João é muito mais que um João. Ele é o homem de sete talentos, maior que Mário de Andrade: fotografa, faz letras, poemas, etc. Coloquei aqui o linque para seu site, Via Láxia, com fotos e poemas de boa qualidade.
João é poeta na linha de Drummond, mas não é prosador da linha de Pedro Nava e sim na de Fernando Sabino. Faz crônicas leves, mundanas, quase fúteis, como a que escreveu no Digestivo Cultural recente (www.digestivocultural.com.br). Embora não escreva na grande imprensa, João, jornalista, poeta e filósofo, tinha capacidade para tal (afinal, tem sete talentos...)
Quando o conheci, ele queria que eu fizesse um prefácio para seu livro de poemas dedicado a Arcos. Eu não fiz, pois ele já tinha encomendado um prefácio a Anelito de Oliveira (que acabou saindo como posfácio) onde ele o comparava a Marcelo Dolabela e classificava como "poeta da falação". Achei deselegante desbancar o então amigo Anelito e isso quase me custou a amizade de João Evangelista, que foi muito frio comigo quando do lançamento do livro.
Depois, para agradar João, fiz uma resenha do livro no Jornal Plenário, depois, resenha que perdi, senão reproduziria aqui. São João Evangelista não gostou muito, pois o título da resenha era "A Oeste do Contemporâneo". São João Evangelista, para tanto, soltou os dragões e, em seus textos a seguir, escreveu me respondendo indiretamente, citando Octavio Paz, poeta de posição política neoliberal que estava muito em moda, junto com Vargas Lhosa, nos anos 90.
Tempos depois, quando aviões se suicidavam destruindo torres gêmeas no Norte, nos reconciliamos e conversamos sobre Pedro Moraleida, artista plástico suicida e filho de jornalista.
João mostrava, como professor e coordenador, alguns leves traços de doidice, tais como ficar me explicando e justificando as reivindicações dos alunos ou cantar, improvisando, a partir das palavras que dizia o meu coordenador.
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