Eu sou Serra...mas o Serra de 1964 que falou no comício na Central do Brasil.
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Fragmento do discurso de Jango nesse mesmo comício:
A democracia que eles desejam impingir-nos é a
democracia do anti-povo, do anti-sindicato, da
anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende
aos interesses dos grupos que a eles servem ou
apresentam. A democracia que eles pretendem é a
democracia dos privilegiados, é a democracia da
intolerância e do ódio. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás. É a democracia dos monopólios privados,
nacionais e internacionais. É a democracia que
luta contra os governos populares e que levou
Getúlio Vargas ao supremo sacrifício. (...)
A maioria dos brasileiros já não se conforma com
uma ordem social imperfeita, injusta e desumana.
Os milhões que nada têm impacientam-se com a demora, já agora quase insuportável, em receber
os dividendos de um progresso tão duramente construído, mas construído também pelos humildes.
A reforma agrária não é um capricho de um governo
ou programa de um partido. É produto da inadiável
necessidade de todos os povos do mundo. Aqui no Brasil constitui a legenda mais viva da reivindicação do nosso povo, sobretudo daqueles que labutam no campo.
A reforma agrária é também uma imposição progressista de mercado interno, que necessita aumentar a sua produção para sobreviver. Os tecidos e sapatos sobram nas prateleiras das lojas e as nossas fábricas estão produzindo muito abaixo de sua capacidade. Ao mesmo tempo que isso acontece, as nossas populações mais pobres vestem farrapos e andam descalças porque não têm dinheiro para comprar.
João Goulart, 13 de março de 1964, no comício
na Estação Central do Brasil.
O que está aí hoje, candidatando-se a presidente, é um vampiro, um morto-vivo.