quinta-feira, 5 de março de 2009

Excomunhão, caso Paula, Herzog, etc.

Ontem a Igreja Católica excomungou os médicos que fizeram aborto em uma menina grávida de 9 anos e que foi estuprada. E a mãe da menina. Todos fizeram algo previsto em lei: aborto em caso de estupro. E a Igreja, arcaica, não reconhece esse direito.

Talvez por misericórdia, o estuprador não foi excomungado!. Se excomungassem o estuprador, eu ainda entendia. Só faltou a menina! Católicos de Pernambuco, protestem!

Dois ministros (Carlos Minc e Temporão) felizmente protestaram contra esse transtorno a mais que a Igreja Católica criou para a família. Gostei da atitude dos ministros. Nesse governo Lula tudo é dúbio.

A oposição e a situação fazem um bizarro 69: a situação elogia a política externa e as políticas de inclusão social, por exemplo, enquanto a oposição critica e defende a política econômica, mas parte de aliados do PT, tais como Maria Victoria Benevides, critica a política econômica de juros escorchantes (que não mudou nem com a crise). Benevides chamou o Banco Central, hoje, de "feudo inimigo" dentro do governo. É essa minha impressão: tanto no governo há feudos inimigos quanto, quando se passa para a oposição, existem feudos onde não dá para se sentir à vontade de jeito nenhum.

Vi um inteletual (José Mindlin?) na TV falando do caso Herzog. Morto Herzog, ele tinha dois laudos, um para uso externo e outro para uso interno da polícia e das autoridades, tanto que, quando morreu o operário Manoel Fiel Filho, o comandante do exército responsável foi imediatamente exonerado. Era sinal, segundo o intelectual que vi falando, de que as autoridades já sabiam do ocorrido, ou melhor, de sua real versão.

Nei Duclós falou em seu blog (não consegui encontrar o artigo, somente ouvi falar dele na web) sobre o caso Paula como sendo "um novo caso Herzog". Agora entendi o porquê.

Um comentário:

Nei Duclós disse...

http://outubro.blogspot.com/2009/02/paula-um-caso-herzog-na-suica.html