A diferença na ausência do artigo na primeira pessoa do plural no último verso de Sampa é fundamental!
# Caetano Veloso disse:
Março 27th, 2009 at 4:40 am
Maria João Brasil: Luis Caldas acaba de fazer um CD todo de rock. Pronto. Acabou o problema.
Maria: quando eu era novo, os pernambucanos diziam “ricife”. Era igual a “cibola”. Hoje, que muitos dispensaram o artigo, ouço mais “rê”. Baiano diz “ré-cife”. Quanto a vogais abertas ou fechadas em música cantada, isso não vale. Todo o mundo cresceu ouvindo canções em pronúncia vocálica carioca (os erres eram tipo italiano). E “moçada” é sempre “mô”, pelo menos na Bahia. Vem de “moço/moça” e a gente não esquece. Já “pessoal” na Bahia é sempre “péssoal”. A não ser que se esteja cantando (aí varia: ou se faz como cantores do Rio ou se faz como a Simone - eu já fiz os dois; o gozado é que João Gilberto elegeu a pronúncia das vogais breves cariocas, exceto NUM disco: o branco, gravado em Nova Iorque, no estúdio de Wendy Carlos, que era Walter Carlos mas fez operação e virou mulher: ele/ela é músico erudito e fez a trilha de Laranja Mecânica, de Stanley Kubrik; ese disco branco de João é o meu preferido da discografia dele, se tirarmos os 3 primeiros, com arranjos de Tom).
Lucio Junior: boa lembrança o debate na FAU/USP em 68. Eu não tinha relacionado minhas ironias agressivas à USP a esse episódio. Você é um psicanalista. Vou pensar.
A capa do Zii e Zie tem foto (lomografia: é a câmera “russa” mesmo, tipo “Lomo”) de Pedro Sá, projeto gráfico meu (escolhi a foto, os tipos e onde iriam as palavras) e realização gráfica de Pedro Einloft.
Neyde L: pensei que já tivesse respondido a algum comentário seu. Talvez tenha feito isso e depois não postei. Mas lembro de ler você sobre a Barra e o carnaval. Nunca deixaria de falar com você por você ser mulher: minha misoginia não vai tão longe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário