuma. Por que essa merda voltou? Quem é o diretor disso aqui? Isso aqui não passa de uma idéia plagiada do Gerald Thomas e mal realizada por esse tal “penetrália”...humpf!
Lúcio: sou eu.
Cruz: Parece caderno Mais passado na bunda. Mais usada na privada. Arquipélago Gullar....
Lúcio: E o Pinochet?
Cruz: Seu burro, eu senti, em Cuba e no Chile, o peso dessa esquerda autoritária que você romantiza aqui, você que é de uma suposta esquerda. Um dia um operário chegou na minha casa no Chile e disse que tudo aquilo ia ser dele no futuro! Ah, aqueles allendistas...tiveram o que mereciam.
Lúcio: pois aqui estamos entre Piaget e Pinochet.
Cruz: você é como o Francis que dizia sair das peças do Beckett com nada no bolso ou nas mãos. Ladrãozinho de idéias.
Lúcio: já é alguma coisa em filosofia, o nada. O nada nadifica, o tudo tudifica, não há nada como ejacular o seu nada. Nada prova nada.
John: Mas quem é diretor agora? Ninguém me fala nada...
Lúcio: Da Ópera H é o Caetano Vilela.
John: Bruce Botnick is also curious. Será que o Glass não sabe que o Gerald é brasileiro?
Lúcio: encare tudo como uma experiência prática de morte do autor.
John: death of the author?
Lúcio: autor aqui sou eu, mas a coisa seria muito melhor se o autor fosse Gerald Thomas.
Caetano Veloso (obraemprogresso.com.br): esse papo seu tá qualquer coisa.
Vamp: coisa em si?
Lúcio: John, a obra deve estar em progresso. Mas esqueceram o autor num hotel lá da Flórida, você disse...mas não era em Cuba?
John: é, o autor andava amaldiçoando a América Latina.
Cruz: vão trabalhar. Não tenho nada que acompanhar esses papos seus. Não gostei, não gostei, não gostei. GO DO YOUR THESIS! Você quer fazer do seu blog uma arena para touros brigarem, você quer sangue, quer por todo mundo uns contra os outros. Você quer que os escritores e artistas sangrem para depois vampirizar a tinta que sair. A culpa é TODA sua, Lúcio.
Lúcio: opera-ários e opera-árias de todo mundo, uni-vos em torno do libretto!
John: (...)
Gerald: (....)
Lula: eu não sei de nada, Gerald, não me culpe.
Lúcio: Cruz, você é sempre do contra. Mas não aceita sua própria cruz. O narciso dos outros é bem feio, né?
John: não quero mais saber de mistérios e não tou para botar a coroa em príncipes da esperança. Quero que alguém me informe sobre a Opera H.
Cruz (cantarola U2): it moves in mysterious ways...
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Webnovel da Vange
Procurei blognovelas na inernet, mas só gostei dessa. As pessoas ficam querendo fazer igual às telenovelas da Globo e fica uma coisa chata. Mais episódios dessa da Vange no seguinte endereço: http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/subcanal/2_164.shtml Memórias de uma Mulher Macaca | 27/2/2008 |
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Capítulo 1
Sou metade macaca e metade humana. Não, não digo isso no sentido em que somos todos descendentes de um ancestral símio. Não. Eu sou, literalmente, um híbrido, uma quimera: metade macaca e metade humana. Não que isso seja uma novidade. Vocês já devem ter ouvido muitas histórias (verdadeiras ou não) sobre seres de natureza dupla ou múltipla: sereias, minotauros, esfinges, centauros e lobisomens.
Muitas histórias sobre seres sobrenaturais como eu já foram publicadas em livros e mostradas em filmes e seriados de TV. Fábulas protagonizadas por personagens fora do comum gerados a partir de linhagens distintas já se tornaram um clássico da literatura fantástica. Portanto, não há nada original no fato de eu ser uma mulher-macaca.
Aliás, é bom que vocês saibam: existem – e disso tenho certeza – vários como eu vivendo anonimamente por aí. Uns mais peludos, outros menos, uns mais inteligentes e outros mais estúpidos. Nada muito diferente, diga-se, daqueles que são exclusiva e puramente humanos.
Alguns ousaram sair da clandestinidade. Oliver foi um deles. Capturado nas matas do Congo, foi domesticado e escravizado por humanos bárbaros que exibiam a criatura em circos e freak shows. Chegaram a arrancar os dentes dele para que não mordesse seus donos durante justificados ataques rebeldes.
Oliver não teve uma vida muito boa. Ele, que sempre andou sobre suas próprias pernas, acabou com uma artrite. Mas o maior infortúnio foi se apaixonar por uma mulher humana. Aquele amor shakespeariano que rompia a barreira das espécies despertou reações explosivas de moralistas que não admitiam uma paixão carnal entre a besta e a bela. Oliver tornou-se criatura medonha e foi condenado ao esquecimento.
Bigfoot, Sasquatch e Monga são outros seres híbridos de humanos e macacos bastante populares. Personagens fictícios de autores como Will Self e Kelpie Wilson também contribuíram para divulgar a existência dos chamados "chimpumanos" e "humanzés". Homens e mulheres macacos já não são novidade. Não no mercado editorial.
O que quero dizer, como introdução a este relato, é que minha história é comum, demasiadamente comum. Sou apenas uma entre muitos. Mas preciso escrever minha história para me livrar da clandestinidade. E para purgar um grande amor. Porque, a exemplo de Oliver, também me apaixonei por uma mulher humana. Um amor lindo, divertido, intenso e polêmico, mas totalmente incompreendido.
No entanto, a antes de chegar a esta parte da minha vida, vou contar como tudo começou. É uma longa história, que vou relatar aqui em capítulos para que vocês não se cansem de mim ou da minha trajetória. Fiquem ligados. Nas próximas semanas conto mais.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Blognovela do Gerald Thomas
10/09/2008 - 22:21
BlogNovela: a parte achada nos escombros de Ground Zero… nos restos do World Trade Center.
Góticos Cubanos - Guantánamo - 1
Ninguém podia imaginar isso. Um manuscrito praticamente queimado da Blognovela foi achado nesse dia 11 de setembro de 2008 onde hoje se ergue a Freedom Tower,
Como seria mesmo típico de um manuscrito de Gerald Thomas, o grupo caminha lentamente em direção à sua liberdade:
O que se entende por “liberdade” nesse manuscrito somente Reinaldo Azevedo pode decifrar: Muitos americanos, reféns da “decadência do capitalismo”, segundo alguns leitores do Blog, tentam deixar o país. A população se amontoa (tristemente, o número já chega aos 200 milhões!) na costa da Flórida, Louisianna e almeja chegar à CUBA a nado, em embarcações improvisadas, etc.
Os “auto-exilados” do chamado “mundo livre” (também chamado de CAPITALISTA) tentam chegar à Cuba devastada pelos furacões Gustav e Ike. Mesmo assim, Cuba ainda parece ser um paraíso.
Gustavo – Está vindo gente, devagar!
Vamp- Você é o Gustavo ou o Gustav?
Rio Maynart- Vamp! Ele é o Gustavo de Gainsville, daqui da Flórida. Olha pra ele!
Vamp- Ah, tá! É que nossa saída do (parte queimada, ilegível), foi tão difícil, que nem sei mais reconhecer ninguém!
Gustavo - Aqui não é Nova York… calma… aqui o território é Republicano, Elefantisíaco!, e se habla español. Portanto, mesmo com as costas calientes, eu embarco as pessoas, com meus amigos cubanos, entendem?
Sandra- Ficou alguém no buraco?
Vamp – Estamos todos aqui! Nossas almas estão lá! Me sinto um gargolio, com neta e tudo. A idade bateu!
Tene- Onde?
Vamp – Ah, se a gente soubesse! Num manuscrito queimado. Fomos reduzidos a isso. Daqui a pouco surge uma traveca. Espera só!
Tene – Isso não é da minha época!
Vamp- Fica só na escuta!
Pacheco- Traveca com bafômetro, Tene, coisa tene(oops)brosa!
Ronaldo - as forças de “paz” americanas levarão anos para serem retiradas. A política armamentista americana não mudará, a arte em fazer guerras também não, talvez diminua um pouco, bem pouco. Não estava usando o seu texto para escrever o que escrevi, apenas aproveitei o assunto para citar o que me parece acontecer.
Gerald – Tudo bem, ta certo mas…
O FURACAO IKE quase faz a embarcação virar de vez. Todos ensopados!
Luciana – Caramba. Dessa vez quase fomos.
Gerald- Mas ainda não fomos. Remando!
Targino -O Padre Baleeiro, de reputação duvidosa, uma escritora escreveu sobre ele, e ele ameaçava de excomunhão as pessoas que lessem o livro, pintou a face de Cristo em uma tela. Ele borrou tanto a tela que o verso, ficou melhor. Ele espalhou pela cidade de Roseira,
Gerald- Targino….por favor: pode ser que o Marvado goste. Talvez o Fidel também goste mas estamos ensopados! Deixe pra depois. Estou estressado!
Targino – Ele espalhou que a imagem do verso foi milagre, que não houve transposição de tinta de do anverso para o verso. Milagre é a arma mais usada pelos religiosos para aprisionar as pessoas. Venham ver Jesus curando, cegos, surdos, mudos e paralíticos, esse é o chamamento da Igreja Mundial. Em cima disso, ele construiu um mosteiro e criou uma congregação que ele chamou de A Sagrada Face. Pelos os meus cálculos em 200 anos e será canonizado. Assim começam todas as crenças religiosas, em cima de uma historia mal contada.
Gerald – Ta ótimo. Linda a tua participação. Se alguém conseguiu anotar…ótimo!
GT- Caminhem, caminhem! Digo, nadem! Não, remem! E não olhem pra trás!
Vamp- Tem gente que quer olhar pra trás, Gerald.
Gerald- NÃO DEIXE, VAMP! Cuba está bem ali. Epa, cuidado com o tubarão da Palin! Cuidado com o Ike, Cuidado com TUDO!
Vamp- Era uma ostra que grudou no casco, GT!
GT- Tô puto, sabe? (remando e cochichando, reclamando) Não é isso. Elas se perguntam e se perguntam e não chegam nunca à uma conclusão, entende? E, quanto mais perguntam, mais besteira surge…
Mau- Como assim? Em qual planeta?
Gerald – Ah, perguntas muito mal formuladas, horrendas. E eu achava que era pra uma entrevista que eles iriam encaixar lá. Mas não… tive que ficar vendo “teóricos” se masturbando em cima do significado do “impacto da imagem“. Ah, me poupe!!! Impacto da Imagem. Ah, vá estudar Bartes, Canetti, sei lá, mas não me faça perder meu tempo! Pombas… vi o avião batendo nas torres, entendem? E nem isso eles sabiam!
Tene Cheba – Ah! Sei do que você esta falando: de Deus!
Gerald – Não! Do Howard Hughes!
Jose Pacheco Filho - Eu mantenho um pensamento que o cidadão branco e médio americano não vai deixar o Obama ser presidente. Defino o Obama como o nosso cantor Waldir Pires.
Vamp – Pacheco, o Gerald está meio puto com tudo isso e hoje é uma data meio sensível pra ele, entende? Procure não falar demais nessa travessia já um tanto quanto…
Jose Pacheco Filho – Ah, mas é bonito de ver e de escutar e só. “Self-made”, não é como chamam por aí? Agora, ganhar o posto de comandante em chefe da nação beligerante é o que ele realmente concorre? Duvido!
Colin Powell, que foi secretário de defesa, tinha mais e melhores condições.
Sandra para Vamp (ele não pára!): Cadê a Franciny? Ih, deixamos a Franciny pra trás. Volta!
Gerald – Como? A Franciny ficou pra trás? Voltando, já!!!! Todo mundo de olho!
Jose Pacheco Filho - Esta tal de Palin entrou na parada para arregimentar os votos femininos e de fanáticos religiosos. O velho veterano se preparou ou foi bem preparado. Vamos ver no que vai dar depois das eleições. Não será por estes anos que B.B.King irá tocar sua Lucile na Casa Branca. Mas eu continuarei escutando-o com o prazer de sempre (parte queimada e ilegível)
Sandra – O cara enlouqueceu… Em Cuba não tem B B King. Tem Fidel! Cruz credo, myo! Vamos lá, gente, remando!
Aninomyous: Que nada! Ele tá falando de um canal a cabo. Ou então de um cabo solto! E a Franciny? E o Felipe Fortuna? E o John Hemingway?
Lucio Jr – Estão todos aqui, mas estão quietos. O John é especialista em Cuba porque o avô dele morou lá. Ele está estudando os mapas.
Tene- Então, o lugar ideal pra BlogNovela: Cuba!
Lucio Jr- Mas o Ernest vivia numa outra Cuba. Que Tribo Estranha essa! Nossa senhora! Lipstick and politics. Lipstick on a Pig.
John – What are you saying, Lucio?
Lucio- I’m confused. They’re all a little confused about the time space or time travel of all this. And, actually, so am I.
John – Ever asked Gerald?
Lucio – He seems a little freaked out these days… better left alone!
John – But what are they all saying?
Lucio – they’re talking about black pearls!
John- Pearls? What! Because Obama appeared on the David Letterman show?
Lucio – No, pearls for pigs, something entirely different, John. Something to do with the Botox people!
Marvado- Ih, só aqui se fala só… Inglês!
André M. - como seu fiel escudeiro de Curitiba, que fica lhe cutucando com o McCain (parte queimada e ilegível ). As únicas coisas que me chamam a atenção são as seguintes: Primeiro, a Palin me lembra muito uma “hot mom”; segundo, pegaram no pé do Obama por causa do ex-lider espiritual dele, que pregava uma vibe de guerra racial, e agora arrumam uma vice que tem uma vibe de guerra religiosa?
Paulo – Thanks for saving my ass.
Sandra- Ele se salvou também? Vamp, você salvou o Marvado? Será que você salvou o Everaldo também? Isso não é a Arca de Noé! Mas aqui só tem animais! Fora daqui!
Ezir – Pérai, Sandra! Esse é o estado de coisas que em cada instante ou momento ou época faz vir à tona o inconsciente de nossas civilizações. O Inferno e os anjos de nossa humanidade, assim como as palavras ditas “o verbo” nos recipientes de cada ser.
Vamp – Minha função aqui é a de salvar as pessoas…
Paulo Gaeta- Daqui a pouco vou falar muito, mas a maresia e esse balanço estão me deixando… (vomita)
Aninomyous - Juro que no dia assisti na TV e pensei que fosse algum piloto alcoólatra…
Peter Lessmann – Não existe isso! Piloto não bebe. Meu nome tem um “n” so. Mas pode colocar dois. Na ETHIAD soletram tudo errado mesmo! Na TAM todos bebados!. Aí tem que beber mesmo!
Aninomyous - Sério, pensei - Puxa, já não bastam as pessoas civís, motoristas de caminhão, ônibus, ambulâncias ou sei lá o que, tomando seus arrebites e doses… (parte queimada e ilegível)
Sandra- Joga ele pra fora do barco!
Vamp – Pára com isso, Sandra! Nosso comandante!
Sandra – Gerald, Gerald!!! Desculpas!
Aninomyous - Agora até aviões vão começar a chover nos prédios? - antes fossem… logo veio o segundo avião e destruiu essa ilusão, e indignado ainda praguejei - Não sou paga-pau dos EUA, mas agora eu quero ver todo mundo caçando estes crápulas! Quero ver do Super Homem e a Liga da Justiça aos Soldados do futuro e suas armas secretas irem lá e retirarem da face da Terra quem fez esse tipo de atentado covarde e desonroso!!!…outra desilusão! O tal do Sin Sala Bin foi treinado por eles mesmos! Realmente foi agente da tal da CIA junto com os Talebans…ele é tão Advanced Plus quanto eles…buáaaaa!!!
Gerald- A minha parece ser a de destruí-las.
Harumi- Eu que o diga. Estou aos pedaços.
Maria – Aqui em Camaxide…
Harumi – Você está no meio do Caribe, Maria!
Gerald – Oh, Maria, você sonha eclesiasticamente!
-TEMPESTADE! – corpos jogados de A a B, de C a D e não se sabe mais onde estão!)
Glorinha - Neste 11 de setembro, restará,silêncio/ nenhuma só palavra sobre algozes/ sem holofotes iluminando essas cabeças/ em silêncio pensamentos estarão junto às faces que nunca conhecerão em comunhão com os que estiveram lá por dias/ sem fim o sentimento imponente, essa impotência por não impedir que esse dia começasse e terminasse assim/ essa tristeza que comungamos e para qual não há redenção,/ uma prece que não conforta, não redime….
Sandra – Bonito isso. Muito bonito isso. Muito bonito isso, lindo. Lindo isso. Acho que estou desidratada.
Marvado - sei que às vezes insulto, não é o que gostaria, mas também sinto-me insultado, e não vou ficar retomando assunto que causou mal estar. Gerald, você não é perfeito e usa por vezes de falácias e subterfúgios subjetivos também, dai causa alguma ira, não me incomodo…
Gerald – Tudo bem, Marvado, tudo bem. O importante agora é que se chegue à Cuba, apesar dos ventos fortíssimos do Ike e dos pensamentos tristes…
Olha ali aquele Hawk. Aquilo faz parte do plano Empire Shield. Lá só se falava
Vamp – Remando, remando! Remando, gente, remando!
John pro Lucio – What’s Vamp saying?
Lucio – That he loves us all.
John – Well, that’s nice. But why is GT so pissed off?
Luciana - Realmente somos mesmo complicados. Essa tal da subjetividade é que nos inferniza no final das contas. Adorei o que você falou.Estava precisando ler isso. Abraços nos braços de abraços nas aves de (parte queimada e ilegível)
Pancho – BENVINDOS ao URUGUAI!
Gerald- O que foi? Remamos demais? Como? Remamos rapidamente demais? Fomos longe demais?
Vamp- Calma! É um ator da sua companhia.
Peter Lessmann – Putamerda! Eu não vim all the way from Abu Dhabi pra nadar “Swimming in solidarity for Obama” pra Havana ou Gitmo pra parar aqui no Uruguai! Ah não, essa porra não tem GPS? Não tem bússola? Não tem transponder? Ou algum ponder qualquer?
Gerald – Pancho. Eu sei. Claro. Acabo de estar com ele
Aqui a BlogNovela é interrompida abruptamente pelo furacão IKE and Tina Turner e por uma jangada do Jihad que se joga contra a pequena embarcação duplicada do elenco da BlogNovela!
Gerald – Gente… estou tendo delírios: sei que o World Trade Center não existe mais, mas aqui, digo meus olhos, digo meus ouvidos…
Sandra – Vamp… o que ele está dizendo?
Vamp- 11 de setembro ainda mexe muito com ele, apesar dele estar querendo disfarçar com essa Arca que Não É… está tendo um surto… Gerald…. GERALD, sai dessa!
Gerald – É a Ressurreição! Mahler! Gustav! Mahler… é a Segunda Sinfonia!
Tene – Pelo menos o Marvado não vai poder dizer que ele está falando de coisas americanas!
Marvado – Europeu: tudo imperialista colonizador de merda… passamos pelo Brasil. Beijos no Brasil!
Gerald (agarrando os pés do Marvado) – São os dois beams of light (cai de joelhos em Punta del Leste) EU SABIA. OS DOIS FAIXOS DE LUZ SAINDO DE GROUND ZERO COMO NAQUELA ÉPOCA LEMBRAM… (aos prantos)… the two beams of light… the two beams of light… oh GOD! Oh, my god! Oh, my god, just like ……(som de colapso)
Gerald Thomas desmaia e acha que teve uma visao de Moises!
Marvado o chuta como se fosse um cão morto.
Elenco congela e aguarda instruções.
Não existem instruções.
Chega um telegrama de Reinaldo Azevedo.
O telegrama está em Branco.
1- Não se sabe de fato se os integrantes naufragaram no Golfo do México ou estão, de fato, no Uruguai…
2- Ou se jamais saíram das páginas queimadas de um documento não encenado de “Um Circo de Rins e Fígados” (Marco Nanini respondera a essas perguntas mas so depois de….)
3- Ou se tudo isso não é um surto psicótico típico do assim chamado New York Post Traumatic Shark Syndrome.
Copyright - Gerald Thomas, 11 de Setembro de 2008
VAZIO um imenso vazio aqui embaixo em homenagem a todos os mortos em todas as guerras em todas as épocas.