sábado, 27 de dezembro de 2008

Diogo Mainardi X Luiz Fernando Carvalho

Leio na veja a crítica "Machado virou circo", do Diogo Mainardi à minissérie Capitu, de Luiz Fernando Carvalho.

Para Diogo, que para mim quer só posar e tem pouco conteúdo, a adaptação trai Machado de Assis. No mundo de Mainardi, a autoridade sobre Machado é ele, pois Machado é Diogo e Luiz Fernando é Escobar, Helen Caldwell e Roberto Schwarz são a crítica esquerdista que sequestrou Machado, essa frágil Sabina.

O que dizer? Fábio Pipipi, do blog do Gerald Thomas, chamava Diogo de Di-Ogra. E Diogo chama Michel Melamed de Dick Vigarista, canastrão.

Dick-Ogra vigarista, sintetizo...

Só pontuo o seguinte: como a microssérie anterior foi muito criticada pela ausência de um narrador claro, nessa Luiz Fernando optou pelo narrador que foi Michel Melamed, convivendo quase ao mesmo tempo em que a história. Era um personagem atarracado, grotesco, com um pouco de caricatural e que chocou. Talvez essa tenha sido hiper-narrativa, extremamente marcada pela presença do narrador e pelo choque autoral representado por sua presença.

Para ser fiel a Machado, segundo o narciso Mainardi, seria preciso ser uma voz seca e que detrata nossas mesquinharias...seria preciso ser...Paulo Francis? Não, a literatura dele é fraca. Diogo Mainardi? Mas Diogo já há. Ou não? Ele próprio diz que existe somente um escritor na literatura brasileira: Machado...

3 comentários:

Gilberto G. Pereira disse...

Caro Lúcio, como vai! Quanto tempo mesmo, né!
Obrigado pelo pulo (aliteração - rs) lá no meu blog nesses tempos de festas.
O Diogo Mainard é um cara cheio de leituras, um sujeito que teve a melhor educação, mas é meio bobão, é inteligente, mas não é sábio, é erudito, mas não é culto, é lido, porque escreve na Veja, mas não tem nada a oferecer a não ser bravatas e provocações inúteis, que servem só para o espírito comezinho se divertir.
Ele diz que se Capitu não tivesse traído Bentinho não existiria o romance, não faria sentido. Só por esta observação caolha, percebemos a deficiência do texto de Mainard.
A declaração correta seria se Bentinho não dissesse que Capitu o traiu não existiria o romance, não existiria a razão de escrevê-lo tal como foi escrito, não haveria um fulcro tão complexo.
O fato é que Bentinho não teria escrito suas memórias sem rancor. Há, sim, um ressentimento que cheira a tragédia, e a tragédia está ali, no final da trama, em que percebemos que estão todos mortos e só Bentinho reina no legado da miséria humana.
Como sabemos, em tragédia (pelo menos na proposta clásica), quem morre ou quem sofre é o inocente, o bode espiatório dos deuses.
Logo, ficamos tentados a imaginar que Capitu era inocente, mas como a história toda tem uma tonalidade oblíqua, oblíquo também fica nossa melhor intenção de julgá-la.
Grande abraço! Feliz Ano Novo!

Gerald Thomas disse...

Foi tao atacado assim?
Pelo Mainardi? ele agora eh critico televisivo?
eles nascem em arvores?
LOVE
Gerald

Gerald Thomas disse...

Foi tao atacado assim?
Pelo Mainardi? ele agora eh critico televisivo?
eles nascem em arvores?
LOVE
Gerald