sábado, 7 de março de 2009

Beckett , João Paulo, Malamud, Roth

Leio um editorial de João Paulo, do Estado de Minas, onde ele comenta o livro Entre Nós, de Philip Roth. Gostei da seguinte passagem:

"Tal como Beckett, Malamud escrevia sobre um mundo empobrecido e dolorido num idioma todo seu, um inglês que parecia -- mesmo sem levar em conta os diálogos idiossincráticos --ter sido arrancado do barril menos mágico que se poderia imaginar: as locuções, as inversões e a dicção dos imigrantes judeus, um amontoado de ossos verbais quebrados que, até surgir Malamud para fazê-los dançar ao som de sua melodia tristonha, pareciam só ter serventia para comerciantes judeus e profissionais da nostalgia".

É um livro de entrevistas onde a mais curiosa, segundo João Paulo, é a de McCarthy: "Depois dos elogios de praxe, Mary desfia uma série de críticas que se ligam quase sempre à incompreensão da matriz judaica do romance. Ela não entende porque os judeus são tão obsessivos quando se trata de circuncisão (...). Mary (segundo Roth) conseguiu separar os dois universos: o desconhecimento de elementos culturais a impediu de ver o mais importante do romance" (JP, Pensar, 3/01/2009).

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