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terça-feira, 27 de outubro de 2009
sábado, 26 de setembro de 2009
Carta para Fabrício: Honduras e as Deficiências intelectuais
Fabrício: aí está uma amostra do que alguns intelectuais brasileiros pensam a respeito de Honduras. Ramiro era meu ex-colega de Filosofia na PUC de Arcos, cidade vizinha daqui. Como você mesmo disse, quando a situação está distante, como é fácil ser frívolo. E frescas, fúteis, frívolas e estupidamente repetidoras das diretivas da mídia eram as ilustrações e charges dessa postagem. Como suporte da análise ele usa os jornais americanos, desmentidos por Oliver Stone recentemente. Ele faz sua burranálise sem cogitar de interesses nem de ideologia. Ele não publicou o artigo em que eu lhe enviei, me contrapondo a este. Os brasileiros tendem, na esteira da Globo, a julgar Zelaya corrupto por Lula e culpar Chávez por tudo; depois é Chávez que é ditador, Lula que é deficiente intelectual e censurador da imprensa, que não quer ouvir os opositores, etc.
O golpe do Golpe em Honduras
Categoria: Notícias |
Por indefinição, um golpe é entendido quando tanques são vistos nas ruas, soldados impedem manifestações públicas, a imprensa é silenciada e pessoas são presas pela chamada “polícia política”. Mas, também, um golpe é dado quando a corrupção se alastra pela via de “atos secretos”, de compra de votos e de impunidade.
Aqui, no Filosofix, não festejamos nenhum tipo de golpe. Mas, passemos ao caso específico.
Todos sabem que houve um golpe à democracia em Honduras. Resta saber que tipo de golpe.
(Foto: Editoria de Arte/G1)
Exemplos de “golpe militar” encontram-se para diversos gostos, bastando navegar pelos sites sobre o Tibet, o Irã e, a todo dia, os resultados da tirania aparecem com ou sem título de “golpe militar”.
Mas, sobre Honduras, não há apenas tanques e fuzis nas ruas; há, também, a rejeição do Parlamento hondurenho e, além do mais, um mandado judicial da Corte Suprema para a prisão do Presidente Manuel Zelaya.
Veja o que diz matéria da Folha de São Paulo:
Entenda a crise política em Honduras - da Folha de S. Paulo
Horas após confrontos violentos entre a polícia e manifestantes em apoio ao presidente deposto, Manuel Zelaya, o presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou à Rádio Nacional que “não houve golpe de Estado e nem nada parecido” no país.
Micheletti tenta convencer a comunidade internacional, unânime na condenação da deposição de Zelaya, que sua chegada ao poder está conforme a Constituição.
Entenda a crise política em Honduras
Quem deu o golpe em Honduras?
Militares, com apoio da Corte Suprema, que disse ter ordenado a prisão de Zelaya, e o Congresso, que leu uma suposta carta de renúncia dele. Presidente negou ter deixado o cargo.
Qual é o motivo da crise política?
Zelaya decretou a realização de uma consulta nacional sobre a possibilidade de convocar uma Assembleia Constituinte. A pesquisa, que aconteceria ontem, foi considerada ilegal pela Justiça, pelo Congresso e pelo Ministério Público.
O que diz o presidente?
O neoaliado do venezuelano Hugo Chávez diz que a consulta não tem força de lei e que ele desejava abrir caminho para uma Constituição que desse voz aos pobres, 70% do país.
O que diz a oposição a Zelaya?
O presidente descumpriu uma ordem judicial, e por isso foi preso. A intenção de Zelaya com a consulta é impor uma nova Carta que permita a reeleição.
Qual a situação agora?
Todos os países das Américas condenaram o golpe e exigem o retorno de Zelaya. Congresso e Justiça hondurenha dizem que haverá governo interino até eleições gerais de novembro.
fonte: Folha de S. Paulo (aqui)
Como se trata de uma matéria publicada pela Folha, é plausível crer que, de fato, haja um mandado de destituição do cargo de Presidente, emitido pela Corte Suprema de Honduras.
Portanto, não falamos mais de “golpe militar”, mas de “golpe Militar + Corte Suprema + Parlamento”. Golpe militar, como expressão, passa a ser eufemismo. Parlamentares hondurenhos aprovaram lei que impedia a realização de consultas populares por 180 dias antes e após eleições; o presidente Zelaya ignorou a lei.
Para citar um exemplo, baseado na Constituição Federal do Brasil, é bom lembrar que as Forças Armadas estão “sob a autoridade suprema do Presidente da República”; mas, também, que o texto constitucional explicita: “destinam-se (as Forças Armadas) à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
(fotos de Edgard Garrido/Reuters)
Notemos bem: “por iniciativa de qualquer destes” poderes. Se este for o caso da Carta Magna de Honduras, e se lá houve um mandado expedido pela Corte Suprema, o que ocorreu não foi, portanto e exatamente, um “golpe militar”. Traduzido em miúdos, o presidente daquela república não estaria acima da lei.
Além do mais, foi eleito por um partido liberal mas insistiu em ir contra a constituição de seu pais, propondo um plebiscito para reeleição de si mesmo, auxiliado pelo Coronel-Ditador da república vizinha, mesmo que a Suprema Corte tenha declarado o plebiscito ilegal; o Coronel vizinho teria enviado algumas “cédulas” e 500 senhores de fino trato para apoiarem e insuflarem o golpe constitucional do presidente agora deposto presidente que aliara-se aos auspícios e às bravatas de Hugo Chávez.
Honduras Defends Its Democracy (por Mary Anastasia O’Grady no Wall Street Jounal)
Hugo Chávez’s coalition-building efforts suffered a setback yesterday when the Honduran military sent its president packing for abusing the nation’s constitution.
It seems that President Mel Zelaya miscalculated when he tried to emulate the success of his good friend Hugo in reshaping the Honduran Constitution to his liking.
But Honduras is not out of the Venezuelan woods yet. Yesterday the Central American country was being pressured to restore the authoritarian Mr. Zelaya by the likes of Fidel Castro, Daniel Ortega, Hillary Clinton and, of course, Hugo himself. The Organization of American States, having ignored Mr. Zelaya’s abuses, also wants him back in power. It will be a miracle if Honduran patriots can hold their ground.
[THE AMERICAS] Associated Press (grifo nosso).
That Mr. Zelaya acted as if he were above the law, there is no doubt. While Honduran law allows for a constitutional rewrite, the power to open that door does not lie with the president. A constituent assembly can only be called through a national referendum approved by its Congress.
But Mr. Zelaya declared the vote on his own and had Mr. Chávez ship him the necessary ballots from Venezuela. The Supreme Court ruled his referendum unconstitutional, and it instructed the military not to carry out the logistics of the vote as it normally would do.
Fonte: (Wall Street Journal) - Leia mais…
E, no entanto, a opinião pública internacional continua afirmando: “Foi Golpe”! É que, sob o comando da nova OEA, de José Miguel Insulza, os “golpes militares” afrontam a democracia (e isto é verdade indiscutível), mas é bom notar que também a democracia pode ser solapada internamente, como ocorre na Venezuela, no Equador, na Nicarágua, no Irã e assim por diante, de tal forma que o golpista apadrinhado por outro golpista passa a ser vítima de golpistas.
Seria bom considerar que, no caso de Honduras, um processo de defesa é fundamental para a permanência de um Estado de Direito pleno. Noutras palavras, que Zelaya possa se defender. Mas, defender-se contra que? Em primeiro lugar, deve defender-se contra a ordem expedida pela Corte Suprema e demonstrar que ela (a ordem) e ela (a Corte Suprema de seu país) são ilegais.
Para tanto, seguramente, Chávez candidata-se a juiz.
O problema, contudo, é outro: o do risco de “virar moda”, para parafrasear Roque Sponholz.
postado por Ramiro (01/07/2009)
Fonte: www.filosofix.blogramiro
O golpe do Golpe em Honduras
Categoria: Notícias |
Por indefinição, um golpe é entendido quando tanques são vistos nas ruas, soldados impedem manifestações públicas, a imprensa é silenciada e pessoas são presas pela chamada “polícia política”. Mas, também, um golpe é dado quando a corrupção se alastra pela via de “atos secretos”, de compra de votos e de impunidade.
Aqui, no Filosofix, não festejamos nenhum tipo de golpe. Mas, passemos ao caso específico.
Todos sabem que houve um golpe à democracia em Honduras. Resta saber que tipo de golpe.
(Foto: Editoria de Arte/G1)
Exemplos de “golpe militar” encontram-se para diversos gostos, bastando navegar pelos sites sobre o Tibet, o Irã e, a todo dia, os resultados da tirania aparecem com ou sem título de “golpe militar”.
Mas, sobre Honduras, não há apenas tanques e fuzis nas ruas; há, também, a rejeição do Parlamento hondurenho e, além do mais, um mandado judicial da Corte Suprema para a prisão do Presidente Manuel Zelaya.
Veja o que diz matéria da Folha de São Paulo:
Entenda a crise política em Honduras - da Folha de S. Paulo
Horas após confrontos violentos entre a polícia e manifestantes em apoio ao presidente deposto, Manuel Zelaya, o presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou à Rádio Nacional que “não houve golpe de Estado e nem nada parecido” no país.
Micheletti tenta convencer a comunidade internacional, unânime na condenação da deposição de Zelaya, que sua chegada ao poder está conforme a Constituição.
Entenda a crise política em Honduras
Quem deu o golpe em Honduras?
Militares, com apoio da Corte Suprema, que disse ter ordenado a prisão de Zelaya, e o Congresso, que leu uma suposta carta de renúncia dele. Presidente negou ter deixado o cargo.
Qual é o motivo da crise política?
Zelaya decretou a realização de uma consulta nacional sobre a possibilidade de convocar uma Assembleia Constituinte. A pesquisa, que aconteceria ontem, foi considerada ilegal pela Justiça, pelo Congresso e pelo Ministério Público.
O que diz o presidente?
O neoaliado do venezuelano Hugo Chávez diz que a consulta não tem força de lei e que ele desejava abrir caminho para uma Constituição que desse voz aos pobres, 70% do país.
O que diz a oposição a Zelaya?
O presidente descumpriu uma ordem judicial, e por isso foi preso. A intenção de Zelaya com a consulta é impor uma nova Carta que permita a reeleição.
Qual a situação agora?
Todos os países das Américas condenaram o golpe e exigem o retorno de Zelaya. Congresso e Justiça hondurenha dizem que haverá governo interino até eleições gerais de novembro.
fonte: Folha de S. Paulo (aqui)
Como se trata de uma matéria publicada pela Folha, é plausível crer que, de fato, haja um mandado de destituição do cargo de Presidente, emitido pela Corte Suprema de Honduras.
Portanto, não falamos mais de “golpe militar”, mas de “golpe Militar + Corte Suprema + Parlamento”. Golpe militar, como expressão, passa a ser eufemismo. Parlamentares hondurenhos aprovaram lei que impedia a realização de consultas populares por 180 dias antes e após eleições; o presidente Zelaya ignorou a lei.
Para citar um exemplo, baseado na Constituição Federal do Brasil, é bom lembrar que as Forças Armadas estão “sob a autoridade suprema do Presidente da República”; mas, também, que o texto constitucional explicita: “destinam-se (as Forças Armadas) à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
(fotos de Edgard Garrido/Reuters)
Notemos bem: “por iniciativa de qualquer destes” poderes. Se este for o caso da Carta Magna de Honduras, e se lá houve um mandado expedido pela Corte Suprema, o que ocorreu não foi, portanto e exatamente, um “golpe militar”. Traduzido em miúdos, o presidente daquela república não estaria acima da lei.
Além do mais, foi eleito por um partido liberal mas insistiu em ir contra a constituição de seu pais, propondo um plebiscito para reeleição de si mesmo, auxiliado pelo Coronel-Ditador da república vizinha, mesmo que a Suprema Corte tenha declarado o plebiscito ilegal; o Coronel vizinho teria enviado algumas “cédulas” e 500 senhores de fino trato para apoiarem e insuflarem o golpe constitucional do presidente agora deposto presidente que aliara-se aos auspícios e às bravatas de Hugo Chávez.
Honduras Defends Its Democracy (por Mary Anastasia O’Grady no Wall Street Jounal)
Hugo Chávez’s coalition-building efforts suffered a setback yesterday when the Honduran military sent its president packing for abusing the nation’s constitution.
It seems that President Mel Zelaya miscalculated when he tried to emulate the success of his good friend Hugo in reshaping the Honduran Constitution to his liking.
But Honduras is not out of the Venezuelan woods yet. Yesterday the Central American country was being pressured to restore the authoritarian Mr. Zelaya by the likes of Fidel Castro, Daniel Ortega, Hillary Clinton and, of course, Hugo himself. The Organization of American States, having ignored Mr. Zelaya’s abuses, also wants him back in power. It will be a miracle if Honduran patriots can hold their ground.
[THE AMERICAS] Associated Press (grifo nosso).
That Mr. Zelaya acted as if he were above the law, there is no doubt. While Honduran law allows for a constitutional rewrite, the power to open that door does not lie with the president. A constituent assembly can only be called through a national referendum approved by its Congress.
But Mr. Zelaya declared the vote on his own and had Mr. Chávez ship him the necessary ballots from Venezuela. The Supreme Court ruled his referendum unconstitutional, and it instructed the military not to carry out the logistics of the vote as it normally would do.
Fonte: (Wall Street Journal) - Leia mais…
E, no entanto, a opinião pública internacional continua afirmando: “Foi Golpe”! É que, sob o comando da nova OEA, de José Miguel Insulza, os “golpes militares” afrontam a democracia (e isto é verdade indiscutível), mas é bom notar que também a democracia pode ser solapada internamente, como ocorre na Venezuela, no Equador, na Nicarágua, no Irã e assim por diante, de tal forma que o golpista apadrinhado por outro golpista passa a ser vítima de golpistas.
Seria bom considerar que, no caso de Honduras, um processo de defesa é fundamental para a permanência de um Estado de Direito pleno. Noutras palavras, que Zelaya possa se defender. Mas, defender-se contra que? Em primeiro lugar, deve defender-se contra a ordem expedida pela Corte Suprema e demonstrar que ela (a ordem) e ela (a Corte Suprema de seu país) são ilegais.
Para tanto, seguramente, Chávez candidata-se a juiz.
O problema, contudo, é outro: o do risco de “virar moda”, para parafrasear Roque Sponholz.
postado por Ramiro (01/07/2009)
Fonte: www.filosofix.blogramiro
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
El Negrito no conoce donde queda Tegugigalpa
“EL NEGRITO NO CONOCE DONDE QUEDA TEGUCIGALPA”
Laerte Braga
A afirmação é do “chanceler” Enrique Ortez, do governo golpista de Honduras e refere-se ao presidente dos Estados Unidos Barak Obama. É racista, mas bem mais que isso, pois Obama é branco como Pelé. Mostra o total desprezo dos golpistas de extrema-direita que derrubaram o presidente constitucional Manuel Zelaya pelas decisões de organismos internacionais e condenações públicas de governos do mundo inteiro ao golpe.
Deixa claro que a autoridade de Obama termina onde começam os “negócios”. Ortez admitiu que duas pessoas morreram no aeroporto da capital em protestos contra o golpe e diz que o novo “governo” negocia tudo, “menos Zelaya”.
Com essa afirmação está respondendo a secretária de Estado dos EUA, Hilary Clinton, que “aconselhou” uma “solução negociada entre as partes”. Vale dizer um grande acordo entre golpistas e golpistas e que exclua Zelaya. Com a bênção norte-americana.
Como se vê, há condenação e há condenação. O golpe contou e conta com decisivo apoio de grupos radicais do governo dos EUA, ainda do período Bush em franco desafio à autoridade do presidente Obama. O embaixador norte-americano e agentes da CIA atuaram descaradamente em Honduras na formulação e execução do golpe.
Só Obama não sabe, ou se faz de bobo, de morto, percebendo que é presidente até um determinado ponto do show. E trata de agarrar-se ao papel de principal protagonizante dos EUA, engolindo em seco a realidade dos “negócios.”
É fogo. Um governo oriundo de um golpe militar determinado pelas elites, com apoio dos “princípios democráticos” da maior potência do mundo, com um “ministro da justiça” ligado ao esquadrão da morte hondurenho e um “chanceler que se refere ao presidente Obama como “el negrito”.
É Honduras falando, por suas elites e seus militares, como devem ser as “coisas” e deixando claro quem é que manda de fato.
Sugiro uma investigação, pois com certeza tem dedo do Irã e da Coréia do Norte nessa história. Devem ser os culpados. Ou então o Hamas ou o Hezbollah.
Os mortos são bem mais que dois. O exército e a polícia golpistas dispararam contra milhares de pessoas que foram ao aeroporto receber o presidente Zelaya. Além dos mortos, muitos mais que dois, são vários os feridos, os presos e há ordem de prisão expedida contra as lideranças da resistência.
Um dos pontos de sustentação dos golpistas é a certeza que a mídia latino-americana controlada por Washington, a do Brasil por exemplo, não vai noticiar nada que contrarie os “negócios”. É claro, vive dos “negócios”.
E muito menos exibir imagens da brutal repressão contra manifestantes civis, domingo, na tentativa de desembarque de Zelaya. As duas fotos abaixo dão idéia do que foi a manifestação e de como se comportaram os zumbis controlados pelos generais.
Cidadãos hondurenhos em defesa da democracia, do respeito à vontade popular e militares no eterno papel de “salvadores da pátria”. Mas, condecorados com as “medalhas” dos donos dos “negócios.” E, consequentemente transformando a “pátria” noutro grande “negócio.”
Num determinado momento os “patriotas” dispararam contra os “terroristas e o resultado se vê na foto abaixo. Registre-se que noutra foto, os “terroristas atacam os patriotas” com estilingue. São estilingues produzidos pela Al Qaeda, é lógico.
É a boçalidade que marcou a América Latina nas décadas de 60 e 70, século passado, inclusive o Brasil. E é por aí que não se entende a timidez do presidente Lula em simples condenação do golpe. O papel do Brasil é mais que se opor. O governo tem o dever de entender que em Honduras os “donos” estão mandando um recado para os países e governos dessa parte do mundo.
A argumentação de determinados setores que o presidente Lula não pode se expor a uma posição mais aberta em defesa do povo hondurenho é ridícula. Se Lula se expõe para defender um pilantra tamanho Sarney, qual o problema de se expor defendendo a soberania, à vontade e a liberdade dos hondurenhos. Ou já se esqueceu que foi preso na ditadura militar brasileira?
O que está acontecendo em Honduras é um massacre da população civil. Uma horda de bárbaros fardados e auto proclamados defensores da “democracia” investe contra o povo. Não há justificativa para nenhum silêncio, ou condenação formal.
Acreditar que o governo de Barak Obama tenha algum compromisso com princípios dessa natureza, democracia, liberdade, ou que Barak Obama possa alguma coisa além do espetáculo, é acreditar em Superman. Não existe, é história em quadrinho para veicular e vender uma ideologia.
O conceito que os golpistas hondurenhos têm de Obama é o do “chanceler” Ortez. “El negrito”. Não difere muito do de Berlusconi. “Mulatinho”.
Até quando o show vai conseguir manter a platéia aplaudindo não sei. Só sei que quando se esgotarem os recursos do malabarista Barak Obama, arranjam uma dança qualquer no Faustão e pronto. Ajeitam tudo.
Esses na foto abaixo são os “desordeiros, os “terroristas.” Estão se protegendo das balas “santas” da “democracia.”
Nessa outra foto os “valorosos” defensores dos “negócios.” Atrás de escudos e garantidos por armas de fabricação norte-americana.
E Lula acha que ir mais além do que já foi é se expor demais. Tudo bem, fica com Sarney. Se expõe de menos.
A deposição de Zelaya foi justamente por querer ouvir seu povo e acabar com os “sarney” de lá. Se isso é razão para sentar em cima, paciência.
Não é o entendimento do povo hondurenho e nem dos movimentos populares latino-americanos.
É hora de resistência e muita luta. le dizer um grande acordo entre golpistas e golpistas e que exclui Zelauyresidente constitucional de Honduras
Laerte Braga
A afirmação é do “chanceler” Enrique Ortez, do governo golpista de Honduras e refere-se ao presidente dos Estados Unidos Barak Obama. É racista, mas bem mais que isso, pois Obama é branco como Pelé. Mostra o total desprezo dos golpistas de extrema-direita que derrubaram o presidente constitucional Manuel Zelaya pelas decisões de organismos internacionais e condenações públicas de governos do mundo inteiro ao golpe.
Deixa claro que a autoridade de Obama termina onde começam os “negócios”. Ortez admitiu que duas pessoas morreram no aeroporto da capital em protestos contra o golpe e diz que o novo “governo” negocia tudo, “menos Zelaya”.
Com essa afirmação está respondendo a secretária de Estado dos EUA, Hilary Clinton, que “aconselhou” uma “solução negociada entre as partes”. Vale dizer um grande acordo entre golpistas e golpistas e que exclua Zelaya. Com a bênção norte-americana.
Como se vê, há condenação e há condenação. O golpe contou e conta com decisivo apoio de grupos radicais do governo dos EUA, ainda do período Bush em franco desafio à autoridade do presidente Obama. O embaixador norte-americano e agentes da CIA atuaram descaradamente em Honduras na formulação e execução do golpe.
Só Obama não sabe, ou se faz de bobo, de morto, percebendo que é presidente até um determinado ponto do show. E trata de agarrar-se ao papel de principal protagonizante dos EUA, engolindo em seco a realidade dos “negócios.”
É fogo. Um governo oriundo de um golpe militar determinado pelas elites, com apoio dos “princípios democráticos” da maior potência do mundo, com um “ministro da justiça” ligado ao esquadrão da morte hondurenho e um “chanceler que se refere ao presidente Obama como “el negrito”.
É Honduras falando, por suas elites e seus militares, como devem ser as “coisas” e deixando claro quem é que manda de fato.
Sugiro uma investigação, pois com certeza tem dedo do Irã e da Coréia do Norte nessa história. Devem ser os culpados. Ou então o Hamas ou o Hezbollah.
Os mortos são bem mais que dois. O exército e a polícia golpistas dispararam contra milhares de pessoas que foram ao aeroporto receber o presidente Zelaya. Além dos mortos, muitos mais que dois, são vários os feridos, os presos e há ordem de prisão expedida contra as lideranças da resistência.
Um dos pontos de sustentação dos golpistas é a certeza que a mídia latino-americana controlada por Washington, a do Brasil por exemplo, não vai noticiar nada que contrarie os “negócios”. É claro, vive dos “negócios”.
E muito menos exibir imagens da brutal repressão contra manifestantes civis, domingo, na tentativa de desembarque de Zelaya. As duas fotos abaixo dão idéia do que foi a manifestação e de como se comportaram os zumbis controlados pelos generais.
Cidadãos hondurenhos em defesa da democracia, do respeito à vontade popular e militares no eterno papel de “salvadores da pátria”. Mas, condecorados com as “medalhas” dos donos dos “negócios.” E, consequentemente transformando a “pátria” noutro grande “negócio.”
Num determinado momento os “patriotas” dispararam contra os “terroristas e o resultado se vê na foto abaixo. Registre-se que noutra foto, os “terroristas atacam os patriotas” com estilingue. São estilingues produzidos pela Al Qaeda, é lógico.
É a boçalidade que marcou a América Latina nas décadas de 60 e 70, século passado, inclusive o Brasil. E é por aí que não se entende a timidez do presidente Lula em simples condenação do golpe. O papel do Brasil é mais que se opor. O governo tem o dever de entender que em Honduras os “donos” estão mandando um recado para os países e governos dessa parte do mundo.
A argumentação de determinados setores que o presidente Lula não pode se expor a uma posição mais aberta em defesa do povo hondurenho é ridícula. Se Lula se expõe para defender um pilantra tamanho Sarney, qual o problema de se expor defendendo a soberania, à vontade e a liberdade dos hondurenhos. Ou já se esqueceu que foi preso na ditadura militar brasileira?
O que está acontecendo em Honduras é um massacre da população civil. Uma horda de bárbaros fardados e auto proclamados defensores da “democracia” investe contra o povo. Não há justificativa para nenhum silêncio, ou condenação formal.
Acreditar que o governo de Barak Obama tenha algum compromisso com princípios dessa natureza, democracia, liberdade, ou que Barak Obama possa alguma coisa além do espetáculo, é acreditar em Superman. Não existe, é história em quadrinho para veicular e vender uma ideologia.
O conceito que os golpistas hondurenhos têm de Obama é o do “chanceler” Ortez. “El negrito”. Não difere muito do de Berlusconi. “Mulatinho”.
Até quando o show vai conseguir manter a platéia aplaudindo não sei. Só sei que quando se esgotarem os recursos do malabarista Barak Obama, arranjam uma dança qualquer no Faustão e pronto. Ajeitam tudo.
Esses na foto abaixo são os “desordeiros, os “terroristas.” Estão se protegendo das balas “santas” da “democracia.”
Nessa outra foto os “valorosos” defensores dos “negócios.” Atrás de escudos e garantidos por armas de fabricação norte-americana.
E Lula acha que ir mais além do que já foi é se expor demais. Tudo bem, fica com Sarney. Se expõe de menos.
A deposição de Zelaya foi justamente por querer ouvir seu povo e acabar com os “sarney” de lá. Se isso é razão para sentar em cima, paciência.
Não é o entendimento do povo hondurenho e nem dos movimentos populares latino-americanos.
É hora de resistência e muita luta. le dizer um grande acordo entre golpistas e golpistas e que exclui Zelauyresidente constitucional de Honduras
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quinta-feira, 2 de julho de 2009
Carta de un amigo desde Honduras
From: hernan@neira.de
To: hernan@neira.de
Subject: Carta de un amigo desde Honduras
Date: Tue, 30 Jun 2009 18:10:49 +0200
Desde Honduras:
Queridos amigos aquí en Honduras las cosas no sabemos para donde van, hemos estado incomunicados desde el domingo 28 de junio, han cortado las señales de radio, Internet, teléfono, televicion, y la energía eléctrica. Solo podemos ver canales internacionales de películas y no de noticias, CNN, y telesur esta cortados, al igual todas los canales nacionales están intervenidos, han secuestrado a los ministros y gobernadores de los departamentos, así como dueños de televisoras independientes y de radios independientes.
También nos tienen en toque de queda de 9 de la noche a 6 de la mañana. El problema es que en esos noticieros no dicen toda la verdad. Hay muchas cosas escondidas. Desde ayer estamos mas de 20 mil personas enfrente de Casa presidencial para que se solucione el problema y volvamos a un orden constitucional que antes teníamos, y nos estábamos manifestando de manera pacifica. Pero hoy lunes alrededor de las 2 de la tarde los militares y policías nos desalojaron a la fuerza golpeando y matando a muchos de nosotros. Yo me salve de milagro, porque logre convencer a los militares ypolicías que sin ninguna justificación nos golpearon con sus toletes y , de que solo estaba de pasada, pero muchos de mis compañeros de lucha han llenando las bartolinas y hospitales de tegucigalpa. Cosa que hizo que la manifestación ya no fuese pacifica y muchos de los y las manifestantes saquearon varios negocios de la capital.
Los manifestantes, mujeres, niños, ansianos, jóvenes, fueron tratados como delincuentes, golpeados y muertos, como traidores de la patria. Yo desde el principio no estaba de acuerdo con la propuesta del presidente, de la tal consulta al pueblo, por muchas razones, pero nunca porque no pensara que no se le debe de consultar al pueblo, sino porque no se le informa nada al pueblo. Pero el hecho de sacar al presidente a la fuerza de su casa, mandarlo a otro país, secuestrar a su familia y a otras personas, intervenir la radio y la televicion, (donde solo se pasan noticias que hablen bien del nuevo e ilegal gobierno), poner un presidente que el pueblo no ha elegido, desbaratar todo lo que nos ha costado tanto tiempo, y retroceder mas de 30 años, eso es indignan te para cualquier hondureño y la consulta al pueblo queda insignificante para la barbarie que se esta cometiendo.
Existe un poco de la población que esta de acuerdo con lo que esta pasando, pero no creo que sean personas que estén cien por ciento de convencidas; son personas desinformadas y que no se dan cuenta o no se quieren dar cuenta de la magnitud de lo que esta pasando, ya que en los medios de comunicación solo se entrevistan a personas de la oligarquía de Honduras.
Pero nuestra fe esta basada en las personas que son los verdaderos y verdaderas hondureñas y hondureños que construyen día a día esta nación, por eso tenemos esperanza de que todo esto nosotros lo podemos arreglar y volver a nuestras vidas normales, vidas con una mirada diferente, porque nos dimos cuenta que tienen a nuestra Honduras como su finca y nosotros somos los animales de ella.
Nèstor Moreno.
PD, si pueden publiquen esto por todos los medios que puedan, tienen mi permiso y usen mi nombre para que sepan que es algo real que vive un amigo de honduras.
To: hernan@neira.de
Subject: Carta de un amigo desde Honduras
Date: Tue, 30 Jun 2009 18:10:49 +0200
Desde Honduras:
Queridos amigos aquí en Honduras las cosas no sabemos para donde van, hemos estado incomunicados desde el domingo 28 de junio, han cortado las señales de radio, Internet, teléfono, televicion, y la energía eléctrica. Solo podemos ver canales internacionales de películas y no de noticias, CNN, y telesur esta cortados, al igual todas los canales nacionales están intervenidos, han secuestrado a los ministros y gobernadores de los departamentos, así como dueños de televisoras independientes y de radios independientes.
También nos tienen en toque de queda de 9 de la noche a 6 de la mañana. El problema es que en esos noticieros no dicen toda la verdad. Hay muchas cosas escondidas. Desde ayer estamos mas de 20 mil personas enfrente de Casa presidencial para que se solucione el problema y volvamos a un orden constitucional que antes teníamos, y nos estábamos manifestando de manera pacifica. Pero hoy lunes alrededor de las 2 de la tarde los militares y policías nos desalojaron a la fuerza golpeando y matando a muchos de nosotros. Yo me salve de milagro, porque logre convencer a los militares ypolicías que sin ninguna justificación nos golpearon con sus toletes y , de que solo estaba de pasada, pero muchos de mis compañeros de lucha han llenando las bartolinas y hospitales de tegucigalpa. Cosa que hizo que la manifestación ya no fuese pacifica y muchos de los y las manifestantes saquearon varios negocios de la capital.
Los manifestantes, mujeres, niños, ansianos, jóvenes, fueron tratados como delincuentes, golpeados y muertos, como traidores de la patria. Yo desde el principio no estaba de acuerdo con la propuesta del presidente, de la tal consulta al pueblo, por muchas razones, pero nunca porque no pensara que no se le debe de consultar al pueblo, sino porque no se le informa nada al pueblo. Pero el hecho de sacar al presidente a la fuerza de su casa, mandarlo a otro país, secuestrar a su familia y a otras personas, intervenir la radio y la televicion, (donde solo se pasan noticias que hablen bien del nuevo e ilegal gobierno), poner un presidente que el pueblo no ha elegido, desbaratar todo lo que nos ha costado tanto tiempo, y retroceder mas de 30 años, eso es indignan te para cualquier hondureño y la consulta al pueblo queda insignificante para la barbarie que se esta cometiendo.
Existe un poco de la población que esta de acuerdo con lo que esta pasando, pero no creo que sean personas que estén cien por ciento de convencidas; son personas desinformadas y que no se dan cuenta o no se quieren dar cuenta de la magnitud de lo que esta pasando, ya que en los medios de comunicación solo se entrevistan a personas de la oligarquía de Honduras.
Pero nuestra fe esta basada en las personas que son los verdaderos y verdaderas hondureñas y hondureños que construyen día a día esta nación, por eso tenemos esperanza de que todo esto nosotros lo podemos arreglar y volver a nuestras vidas normales, vidas con una mirada diferente, porque nos dimos cuenta que tienen a nuestra Honduras como su finca y nosotros somos los animales de ella.
Nèstor Moreno.
PD, si pueden publiquen esto por todos los medios que puedan, tienen mi permiso y usen mi nombre para que sepan que es algo real que vive un amigo de honduras.
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