segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dia 16: Eu Vou!

Eu vou às manifestações no dia 16 aqui em Bom Despacho, assim como as estou apoiando. Elas serão na Praça da Inconfidência às 17 horas, domingo. Eu vou, mas vou levar reivindicações populares: mais educação, melhor transporte, melhor saúde. Fim do analfabetismo, fome, violência urbana.


Por que? Em poucas palavras: nacionalmente, são apoiadas por gente como Fernando Haliday e Kim Kataguiri, pela direita, pela mídia. Eles são apoiados pelos mesmos setores empresariais que apoiam o PSDB, mas não assumem, mostrando-se apartidários.  No entanto, seu programa é o "raio privatizador". Dilma e Lula estão agindo mais rápido e tomando conta desse programa, esvaziando-o, como esvaziaram a única bandeira de Aécio que "dava liga", a maioridade penal aos 16 anos combatendo-a de boca para fora, mas fazendo acordos por baixo dos panos para adotá-la e deixar a oposição sem bandeira para 2018.

 Há grande promiscuidade entre PT e PSDB nas cúpulas, mas nas bases há uma tendência a brigarem feito torcida de futebol --e de agora em diante haverá sangue. Quem não tiver o estado nas mãos tende a falir. O futuro de Veja é adotar um noticiário mais moderado quanto ao PT, assim como toda mídia. Em muitas cidades, PT e PSDB são aliados. Por isso, não tem fundamento esse discurso do PT de que "se aliar com o PSDB é se aliar com fascistas". É mais lúcida a análise da Unidade Vermelha: se for assim, é uma disputa interfascista.

  Kataguiri está certo quando fala que o atual regime é "um corporativismo", mas erra em pensar que isso não é capitalismo. É sim, um capitalismo burocrático, típico de país atrasado. Se o PSDB era tecnocrata, o critério do PT parece ser mais "cordial". Parecem ambicionar corporativizar todo o sistema econômico num grande esquemão, num combinado de amigos, parentes e compadres.

 Por isso enfrentam tanta resistência e tanto ódio: por eles, tudo ficaria nas mãos de um só grupo. Neste contexto, nem todo mundo, nem todos os setores podem ter uma tetinha e muitos não querem apoiar e fazer discurso falso sobre socialismo, pois temem disseminar esse discurso --e com alguma razão, pois essa jogada é em parte perigosa do ponto de vista da dominação. Assim como o PT tem uma militância e isso do ponto de vista da dominação é um constrangimento muito grande. 

Os grupos que se opõem no Brasil parecem os grupos oligárquicos de uma cidade do interior. O jogo todo parece Simão X Haroldo, Bias versus Andradas, etc. Só que a coloração falsa de esquerda e direita impede que vejamos o jogo como uma briga de feirantes. Um dos lados, o do PT, PC do B e outros, joga com manobras de esquerda razoavelmente bem sucedidas: cotas, médicos cubanos, bolsa-família, etc.


Há também um ato dia 20, me falam. Há rumores de que o PT apoia esse ato, que era para ser independente. Mas deixemos um esclarecimento: vazou para mim, através do marxiano Erik Haagensen, que internamente PSOL, PCB, PSTU e PCO querem, sim, manter o PT no poder, pois com o PT no poder, ele se desgasta e eles crescem. Com o PT na oposição, ele seria forte e ofuscaria essas pequenas siglas. Assim sendo, elas fazem atos só para inglês ver, atos mortos e paumolengas como o dia 20. Na prática, os "Trapalhões", como eu chamo carinhosamente essas siglas, que afinal abrigam tanto amigos, são governistas na prática e oposicionistas de boca. Aécio está certo em denunciar Luciana Genro como linha auxiliar do PT.








Um comentário:

Anônimo disse...

Kim Kataguiri

https://www.youtube.com/watch?v=RhTTOtQm0Ts&spfreload=10