domingo, 26 de abril de 2009

Dilma; quase uma personagem da blognovela penetrália

Dilma Rousseff: a mulher que quer governar o Brasil
Ela tem um cão, gosta de livros, de tango e de se ver bonita. No passado, comandou guerrilheiros, foi presa e torturada. Tida como dura na queda, a ministra Dilma Rousseff, candidata de Lula à Presidência, abandona as reservas e, descontraída, conta detalhes (alguns tristes, outros divertidos e saborosos) da sua vida privada
Patrícia Zaidan e Alessandra Roscoe
No quarto andar do Palácio do Planalto, um acima do gabinete do presidente da República – e de onde se vê o sol corar o lago Paranoá –, trabalha a mulher mais importante do país: Dilma Vana Rousseff, 61 anos, ministra-chefe da Casa Civil, que controla a máquina federal. Equivale a dizer que é a número 2, atrás apenas do chefe da nação. Jamais disputou uma eleição e não é petista histórica. Chegou ao Planalto como a perita que aplacou a crise de energia no Rio Grande do Sul nos anos 90, quando secretária do governo gaúcho. Seu nome foi indicado a Lula como a peça-chave para evitar o apagão que assombrou o antecessor, Fernando Henrique. Dilma abriu o laptop, apontou soluções e virou ministra de Minas e Energia. Mineira, economista divorciada, foi dela que Lula se lembrou quando o escândalo do mensalão arrasou a moral do PT e destronou José Dirceu, então homem forte do Planalto. Dilma o substituiu na Casa Civil em 2005. Pouco depois, um novo escândalo derrubou o titular da Fazenda Antonio Palocci – outro pilar do staff –, e Dilma se tornou o principal apoio do presidente. “Lula ficou mais solto para agir, as tensões diminuíram, não há queda-de-braço como as ocorridas entre Dirceu e Palocci”, diz Franklin Martins, ministro da Comunicação Social.
É sobre ela que recai a escolha de Lula para sucedê-lo. Guerrilheira que enfrentou a ditadura militar, agora acusada pelos adversários de antecipar a disputa eleitoral, Dilma tem 14% da preferência do eleitorado e pode ser a primeira mulher a governar o Brasil.
CLAUDIA Num jantar político, a senhora cantou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) o tango EL DIA QUE ME QUIERAS. Gosta de música?
DILMA Adoro. Mas não cantei. Minha voz é de fazer chover. Eu falava a letra e Suplicy cantava. Meu pai me obrigou a estudar piano por quatro anos, mas, infelizmente, não tenho o menor talento. Aprendi a ouvir tango e jazz na prisão, com uma colega de cela, a professora Maria do Carmo Campello de Souza. Naquela época, passei a entender melhor Astor Piazzola e a apreciar a voz de Ella Fitzgerald. Maria do Carmo tinha muitos discos, que nós tocávamos numa vitrolinha. As caixas de som eram ótimas, feitas por outra presa com caixotes de maçã. Hoje ouço muita música clássica – Bach e Vivaldi estão sempre comigo – e ainda curto a dupla Zezé di Camargo e Luciano.
CLAUDIA Sertanejo? Isso é influência do presidente Lula...
DILMA Não! Já gostava bem antes de trabalhar com Lula. É O AMOR é linda. Não tenho restrição a gênero algum. Meu lado gaúcho (viveu no Rio Grande do Sul por três décadas) me leva a gostar ainda do Bagre Fagundes: “O canto gauchesco e brasileiro desta terra que eu amei desde guri....” (cantarola batucando com a mão sobre a mesa).
CLAUDIA Seu lazer é à base de música?
DILMA Em primeiro lugar, de leituras. Leio tudo. Estou na fase dos angolanos, como José Eduardo Agualusa, autor de O VENDEDOR DE PASSADO, e de Pepetela, de PREDADORES. Também gosto muito de pintura e tenho a minha galeria.
CLAUDIA A senhora coleciona obras de arte em casa?
DILMA No computador. Entro nos sites dos museus famosos, como o Metropolitan, acesso as que quero e baixo. Se estou numa fase impressionista, seleciono obras impressionistas. Atualmente, prefiro as japonesas. Para mim, literatura, música e pintura são instrumentos de descoberta. A nossa aventura neste mundo passa por compartilhar a arte. Por meio dela, acesso um pouco a raça humana. Se não tiver essa dimensão, entendo bem menos as pessoas.
CLAUDIA A senhora se sente sozinha em Brasília?
DILMA Não me sinto só. Trabalho muito e no fim de semana quero me recolher, quase não saio de casa. Às vezes, recebo a visita da minha mãe (Dilma), que vem de Belo Horizonte, e da minha filha (a procuradora do Trabalho Paula, 31 anos, do segundo casamento), que vive em Porto Alegre. Adoro quando o meu bebê vem me ver.
CLAUDIA Ainda mantém o labrador Nego, que ganhou do ex-ministro José Dirceu?
DILMA Ele é um labrador genial. O Zé Dirceu fez o imenso favor de deixá-lo comigo. Ao sair do governo, não tinha para onde levar o Nego, que é enorme (Dilma vive na mansão antes ocupada pelo petista, na Península dos Ministros, no Lago Sul). Passeamos muito juntos. Desde pequena, tive cachorros, sempre vira-latas. Quando minha filha nasceu, eu lhe dei um policial para que aprendesse a lidar com os bichos. Ela cuidava, escovava os dentes dele até que o cão morreu, aos 15 anos. Foi uma choradeira danada.

CLAUDIA O feminismo está revendo o discurso que dava a maternidade como algo secundário. A escritora americana Camille Paglia é partidária dessa revisão. O que pensa disso?
DILMA Em que pesem todas as ótimas constatações que Camille fez sobre sexo e cultura, sua visão, no passado, de que maternidade era secundária, estava equivocada.Uma das coisas mais importantes da minha vida foi ter uma filha. Tem mulher que decide não ter filhos, eu as respeito. Mas não podemos abrir mão damaternidade. Se você dá a vida, tem que cuidar dela, providenciar alimentação, ver se as orelhas estão limpas... a maternidade dá competência. A capacidade de agregar vem do treino com os filhos. A visão privada amplia a visão pública. Nem todo feminismo se opôs àmaternidade. Foram as feministas que exigiram do governo o tratamento pré-natal, a licença-ma ter nidade...
CLAUDIA O fato de o ex-ministro Gilberto Gil ter dito que a senhora tem um lado macho a ofendeu? Sente-se incomodada quando ouve que é uma gerentona, uma mulher dura demais?
DILMA O meu amigo Gil pode me chamar do que quiser, porque é um artista. Talvez ele olhe coisas minhas e capte a essência. Gil disse na música SUPER-HOMEM que ele tinha um lado feminino a cultivar. As mulheres têm um lado de resistência, identificado com o sexo masculino, para ressaltar. Não somos um bando de manteigas der retidas que não enfrenta a diversidade; pelo contrário, resistimos a tudo. Eu costumo afirmar que sou uma mulher dura cercada de homens meigos.

CLAUDIA A senhora perdeu 10 quilos. Fez dieta?
DILMA Cheguei à Brasília pesando 67 quilos. Não mantive as atividades físicas, a alimentação era desregrada e, como a tensão é grande, atingi 78. Emagrecia e voltava a engordar. Aí mudei a tática. Diminuí o carboidrato, aumentei verduras e carne branca e caminho todo dia. Demorei um ano e dois meses para estar como estou..
CLAUDIA A fitinha no pulso é do Senhor do Bonfim?
DILMA Foi a Flora (mulher de Gilberto Gil) quem amarrou e disse: “Mentalize um desejo; quando arrebentar, ele se realiza”. Se eu revelar o que é, não se concretiza.
CLAUDIA Atrás da sua mesa, tem uma Santa Ana e outras imagens. O que elas representam?
DILMA Vou ganhando e ponho aí para me proteger. A medalha foi do pessoal da Canção Nova. O Jaques Wagner (governador da Bahia) me deu a mãe-de-santo. Ainda guardo o desenho de um garoto sobre o trem-bala que queremos fazer.
CLAUDIA A senhora parece mais saltitante depois da plástica...
DILMA Eu sou uma pessoa alegre. O fato de ficar séria não quer dizer mau humor. Fico séria enquanto penso. Preocupada, então, é que não rio mesmo. Isso não tem nada a ver com depressão.

CLAUDIA Ficar mais bonita mexeu com sua alma?
DILMA Muito. Qualquer um gosta de se sentir mais bonito. Mulher de Minas não entrega a idade. Minha mãe me proibiu de dizer a minha para não deduzirem a dela. Mas digo sem problemas que tenho 61 anos. Embora me orgulhe deles, devo admitir: minha olheira bate aqui embaixo. À noite ela reaparece, mesmo com a plástica.. Vocês não sabem o que é o rally Paris Dakar que enfrento todo dia no governo. Além disso, a minha linha de queixo estava caída. Não tenho vergonha, precisaria ser muito insegura para não decidir pela plástica.
Os homens também fazem. Fernando Henrique e Serra (o governador de São Paulo, seu provável adversário na disputa presidencial) fizeram. É bom fazer, principalmente quando dá certo. A minha ficou natural.

DESCOBERTA DA REDAÇÃO Dilma Rousseff usa mais um expediente para dissipar os efeitos do Paris Dakar: em fins de noite, dirige seu Fiat Tipo até uma pequena clínica de massagem no bairro Sudoeste. Deita-se na maca com dores musculares e adormece. Antes de escolher a clínica, pediu à massagista para ver os documentos de funcionamento do local e os certificados de cursos que ela havia feito.

CLAUDIA A senhora já assimilou o estilo Lula, anda cheia de metáforas para popularizar o discurso. Até comparou o Plano de Aceleração do Crescimento, que gastará 646 bilhões de reais em obras até 2010, a um boi gordinho.
DILMA Não o comparei a um boi. A imprensa publicou tudo errado. Uma repórter perguntou se o PAC empacou. Eu respondi: “Não, ele não empacou. Está mais para uma vaquinha. No início era uma vaquinha ma-gérri-ma. Aí, foi ficando gordinha em 2008 e, em 2009, vai virar uma vaquinha de raça”. Foi essa a história.
CLAUDIA Como reage quando Lula diz que pode economizar no batom da dona Dilma, mas não vai cortar recursos do PAC?
DILMA Até acho graça, aprendo muito com ele.
CLAUDIA A oposição, que dizia que a senhora era apenas boa técnica, já viu que sabe fazer política?
DILMA O vício de tachar alguém de tecnocrata vem da ditadura, que construiu dois perfis: o técnico é correto e capaz; o político é subversivo ou corrupto. Não acho correto o Brasil herdar essa visão sem saber a que ela serviu. Já me aconselharam: “Deixe que falem, o povo associa político a safadeza e separa você do bolo”. Não posso compactuar com essa ideia. É impossível ser boa ministra se não tiver uma ampla visão política sobre o meu país. É sandice achar que todo político é mau. INTERRUPÇÃO. Neste momento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, telefona. Antes, dois governadores haviam ligado – ela não pronunciou o nome deles. A agitação era em torno do programa para construir 1 milhão de casas populares. Com o ministro, foi cirúrgica: “Li seu primeiro relatório e não achei satisfatório”. Ele deve ter dado justificativas, e Dilma arrematou: “Guidinho, você já repetiu isso seis vezes. Venha na quinta (a entrevista foi na terça) e conversamos”.

CLAUDIA O senador Agripino Maia (DEM-RN) provocou-a, ano passado, lembrando que a senhora tinha mentido para os torturadores.
DILMA Aquele senhor não sabe o que é passar 22 dias sob choque elétrico e pau-de-arara. Menti para não entregar parceiros. Por dois dias, apanhei sem revelar onde morava com uma amiga. Assim, ela saiu da pensão, na avenida Celso Garcia, em São Paulo, e outros deixaram os locais onde se refugiavam.
CLAUDIA Como era a pensão? Guardava armas ali?
DILMA Era simples, tinha um corrimão típico: descascando com a unha, apareciam várias cores, até chegar à madeira. Havia armas ali, sim. Eram algumas pistolas.
CLAUDIA A senhora ainda se lembra de como é atirar?
DILMA Não era a minha função. Eu participava da direção.
CLAUDIA Mas foi treinada para lidar com fuzis...
DILMA Sempre tive muitos problemas com a minha visão, uma miopia pesada, de 8 graus num olho e 6 no outro. Não tinha bom ajuste de mira. Eu era ótima para limpar uma arma, ainda sei como desmontar e montar uma.
CLAUDIA A senhora participou ou não do roubo do cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros, que estava na casa da amante dele e continha 2,5 milhões de dólares?
DILMA Gostam de dizer que participei. Podia ter havido minha participação, mas não houve. Não estou querendo negar nada. Tem várias pessoas vivas, que atuaram no episódio, que podem confirmar o que digo. Naquele momento, eu cuidava de reinserir os militantes clandestinos na luta legal.. Deslocava pessoas de um estado para outro onde pudessem trabalhar. Era hora de abrandar as ações e priorizar a mobilização das massas.
CLAUDIA Quando viram que a luta armada havia fracassado?
DILMA Éramos cerca de 300 jovens convictos de que mudaríamos o Brasil e a América Latina. Com a quantidade de prisões, percebemos a fragilidade daquela luta. Nas casas da morte, a repressão massacrou quase todas as organizações de esquerda até 1974.

"Nasci dia 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte. Com meus irmãos (Igor, 62 anos, e Zana Lívia, já falecida), nadava no Minas Tênis e subia em árvores: tínhamos jabuticaba, fruta da minha mãe, e pera, do meu pai (o empresário Pedro Rousseff, já falecido). Ele era socialista, não tinha religião, mas, quando eu disse que queria fazer primeira comunhão, me levou para o Sion, escola de freiras que promovia ações sociais no morro do Papagaio. Dias antes do golpe de 1964, entrei no Estadual de Minas Gerais, um colégio efervescente. Ia a passeatas, via o Teatro Opinião encenar Arena Conta Zumbi, uma ode aos direitos dos oprimidos. Aos 16, ingressei na Polop (a organização Política Operária). Lia obras do Celso Furtado, considerado subversivo, e assistia aos filmes do Glauber Rocha, com ele na plateia. Guardo memórias boas, como conviver com Milton Nascimento – para mim, Bituca – e Márcio Borges, parceiro dele. Na casa do Marcinho começou o Clube da Esquina. Ele e eu roubávamos lanche da geladeira da minha mãe... Mas outro dia achei estranho: encontrei Bituca no aeroporto de Porto Alegre, e ele não me reconheceu.
O AMIGO Márcio Borges, 62 anos, gargalhou ao saber que Dilma se lembra dos assaltos à geladeira. “Buscávamos comida e bebida para que nossas festas durassem uma semana”, diz. “Ela era a líder mais brilhante, tinha uma coragem surpreendente, pagou o ideal com as dores do corpo. Fiquei arrasado ao ver, em 1968, cartazes com a foto dela e a palavra ‘Procurada’. Quando ressurgiu na TV como pessoa pública, gritei: ‘É a Dilma, a minha Dilma! Minha candidata desde os 20 anos’.”

A prisão
"Casei aos 19 anos. Universitárias não usavam véu e grinalda. Então, me vesti num redingote lindo, verde-clarinho e segui para o cartório, para alegria da minha mãe, que nos deu um apartamento para morar. O meu marido (o jornalista Claudio Galeno Linhares) também era militante na Polop. Em 1968, os militares decidiram endurecer, porque não haviam enquadrado todos os setores na ditadura. Foi o golpe do golpe. Procurados pela polícia, chegamos a dormir fora de casa e nos mudamos para o Rio. Com o AI-5, o Congresso foi fechado, políticos acabaram cassados, a censura à imprensa e as prisões cresceram. Entre nós, avaliávamos que os militares não deixariam a democracia voltar mais. Não havia espaço para fazer as mudanças de que o país precisava, a única forma de resistir era lutar. Fui presa no centro de São Paulo, dia 16 de janeiro de 1970, aos 22 anos, por falha minha. De manhã, havia ido ao encontro de um companheiro, que não apareceu. Era um mau sinal, eu não deveria ter tentado o segundo encontro, à tarde, numa lanchonete. Entrei e ouvi: “Você está cercada”. Andei rápido até uma loja de móveis.. Pensei em escapar pelos fundos, mas me pegaram. Eram três equipes, muitos homens.
A PENA
Condenada a seis anos de prisão, Dilma cumpriu três no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Era o cérebro da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, codirigida pelo maior mito da guerrilha brasileira, o capitão Carlos Lamarca. Usava os codinomes Stela e Marina e já havia se separado de Galeno, que sequestrou um avião e o levou para Cuba. Com o segundo marido, o advogado Carlos Franklin de Araújo, participou da elaboração de assaltos a banco. O procurador militar que a denunciou referiu-se a ela como “Joana D’Arc da subversão” e “figura de expressão triste e notável”.

O brado da oposição
O PSDB e o DEM, que também estão em plena campanha, com anúncios de José Serra nas TVs de todo o país, pagos com dinheiro público do governo de São Paulo, acusaram, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula e Dilma de realizarem um evento eleitoreiro com 4 mil prefeitos, em fevereiro, em Brasília. Pela lei, a campanha só começa em julho de 2010. Até o fechamento desta edição, o TSE não havia julgado a questão. O líder dos deputados tucanos, José Aníbal, dirigiu-se ainda ao Tribunal de Contas da União questionando o gastos. “Acho que torraram 10 milhões de reais. Desvio de verba pública é corrupção”, diz. Mas a ministra tem sorte, seu opositor a admira. “ Minha primeira eleição, na faculdade, ganhei com a ajuda dela. Ainda saímos para jantar, mas não posso deixar de apontar os erros.” Para ele, Dilma “é boa gestora, mas está contaminada pelos vícios do PT”. Enquanto isso, ela bota o bloco na rua. Participou do Carnaval de Olinda e até da missa do padre Marcelo, no Terço Bizantino, em São Paulo. Perguntada sobre campanha, diz: “Não falo no assunto nem amarrada”.




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Att,
Francisco J. de Abreu Duarte
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http://mccomunicacao..com


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Um comentário:

jamesp. disse...

Caro Lúcio,seu blog está muito bom,meu amigo.Vou linka-lo na minha lista d blogs no minha literatura.Abração.