quinta-feira, 31 de março de 2016

O Quadragésimo Golpe

O mensalão foi chamado de golpe de 2005 pelos petistas.
Em 2013, a militância petista também chamou as manifestações de golpe.
Em 2016, o impiximã também é chamado de golpe.

A narrativa existente nos grampos sem nada confirma o discurso da militância. Nada de pré-sal, BRICS, Moro agente da CIA, Rússia de Putin, bolivarianismo, comunismo. Somente pragmatismo puro, deboche e cinismo.

A oposição de direita liberal é chamada de golpista e fascista, mas sua atuação em redundado em progresso em muitos casos: no caso de Chico Botelho, diretor que colocou em seu musical sobre Chico críticas à presidenta, a polêmica provocou interessante discussão sobre teatro e política. Igualmente, a operação Lava-jato tem distorções, mas mesmo assim mostra que ninguém está acima da lei no Brasil, o que é um progresso.

A narrativa de Breno Altman contra Luciana Genro é burra. Breno é um governista e quer dizer que alguém pode ser morto por opiniões políticas contrárias às dele. No entanto, a URSS não condenou Trotsky por suas posições políticas.

Condenou-o à morte por muitos crimes.

Os governistas, ao usarem o termo golpe, impedem que, no futuro, possamos mobilizar contra um verdadeiro golpe. Se tudo é golpe, nada é golpe. O preço do uso dessa retórica será alto.

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